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Pontifícia Universidade Católica de São Paulo PUC/SP. Paulo Romaro

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Paulo Romaro

Fatores de sucesso dos investimentos externos diretos - IEDs através de fusões e aquisições cross border.

Doutorado em administração

São Paulo/SP 2016

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Pontifícia Universidade Católica de São Paulo – PUC/SP

Paulo Romaro

Fatores de sucesso dos investimentos externos diretos - IEDs através de fusões e aquisições cross border.

Tese apresentada à Banca Examinadora da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo – PUC/SP, como exigência parcial para obtenção do título de DOUTOR em Administração, sob a orientação do Professor Dr. Fabio Gallo Garcia.

São Paulo/SP 2016

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Banca  Examinadora:  

 

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DEDICATÓRIA:

A Valéria que me ensinou o que é amar e ser amado.

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AGRADECIMENTO:

Agradeço a PUC – Pontifícia Universidade Católica de São Paulo pela concessão de bolsa de estudos na modalidade bolsa dissídio, sem a qual a realização desta tese não seria possível.

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AGRADECIMENTOS:

Primeiramente a Deus por me manter firme em meus propósitos mesmo nos momentos mais difíceis.

Ao Profº. Dr. Fabio Gallo Garcia pela orientação, apoio, paciência e acima de tudo pela amizade fraterna.

Aos Amigos e Professores Dr. Francisco Antonio Serralvo, Diretor da FEA- PUC, Dr. Belmiro do Nascimento João, Coordenador do programa de pós graduação em administração, Dr. Eduardo Moreira Pestana, Coordenador do curso de graduação em administração, Dra. Elisabete Adami, eterna veterana, e Dra. Carolina Mirabella Belloque, de aluna a colega de publicações, pela convivência quase que diária na maioria dos casos há mais de vinte anos.

Aos colegas professores da PUC pelas dicas valiosas, amizade e apoio incondicional.

Aos membros da banca, professores Dr. Ricardo Rochman, Dr. Elmo Tambosi, Dr. Leonardo Trevisan e Dr. Belmiro João que contribuiram com preciosas sugestões durante e após o exame de qualificação.

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EPÍGRAFE:

“Globalization was supposed to bring unprecedented benefits to all. Yet, curiously, it has come to vilified both in the developed and developing world”—Joseph E Stiglitz, Making Globalization Work, 2006.

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RESUMO

Paulo Romaro. FATORES DE SUCESSO DOS INVESTIMENTOS EXTERNOS DIRETOS – IEDs ATRAVÉS DE FUSÕES E AQUISIÇÕES CROSS BORDER. Tese de Doutorado em Administração. Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, 2016, 122fls..

Esta tese tem como objetivo investigar se as aquisições realizadas por empresas nacionais de quinze países no exterior durante o período de 2002 a 2015 têm aumentado o desempenho financeiro dessas empresas. Os países escolhidos procuram caracterizar estágios diferentes de desenvolvimento econômico e a confirmação destes estágios diferenciados foi ratificada por uma análise de clusters.

Além disso, baseando-se em ampla literatura econômica e de gestão é realizada uma análise empírica de fatores determinantes desse sucesso. Os resultados indicam que, de fato, as investidas cross border de companhias nacionais melhoram o desempenho. Que é positivamente impactado quando há existencia de recursos financeiros em abundância no mercado e pelo tamanho das empresas. O volume de fusões realizados pelas empresas aparentemente geram resultados em forma de u invertido, ou seja, há uma congestão a partir de uma determinada quantidade de fusões. Os Estados parecem ser beneficiados com as fusões e aquisições cross border realizadas pelas empresas nacionais.

Palavras-Chave: Fusões e Aquisições, Internacionalização, Desempenho Financeiro, Países e Empresas.

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ABSTRACT

Paulo Romaro. SUCCESS FACTORS OF FOREIGN INVESTMENT DIRECT - FDIs THROUGH MERGERS AND ACQUISITIONS CROSS BORDER. Doctoral Thesis Business Administration. Pontifical Catholic University of São Paulo, 2016, 122 pgs ..

This thesis aims to investigate the acquisitions carried out by national companies from fifteen countries abroad during the period 2002-2015 have increased the financial performance of these companies. The chosen countries seek to characterize different stages of economic development and confirmation of these different stages it has been ratified by a cluster analysis. In addition, based on extensive economic literature and management is carried out an empirical analysis of determinants of that success. The results indicate that, in fact, invested cross border national companies improve performance. Which is positively impacted when there is existence of financial resources in abundance in the market and the size of the companies. The number of fusions made by companies generate apparently results in form of an inverted U, that is, there is a congestion from a given amount of the fusions. States seem to be benefited from mergers and acquisitions cross border by domestic companies.

Key-words: Mergers and Acquisitions, Internacionalization, Countries, Companies

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LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS:

AEIC: Conselho americano para a inovação de energia.

AFF: Agriculture, Forest & Fishing – Agricultura, Reflorestamento e Pesca.

ARG: Argentina.

ARPA: Agencia de projetos de pesquisa avançada

ARPA-E: Agencia de projetos de pesquisa avançada - energia BR: Brasil.

BRICS: Brasil, Russia, India, China e Africa do Sul.

CERN: Organização europeia para pesquisa nuclear.

CHI: Chile CHN: China

CON: Construction - Construção.

DARPA: Agencia de projetos de pesquisa avançada de defesa.

EUA: Estados Unidos

FDI: Foreign Direct Investiment – Investimento Externo Direto.

F&A: Fusões e Aquisições.

FIRE: Finance, Insurance & Real Estate – Finanças, Seguros e Imobiliária.

GER: Germany – Alemanha IED: Investimento Externo Direto.

INDI: India INDO: Indonésia JAP: Japão

KOR: Korea – Coréia do Sul MAN: Manufacturing - Manufatura.

MEX: México.

M&A: Mergers & Acquisitions – Fusões e Aquisições.

MIN: Mining – Mineração.

MINT: México, Indonésia, Nigéria e Turquia.

NASA: Agencia Aeroespacial norteamericana NIG: Nigéria.

PAD: Public Administration.

RET: Retail Trade - Varejo.

ROA: Return on Asset – Retorno sobre Ativos.

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ROIC: Return on Invested Capital – Retorno sobre o Capital Investido.

RUS: Russia.

SA: South Africa – Africa do Sul SIC: Código de Setor Industrial

SPSS Statistics: Software de análise estatística.

SVC: Services – Serviços.

TPU: Transport & Public Utilities – Transporte e Utilidades Públicas.

TRIADE: EUA, Alemanha e Japão.

TUR: Turquia.

WST: Wholesale Trade - Atacado.

