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Rev. Bras. Anestesiol. vol.67 número3

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Academic year: 2018

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RevBrasAnestesiol.2017;67(3):227---230

REVISTA

BRASILEIRA

DE

ANESTESIOLOGIA

PublicaçãoOficialdaSociedadeBrasileiradeAnestesiologia

www.sba.com.br

ARTIGO

ESPECIAL

Dependência

química

em

anestesiologistas:

atualidade

Chemical

dependence

in

anesthesiologists:

the

actuality

Stuart

Brooker

a,b

,

Michael

Fitzsimons

c,d

,

Roger

Moore

b,e

e

Gastão

Duval

Neto

b,f,∗

aEmoryUniversitySchoolofMedicine,Atlanta,EstadosUnidos

bProfessionalWellbeingCommitteeWFSA,EstadosUnidos

cHarvardUniversity,DepartmentofAnesthesia,Boston,EstadosUnidos

dCommitteeofChemicalDependenceMassachusettsGeneralHospital,HarvardUniversity,Boston,EstadosUnidos

ePennMedicineUniversity,DepartmentofAnesthesia,Philadelphia,EstadosUnidos

fOccupationalHealthCommitteeofBrazilianSocietyofAnesthesiology,EstadosUnidos

DisponívelnaInternetem31demarçode2017

Definic

¸ão

da

dependência

química

Doenc¸a mental caracterizada por desordens neurobiológi-casecomportamentaisqueresultamnousocompulsivode drogasenointensodesejodeobtê-las.

Essasdesordensrefletemmodificac¸õesneuroadaptativas natransduc¸ãoenacodificac¸ãogenéticaapósousocrônico dedrogas(álcool,opioidesetc.).

Causas

da

dependência

química

A ocorrência dedependência química, burnout e suicídio é umtrágicosintomasde estágioavanc¸adoparaum cres-centenúmerodemédicos aoredordogloboemcada país que avaliamos. Ainda que não os únicos na comunidade médica,osanestesiologistasparecemterumrisco aumen-tado desses problemas comparados com outros médicos, especialmentedependênciaquímica. Acausapara orisco aumentadoemanestesiologistasnãotemumaúnicasimples resposta,devidoàcombinac¸ãodeváriosfatoresque desem-penhamimportantespapéis.Não obstante, oprec¸o que a dependênciaquímicacobraprofissionaleeconomicamente

Autorparacorrespondência.

E-mail:gduval@terra.com.br(G.DuvalNeto).

dosanestesiologistas, bemcomoa perturbac¸ãoemocional

queocorrenosmédicoseemsuasfamílias,exigequeas

nos-sassociedadesprofissionaisolhemseriamenteparatodasas

causasdesseflageloeparaasmaneiraspelasquaispossamos

efetivamenteintervirparaprevenir e,quandonecessário,

tratar os afetados. O Comitê de Saúde Ocupacional da

Federac¸ãoMundialdeSociedadesdeAnestesiologistasestá

nalinhadefrentedesseesforc¸oetemume-bookquepode

ser baixado do seu sítio eletrônico em inglês, português,

espanholemandarim.1

Umaimportante predisposic¸ãoe causanãomodificável

doabusode substâncias é a configurac¸ão genética

indivi-dualdoanestesiologista.A variac¸ãogenéticapodecontar

paraapredisposic¸ãodemaisde50%dos anestesiologistas

quedesenvolvemabusodesubstânciasedependência

quí-mica. A simples exposic¸ão a substâncias aditivas por um

anestesiologistacomumapredisposic¸ãogenéticapodelevar

àdependênciadadroga.Dequalquerforma,deveser

enfa-tizadoqueapredisposic¸ãogenéticasozinhanãoéo único

causadorparadesenvolveraadic¸ão,nemécertoque

aque-lescompredisposic¸ãogenéticasetornarãoadictos.Muitos

fatoresambientaistambémcumpremumimportantepapel

eissolimitanossahabilidadedefazerafirmac¸õesdefinitivas

sobreaimportânciarelativaquetêmosgenescomparados

comexperiênciasindividuaisnoambientefísicoe

psicosso-cial.Umexemplo primordialdacomplexidadeé mostrado

pelaavaliac¸ãodefatorespsicológicosquecontribuempara

http://dx.doi.org/10.1016/j.bjan.2017.01.001

(2)

