• Nenhum resultado encontrado

Rev. Bras. Reumatol. vol.57 número2

N/A
N/A
Protected

Academic year: 2018

Share "Rev. Bras. Reumatol. vol.57 número2"

Copied!
7
0
0

Texto

(1)

w w w . r e u m a t o l o g i a . c o m . b r

REVISTA

BRASILEIRA

DE

REUMATOLOGIA

Artigo

original

Efetividade

do

kinesio

taping

na

dor

e

incapacidade

na

síndrome

dolorosa

miofascial

cervical

Saime

Ay

a,∗

,

Hatice

Ecem

Konak

a

,

Deniz

Evcik

b

e

Sibel

Kibar

a

aUfukUniversity,SchoolofMedicine,DepartmentofPhysicalMedicineandRehabilitation,Ancara,Turquia

bAnkaraUniversity,HaymanaVocationalHealthSchool,DepartmentofTherapyandRehabilitation,Ancara,Turquia

informações

sobre

o

artigo

Históricodoartigo:

Recebidoem18dejunhode2015 Aceitoem20dedezembrode2015

On-lineem9demarçode2016

Palavras-chave:

Síndromedolorosamiofascial

Kinesiotaping

Incapacidade Dor

r

e

s

u

m

o

Objetivo:Investigaraeficáciadokinesiotapingedotapingplacebosobreador,limiardedor àpressão,amplitudedemovimentocervicaleincapacidadeempacientescomsíndrome dolorosamiofascial(SDM)cervical.

Métodos:Ensaioclínicorandomizadoduplo-cegocontroladoporplacebo.Foramalocados emdoisgrupos,aleatoriamente,61pacientescomSDM.Ogrupo1(n=31)foitratadocom

kinesiotapingeogrupo2(n=30)foitratadocomtapingplacebocincovezesemintervalosde trêsdias,durante15dias.Alémdisso,todosospacientesforamsubmetidosaumprograma deexercíciosparaopescoc¸o.Ospacientesforamavaliadosemrelac¸ãoàdor,aolimiarde doràpressão,àamplitudedemovimentocervicaleàincapacidade.Adorfoiavaliadacoma escalavisualanalógica,olimiardedoràpressãofoimedidocomumalgômetroeaamplitude demovimentocervicalativafoimensuradacomagoniometria.Aincapacidadefoiavaliada comoNeckPainDisabilityScale.Asmensurac¸õesforamfeitasantesedepoisdotratamento.

Resultados: Nofimdotratamento,houvemelhoriaestatisticamentesignificativanador,no limiardedoràpressão,naamplitudedemovimentocervicalenaincapacidade(p<0,05) emambososgrupos.Tambémhouveumadiferenc¸aestatisticamentesignificativaentreos gruposemrelac¸ãoàdor,aolimiardedoràpressãoeàflexão-extensãocervical(p<0,05); nãohouvediferenc¸anarotac¸ãocervical,flexãolateralcervicaleincapacidade(p>0,05).

Conclusão:Okinesiotapinglevaàmelhorianador,nolimiardedoràpressãoenaamplitude demovimentocervical,masnãonaincapacidadeemumcurtoperíodo.Portanto,okinesio tapingpodeserusadocomoummétododeterapiaopcionalparaotratamentodepacientes comSDM.

©2016ElsevierEditoraLtda.Este ´eumartigoOpenAccesssobumalicenc¸aCC BY-NC-ND(http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/4.0/).

Autorparacorrespondência.

E-mail:saimeay@yahoo.com(S.Ay). http://dx.doi.org/10.1016/j.rbr.2015.12.004

(2)

Keywords:

Myofascialpainsyndrome KinesioTaping

Disability Pain

a

b

s

t

r

a

c

t

Objective: TheaimofthisstudywastoinvestigatetheeffectivenessofKinesioTapingand shamKinesioTapingonpain,pressurepaintreshold,cervicalrangeofmotion,anddisability incervicalmyofascialpainsyndromepatients(MPS).