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LISTA DE FIGURAS:

Figura 1: Capital de risco e o processo da pesquisa pura ao desenvolvimento de produtos 55

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LISTA DE GRÁFICOS:

Gráfico 1: Dendrograma dos países selecionados 87

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LISTA DE TABELAS:

Tabela 1: Tarifas Aduaneiras Comparadas: 1865 – 1913 média tarifária a partir de receitas de importações sobre importações totais 34 Tabela 2: Potencial Industrial dos Países em relação ao Potencial Mundial em % 34 Tabela 3: Tempo de Difusão de Tecnologias Inovadoras (em anos) 36 Tabela 4: Taxa de matrícula no ciclo primário (por 10.000 habitantes) 37 Tabela 5: Crescimento do PIB per capita em fases, entre 1870 e 1998 38 Tabela 6: Crescimento (%) do PIB per capita em países selecionados 1973 – 2014

47 Tabela 7: Crescimento (%) do PIB per capita em regiões e blocos econômicos 1973

-2014 48

Tabela 8: Balanço de pagamentos dos EUA: períodos selecionados 71 Tabela 9: Valores correntes (US$) e crescimento (%) do PIB per capita em países

selecionados da AL e Asia, 1980 – 2014 73

Tabela 10: Análise de Clusters – Ward Linkage – Distância Euclidiana Quadrática 88 Tabela 11: Painel Balanceado Fusões e Aquisições 91 Tabela 12: Painel Desbalanceado Fusões e Aquisições 92

Tabela 13: Painel Balanceado IDH 93

Tabela 14: Teste de Chow – crise de 2008 94

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1 O Ágora favorável a internacionalização através de Fusões e Aquisições cross

borders 17

1.1. Introdução 17

1.2. Objetivo 28

1.3. Delimitação do Estudo 29

1.4. Relevância do Estudo 29

2 Os ciclos de Internacionalização do capitalismo e os fatores chave de sucesso 31

2.1. As ondas de internacionalização e o Estado 32

2.2. O Estado Moderno Internacional – 1870 a 1913 33 2.3. Sob a Égide do Estado Provedor - Keynesianismo – 1945 a 1973 38 2.4. A Mundialização Financeira – do fim dos anos 80 a 2008 41

2.5. Destacando os fatores 48

3 Descobertas científicas, Evolução Tecnológica e Novos produtos e serviços

revolucionando o mercado e a sociedade. 50

3.1. Estado e tecnologia 50

3.2. A internacionalização sob o ponto de vista da macroeconomia e da estratégia

empresarial 52

3.3. O ciclo completo e o papel do Estado 53

4 A internacionalização do Estado sob a ótica dos países receptores e dos países

promotores. 57

4.1. A internacionalização de fora para dentro 58 4.1.1. A literatura da internacionalização de fora para dentro 59

4.1.1.1. Quanto ao tipo de interesse 62

4.1.1.2. Quanto a forma de entrada 64

4.1.2. O papel do Estado 66

4.2. A internacionalização de dentro para fora 67

4.2.1. A literatura da internacionalização de dentro para fora 67

5. A integração entre as internacionalizações 68

5.1. O exemplo americano 68

5.2. A coordenação do Estado 72

5.3. O que esperar das internacionalizações de fora para dentro 74 5.4. O que esperar das internacionalizações de dentro para fora 75

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6 Hipóteses 76

7. Metodologia 78

7.1. Tipo de pesquisa 80

7.2. Revisão da teoria 80

7.3.Universo e amostra 81

7.4. Escolha das Variáveis 82

7.4.1. Variáveis dependentes 82

7.4.2 Variáveis Explicativas 82

7.4.3. Variáveis de controle 83

7.4.4. Modelos 83

8. Análise dos Dados 85

8.1. Análise de Cluster 85

8.2. Análide dos resultados dos IEDs via fusões e aquisições cross border 88 8.3. Relação IDH e IEds via fusões e aquisições cross border 90

9 Considerações Finais 95

Referências 96

Anexos

Anexo 1 - Tabela de Gastos com Pesquisa e Desenvolvimento por País. 113

Anexo 2 – Invenções Selecionadas 114

Apêndices

Apêndice 1: Análise de clusters – SPSS 120

Apêndice 2:Tabela de Fatores: variaveis independents 121 Apêndice 3: Tabela de IDH de Países Selecionados 122

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“Na verdade, a economia capitalista não é e não pode ser estacionária. Nem está simplesmente se expandindo de maneira uniforme. Está incessantemente, sendo revolucionada de dentro por novos empreendimentos, isto é, pela introdução de novos produtos ou novos métodos de produção ou novas oportunidades comerciais na estrutura industrial tal como existe a qualquer momento dado.”

Joseph Schumpeter (1942 (2003)).

1 O ÁGORA FAVORÁVEL À INTERNACIONALIZAÇÃO ATRAVÉS DE FUSÕES E AQUISIÇÕES CROSS BORDERS

O volume de fusões e aquisições de empresas tem entrado em uma espiral de crescimento sem prescendentes. Procurou-se nesta introdução indicar os fatores favoráveis a esta corrida às compras pelas empresas principalmente no exterior. Se quis, também, demonstrar que embora a onda de internacionalização acentuada nas décadas pré e pós virada do milênio, que chamamos de globalização, tenha contornos próprios que a diferencia das demais ondas que ocorreram na história, ela e as demais ondas fazem parte de um processo contínuo ainda que cada uma tenha as suas próprias nuances. Sendo o processo de internacionalização da economia um fenômeno contínuo guarda certas características comuns entre todos os períodos da história em que se mostrou mais intenso.

1.1. INTRODUÇÃO

Os termos internacionalização e, mais recentemente, globalização, têm sido utilizados cada vez mais corriqueiramente, principalmente desde meados dos anos oitenta nos textos acadêmicos, partidos políticos e na mídia especializada e em geral. Isso evidência que este fenômeno econômico e social não pode deixar de ser estudado e principalmente, de serem avaliadas as suas consequências para a sociedade. A dimensão do fenômeno da internacionalização pode ser visto através do conceito descrito por Santos:

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Trata-se de um processo complexo que atravessa as mais diversas áreas da vida social, da globalização dos sistemas produtivos e financeiros à revolução nas tecnologias e práticas de informação e de comunicação, da erosão do Estado nacional e redescoberta da sociedade civil ao aumento exponencial das desigualdades sociais, das grandes movimentações transfronteiriças de pessoas como emigrantes, turistas ou refugiados ao protagonismo das empresas multinacionais e das instituições financeiras multilaterais, das novas práticas culturais e identitárias aos estímulos de consumo globalizado (Santos 2001, p.19).

Embora pareça um fenômeno contemporâneo não se pode dissocia-lo do próprio movimento do capitalismo desde os seus primórdios. Ainda que estejamos “perante processos de mudança contraditórios e desiguais, variáveis na sua intensidade e até na sua direção” (Santos, 2001 p.19), natural do processo dialético de desenvolvimento do sistema econômico predominante no mundo contemporâneo, a sua forma de expansão parece ter um processo determinante claro de desenvolvimento. Onde alguns fatores se mostram fundamentais para explicar a dinâmica da internacionalização e o aprofundamento deste fenômeno. O grau crescente do comércio internacional, o aumento significativo da importância de empresas multinacionais e da formação de cadeias produtivas internacionais pode ser considerado como contínuos ao longo do tempo. Porém, ao observar mais detalhadamente, pode-se identificar períodos de intensificação e de amainamento deste processo. Ou seja, a internacionalização embora aparentemente seja um processo continuo ela, parece se propagar através de ondas, onde se varia a intensidade, ao longo da história. Tilly(1995), por exemplo, distingue quatro ondas de globalização durante o segundo milênio da era cristã: séculos XIII, XVI, XIX e no final do século XX. A última onda aparente da internacionalização, que vem nos atingindo nesta virada de século XX-XXI, tornou-se um fenômeno de extraordinária amplitude e profundidade, e por isso tem chamado tanto a atenção de diversos estudiosos, que como destaca Santos (2001) vêem como “uma ruptura em relação às anteriores formas de interações transfronteiriças”, tendo merecido o nome singular de Globalização.