228 S.Brookeretal.

odesenvolvimentodeabusodesubstânciaseadic¸ão.Cerca

de50%dosmédicosdependentesdedrogastêmdistúrbiosde

personalidadeeamaioriasofrededepressão.Aobservac¸ão

conduziuaseformularahipótesedequeoabusode

subs-tânciasnadamaisédoqueumaformadeautomedicac¸ão.

Opapel dagenéticanodesenvolvimentodesses distúrbios

depersonalidade,emcomparac¸ãocomfatoresambientais,

aindaestáporserdefinido.2,3

Tãoimportantesquantoosfatoresgenéticossãoostress

profissional e pessoal. Há um círculo vicioso encontrado

na prática rotineira da anestesia que tende a reduzir os

mecanismosde adaptac¸ão e aumentar as chances de um

anestesiologista vir a fazer o mau uso de substâncias de

modoaconseguirlidarcomosestresses.Ociclogeralmente

comec¸acomafadigaemocionalefísica.Afadigaé

aumen-tadapela interrupc¸ão doritmo circadiano normal,o qual

podeter se tornado uma parte integral da moderna

prá-ticadaanestesia.Fadigalevaaerrosmédicos,osquais,por

suavez, emvirtudedeautorrecriminac¸ão oudeprocessos

judiciaispormá prática,conduz aestresse,fadiga

emoci-onale burnout. Qualquerum desses fatorespodelevar a

queumanestesiologistabusqueformasdealiviarostress.

Comadisponibilidadededrogas,umamaneiraque

infeliz-mente é escolhida é o abuso desubstâncias, o qual leva

àespiraldaadic¸ão.Adisponibilidadededrogasna prática

rotineiradaanestesiaeafacilidadededesviá-lasparauso

pessoalfacilitaociclo daadic¸ão.Portanto,a combinac¸ão

de fatores genéticos e ambientais conspira para

aumen-taroriscodequeanestesiologistassetornemdependentes

químicos.

Reconhecimento

e

prevenc

¸ão

Muitos assumem que profissionais da saúde percebem os

efeitos de desordens pelo uso de substâncias (DUS) em

indivíduos, bem como na sociedade. Acredita-se que tal

exposic¸ãosirvaparadesencorajarousodessasdrogas.

Pro-fissionaisdesaúdenãoestão,deformaalguma,protegidos

dessasdoenc¸as.Defato,profissionaisdesaúdetêm

pratica-menteamesmaincidênciaqueapopulac¸ãoemgeral,mas,

diferentementedaquelesforadamedicina,têmasvidasdos

membrosdasociedadeem suas mãos.Osesforc¸os

tradici-onaispara prevenir essasenfermidades na área da saúde

focaram-se, primeiramente, nas denúncias pessoais e na

educac¸ão.Ocontroledesubstânciaseosprogramas

desti-nadosparaavigilânciadaaquisic¸ãoforammelhorados,pelo

menoséoquesentimos.Muitosprogramasagorarecorrem

aorastreamentodeusodedrogasprévioaoempregoseguido

portestesaleatórios.

A medicinaé considerada umaautointituladaprofissão

nobrena qualindivíduos policiamnão somenteseus

cole-gas,masasipróprios,porincompetênciaoupordiminuic¸ão

de capacidade. DesRoches et al. elaboraram uma

asser-tiva destinada aos médicos: ‘‘Médicos deveriam reportar

sobrecolegasincompetentesoucomcapacidadediminuída

atodasasinstânciasdesuassociedadesprofissionais,

hos-pitais, clinicas e/ou autoridades relevantes’’.4 Apesar de

maisdametadeconcordar(64%),umterc¸onãoassentiupor

razõestaiscomoaimpressãodequeoutrostomariamconta

doproblema,nenhumaac¸ão seriaempreendida, medode

retribuic¸ão,falta deconhecimentosobrecomo reportare

simplesmentepornãosersuaresponsabilidade.Não

pode-moscontarcomautorregulac¸ão.