Methods: Thisstudywasdesignedasarandomized,double-blindplacebocontrolledstudy. SixtyonepatientswithMPSwererandomlyassignedintotwogroups.Group1(n=31)were treatedwithKinesioTapingandgroup2(n=30)weretreatedshamtapingfivetimesby intervalsof3daysfor15days.Additionally,allpatientsweregivenneckexerciseprogram. Patientswereevaluatedaccordingtopain,pressurepaintreshold,cervicalrangeofmotion anddisability.PainwasassessedbyusingVisualAnalogScale,pressurepaintresholdwas measuredbyusinganalgometer,andactivecervicalrangeofmotionwasmeasuredby usinggoniometry.Disabilitywasassessedwiththeneckpaindisabilityindexdisability. Measurementsweretakenbeforeandafterthetreatment.

Results:Attheendofthetherapy,therewerestatisticallysignificantimprovementsonpain, pressurepaintreshold,cervicalrangeofmotion,anddisability(p<0.05)inbothgroups. Alsotherewasastatisticaldifferencebetweenthegroupsregardingpain,pressurepain treshold,cervicalflexion-extension(p<0.05);exceptcervicalrotation,cervicallateralflexion anddisability(p>0.05).

Conclusion: ThisstudyshowsthatKinesioTapingleadstoimprovementsonpain,pressure paintresholdandcervicalrangeofmotion,butnotdisabilityinshorttime.Therefore, Kine-sioTapingcanbeusedasanalternativetherapymethodinthetreatmentofpatientswith MPS.

©2016ElsevierEditoraLtda.ThisisanopenaccessarticleundertheCCBY-NC-ND license(http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/4.0/).

Introduc¸ão

Asíndromedolorosa miofascial(SDM)éumdosproblemas musculoesqueléticosmaiscomunseéumacausaimportante demorbidadeemadultos.ASDMéumacondic¸ão caracte-rizadapordorcrônicaeassociadaapontos-gatilhoemum ou mais músculos, bandas tensas, dor referida caracterís-ticaerespostadecontrac¸ãolocal.Ospacienteschegamaos servic¸osdesaúdecomdorlocaloureferida,fraqueza muscu-lar,rigidez,dificuldadedelocomoc¸ão,fraqueza,sensibilidade, disfunc¸õesautonômicaserespostadecontrac¸ãolocalno mús-culoafetado.1,2

AetiologiaexatadaSDMnãoétotalmentecompreendida; porconseguinte,otratamento éfocado emdiminuirador, melhoraraforc¸amusculareproporcionarumaboapostura. Osprogramasdeorientac¸ãoetreinamentodospacientes,os fármacosanti-inflamatóriosnãoesteroides(Aine),asinjec¸ões locais,afisioterapia,aacupunturaeprogramasdeexercícios sãoosmétodosdetratamentomaiscomuns.1

O kinesio taping (KT) tem sido cada vez mais usado em condic¸õesmusculoesqueléticaselesõesesportivas.Essa téc-nica foi desenvolvida no Japão por Kase e, recentemente, tornou-semuitopopularnotratamentodador.3,4Okinesiotape

éummaterialfino,leveeelástico,quenãorestringeo movi-mentoarticular.4,5Encontrou-sequeéeficaznadiminuic¸ão

da doredo espasmomuscular, noaumento da amplitude demovimento(ADM),namelhoriada circulac¸ãosanguínea elinfáticalocal,nareduc¸ãodoedema,nofortalecimentode

músculos enfraquecidos, no controle da instabilidade arti-cularenoalinhamentopostural.6–8Emboraosmecanismos

exatosdoKTnãosejamcompreendidos,mecanismosde feed-backsensório-motoreproprioceptivo,estímulosnociceptivos inibitórioseexcitatórioseacontenc¸ãomecânicaforam expli-cadoscomomecanismossubjacentes.4,6,7

Esteensaioclínicorandomizadoduplo-cegoecontrolado porplacebotevecomoobjetivocompararaeficáciadoKTedo

tapingplacebosobreador,olimiardedoràpressão,aADMe incapacidadeempacientescomSDM.

Material

e

métodos

Foramincluídosnoestudo73pacientes(50dosexofeminino, 23domasculino)encaminhadosaonossoambulatóriocom SDMcervicalqueenvolviaapartesuperiordopescoc¸oeo mús-culolevantadordaescápula.OdiagnósticodeSDMfoibaseado noscritériosdescritosporTravelleSimons(énecessárioque opacienteatendaanomínimocincocritériosprincipaiseum secundárioparaodiagnósticoclínico).9Oscritériosde

(3)

Figura1–Técnicadekinesiotaping.

doenc¸asneurológicaseinflamatórias,gravidezouhistóriade cirurgianoombroenopescoc¸o.

