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Rev. Bras. Anestesiol. vol.67 número3

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Academic year: 2018

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REVISTA

BRASILEIRA

DE

ANESTESIOLOGIA

Publicação Oficial da Sociedade Brasileira de Anestesiologia

www.sba.com.br

ARTIGO

CIENTÍFICO

Lombalgia

na

gestac

¸ão

Maria

Emília

Coelho

Costa

Carvalho

a

,

Luciana

Cavalcanti

Lima

a,b

,

Cristovam

Alves

de

Lira

Terceiro

a

,

Deyvid

Ravy

Lacerda

Pinto

a

,

Marcelo

Neves

Silva

a

,

Gustavo

Araújo

Cozer

a

e

Tania

Cursino

de

Menezes

Couceiro

a,c,d,e,f,∗

aInstitutodeMedicinaIntegralProfessorFernandoFigueira(IMIP),Recife,PE,Brasil

bUniversidadeEstadualPaulista‘‘JúliodeMesquitaFilho’’(Unesp),Botucatu,SP,Brasil

cNeuropsiquiatriaeCiênciadoComportamento,UniversidadeFederaldaPernambuco(UFPE),Recife,PE,Brasil

dSociedadeMédicaBrasileiradeAcupuntura,SãoPaulo,SP,Brasil

eSociedadeBrasileiradeAnestesiologista,RiodeJaneiro,RJ,Brasil

fHospitalBarãodeLucena,Recife,PE,Brasil

Recebidoem11dejunhode2015;aceitoem25deagostode2015 DisponívelnaInternetem21demaiode2016

PALAVRAS-CHAVE

Lombalgia; Frequência ecaracterísticas dalombalgia; Gestantes

Resumo

Objetivo:A lombalgiaéumaqueixacomumentregrávidas.Estima-sequecercade50%das gestantesqueixam-sedealgumtipodedorlombaremalgummomentodagravidezoudurante opuerpério.Oobjetivodesteestudofoiavaliarafrequênciadalombalgianagestac¸ãoesuas características.

Método: Estudode corte transversal comgestantes de baixo risco. Após aaprovac¸ãopelo ComitêdeÉtica emPesquisa emSeres Humanoseaassinaturadotermo deconsentimento livreeesclarecido,foramincluídasmaioresde18anosealfabetizadaseexcluídasgestantes comdistúrbiospsiquiátricos,compatologiaslombarespréviaseemtratamentoparadorlombar.

Resultados: Foramentrevistadas97gestantes.Afrequênciadedorlombarfoi68%.Amédiade idadefoi26,2anoseamedianadaidadegestacionalde30semanas;58consideraram-separdas (58%).Amaioria(88,6%)eracasadaouviviaemuniãoestável,56(57,7%)trabalhavamforae 71(73,2%)tinhamoensinomédiocompleto.Alombalgiafoimaisfrequenteduranteosegundo trimestregestacional(43,9%),referidacomo‘‘emqueimac¸ão’’por37,8%daspacientesecom frequênciaintermitenteem96,9%.Ossintomaspioravamnoperíodonoturno(71,2%).Orepouso reduziaadorlombarem43,9%,enquantoaposic¸ãoortostáticaporlongotempoagravavaem 27,2%.

Conclusão:Alombalgiaécomumemgestantes,apresentacaracterísticasespecíficaseémais frequentenosegundotrimestre.Issoalertaparaanecessidadedesereminstituídasestratégias deprevenc¸ãoquepossibilitemmelhorqualidadedevidaparaagestante.

©2016SociedadeBrasileiradeAnestesiologia.PublicadoporElsevierEditoraLtda.Este ´eum artigoOpen Accesssobumalicenc¸aCCBY-NC-ND( http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/4.0/).

Autorparacorrespondência.

E-mail:taniacouceiro@yahoo.com.br(T.C.Couceiro).

http://dx.doi.org/10.1016/j.bjan.2016.03.002

0034-7094/©2016SociedadeBrasileiradeAnestesiologia.PublicadoporElsevierEditoraLtda.Este ´eumartigoOpenAccesssobumalicenc¸a

(2)

KEYWORDS

Lowbackpain; Frequencyand characteristicsoflow backpain;

Pregnantwomen

Lowbackpainduringpregnancy

Abstract

Objective: Lowbackpainisacommoncomplaintamongpregnantwomen.Itisestimatedthat about50%ofpregnantwomencomplainofsomeformofbackpainatsomepointinpregnancy orduringthepostpartumperiod.Theaimofthisstudywastoevaluatethefrequencyoflow backpainduringpregnancyanditscharacteristics.