A educac¸ão tradicionalmente baseou-se em

apresentac¸ões aos médicos residentes em estágios

ini-ciaisdesuasresidências.Casosemblemáticosdecarreiras

e vidas perdidas são considerados como bons

desencora-jadores. Mas frequentemente essas conversas são únicas,

sem uma sequência. Os cônjuges, os quais podem ser os

primeirosanotarasmudanc¸as,raramentesãoconvidados.

Boothetal.reportaramque, apesardoaumentodeac¸ões

educativassobreDUSaolongodeseusestudos,aincidência

de DUS não decresceu.5 Mais e maistreinamento

regula-mentaréimpostoaosmédicosacadaano.Educac¸ãosobre

DUS épraticamenterelegadaàmesmafalta deprioridade

que tem a atualizac¸ão dos registros de saúde eletrônicos

(SER).

A vigilância do desvio de drogas por meio de

apa-relhos automatizados de administrac¸ão mostrou alguma

efetividade. Epstein et al. desenvolveram uma revisão

retrospectivadaaquisic¸ãodedrogasfeitaporindivíduosque

foram descobertos ao fazer desvio de substâncias.6

Fato-rescondizentescomodesvioincluíamaquisic¸ãodepoisdo

expediente, bemcomo a obtenc¸ão desubstâncias

contro-ladasdesistemasautomatizadosdeadministrac¸ão forade

seu local usual detrabalho. Níveisde uso em excesso ou

desperdíciodesubstânciasnãoforamcorrelacionados,nem

a aquisic¸ão em procedimentos que foram cancelados. O

aspecto positivoda vigilância é que se podemseguir

pis-tassemalertarosujeitoobservado.Avigilância,contudo,

é muito demandante e, de fato, pode resultar em falsas

acusac¸õesseumindivíduoestiverdesviandosubstânciassob

onomedeoutrem.Aadministrac¸ãoautomatizada,contudo,

éseguidamenteacompanhadapelapráticade‘‘uso

exces-sivotestemunhado’’,quandoumasubstânciacontroladaé

usada em excessoem determinadolugar edoisindivíduos

atestam que foi efetivamente empregada. Muitos sentem

queessapráticapodeserfacilitadaemvirtudedea

maio-riadosnarcóticosser,assimcomoosoro,líquidosclarose

indistinguíveis.

O desvio para uso pessoal é um risco constante na

medicina. O controle na devoluc¸ão da substância com o

subsequentetestedeconcentrac¸ãoépraticadopormuitas

instituic¸õesparaassegurarqueumadrogadevolvidanãoé

meramenteumaamostradissolvidadeumagentepotente.1

Esse métodopode detectar o clínico que tenta manter a

aparênciade queo seuusoclínicodesubstâncias estáno

mesmoníveldoqueodeseuscolegas.Esseé,dequalquer

forma,muitodemandanteeacadeiadecustódiapodenão

sergarantida.

Orastreamentodedrogasnaurinatemcrescidocomoum

meiodedeterededetectaraquelesindivíduosque

ingres-samna práticadamedicinacomDUS (prévioao exercício

da func¸ão), prevenir aqueles que cogitam o uso

(aleató-rio)edeterminarseaquelescujocomportamentoeatuac¸ão

não condizem com as expectativas estão comprometidos

pelo uso dedrogas.7 A práticaé usada e aceita em

seto-res nosquais haja risco àseguranc¸a dopúblico em geral,

taiscomo aaviac¸ãoe o transporteterrestrede

mercado-rias. Os protocolos são estabelecidos pelo Departamento

de Transportes (DOT) dos Estados Unidos. Custos, receio

de falsos resultados e logística complexa detiveram

(3)

Dependênciaquímicaemanestesiologistas:atualidade 229

da func¸ão. Aqueles que têm programas abrangentes são

vanguarda.