Como o termo globalização se extende, como acima descrito por Santos, por um espectro amplo de assuntos. Optou-se por trabalhar com o termo internacionalização retirado da literatura focada em gestão “dando

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maior atenção aos aspectos econômicos e empresariais da globalização”

Mariotto (2007, p.2). Nesse sentido a internacionalização tem um caráter mais restrito, tendo como atores principais as empresas multinacionais com suas estratégias de expansão além fronteiras (cross border) e os governos nacionais com suas políticas de inserção do país na economia mundial.

Mariotto (2007) ainda destaca nesse fenômeno o livre-comércio, o livre fluxo de capitais entre as nações e a difusão mais rápida e ampla da tecnologia.

Frobel, Heinrichs e Kreye (1980) definem os principais traços da nova economia mundial – a globalização – como uma economia dominada pelo sistema financeiro e pelo investimento em escala global; processos de produção flexíveis e multilocais; baixos custos de transporte; revolução nas tecnologias de informação e de comunicação; desregulamentação das economias nacionais e emergência de três grandes capitalismos transnacionais: o americano, o japonês e o europeu.

Apenas em casos excepcionais onde se fez necessário se utilizará o termo globalização neste trabalho, com o seu amplo alcance acima descrito por Santos, ou mesmo o termo mundialização, utilizado por Chesnais (1994) que enfatiza o apoderamento do capital financeiro, principalmente nesta última etapa do capitalismo moderno. “um novo regime mundial de acumulação, cujo funcionamento dependeria das prioridades do capital privado altamente concentrado – do capital aplicado na produção de bens e serviços, mas também, de forma crescente, do capital financeiro centralizado, mantendo-se sob a forma de dinheiro e obtendo rendimento como tal. Este regime de acumulação, ao qual corresponderiam as formas conjunturais específicas descritas acima, seria fruto de uma nova fase no processo da internacionalização, que, chamo de mundialização do capital”

(CHESNAIS, 1995).

Utilizando-se ainda da figura de uma sequencia de ondas, é importante destacar que o fenômeno de formação de uma onda não está aparentemente visível, para explicá-lo exige-se conhecimentos mais aprofundados das causas das marés. Assim, o fenômeno da internacionalização, tem um aspecto aparente, descrito por Santos (2001) acima, mas que exige um aprofundamento no estudo das causas que formam este movimento. Não se tem a pretensão de explorar todas as

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causas da formação de um fenômeno tão complexo como este, mas de se focar nos reflexos econômicos, e ainda mais restritamente, na internacionalização das empresas e de sua importância. Portanto, compreende-se este estudo como uma visão parcial sobre o movimento constante, ainda que pulsante, da internacionalização.

A parte perceptível da internacionalização das empresas, seja via comércio mundial, aberturas de filiais no exterior ou aquisições de empresas no estrangeiro, deve ser entendida como a última etapa de um processo mais amplo que se inicia com períodos de grande desenvolvimento científico e tecnológico, que se materializarão em produtos e serviços que criarão ondas de ruptura no modo de vida das pessoas. Mazzucato(2014). A forma de financiamento deste processo também não pode ser ignorado durante todo o processo.

Como dito acima o início do processo depende de um salto científico- tecnológico. Se nas primeiras ondas de internacionalização o processo inventivo se deu de maneira mais autônoma e criativa de indivíduos geniais, a partir do início do século XX o processo inventivo se tornou mais científico e coletivo.

A complexidade das novas empreitadas científicas e tecnológicas obriga que o investimento necessário para o desenvolvimento seja cada vez mais vultoso. Exige-se a mobilização de muitos recursos financeiros, humanos e materiais, principalmente em sua etapa inicial, a fundo perdido. A expectativa de resultados econômico-financeiros durante as etapas iniciais é incerto. Daí a importância do Estado como planificador, incentivador e financiador via agências de fomento, centros de pesquisa e de políticas claras para a aceleração do desenvolvimento científico Mazzucato(2014), Santos(2001) e Chang(2013). Por parte das empresas, que, também necessitam proporcionalmente investirem somas consideráveis de recursos, é quase um imperativo que seus produtos atinjam amplos mercados para que se torne viável financeiramente os seus projetos de lançamento de novos produtos. Ou seja, os produtos saem da prancheta para o mundo real com a missão de serem aceitos internacionalmente para que a sustentabilidade do empreendimento seja garantida. Os casos emblemáticos deste processo são as empresas chamadas de born globals (nascidas

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globais). Estas empresas não evoluem gradativamente de empresas nacionais para internacionais, já iniciam suas atividades com estratégias de penetração global, tendo operações em vários países. Oviatt e McDougall(1994), Moen (2002) e Rialp et al. (2005), entre outros. O motivo disto é o alto custo do desenvolvimento do produto e de entrada no mercado, exigindo uma expansão rápida de sua base de clientes.

Cada novo ciclo inventivo, momentos da história com grande concentração de descobertas e inovações, foram seguidos de ciclos econômicos de espraiamento da tecnologia, através principalmente da comercialização de produtos, gerada nos centros dos países desenvolvidos para a periferia econômica.

Embora tenha havido vários ciclos de internacionalização, no sentido acima descrito, pode-se detectar no capitalismo contemporâneo, desde a consolidação do Estado-Nação, Congresso de Viena, a existência de três períodos onde se intensificou o processo de internacionalização. O Estado Moderno Internacional – 1870 a 1913, o Estado Provedor - Keynesiano – 1945 a 1973 e a Mundialização Financeira – fim dos anos 80 a 2008.

Os ciclos de maior participação além fronteira de empresas e capitais, normalmente no sentido dos países industrializados – desenvolvidos - para os países emergentes ou em transição, vêm antecipados por ciclos de evolução tecnológica, de novas formas de estruturação produtiva das grandes cadeias setoriais, que vem se tornando mundiais, e de uma mudança de instituições e de discurso com motivação liberalizante da economia (CHANG, 2013) (CHANG, 2004 p 19 e 23).

Nesses movimentos cíclicos cabe ressaltar a importância dos Estados no processo de internacionalização. A utilização do plural serve para enfatizar o entendimento de que existem posições distintas entre Estados a serem consideradas no processo de internacionalização das economias nacionais.

A teoria econômica dominante procura trabalhar como se houvesse um único papel para o Estado, preferencialmente um papel mínimo. Desde Adam Smith (1776) e Ricardo (1817), com suas teorias respectivamente conhecidas como princípio das vantagens absolutas e teoria das vantagens comparativas, cabe ao Estado liberar a sua economia para que o mercado,

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através da mão invisível, coordene o processo de trocas de produtos que maximizem o resultado para ambos os países.