Methods:Cross-sectional studywithlow-riskpregnantwomen.AfterapprovalbytheHuman Research Ethics Committee and receivingwritten informed consent, we includedpregnant womenover18yearsofageandexcludedthosewithpsychiatricdisorders,previouslumbar pathologies,andreceivingtreatmentforlowbackpain.

Results:Weinterviewed97pregnantwomen.The frequencyoflowbackpainwas 68%.The meanagewas26.2yearsandthemediangestationalagewas30weeks.Fifty-eightpregnant womendeclaredthemselvesasbrown(58%).Most(88.6%)weremarriedorlivingincommon-law marriage,fifty-six(57.7%)workedoutsidethehome,and71(73.2%)hadcompletedhighschool. Lowbackpainwasmorefrequentduringthesecondtrimesterofpregnancy(43.9%),referred toasa‘‘burning’’sensationin37.8%ofpatients,withintermittentfrequencyin96.9%ofthe women.Thesymptomsgotworseatnight(71.2%).Restingreducedlowbackpainin43.9%of pregnantwomen,whilethestandingpositionforalongtimeworseneditin27.2%ofpatients.

Conclusion: Lowbackpainiscommoninpregnantwomen,hasspecificcharacteristics,andis more frequentinthesecondtrimesterofpregnancy.Thisindicates theneedfor prevention strategiesthatenablebetterqualityoflifeforpregnantwomen.

©2016SociedadeBrasileiradeAnestesiologia.Publishedby ElsevierEditoraLtda.Thisisan openaccessarticleundertheCCBY-NC-NDlicense( http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/4.0/).

Introduc

¸ão

Adorlombarégeralmentedefinidacomodesconfortoaxial ouparassagitalnaregiãolombarinferior,éessencialmente musculoesqueléticaepodeserdevidaaumacombinac¸ãode fatoresmecânicos,circulatórios,hormonaisepsicossociais.1

É uma queixa comum entre grávidas.1 Estima-se que

cerca de50% dasgestantes queixam-sede algum tipo de dor lombarem algum momento dagravidezou duranteo puerpério.2

A etiologiadedorlombar específicana gravideznãoé bemdefinida.3Dopontodevistabiomecânico,ocorre

des-locamento docentro degravidadepara frente, devidoao aumentodoabdomeedasmamas,oquelevaaalterac¸ões de postura,como reduc¸ão doarco plantar, hiperextensão dos joelhos e anteversão pélvica. Essasalterac¸ões geram acentuac¸ão na lordose lombar e consequente tensão da musculaturaparavertebral.Acompressãodosgrandesvasos pelo útero gravídicocausa diminuic¸ão dofluxo sanguíneo medularepodecausarlombalgia,especialmentenoúltimo semestre gestacional.4 Ainda podem ser observadas

sig-nificativa retenc¸ão hídrica determinada pelo estímulo da progesterona5efrouxidãoligamentarporsecrec¸ãode

rela-xinapelocorpolúteo,oquetornaasarticulac¸õesdacoluna lombaredoquadril menosestáveise, portanto,mais sus-ceptíveisaoestresseeàdor.4

Já foram citados alguns fatores de risco relacionados6

àlombalgiana gestac¸ão,entreelesdor lombarduranteo períodomenstrual e lombalgiaprévia. Noquese refere à idade, sabe-se que quanto mais jovem a paciente, maior a chance de desenvolver lombalgia gestacional.6,7 Outro

fatorrelacionado àdorlombar éo aumentodopeso,que

resultaeminstabilidadedaarticulac¸ãosacroilíaca,alémde aumentodaflexibilidadedacolunaeconsequente apareci-mentooupioriadadorlombar.7,8

Amaioriadosestudosdeprevalênciacorroboraqueador lombarduranteagestac¸ãoéumaqueixaimportantetanto pela elevada frequência de mulheres acometidas quanto pelamagnitudedadoredodesconfortoprovocado.5Além

de influenciar de modo negativo a qualidade do sono, a disposic¸ãofísica,odesempenhonotrabalho,avidasocial, asatividadesdomésticaseolazer,5causaprejuízos

econô-micosporafastamentosdotrabalho.9,10 Baseadonoquefoi

exposto,oobjetivodesteestudofoiavaliarafrequênciada lombalgianagestac¸ãoesuascaracterísticas.