Aseguir,foram feitosumexamefísico eaavaliac¸ãodo hemogramacompleto,davelocidadedehemossedimentac¸ão, daproteínaC-reativaedosmarcadoresbioquímicos.

Trata-sede umensaio clínicorandomizadoprospectivo, duplo-cegoecontrolado porplacebo. Antesdotratamento, todososparticipantesreceberaminformac¸õessobreoestudo eassinaramumtermodeconsentimentoinformado.Oestudo foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa com Seres HumanosdaUniversidadeUfuk.

Randomizac¸ão

Ospacientesforamaleatoriamentedistribuídosemdois gru-pos pelo método de envelopes numerados. Cartões com designac¸ãodosgrupos1e2foramcolocadosseparadamente em envelopes fechados; cada paciente escolhia aleatoria-menteumenvelopeeentregava-oaofisioterapeuta.Osdois médicosexaminadoreseopacienteeramcegos emrelac¸ão àalocac¸ãodetratamento.Somenteofisioterapeutaque apli-couaterapiaestavacientedoprocedimentoeoprofissional registrouosnomesdospacienteseseusgrupos.

Ogrupo1(n=31)foitratadocomkinesiotaping(KinesioTex ouro,2inx103.3ft)conformesugeridoporKaseetal.,porcinco vezes,comintervalosdetrêsdias, por15dias. Otapingfoi feitoporumfisioterapeutacertificadonessemétodo.A téc-nicausada foi a inibic¸ão do músculo,que foi descrita por Kase.Aplicou-seotapingaomúsculolevantadordaescápula. Oombroeradeprimidoeopescoc¸o,posicionadoemflexão lateralerotac¸ãoparaoladooposto.FoiusadaumafitaIde15 a20cmdecomprimento.Aaplicac¸ãoiniciavadoângulo supe-riordaescápula.Aporc¸ãoinicialdafitafoiesticadaaomáximo 4a5cme,emseguida,coladasobreaorigemdomúsculo,que estavaaoníveldosprocessostransversosda1a

a4a

vértebras torácicassemestiramento5(fig.1).

Ogrupo2(n=30) foitratadocom otapingplacebocinco vezes,emintervalosdetrês dias, durante15dias. Otaping

placebofoifeitocomumafitaIdomesmomaterialempartes ineficazesdomúsculo,semtensão,comopescoc¸oemposic¸ão neutra(fig.2).

Figura2–Técnicadetapingplacebo.

Além disso, todos ospacientes foram submetidos aum programa de exercícios domiciliares que incluiu exercícios isométricos-isotônicosparao pescoc¸oeexercíciosde alon-gamentoparaosextensoresdascostastodososdias,durante duassemanas.

NãofoipermitidoousodeanalgésicosouAineduranteo processodetratamento.

Desfechosclínicos

Ospacientesforamavaliadosemrelac¸ãoàdor,aolimiarde doràpressão,àADMcervicaleàincapacidade.

Dor

Adorfoiavaliadacomaescalavisualanalógica(EVA,0-10cm; 0indicaausênciadedor,10indicadorintensa).

Limiardedoràpressão

Olimiardedoràpressão(LDP)nopontogatilhofoimedido comumalgômetro(algômetroCommander,JTECHMedical, Utah).Amedic¸ãofoifeitatrêsvezesefoiregistradaamédia dovalormédio.

Amplitudedemovimentocervical

AADMativadasarticulac¸õescervicais(flexão,extensão, fle-xão paraa direita-esquerdaerotac¸ão) foi medidacom um goniômetrocomopacientenaposic¸ãosentada.

Incapacidade

AincapacidadefoimedidacomaNeckPainDisabilityScale (NPDS).Aversãoturcadessaescalafoiconsideradaválidae confiável.Oquestionárioécompostopor20itensemedeos movimentosdopescoc¸o,aintensidadedador,osefeitodador cervicalsobrefatoresemocionaiseainterferêncianas ativi-dadesdevidadiária.Cadasec¸ãoépontuadaemumaescala declassificac¸ãode0a5eapontuac¸ãototalvariade0a100.10

Análiseestatística

(4)

Analisados (n = 31) Perda no seguimento (n = 5)

Discordância com o tratamento no caso de 4 pacientes, reação alérgica em 1 paciente

Grupo 1 (n = 36)