Ao contrastar com a realidade pode-se perceber que existem pelo menos dois lados assimétricos: os Estados Promotores e os Estados Receptores da internacionalização. Nos Estados Promotores, ainda que não exista uma forma única de atuação (TEIXEIRA, 2012), eles se destacam por serem os timoneiros do processo de desenvolvimento de suas sociedades.

Esses Estados têm uma forte característica Schumpeteriana, criando, mais que demandas, mercados (MAZZUCATO, 2014). Esse tipo de Estado corre riscos e cria agendas normalmente de longo prazo por pesquisas em ciências puras e aplicadas, que se transformarão em novidades tecnológicas a serem utilizadas no cotidiano e, portanto, com valor econômico-comercial.

Demandas como a corrida espacial ou o sistema de defesa norteamericano são exemplos que produziram desde alimentos desidratados até a internet.

Quando bem definidas e alinhadas pelo Estado as políticas de desenvolvimento científico geram uma agenda e um engajamento de universidades, centros de pesquisa, empresas e agencias de desenvolvimento e fomento. Para atendê-las, movimentam-se bilhões de dólares por diversos anos. Nesse processo o risco é mitigado para aqueles que se engajarem nas diversas etapas que vão desde a pesquisa pura até a aplicação destas em produtos.

Em contrapartida os Estados receptores são geralmente identificados com os países menos desenvolvidos, hoje classificados como emergentes ou em transição, e que tiveram ao longo da história papel secundário ou irrelevante no processo de desenvolvimento econômico. Mais recentemente, alguns Estados têm procurado agir de forma a desenvolver as suas economias através da recepção de capitais e tecnologias estrangeiras. Não há um consenso de como o Estado deve atuar nesses casos, embora existam muitos estudos recentes, comparativos ou não, de países do sudeste asiático, Kohli (2012), da Africa subsaariana, Asongu (2015), Amendolagine, Boly, Coniglio, Prota e Seric (2013) e dos países sulamericanos Rocha (2013), Mortimore (2000).

Esses Estados têm sua agenda determinada por fatores contingentes dentre os quais problemas fiscais (PRADO 2010) e/ou cambiais ou por

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fatores estruturais, englobando infraestrutura, baixa poupança e falta de centros geradores de tecnologia. Os Estados com essas características procuram através da internacionalização total ou parcial de seus setores produtivos, resolverem tais questões. Isto atende às necessidades de seu mercado consumidor, resolve problemas de falta de moeda conversível e gera empregos – embora nem sempre de qualidade. Mutos acadêmicos acreditam que a entrada das multinacionais no país hospedeiro traga consigo capital e tecnologia a ser disseminada, representando “uma força impulsora do comércio, do aumento do padrão de vida e do desenvolvimento de nações mais pobres” Mariotto (2007, p.2). Porém, outros economistas avaliam que no longo prazo alguns problemas podem ocorrer, tais como: (1) a necessidade de moedas fortes para pagamento de remessas de dividendos ao exterior, (2) o desequilíbrio fiscal oriundo da necessidade de investimento em infraestrutura para atrair os investimentos externos diretos - IEDs que por sua vez têm vantagens ou isenções fiscais. (3) o desincentivo a pesquisa autoctone (GONÇALVES, 1999).

Embora haja uma correlação alta entre países industrializados e Estados com características de Promotores de um lado, e países em desenvolvimento e Estados Receptores, de outro, nada impede que em alguns setores da economia um país atue como Promotor e em outros setores da economia ele seja Receptor. Os países em desenvolvimento, como é o caso do Brasil, é possível detectar esta situação. Daí ter que se avaliar em que setores o país está disposto a desempenhar o papel de Promotor, vide setor de prospecção e extração de petróleo em águas profundas, aeronaves civis de médio porte e tecnologia bancária. E em qual ele aceita ser Receptor, vide setor automobilístico e de tecnologia da informação. Ainda que tenha que tentar manter algumas restrições dentro de um jogo de interesses nacionais e internacionais, ou seja, respeitar a concertação interna e externa dos grupos de influência é possível desenvolver uma política consistente de desenvolvimento econômico.

A nova teoria do comércio internacional, ou new trade theory, embora não refute de imediato a ideia que o livre comércio beneficie mutuamente as nações, permite dizer que “o livre comércio é melhor do que não haver

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comércio, mas não é o mesmo que dizer que o livre comércio é melhor que uma intervenção sofisticada do governo”. Krugman (1987, p.134)

A forma de atuação do Estado, principalmente frente a Economia e seus agentes, pode ser muito diferente de país para país, a tradição de suas instituições e a cultura local influenciarão muito neste processo, como destaca Teixeira (2012).

Do ponto de vista da iniciativa privada, os riscos e os investimentos vultosos exigem retornos adequados e cada vez mais, sob o predomínio do capital financeiro, em prazos curtos, como aponta Chesnais (2015). A engenharia econômico-financeira passível de ser desenvolvida com a ajuda do Estado como demandante e financiador dos produtos a serem gerados em cada fase do projeto reduzem riscos e permitem o desenvolvimento de projetos de longo prazo sofisticados como destacam Mazzucatto (2014) e Chang (2004). Uma rede de pesquisa e desenvolvimento pode ser montada, mantida e ampliada ao sabor da evolução dos projetos até gerarem frutos comercialmente viáveis. De qualquer forma o processo gera a necessidade de se atingir o maior número de mercados possível. Somente atingindo um número significativo de consumidores os produtos ou serviços poderão ter um custo unitário baixo, e por sua vez preços acessíveis. Conforme destaca Mariotto (2007,p.28):

[...]os rendimentos podem ser crescentes com a escala de produção.

É o caso dos setores que exigem grandes investimentos iniciais em instalações, P&D, ou marketing, como a produção de chips de memória para computadores, de software ou de novos fármacos.

Daí a importância da internacionalização dos mercados, pois o investimento em novas tecnologias exige cada vez maiores mercados e que serão atingidos através de arranjos e processos produtivos mais desenvolvidos e complexos, além de instituições que propiciem um mercado mais aberto que facilite o fluxo de produtos e serviços.

Onde se quer chegar é que há ondas de internacionalização e que elas derivam de ciclos anteriores de desenvolvimento cientifico que proporcionam rupturas tecnológicas. Que os países são afetados de formas diferentes por estes movimentos. Que o sucesso de aproveitar um novo ciclo depende do

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Estado ter uma postura de patrocinador e de uma concertação entre as diversas instituições que compõem o cenário político-econômico-científico, ainda que existam diversas formas de atuação, durante todo o processo de evolução da nova onda de desenvolvimento. De forma geral as novas ondas tecnológicas afetam os paradigmas de funcionamento e comportamento de toda a economia e da sociedade. Na economia vários setores são afetados e cada vez aparentemente mais nenhum país será hegemônico em todos os setores. A aposta em algum setor para se investir de forma consistente desde o desenvolvimento científico até o lançamento de produtos e serviços atrelados ao conhecimento obtido e a construção de mercados nacionais e internacionais se torna necessário para ser reconhecido como um país classificado como desenvolvido. E que nos setores onde não for protagonista, o Estado deverá trabalhar no sentido de amenizar as diferenças através da absorção de tecnologias e da redução da dependência das tecnologias embarcadas a longo prazo, caso queira ser, se não protagonista, pelo menos coadjuvante na próxima onda. As teorias econômicas da internacionalização, com enfoque macroeconômico, estão devendo uma avaliação mais profunda sobre o papel do Estado no ciclo completo entre o desenvolvimento tecnológico e a internacionalização das empresas. Os estudos de âmbito mais microeconômico e de estratégia empresarial também, acabaram trabalhando apenas com o aspecto das variáveis que influenciam a escolha da estratégia de internacionalização pelas empresas visando o lucro das empresas a posteriori, ou seja, como se fosse possível para as empresas optar em ficar apenas no mercado local ou se aventurar na conquista do mercado internacional.