Aúltima,masamaispreocupantemedidadeprevenc¸ão,

contudo é o estabelecimento de políticas que servem

parabanir atémesmo clínicos com carreirasconsolidadas

os quais desenvolvem alguma das muitas condic¸ões que

compõemafamíliadasenfermidadesquesãoosdistúrbios

de uso de substâncias. A prática de ‘‘uma ocorrência e

você está fora’’ pode de fato fazer com que indivíduos

escolhamoutrasespecialidadesquenãoaanestesiologiaou

instituic¸õesque tenhampráticas maisfrouxasnas quaiso

controle nãoéintenso.O maiorrisco,contudo,é paraos

profissionaisdesaúdequetenhamcontribuídoparaanossa

especialidade apesar de haver desenvolvido DUS durante

sua prática. Esse indivíduo pode ser relutante em buscar

tratamento ouapoio parasuacondic¸ão.Tais políticas são

contráriasàpráticadamedicina.Emnossozeloemproteger

ospacientes,devemosevitarmedidasquesejamcontrárias

ànossamissãodeummodogeral.

Nenhuma ferramentaéouserá100%efetiva emnossos

esforc¸osparadetectar ouprevenir DUS entrenossos

qua-dros.Nossosprogramasdevemsernomínimodiversificados

eincluireducac¸ãorecorrenteeintensa,controlevigorosode

substânciasefrequentevigilânciadeobtenc¸ãoeos

progra-massãoaconselhadosainstituir,pelomenos,rastreamento

dedrogasnaurinapreviamenteaoexercíciodafunc¸ão.Por

fim,oshospitaissãoencorajadosadesenvolverculturasque

sejamcomplacentescomodramadetodososindivíduosda

áreadasaúdequesofremdeDUS.8,9

Tratamento

e

reingresso

Aadic¸ãofoireconhecidacomoumadoenc¸apelaAMAdesde

1956edesdeentãoosprotocolosdetratamentomédicose

tornaramcadavezmaissofisticados.Consequentemente,o

efetivotratamento doanestesiologista adictodependedo

precocereconhecimentodocomprometimento/desvio,uma

intervenc¸ãoplanejadaedareferênciaaumainstituic¸ãocom

expertiseespecíficanotratamentodeprofissionaisdesaúde

afetados.A terapia inicialconsisteem semanas oumeses

deintensivotratamentoeminternac¸ãoedeveserseguido

porabstinênciaerecuperac¸ãocomprovada.Apenasapósisso

ocorreréquesepodediscutirsobreoreingressonaprática

daanestesiologia.

Uma vez que é raroque o desvio dedrogas e o abuso

sejamreportadospelosindivíduosafetados,recairãosobre

osparesdoadictoeseusparentesconsiderarema

possibili-dadedeseucomprometimento.Sinaisóbviospodemnãoser

aparentesinicialmente.Dequalquerforma,namedidaem

queadoenc¸aprogrideeaadic¸ãoseintensifica,mudanc¸as

comportamentais provavelmenteirão seapresentar. Essas

podem ou não ser acompanhadas por irregularidades nos

registrosdesubstânciascontroladas.Umavezqueexistaum

altoníveldesuspeic¸ão,umaintervenc¸ãodeveser

conside-radacomoobjetivodedirigiroprofissionalafetadoauma

instituic¸ão de tratamento previamente arranjada. Planos

devem ser trac¸ados previamente a qualquer intervenc¸ão

paragarantirquehajavagasdisponíveisequeainstituic¸ão

tenha experiência no tratamento de anestesiologistas

adictos.

Uma primeira fase de tratamento comec¸a com uma

avaliac¸ão da extensão de uso de drogas do paciente.