Kinesio taping

Perda no seguimento (n = 7) Discordância com o tratamento no caso de 6 pacientes, reação alérgica em 1 paciente

Grupo 2 (n= 37)

Taping placebo

Analisados (n = 30)

Alocação

Análise 2 semanas de

seguimento

Randomização

Figura3–Diagramaquemostraadistribuic¸ãodospacientesaolongodoensaioclínico.

comotestedeKolmogorov-Smirnov.Aanáliseperprotocolo foiusadaparaacomparac¸ãodosgruposdetratamento.Para determinaradiferenc¸apré epós-tratamentoparatodosos grupos,foiusadootestenãoparamétricodeWilcoxon.Para compararasdiferenc¸asentredois grupos,foiusadooteste

UdeMann-Whitney.Foiaceitoumníveldesignificânciade p<0,05.TodasasanálisesforamfeitascomoprogramaSPSS paraosoftwareWindows18.0.

Resultados

Foram incluídos no estudo 36 pacientes do grupo 1 (27 mulherese nove homens) e37 dogrupo 2 (30 mulhe-resesetehomens)comSDM.Apósarandomizac¸ão,quatro pacientesdogrupo1eseisdogrupo2desistiram,poisnão podiamparticiparregularmentedoprogramadeseguimento doestudo.Emseguida,umpacientedogrupo1eumdogrupo 2desistiramporcausadaocorrênciadereac¸ãoalérgica. Com-pletaramoestudo61pacientesenãoforamobservadosefeitos colaterais(fig.3).

Atabela1mostraaspropriedadesdemográficaseclínicas dosgrupos1e2.Não foram detectadasdiferenc¸as estatis-ticamentesignificativasentreosgruposnosvaloresiniciais (p>0,05),excetonoescoredaNPDS(p<0,05).

Osresultadosdohemogramacompleto,davelocidadede hemossedimentac¸ão,daproteínaC-reativaedosmarcadores bioquímicosestavamdentrodanormalidadeparaambosos grupos.

Tabela1–Característicasdemográficaseclínicasdos pacientes

Grupo1(n=31) Grupo2(n=30) p

Idade(anos) 44,80±17,19 44,10±17,45 0,76 Sexo(feminino/masculino) 22/9 23/7 0,61 Durac¸ãodador(meses) 14,48±4,99 13,50±2,76 0,97 EVA 5,00±2,00 4,56±2,17 0,38 LDP(N) 61,29±8,92 61,73±5,35 0,61 NPDS 49,77±21,37 39,80±12,51 0,05a

EVA, escala visualanalógica; LDP(N), limiarde dor à pressão, Newton;NPDS,NeckPainDisabilityScale.

a p<0,05.

Depoisdeduassemanasdeseguimento,houvemelhoria estatisticamentesignificativaemambososgruposemrelac¸ão àEVA,LDP,ADMeNPDS(p<0,05)(tabela2).

Após otratamento,foramobservadasdiferenc¸as estatis-ticamente significativas na EVA, LDP e valores de flexão--extensãocervical(p<0,05)entreosgrupos.Noentanto,não foramencontradasdiferenc¸asnarotac¸ãocervical,flexão late-raleNPDS(p>0,05)(tabela2).

Discussão

(5)

Tabela2–Comparac¸ãodosparâmetrosdeavaliac¸ãoemambososgruposeentreosgrupos

Variável(independente)EVA Grupo1(n=31) (média±DP)

Grupo2(n=30) (média±DP)