Conforme Mariotto (2007,p.15):

O objetivo desses estudos, assim como seu enfoque metodológico não são os mesmos adotados pelos economistas. O objetivo é orientar as empresas na busca do lucro privado e os modelos utilizados são baseados mais no estudo de casos de sucesso do que na elaboração de uma teoria abrangente. Entretanto, vários estudos com essa perspectiva têm tido impacto importante no curso das ideias e até influenciado os pesquisadores de formação mais teórica.

Exemplos de estudos influentes com essa perspectiva são o de Stopford e Wells (1992), os de Johanson e Vahlne (1997), Hamel e Prahalad (1983), Porter (1986), Ohmae (1989), Bartlett e Ghoshal (1989), Yip (1992) e Doz et al.(2001).

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Esses estudos partem da premissa que as empresas já estão prontas para a internacionalização. Não contemplam as etapas anteriores do processo, que envolvem as estratégias e os investimentos das empresas no desenvolvimento de tecnologias que propiciam as vantagens necessárias para se tornarem competitivas no mercado internacional. Indo além, o investimento em desenvolvimento tecnológico é que obriga as empresas a se internacionalizarem para remunerar adequadamente os investimentos realizados principalmente em P&D, pois o retorno adequado do capital só será possível com a diluição dos custos dos investimentos necessários e sua amortização em um mercado muito amplo, ou seja, as empresas não pensam na sua internacionalização após o esgotamento do seu mercado local. Elas já desenvolvem produtos e serviços que necessariamente deverão ser lançados em diversos mercados para atingir um retorno sobre o capital adequado. A internacionalização é a última etapa de um longo processo que se inicia com uma ruptura tecnológica, mas que já está fadada a acontecer. Neste processo o Estado e suas instituições, e as empresas mais empreendedoras criam uma relação simbiótica desde o desenvolvimento de novas tecnologias até a conquista de novos e amplos mercados.

No mainstream acadêmico e nos meios políticos e jornalístico nas últimas quatro décadas se propaga a ideia de que o mercado é soberano e é o melhor planejador (Chang 2013) . Cabendo aos Estados apenas não interferirem na economia mantendo sua atividade mínima de proteção ao cidadão e fornecimento básico de saúde e educação. Neste entendimento os Estados deveriam ter suas fronteiras mais abertas possíveis para que as vantagens inerentes de cada país no que tange aos aspectos econômicos se aflorem e o mercado com sua mão invisível alcance o ótimo de pareto e todos ganhem com isso.

Autores como Mazzucato (2014), Chang (2004) e Skidelsky (2009), discordam com graus de intensidade diferentes do pensamento dominante.

Estes autores sugerem uma participação ativa do Estado na economia como protagonista do processo de desenvolvimento.

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A internacionalização em seu estágio atual obriga que os Estados procurem fortalecer suas economias ao mesmo tempo a integra-las a economia global. Como já antes descrito, não há uma fórmula única sendo seguida por todos os países. Porém, percebe-se que tanto países provedores quanto os receptores têm se utilizado dos IEDs como forma de se desenvolverem, ainda que por rotas diferentes. Os aumentos crescentes em volume de recursos dos investimentos externos diretos via fusões e aquisições permitem para alguns conquistarem mercados e insumos baratos, enquanto para outros é a forma mais rápida de adquirir tecnologia.

E, ainda, para o capital financeiro a forma mais rápida de gerar riqueza.

Importante destacar que a captura de tecnologia –spillovers – não ocorre de forma garantida e a velocidade da captura da tecnologia pode-se dar em velocidade muito lenta. Lipsey(2002).

A financeirização da economia levada até a última instância, o investimento massiço na busca de mercados consumidores, as fusões e aquisições rotineiras como forma de aumentarem a velocidade de penetração em novos mercados e a consolidação de posições e de compra de tecnologias (catch up) são todas facetas importantes para se entender o estágio da economia mundial atual e em particular dos agentes econômicos que protagonizam o processo de desenvolvimento econômico: as empresas.

Neste sentido, busca-se entender se o processo de internacionalização das empresas através de aquisições de empresas em outros países têm resultado em vantagens reais tanto para as empresas quanto para os países. Ou este processo parece mais com um jogo de “rouba montes” onde a somatória dos resultados é zero ou até negativo pelos custos de transação.

Empresas e Estado são os agentes que cada um a seu modo podem contribuir para a melhoria do padrão de vida da população. As empresas em sua busca por lucratividade acabam gerando melhores empregos, maior volume e qualidade de produtos e serviços à disposição dos cidadãos. Em última instância são as empresas que geram riqueza para os países.

O Estado através de políticas econômicas ativas procura de um lado auxiliar o desenvolvimento das empresas – via tecnologia, subsídios,

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agencias de fomento, demanda garantida – e de outro tendo uma política distributiva da renda procura permitir que a população em geral aproveite a riqueza gerada pelas empresas e capturada através de impostos melhorem a condição geral de vida da população através de serviços básicos de qualidade como educação, saúde, transporte e segurança.

A ideia central é que se o Estado é auxiliar de diversas formas das empresas a se internacionalizarem e, se isto der resultados positivos no longo prazo, isto também gerará vantagens para a população como um todo?

Os países são comparados em agrupamentos por suas possíveis semelhanças nos estágios de desenvolvimento econômico que alcançaram, pelos desafios que têm pela frente e, também, pela forma em que atuam na economia internacionalizada. BRICS, MINT, Triade, tigres asiáticos, entre outras categorizações são tentativas de procurar as igualdades e as diferenças entre as formas de atuar dos diversos países.

O problema de pesquisa que se apresenta é : “Os IEDs via fusões e aquisições cross border aumentam o desempenho financeiro da empresa adquirente e melhora o nível de qualidade de vida do país?”.

Se pretende analisar o nível tecnológico, o ambiente institucional e o financiamento feito pelo Estado como suporte a internacionalização. Como essas variáveis impactam no desenvolvimento dos países e a consequente internacionalização de suas economias e empresas.

1.2 Objetivo

Verificar quais os fatores auxiliam na internacionalização de empresas através de fusões e aquisições melhorando os resultados financeiros das empresas adquirentes e se isto reflete no desenvolvimento do país.