Métodos

Foi feito um estudo de coorte transversal que envolveu gestantes do primeiro ao terceiro trimestre gestacional, assistidas pelo programa de pré-natal de baixo risco do CentrodeAtenc¸ãoà Mulher(CAM)doIMIP,queaceitaram participardoestudo.

(3)

Tabela 1 Frequência,período doaparecimento, relac¸ão comapresenc¸adeITUecaracterísticadadorlombar

Variáveis n %

Dorlombar

Não 31/97 31,9%

Sim 66/97 68%

Início

PrimeiroT 23/66 34,8%

SegundoT 29/66 43,9%

TerceiroT 14/66 21,2%

ITUnagravidez

Não 48/66 72,7%

Sim 18/66 27,2%

Relac¸ãoITU/IníciodaDOR

Não 15/18 22,7%

Sim 3/18 4,5%

TipodeDor

Aperto 8/66 12,1%

Aperto/Queimac¸ão 1/66 1,5%

Ardência 5/66 7,5%

Fisgada 5/66 7,5%

Latejante 2/66 3%

Pontada 14/66 21,2%

Pontada/Queimac¸ão 5/66 7,5%

Queimac¸ão 25/66 37,8%

Queimac¸ão/Fisgada 1/66 1,5%

As gestantes foram esclarecidas sobre a pesquisa, seus objetivos e procedimentos e consultadas quanto à participac¸ão no estudo. Após explicac¸ões, aquelas que voluntariamenteaceitaramparticipardoestudoassinaram oTermodeConsentimentoLivreeEsclarecido(TCLE).

Foram incluídas na amostra gestantes maiores de 18anosealfabetizadasque foramatendidas noComplexo Hospitalar doIMIP.Pacientes com distúrbiospsiquiátricos, compatologias préviasna coluna,aquelasem tratamento para lombalgia e em uso de analgésicos ou Aines (anti--inflamatóriosnãoesteroides)foramexcluídasdoestudo.

ParaanálisedosdadosfoiusadooprogramaEPI-INFOTM

versão 3.5.1 para WindowsTM e descritos na forma de

distribuic¸ãodefrequênciaabsolutaerelativae apresenta-dosemtabelas.Asvariáveisnuméricasforamrepresentadas pelasmedidasdetendênciacentralededispersão.Oteste qui-quadradoeotesteexatodeFischerforamusadospara verificaraexistênciadeassociac¸ãoentreasvariáveis cate-góricas.

Resultados

Responderam ao questionário 97 pacientes. A média de idadefoide26,2anos.Amedianadaidadegestacionalfoi de 30 semanas. Consideraram-se pardas 58%. A maioria, 88,6%,eracasadaouviviaem uniãoestável; 50%e 57,7% trabalhavamforae73,2%tinhamoensinomédiocompleto. Quantoaonúmerodegestac¸ões,51,5%estavamnaprimeira gravidez.Em relac¸ão ao númerode filhos nascidos vivos,

Tabela2 Característicasdalombalgiaquantoàfrequência semanal,aoturnodeinício,aohoráriodemaiorintensidade, àdurac¸ãoeirradiac¸ãodador

Variáveis n %

Frequênciasemanal

>3×/semana 13/66 19,9%

1×/semana 2/66 3%

2×/semana 12/66 18,1%

Tododia 39/66 59%

Turnodeinício

Manhã 10/66 15,1%

Noite 17/66 25,7%

Semrelac¸ão 30/66 45,4%

Tarde 9/66 13,6%

Horáriomaisintenso

Manhã 7/66 10,6%

Noite 47/66 71,2%

Semrelac¸ão 3/66 4,5%

Tarde 9/66 13,6%

Durac¸ão

Contínua 2/66 3%

Intermitente 64/66 96,9%

Irradiac¸ão

Abdome 4/66 6%

Coxa 9/66 13,6%

Coxaeabdome 1/66 1,5%

Coxaeperna 4/66 6%

Nádegas 6/66 9%

Nádegasecoxa 1/66 1,5%

Não 37/66 56%

Pernas 4/66 6%

28tinhamconcebidoumfilhovivo(28,8%).Afrequênciade pacientesquehaviamtidoabortofoide13,3%.