p

Inicial 5,00±2,00 4,56±2,17

Pós-tratamento 2,35±1,99 3,93±1,96 0,004b

p 0,000a 0,000a

LDP

Inicial 61,29±8,92 61,73±5,35

Pós-tratamento 78,09±7,18 71,43±10,25 0,003b

p 0,000a 0,000a

Flexãocervical

Inicial 64,58±7,66 59,86±7,01

Pós-tratamento 71,90±7,54 64,86±6,79 0,001a

p 0,000a 0,001a

Extensãocervical

Inicial 51,93±12,83 44,83±12,42

Pós-tratamento 55,96±13,63 47,20±14,21 0,015

p 0,007b 0,003b

Flexãolateraldireita

Inicial 39,64±13,77 33,83±5,52

Pós-tratamento 42,61±14,78 35,93±5,80 0,357

p 0,001a 0,003b

Flexãolateralesquerda

Inicial 40,93±14,4 33,83±5,52

Pós-tratamento 43,90±14,94 42,43±17,97 0,390

p 0,000a 0,001a

Rotac¸ãodireita

Inicial 60,58±11,58 61,36±12,31

Pós-tratamento 64,74±11,04 63,60±9,55 0,348

p 0,001a 0,006b

Rotac¸ãoesquerda

Inicial 63,09±12,43 67,53±8,24

Pós-tratamento 66,83±13,01 67,93±7,97 0,907

p 0,001a 0,10

NPDS

Inicial 49,77±21,37 39,80±12,51

Pós-tratamento 35,67±20,27 36,10±12,16 0,558

p 0,000a 0,000a

EVA,escalavisualanalógica;LDP,limiardedoràpressão;NPDS,NeckPainDisabilityScale;DP,desviopadrão.

a p<0,001.

b p<0,05.

OpontoprincipalnotratamentodaSDMéforneceralívioda dornospontosgatilho,melhoraraincapacidadeeaumentar omovimentocervical.1,2Okinesiotapingéumatécnica

opcio-nalnovausadanaSDM.3,4Esteestudofoiplanejadocomoum

ensaioclínico randomizadoduplo-cegocontrolado por pla-ceboemquefoi avaliadaa eficáciadométodoKT etaping

placebosobre ador, LDP, ADM dasarticulac¸ões cervicais e incapacidadenotratamentodaSDM.Depoisdeduassemanas detratamento,todososparâmetrosdeavaliac¸ãomostraram melhoriaestatisticamentesignificativaemambososgrupos KTetapingplacebo.Houvediferenc¸aestatisticamente signifi-cativaentreosgruposemrelac¸ãoàEVA,LDPeflexão-extensão cervical,masnãonarotac¸ãocervical,flexãolateralcervicale escorenaNPDS.

Embora haja uma grande quantidade de estudos na literaturasobreoefeitodotapingemlesõesdosistema mus-culoesqueléticoeesportivas,háumaquantidadelimitadade

ensaiosclínicosrandomizadosecontroladosnaSDM.3,11,12No

entanto,nãoháensaioclínicorandomizadoduplo-cego con-troladoporplaceboqueavalieaeficáciadoKTnador, LDP, ADMdasarticulac¸õescervicaiseincapacidadenotratamento daSDM.UmestudodecasosugeriuqueoKTpodeser bené-ficoparaotratamentodeumpacientecomdornoombrode origemmiofascial.Elesobservaramumamelhoria significa-tivanostestesfuncionaisdeamplitudedemovimentoativa doombroenãohouvealterac¸ãonaEVA.13Emumensaio

clí-nicorandomizadoduplo-cegofeitoem50pacientescomSDM, aeficiênciadoKTfoicomparadacomadoagulhamentosecoe foiobservadadiminuic¸ãosignificativanador,LDPe incapaci-dade.OsautoresmostraramqueoKTfoipelomenostãoeficaz quanto oagulhamento seconotratamento da SDM.14

(6)

lesõescervicais agudas com oKT, essas forampequenas e nãosignificativasclinicamente.8Nopresenteestudo,ogrupo

KTmostrou melhoriaestatisticamentesignificativanaEVA, LDP, ADM eNPDS. Emboratenha sido observadamelhoria estatisticamentesignificativanador, LDPeflexão-extensão cervical em comparac¸ão com o grupo placebo, não houve alterac¸ãonarotac¸ãoeflexãolateralcervicalnemnosescores daNPDS.

Váriasteoriastêmsidopropostasparaexplicaros meca-nismosdoKT,incluindomelhorarapropriocepc¸ão,melhorar mecanorreceptorescutâneos,melhoraracirculac¸ão sanguí-nea e linfática, reduzir a intensidade da dor, realinhar as articulac¸ões, auxiliarno alinhamentoposturalerelaxar os músculos acionados em excesso.4,7,11 Como resultado do

KT, observou-seque ador, o LDP, aADM easmedidas de incapacidade mostraram melhoria estatisticamente signifi-cativanogrupoKT.Aestimulac¸ãodomecanismodeteoria das comportasresultounadiminuic¸ão da dorpormeio do aumentonofeedbackaferenteencontradonapele.Outra teo-ria sugereque amelhoria na ADM ena dor é decorrente deumaumentonomecanismodefeedbackproprioceptivoe facilitac¸ãomuscular.4,7,8,11