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1.3 Delimitação do Estudo

O estudo envolve o comparativo entre países selecionados que se classificam como desenvolvidos, também chamados de tríade (Sassen 1994) - EUA, Alemanha e Japão - e outros classificados como emergentes com grande destaque na economia global, BRICS - Brasil, Russia, India, China e Africa do Sul - e MINT - México, Indonésia, Nigéria e Turquia, além de países com algum histórico de interesse (Argentina, Chile e Coréia do Sul).

1.4 Relevância do Estudo

Os ciclos de espraiamento das economias centrais para a periferia, que são de modo geral classificados como períodos de maior internacionalização da economia mundial, são a parte mais visível de um processo evolutivo composto de quatro etapas: uma evolução científico- tecnológica a priori, uma evolução da estruturação produtiva, mudanças instirucionais com uma maior liberalização institucional e ideológica dos mercados periféricos e centrais – ainda que esta liberalização não ocorra de forma homogênea em todos os países – e, por fim, o processo mais notado do aumento do comércio mundial e de investimentos estrangeiros diretos, parte visível de cada ciclo de desenvolvimento do capitalismo.

Destaca-se o Estado como um dos atores promotores fundamentais para a formação dessas ondas evolutivas que terminam num processo de maior internacionalização. O entendimento de como este Estado se envolve e impulsiona cada uma das quatro etapas, além de mostrar como ele se relaciona com o setor privado em cada uma destas etapas e de certa forma repassa o conhecimento aplicado para as empresas é de fundamental importância para se propor uma forma de se engajar na próxima onda de evolução tecnológica. Deve-se, também, avaliar a postura possível do Estado Hospedeiro e em que medida ele contribui para diminuir ou aumentar a distância entre os países no que tange ao seu desenvolvimento.

O desenvolvimento deve ser entendido aqui como a possibilidade de uma melhoria da qualidade de vida da população em geral. Isto é, o

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aumento na quantidade e qualidade dos produtos e serviços gerados devem estar disponíveis dentro do possível de maneira universalizada.

Desta forma espera-se que o processo de desenvolvimento tecnológico e de internacionalização possa influir de forma positiva na qualidade de vida das pessoas.

A economia sob a égide do capitalismo vem se internacionalizando de forma acelerada através de ciclos cada vez mais intensos e curtos. Desde a formação do Estado moderno, final so século XIX até a década inicial do século XXI, podemos destacar três destes momentos: 1870 a 1913; 1945 a 1973; e 1989 a 2008. Entender o que ocorre de comum nestes processos de internacionalização permitirá identificar e analisar os fatores chave que influenciam nos ciclos de internacionalização. Podendo auxiliar Estados e Empresas a atuarem por exemplo no quarto ciclo que está nos primórdios de sua gestação: A economia verde.

Os três ciclos anteriores tiveram suas características próprias, mas propiciam delinear um processo básico com fatores comuns a todos eles. O aprendizado do que há de comum poderá auxiliar países e empresas, principalmente os países emergentes, como o Brasil, a alinhar uma estratégia de atuação para embarcar, se não como protagonista principal, pelo menos com um papel de destaque no cenário da economia internacional.

O ciclo da economia verde pode ser pelas condições da América Latina, e principalmente do Brasil, uma oportunidade de desenvolvimento baseado em interesses nacionais.

Apontar para uma concertação, com objetivos e políticas de longo prazo, onde os grandes atores estejam minimamente de acordo se faz necessário para a construção de uma economia sólida, independente e sustentável. Numa destas fronteiras de desenvolvimento, podemos citar Unger (2012, p.71):

A tecnologia de uso florestal disponível no mundo foi desenvolvida pensando nas florestas de clima temperado, que são muito mais homogêneas e menos ricas do que a floresta tropical amazônica.

Nós precisamos criar a tecnologia necessária, e não ficarmos esperando que o mundo a produza, através de empreendimentos de mercado estimulados pelo Estado.

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Ou seja, não se deve importar tecnologias mas desenvolve-las e exporta-las com a ajuda do Estado como indutor do processo.

Para um país em desenvolvimento com baixo índice de complexidade de sua economia. Torna-se necessário traçar uma estratégia que subverta a ordem estabelecida propiciando um ciclo de desenvolvimento econômico e de inserção na economia internacional que o leve a condição de protagonista em alguns setores por ele escolhidas. Descrever um modelo factível de ser seguido para alcançar esta meta é de fundamental importância. O modelo escolhido deverá se tornar uma política de Estado, dentro de uma concertação que envolva os agentes políticos e econômicos com perfil desenvolvimentista.

O que as empresas brasileiras podem buscar lá fora via aquisições de outras empresas são tecnologias que possam ser utilizadas de forma adaptada ao modelo de desenvolvimento proposto para o país. Sabe-se que isto se torna difícil de ser alcançado por conta de uma financeirização das escolhas que leva as empresas a optarem por caminhos de resultados rápidos que as valorizem de imediato nos mercados de capitais. Portanto, projetos de investimentos com longa maturação encontram dificuldades na busca de recursos necessários para sua implantação.

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2. Os ciclos de Internacionalização do capitalismo e os fatores chave de sucesso.

“[...]o entendimento da realidade é inseparável da imaginação do futuro.”

Unger (2005, p.53)

Através do estudo dos últimos três grandes ciclos de internacionalização procurou-se na literatura os fatores que estiveram presentes de forma constante e imprescindível para o sucesso das Empresas e do próprio Estado. A ideia de definir períodos de ondas de internacionalização não é nova tanto que WESTON, CHUNG, e HOAG (1990) quanto Post (1994) definiram para os Estados Unidos cinco ondas de internacionalização. O que chama a atenção é que os autores embora tenham as suas nuances nas explicações das ondas, de alguma eles destacam o ambiente institucional, principalmente algumas leis restritivas, e o avanço tecnológico.

2.1. As ondas de Internacionalização e o Estado.

A ação do Estado como empreendedor em associação com o setor privado pode ser notada ao longo de toda a história, inclusive em termos de expansão de seus domínios territoriais (internacionalização). A era dos descobrimentos, a exploração das “Indias Orientais”, a formação das colônias africanas e americanas, são exemplos da participação do Estado.

Naquela época o domínio dos Estados conquistados era feito pela força – vide guerra do ópio ou o genocídio dos povos indigenas. De resto, o processo parece sempre semelhante, um avanço tecnológico: como o ocorrido no período das grandes navegações, mudanças institucionais:

assinaturas de tratados, alianças e sociedades mistas captadoras de recursos financeiros de vulto – Companhia das Indias Orientais e Ocidentais, e a partir daí uma exploração de novos territórios em busca de matérias primas, especiarias, mão de obra barata e de mercado consumidor.

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Porém, desde o final do século XIX, onde o capitalismo já está mais consolidado, o processo veio se aperfeiçoando e a criação do Estado Moderno evoluiu em questões econômicas através da criação de instituições que fortaleceram o seu papel de agente protagonista. O que diferencia esses momentos atuais é a forma com que as instituições foram utilizadas para criar e manter algumas vantagens nas suas relações com os demais países.

Mas ainda mais importante, a forma como a tecnologia é subvencionada, desenvolvida e apropriada pelos agentes da sociedade. Nestes anos de Estado Moderno pode-se destacar três períodos importantes deste processo de evolução tecnológica e internacionalização.