Das97pacientesentrevistadas,68%relataramdor lom-baredessetotal43,9%referiramquealombalgiaseiniciou nosegundotrimestre.Adorfoicaracterizadacomodeforte intensidade (mediana=7) e mais da metade (71,2%) das pacientesidentificouqueadoreramaiorforteànoite;37% dasgestantesrelataram adorcomo‘‘emqueimac¸ão’’e a maioria das pacientespesquisadas (72,7%)negou infecc¸ão dotratourinário(tabela1).Osdadosreferentesà periodi-cidadedador,irradiac¸ãoehoraemqueessaeramaisforte seencontramnatabela2.Emrelac¸ãoaosfatoresagravantes eatenuantesdador,menosdametadedasgestantes(43,9%) alegouserorepousoumfatordealívioeapenas27,2% iden-tificaramofatodepermanecermuitotempodepécomoum fatoragravante(tabela3).

A história de dor lombar em gravidezes anteriores, o avanc¸odagravidezcomocausadepioriadadoreofatode essadorlimitarasatividadesfísicasdiáriasseencontraram natabela3.

Discussão

(4)

Tabela3 Fatores agravantes,atenuanteseinterferência nasatividadesdiáriasrelacionadosàdorlombar

Variáveis n %

Fatoresdealívio

Exercíciofísico 2/66 3% Massagemlocal 9/66 13,6% Massagemlocal/

Medicamentos

1/66 1,5%

Medicamentos 3/66 4,5%

Medicamentos/Exercício físico

1/66 1,5%

Medicamentos/Massagem local

2/66 3%

Posic¸ão 7/66 10,6%

Repouso 29/66 43,9%

Repousoeposic¸ão 2/66 3% Repouso/Massagemlocal 4/66 6% Repouso/Medicamentos 3/66 4,5% Repouso/Medicamentos/

Massagemlocal

2/66 3%

Repouso/Posic¸ão 1/66 1,5%

Fatoresdepioria

Atividadesdomésticas 14/66 21,2% Atividadesdomésticas/

Permanecerdepé

2/66 3%

Atividadesdomésticas/ Permanecersentada

1/66 1,5%

Atividadesdomésticas/ Permanecersentada/ Posic¸ão

1/66 1,5%

Permanecerdepé 18/66 27,2% Permanecersentada 13/66 19,7% Permanecersentadaedmpé 2/66 3% Permanecersentada/depé 2/66 3%

Posic¸ão 10/66 15%

Posic¸ão/Permanecerdepé 1/66 1,5%

provocadas por necessidades funcionais e anatômicas. As alterac¸õesfisiológicasafetamosistemamusculoesquelético egeram,usualmente,dores,entreelasadorlombar.10---12

Observouseumafrequênciadelombalgiade68%entre asgestantesentrevistadas.Essedadoestádeacordocomos observadosnaliteratura,cujaprevalênciavariade68,5%a 80%.5,6,13Considera-seessaprevalênciaelevada,queéum

grupodegestantesatendidasnopré-nataldebaixorisco,ou seja,semassociac¸ãocomcondic¸õespatológicasimportantes quefrequentementepioramadorlombar,comoobesidade, idadeavanc¸adaegestac¸ãogemelar.