Oestudo de Thelenet al. encontrou queo KT melhora aamplitudedemovimentolivrededordoombro,massem efeitosobreadoroufunc¸ão.TambémobservouqueoKTea manipulac¸ãoetrustcervicalreduzemaincapacidade.16Uma

sériedeensaiosclínicospublicadossugerequeoKTpodeser benéficonotratamentodasíndromedolorosapatelo-femoral, síndromedo impacto doombro, espasticidade de membro inferiorereabilitac¸ãoposturalnadoenc¸adeParkinson.6,7,17,18

AlgumasrevisõessistemáticasavaliaramoefeitodoKTem condic¸õesmusculoesqueléticasediferentestranstornos clí-nicos.EssesensaiosclínicosrandomizadoscompararamoKT comotapingplaceboououtrasintervenc¸ões.Osresultados dasrevisõessugeremqueoKTnãoinduziuabenefício sig-nificativo ouqueo seuefeito foi pequenodemaispara ser relevantenapráticaclínica.Noentanto,essesensaios clíni-coseramdequalidadebaixaamoderada,estudaramamostras pequenasetinhamperíodosdeseguimentomuitocurtos.4,7,8

Adiferenc¸amaisimportantedopresenteestudofoiteruma amostramaioreterumametodologiadeensaioclínico ran-domizadoduplo-cegocontroladoporplacebo.

Arestric¸ão da ADMcervical ocorreuprincipalmente em razão do espasmo muscular na SDM. Estudos mostraram melhoria nos valores de ADM após o KT.8,15 No presente

estudo,obteve-seumaumentosignificativoemduas sema-nasnaADMcervicaldeambososgrupos.Emboratenhasido observadamelhoriaestatisticamentesignificativana flexão--extensão cervical em comparac¸ão com o grupo placebo, nãohouve alterac¸ão narotac¸ão eflexão lateral cervical.O aumentona ADMcervical podeserdecorrente da reduc¸ão nosespasmosmuscularescervicaisdospacientesoudo pro-grama de exercícios aplicado aos pacientes. No presente estudo, todos os pacientes foram submetidos a um pro-gramadeexercíciosdomiciliaresefoiobservadamelhoriana ADMcervicaldeambosos grupos.Alimitac¸ãodopresente estudofoinãoterumgrupoquefezapenasexercícios,que

Emconclusão,oKTéummétodonãoinvasivoeindolor quetempoucosefeitoscolateraiseébemtolerado,temsido usadonaSDM.EsteestudomostraqueoKTresultaem melho-rianador,LDPeADM,masnãonaincapacidadeemcurto prazo. Portanto,oKT podeserusado comoum métodode terapia opcionalpara otratamentode pacientescomSDM. Contudo,sãonecessáriasmaispesquisasparadeterminaros efeitosclínicoseemlongoprazodatécnicakinesiotaping.

Conflitos

de

interesse

Osautoresdeclaramnãohaverconflitosdeinteresse.

r

e

f

e

r

ê

n

c

i

a

s

1.GiamberardinoMA,AffaitatiG,FabrizioA,CostantiniR. Myofascialpainsydromesandtheirevaluation.BestPractRes ClinRheumatol.2011;25:185–98.

2.Radford-GraffSB.Myofascialpain:diagnosisand management.CurrPainandHeadacheRep.2004;8:463–7. 3.ParreiraPCS,CostaLCM,TakahashiR,JuniorLCH,LuzJunior

MA,SilvaTM,etal.Kinesiotapingtogenerateskin convolutionsisnotbetterthanshamtapingforpeoplewith chronicnon-specificlowbackpain:arandomisedtrial.J Physiother.2014;60:90–6.

4.ParreiraPCS,CostaLCM,JuniorLCH,LopesAD,CostaLOP. Currentevidencedoesnotsupporttheuseofkinesiotaping inclinicalpractice:asystematicreview.JPhysiotherapy. 2014;60:31–9.

5.GüvenZ,C¸elikerR,AtalayA,Ba ˘gıs¸S,Aydo ˘gT,KorkmazN, etal.KinezyolojikBantlama ˙IleriKurs.Istanbul,Turkey: AcıbademÜniversitesi;2012.