2.2. O Estado Moderno Internacional – 1870 a 1913

Entre 1870 e 1913 o capitalismo se desenvolve de forma espetacular se comparado com períodos anteriores da história. Podemos destacar três fatores para explicar esta evolução: (1) inúmeras inovações tecnológicas que resultaram na ascenção da chamada indústria pesada e indústria química: máquinas elétricas, motor de combustão interna, corantes sintéticos, fertilizantes artificiais entre outras invenções (vide anexo 1). Estas invenções trouxeram em seu bojo uma marca distinta em relação às invenções do período da revolução industrial um século antes. As novas tecnologias foram desenvolvidas pela aplicação sistemática dos princípios científicos e de engenharia, podendo ser rapidamente aperfeiçoadas e replicadas; (2) o sistema de produção em massa revolucionou a organização do processo produtivo reduzindo sobremaneira os custos de produção; e (3) o capitalismo adquire a formatação institucional básica que persiste até hoje:

a empresa de responsabilidade limitada, a lei das falências, o banco central, o início de um Estado do bem estar social, as leis trabalhistas, entre outras instituições Chang (2015, p.69-74). Mas este período também é chamado de a primeira era da globalização, por ser a primeira vez que a economia do mundo inteiro ficou integrada num só sistema de produção e trocas. Este período glorioso da economia capitalista era atribuído por alguns estudiosos como efeito de um liberalismo na política econômica. Havendo poucas restrições aos movimentos de bens e mercadorias, pessoas e capitais. Na

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verdade este período como demonstrado por Chang (2015) não teve este caráter liberal. O grande instrumento de protecionismo neste período é a barreira alfandegária, como se pode ver nas tabelas 1 e 2 há um nível elevado de correlação entre o grau de industrialização dos países e o grau de proteção de suas industrias via tarifas alfandegárias. Os dados apresentam um grau de correlação positiva entre proteção alfandegária e aumento da industrialização dos países mais desenvolvidos.

Tabela 2: Potencial Industrial dos Países em relação ao Potencial Mundial em %

Países 1880 1900 1913 1928 1938

Grã-Bretanha 22,8 18,5 13,6 10,0 10,7

EUA 14,7 23,7 31,9 39,3 31,4

Alemanha 8,4 13,1 14,8 11,7 12,7

França 7,8 6,8 6,1 6,0 4,4

Itália 2,5 2,6 2,5 2,7 2,7

Russia/URSS 7,8 8,9 8,3 5,3 9,0

Japão 2,5 2,4 2,7 3,3 5,2

Centro 66,5 76,0 79,9 78,3 76,1

Desenvolvidos 79,1 88,9 92,5 92,8 92,8

3o mundo 20,9 11,1 7,5 7,2 7,2

Mundo 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0

Fonte: Christian (2005, p.408)

A Inglaterra iniciou um movimento de redução de suas tarifas após 1880 objetivando manter o seu predomínio industrial. Tornou-se a menor tarifa praticada entre os países Europeus. Durante este período foi a grande

Tabela 1: Tarifas Aduaneiras Comparadas: 1865 - 1913

média tarifária a partir de receitas de importações sobre importações totais

Ano GBR EUA Alemanha França Japão Argentina Brasil

1865 8,3 33,7 3,7 4,7 4,9 17,5 25,7

1870 7,1 40,9 3,7 2,9 1,8 24,6 31,0

1880 4,7 30,1 5,8 5,2 7,1 26,4 37,2

1887 5,6 29,4 8,1 8,1 9,3 30,0 58,2

1888 5,1 28,4 8,7 8,8 7,0 28,3 47,6

1890 4,8 26,6 8,8 8,0 5,4 33,4 39,4

1900 4,6 27,0 8,1 8,8 5,8 26,5 30,1

1903 6,4 26,9 8,5 8,4 5,2 24,9 38,9

1905 6,4 25,1 8,8 8,6 7,0 23,9 49,3

1907 5,1 23,4 7,4 8,2 9,5 23,0 44,6

1910 4,5 21,0 7,4 8,2 7,8 21,6 41,9

1913 4,4 17,7 6,3 9,2 10,1 20,8 34,2

Fonte: Clemens-Willianson (2001)

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defensora do livre comércio. Os resultados obtidos ao longo dos anos parece não aprovar a estratégia utilizada pela Inglaterra. Os demais países europeus e o Japão que iniciam um pouco mais tarde o seu processo de industrialização têm um posicionamento contrário, aumentando suas barreiras alfandegárias pós 1870, procurando proteger a sua indústria nascente ou incipiente. O resultado, com excessão da França, é um aumento de suas indústrias. Os países da América têm tarifas alfandegárias muito superiores as praticadas na Europa. Deve-se lembrar que no caso das Américas outro fator protecionista é a própria distância do continente Europeu. Os países latino americanos, após expirar os tratados firmados após a independência, elevaram suas tarifas alfandegárias. O Brasil embora tivesse uma tarifa alfandegária alta para os padrões da época, não conseguiu se industrializar. Pode-se levantar quatro argumentos, que somados, podem explicar esta falta de industrialização: (1) o país não tributava igualmente os produtos dependendo do país de origem. Desde o período colonial que a Inglaterra tinha uma série de vantagens na venda de produtos para o Brasil. (2) As tarifas alfandegárias muito elevadas a partir de um certo grau só aparentemente têm um caráter protecionista. Isto porque quando se elimina a concorrência através de mecanismos protecionistas exagerados, torna-se a indústria local pouco estimulada a se desenvolver já que tem garantias da manutenção de seu mercado sem esforço. (3) O perfil exportador de commodities desestimula a industrialização por manter um cambio favorável a importar os produtos industrializados. (4) A péssima distribuição de renda não cria um mercado em tamanho adequado que estimule a produção local. Quanto aos EUA, o problema é mais complexo já que existiam duas economias distintas: a do Norte e a do Sul. Os EUA do norte começaram a sua industrialização e procuraram se proteger dos produtos europeus e garantir o mercado do sul do país para eles. Há uma redução gradativa de suas tarifas pós virada do século XX na medida em que a sua indústria ia se desenvolvendo e tornando-se mais competitiva não necessitando de tanta proteção alfandegária. Embora a tarifa continuasse elevada em comparação com os países industrializados europeus durante todo o período.

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Outros três fatores devem ser mencionados para que se entenda o desenvolvimento desigual da industrialização nos diversos países, até mesmo porque são parte do que podemos chamar de tripé básico para um desenvolvimento tecnológico consistente, e portanto, um dos pontos centrais para explicar a vantagem competitiva entre as nações e o sentido do fluxo de internacionalização: a taxa de escolaridade-educação básica, a inovação e o tempo de difusão das tecnologias.

Os exemplos utilizados por Clark (2007), na tabela 3, demonstram a importância dos países se apropriarem das novas tecnologias. Também fica claro, ainda que sejam apenas alguns exemplos, eles são de grande relevância e demonstram que há uma correlação entre o tempo de apropriação de novas tecnologias e o desenvolvimento industrial.