A dor lombar é geralmente definida como desconforto axial ou parassagital na região lombar inferior, é essen-cialmente musculoesquelética e pode ser devida a uma combinac¸ãodefatoresmecânicos,circulatórios,hormonais epsicossociais.1

Já foramcitadosalgunsfatoresderisco relacionadosà lombalgia na gestac¸ão, entre eles dor lombar durante o períodomenstrualehistóriapréviadelombalgia.3Noquese

refereàidade,sabe-sequequantomaisjovemapaciente, maior a chance de desenvolver lombalgia gestacional.3,5

O aumentodopeso tambémé identificado comofator de

risco, pois quanto maior o ganho de peso da gestante, maiorapossibilidadedeocorrerinstabilidadedaarticulac¸ão sacroilíaca e aumento da lordose lombar que resulta em dor.7

Neste estudo, que analisou gestantes nos três trimes-tres dagestac¸ão,observou-se queas gestantes relataram dorlombar iniciada mais frequentemente nosegundo tri-mestre gestacional (43,24%). Esses dados foram também encontradosporoutrosautores8,11epodemserjustificados

pelas alterac¸ões da flexibilidade da coluna acima descri-tas.Aamostraanalisadanonossoestudoenglobouostrês trimestresdagestac¸ãoparatentaridentificarsea lombal-giaocorriapreferencialmenteemalgumdostrimestres.Mas algunsestudosprospectivos14,15constataramquea

prevalên-ciadedorlombarfoimaioremgestantesapartirdoterceiro trimestre,resultados esses diferentesdos encontrados no nossoestudo.

Emumtrabalhocomgestantesparticipantesdeum pro-gramadepré-natal,namaioriadoscasosadorirradiavapara aregiãodosglúteos edaspernas.13 Nopresenteestudo,a

maioriadasgestantesnãorelatouirradiac¸ãodadorlombar. Ao estudar as características da dor lombar observou--sequetinhaasseguintescaracterísticas:forteintensidade, ‘‘emqueimac¸ão’’,semirradiac¸ão,intermitenteede ocor-rênciadiária.Iniciava-seaqualquerhoradodiaeeramais intensaànoite.DadosquediferemdosencontradosporAssis eTibúrcio,16 queidentificaramadorserdotipopontadae

aperto.Dessaforma,justifica-seagênesemultifatorial da dor.

Quanto à intensidade há discordância entre os nossos dadoseosencontradosporumestudoamericano5que

ava-liouagravidadedalombalgiagestacionalem645mulheres, que quantificaram a dor como de moderada intensidade. Essadiferenc¸apodeserexplicadapelaetniadiferentedas populac¸õesestudadas.

A posic¸ão ortostática por longo tempo foi identificada como fator de agravo da dor e o repouso relatado como principalfatorde alívio. Esse dado falaa favordo envol-vimentomuscularna dorlombarreferida pelas gestantes. Maisdametadedasgestantesentrevistadascitouquea lom-balgianãofoiumobstáculoàssuasatividadesdiárias.Esse dado é discordante com a literatura,pois estudos anteri-ores demonstram que a dor lombar pode ser tãointensa queincapacita a gestanteparaasatividades diárias.8,11,16

Noentanto,é importanteenfatizarquenemtoda lombal-giaquesemanifestanoperíodogestacionaltemcomofator desencadeanteaprópriagestac¸ão.17Grandepartedas

lom-balgiasjáexistiaantesdagestac¸ãoepersisteouseagrava nesseperíodo.Issosignificaquea dorlombarnagestac¸ão deve ser analisada sob diversos aspectos, e não simplifi-cada

Aidadegestacionalsemostroucomofatorderisco, ou seja,quanto mais avanc¸ada, maior o risco de apresentar lombalgia. Outros autores comprovam que a prevalência dalombalgiana gestac¸ão aumentacom o tempo gestaci-onal.AssiseTibúrcio16tambémrelataramque,em60%dos

casos,essefatoacontecia, emboraosresultadosdeWang etal.5tenhammostradoqueaprevalênciadelombalgianão

foiafetadapelaidadegestacional.

(5)

queessedadoenfatizaaorigembiomecânicadadorlombar nagestante.

Combasenosdadossobreadorlombargestacionalque foramproporcionadosporestapesquisa,sugerem-senovos estudosqueadotemtratamentopreventivonoqueserefere àdorlombar.

Conflitos

de

interesse

Osautoresdeclaramnãohaverconflitosdeinteresse.

Referências

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Imagem

Tabela 1 Frequência, período do aparecimento, relac ¸ão com a presenc ¸a de ITU e característica da dor lombar
Tabela 3 Fatores agravantes, atenuantes e interferência nas atividades diárias relacionados à dor lombar

Referências

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