6.SaygıEK,AydoseliKC,KablanN,Ofluo ˘gluD.Theroleof kinesiotapingcombinedwithbotulinumtoxintoreduce plantarflexorsspasticityafterstroke.TopStrokeRehabil. 2010;17:318–22.

7.KayaE,ZinnurogluM,TugcuI.Kinesiotapingcomparedto physicaltherapymodalitiesforthetreatmentofshoulder impingementsyndrome.ClinRheumatol.2011;30:201–7. 8.IglesiasJG,PenasCF,ClelandJ,HuıjbregtsP,VegaMRG.Short

termeffectsofcervicalKinesioTapingonpainandcervical rangeofmotioninpatientswithacutewhiplashinjury:a randomizedclinicaltrial.JOrthopSportsPhysTher. 2009;39:515–21.

9.SimonsDG.Muscularpainsyndrome.In:FrictionJR,Awad EA,editors.Advancesinpainresearchandtherapy.NewYork: RavenPres;1990.p.1–41.

10.BicerA,YaziciA,CamdevirenH,ErdoganC.Assessmentof painanddisabilityinpatientswithchronicneckpain: reliabilityandconstructvalidityoftheTurkishversionofthe neckpainanddisabilityscale.DisabilRehabil.2004;26:959–62. 11.BassettKT,LingmanSA,EllisRF.Theuseandtreatment

efficacyofkinaesthetictapingformusculoskeletalconditions: asystematicreview.NZJPhysiother.2010;38:56–62.

12.MorrisD,JonesD,RyanH,RyanCG.Theclinicaleffectsof KinesioTextapin:asystematicreview.PhysiotherTheory Pract.2013;29:259–70.

(7)

14.WesthuizenVD,HendrikJ.Therelativeeffectivenessof Kinesiotapeversusdryneedlinginpatientswithmyofascial painsyndromeoftrapeziusmuscle.

http://hdl.handle.net/10321/732,2012.

15.HernandezMS,SanchezAMC,MoralesMA,ClelandJA, PalomoIL,PenasCF.Shorttermeffectsofkinesiotaping versuscervicalthrustmanipulationinpatientswith mechanicalneckpain:arandomizedclinicaltrial.JOrthop SportsPhysTher.2012;42:724–30.

16.ThelenMD,DauberJA,StonemanPD.Theclinicalefficacyof kinesiotapeforshoulderpain:arandomizeddoubleblinded,

clinicaltrial.JOrthopSportsPhysTher.2008;38: 389–95.

17.FreedmanSR,BrodyLT,RosenthalM,WiseJC.Shortterm effectsofpatellarkinesiotapingonpainandhopfunctionin patientswithpatellofemoralpainsyndrome.SportsHealth. 2014;6:294.

Imagem

Figura 2 – Técnica de taping placebo.
Figura 3 – Diagrama que mostra a distribuic¸ão dos pacientes ao longo do ensaio clínico.
Tabela 2 – Comparac¸ão dos parâmetros de avaliac¸ão em ambos os grupos e entre os grupos Variável (independente) EVA Grupo 1 (n = 31)

Referências

Documentos relacionados

Thus, due to the scarcity of national studies and the high degree of miscegenation found in the Brazilian population 13 we aimed to study the prevalence and incidence of

Para a avaliac¸ão dos momentos de avaliac¸ão das variáveis contí- nuas mais importantes do presente estudo, como por exemplo EVAr, EVAm, EVAi, FlexG e ExtG, usou-se a análise

Methods: We blindly and prospectively (baseline, 1, 4, 12 and 24 weeks) evaluated metacarpophalangeal, wrist, elbow, shoulder, knee and ankle joints after triamcinolone hex-

tenham revelado que mais da metade dos pacientes com AR sem sintomas de STC tinha velocidade de conduc¸ão sensi- tiva no nervo mediano reduzida ao longo do segmento distal do

15 revealed that more than half of RA patients without symptoms of CTS had reduced median nerve sensory conduction velocity along the distal nerve segment, this study failed

Conclusão: No EpiFibro, a maior parte dos pacientes atendia simultaneamente ao ACR1990.. e

The main objectives of the present study are to determine how many patients still fulfill the ACR1990 and the ACR2010 criteria in 2014, to determine the correlation between the

O FSFI é um questionário autoaplicado com 19 itens, usado para avaliar o funcionamento sexual em mulheres, em seis domínios separados (desejo sexual, excitac¸ão sexual,