Tabela 3: Tempo de difusão de tecnologias inovadoras (em anos)

Fiação de Algodão 1771 Máquina a Vapor 1775 Locomotiva a Vapor 1825

País Anos País Anos País Anos

França 7 França 3 EUA 5

Alemanha 13 Alemanha 8 França 7

EUA 20 Holanda 10 Bélgica 10

Russia 22 Itália 12 Alemanha 12

Suiça 23 Rússia 23 Itália 14

Holanda 24 EUA 28 Holanda 14

Bélgica 28 Bélgica 16 Dinamarca 19

India 46 Suécia 23 Espanha 23

México 64 Índia 30 Índia 28

Brasil 75 Brasil 35 Brasil 29

Fonte: Clark (2007, p.304)

A partir do final do século XIX as inovações tecnológicas passam a ter um caráter diferenciado como já dito antes. Elas surgem como desdobramentos da pesquisa cientifica. As novas tecnologias foram desenvolvidas pela aplicação sistemática dos princípios científicos e de engenharia, podendo ser rapidamente aperfeiçoadas e replicadas (CHANG, 2015). Daí a importância de um sistema de ensino que potencialize a pesquisa e que extenda as suas descobertas de um lado por sua relação com o setor privado e de outro pela formação de mão de obra qualificada. A tabela 4 procura mostrar o esforço do Estado na universalização da

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Educação de base. Demonstra, também, uma alta correlação negativa entre número de matriculados no ciclo fundamental de cada país e o atraso no processo de industrialização e desenvolvimento. A falta de mão de obra qualificada só foi suprida na medida da intervenção do Estado.

Tabela 4. Taxa de matricula no ciclo primário (por 10.000 habitantes)

Países 1830 1870 1900 1920 1939 1975

EUA 1500 1702 1969 1828a

Alemanha 1700 1550 1576 1570a

Itália 300 681 927 1113 1313

Japão 722b 984 1508 1695

Argentina 511b 808 1356 1417 1399

México 544 456 1314 1905

Brasil 119 258 455 854 1866

China 115 329 948c

Fonte: Easterlin(1981, p.18-19) a=1910; b=1882; c=1960

A junção da falta de educação fundamental, a demora da difusão de novas tecnologias, o pouco interesse pela indústria, mantendo-se as suas economias como fundamentalmente extrativistas e agrárias, levou os países da periferia do capitalismo a um distanciamento crescente em termos de desenvolvimento.

Apenas nas colônias africanas e asiáticas é que pode-se dizer que houve uma liberalização econômica de fato. Ainda que tenha sido mais pela força do que por ideologia. Os países mais fracos na época aceitaram o laissez-faire.

As doutrinas de livre mercado tiveram adesão no que tange à política fiscal (orçamento equilibrado) e à política monetária (padrão ouro) nos países centrais. Por outro lado, esse período é marcado por uma presença enorme do Estado, pois como dito acima, começaram a ser criadas as leis trabalhistas, ainda que incipiente há o inicio de Estado do bem estar social, tornaram-se demandas importantes: os investimentos públicos em infraestrutura e em educação, e claramente o Estado passa a exercer uma política de industrialização através da proteção tarifária. Não menos importante lembrar a participação do Estado na manutenção e ampliação dos mercados externos através das intervenções militares, vide manutenção de colônias e de países sob o jugo da força - guerra do ópio, por exemplo.

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De 1914 a 1945, podemos considerar que os países que se industrializaram tardiamente não encontraram espaço para a colocação de seus produtos no mercado internacional.

[...]a segunda guerra mundial foi uma luta pelo poder em âmbito mundial. Os have-not powers (Alemanha e Japão, sobretudo) se rebelaram contra a dominação imperial de há muito exercida pela Inglaterra e pela França (e, em menor escala, pelos EUA) Mazzucchelli (2013, p.19).

Podemos então, considerar o período das duas guerras como uma busca por poder e mercados de alguns países retardatários na corrida industrial e comercial para suas empresas e produtos.

2.3. Sob a Égide do Estado Provedor - Keynesianismo – 1945 a 1973.

Conhecido como era do ouro do capitalismo, o período de 1945 a 1973, assim é definido por ter sido marcado pela maior taxa de crescimento já registrada (vide tabela 5), por taxas de desemprego nos países capitalistas avançados praticamente nulas, produção estável através de políticas Keynesianas de estabilidade e inflação baixa.

Tabela 5 - Crescimento do PIB per capita em fases, entre 1870 e 1998.

Grupos de Países 1870 - 1913 1950 - 1973 1973 - 1998

% PIB Global

Avançados (34) 1,56 3,72 1,98 53,40

Asia dinâmica (15) 0,38 2,61 4,18 25,20

Outros Asia (40) 0,48 4,09 0,59 4,30

América Latina (44) 1,79 2,52 0,99 8,70

Europa Or. E URSS (27) 1,15 3,49 -1,10 5,40

Africa (57) 0,64 2,07 0,01 3,10

Mundo 1,30 2,93 1,33 100,00

Fonte: Maddison (2001, p.128-129)

O que tornou está época da história economicamente tão excepcional pode ser explicado por uma conjunção de fatores: a utilização de tecnologias militares desenvolvidas nos anos da guerra no mercado civil, a mudança e criação de instituições internacionais e nacionais e pela mudança de padrões culturais e sociais.

(39)

O grande número de invenções desenvolvidas, para uso militar ou não, durante o período que transcorreu entre e inclusive as duas guerras foram ajustados para uso industrial e comercial, sendo lançados no mercado mundial no pós guerra: computadores, eletrônicos, radar, turbinas a jato, borracha sintética, etc (vide anexo 1).

Mudanças institucionais de peso também ocorreram. As instituições criadas a partir do encontro de grandes economistas e representantes dos países vencedores da guerra em Bretton Woods em 1944 tinham como finalidade dar maior estabilidade à economia mundial. Isto permitiria uma menor vulnerabilidade do sistema econômico que precederam os eventos da 1a e da 2a guerra. Pode-se destacar entre as instituições criadas, o FMI – Fundo Monetário Internacional, BIRD – Banco Mundial e GATT – Acordo Geral sobre Comércio e Tarifas.

O FMI tinha como missão financiar a curto prazo os países com dificuldades no balanço de pagamentos. Estas dificuldades eram decorrentes das dificuldades de contrabalançar as transações econômicas:

importações e exportações.

O BIRD foi criado para ser um banco de fomento, fornecendo fundos para projetos de investimento. Portanto, nasceu com a finalidade de fornecer recursos de longo prazo.

O GATT procurou desenvolver o comércio mundial através de encontros – rodadas – que tinham por objetivo num primeiro momento baixar as tarifas alfandegárias, principalmente dos países ricos. Isto estimulou o comércio mundial.

Ainda cabe destacar a criação da Comunidade Econômica Européia, um acordo de livre comércio entre diversos países do continente europeu.

A vitória de partidos de esquerda na Europa desenvolveu ainda mais instituições que ampliaram os benefícios do Estado do bem estar social e de maiores direitos trabalhistas.

Tão importante quanto as mudanças institucionais e o aproveitamento do desenvolvimento tecnológico surgido durante a guerra foi a participação mais ativa do Estado na economia, principalmente atuando sobre mercados não regulados Chang (2015, p. 83).

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