Ademais, umcompleto exame psiquiátrico deveser feito

paraavaliarapresenc¸adequalquerdiagnósticode

comor-bidades, tais como depressão, ansiedade e desvios de

personalidade. O tratamento deve ocorrer sob a direc¸ão

deum psiquiatra e deve ser holístico, de modo a prover

uma abordagem compreensiva de todos os aspectos da

saúdedopaciente.Apósessasfasesiniciaisdotratamento,

o tratamento intensivo deve se iniciar. O tratamento em

gruposdeprofissionaisdesaúdeafetadoséummeioefetivo

dequebrarossofisticadosmecanismosdenegac¸ão

frequen-temente presentes nessa populac¸ão. Os objetivos desse

tratamentosãoatotalabstinênciadetodasassubstancias

alteradorasdohumoroudoestadodeconsciência

acompa-nhadadodesenvolvimentodemecanismosdeadaptac¸ãoque

permitirãoaoindivíduofuncionarnasociedade.Esse éum

desafiosignificativoeexplicaolongoperíododetratamento

típico de profissionais em recuperac¸ão. Depois da alta, o

prosseguimentoem longoprazo éaregra,comterapiade

gruposemanal,frequênciaregularareuniõesde12passos

ououtrosgruposdeapoioefrequentemonitoramentopor

meiodetestesdeurinaourastreamentocapilaraleatórios.

O conceito de reingresso na anestesiologia é

alta-mentecontroverso,namedidaemqueestudospreliminares

sugeremumaltoíndice derecaídasacompanhadasde

sig-nificativamortalidade.Estudos maisrecentes indicamque

comtratamentoapropriadoeacompanhamento,índicesde

80%detaxasdesobriedadeporcincoanossãoalcanc¸áveis.8

Essaéa mesmataxademédicos deoutrasespecialidades

esugerequeéaltamenteefetivoomodeloatualde

trata-mentoparaabusodedrogasporprofissionaisdasaúdeque

consisteemtratamentoespecializadodelongoprazo,

inten-sivoacompanhamentoposterioreextensomonitoramento.9

Consequentemente,indivíduosquequeiramvoltaràprática

da anestesia deverão demonstrar uma substancial e

sau-dávelrecuperac¸ãoe umasobriedade documentadapor no

mínimo12meses.Quaisqueroutrosdiagnósticosmédicosou

psiquiátricosdevemsertratadostambém.Adecisãode

per-mitirqueumindivíduoretorne àpráticadevesertomada

pelomédicoresponsávelpelotratamentoemconjuntocom

oprogramadesaúdemédicolocalouseuequivalente.10 A

dependerdacompetência,osórgãosdelicenciamento

apro-priadosdevemtambémestar cientes.O localdetrabalho

prospectivodeveapoiareestardispostoalidarcom

quais-querrestric¸õesemhorasdetrabalhooumanuseiodedrogas

quepoderãoacompanharseuretornoaocontratode

traba-lho.Essescontratostipicamenteestipulam umperíodode

pelomenoscincoanosdemonitoramentoporrastreamento

dedrogas na urinaaleatóriose pela administrac¸ão

acom-panhada de naloxona oral ou injetável. Estudos recentes

documentaramaeficáciadeterapiadeadministrac¸ão

acom-panhadade naltrexonapara dependentes de opioides em

recuperac¸ão.Éhojeumapráticacomumemexigiro

cum-primentode100%notratamentocomnaltrexonainjetável

para anestesiologistas dependentes de opioides11

previa-menteaoseuretornoaumambientedeplenoacessoaessas

substâncias.12,13

Comtratamentomodernoeacompanhamentoposterior

há razões para acreditar que uma significativaproporc¸ão

deanestesiologistasafetadospordesordensdeusode

(4)

230 S.Brookeretal.

anestesiologia.Comoadiscussãoacimaenfatiza,candidatos

aptosareingressar deverão terrecebidotratamento

ade-quado,estar inscritos em umPrograma de Saúde Médica

comumcontrato deacompanhamentoe estar sujeitosao

monitoramentodelongoprazo. Seoindivíduonãoestiver

preparadoparacumpriressascondic¸ões,redirecionamento

aoutrocampoocupacionaldeveserconsiderado.

Conflitos

de

interesse

Osautoresdeclaramnãohaverconflitosdeinteresse.

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Referências

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