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Capítulo IV – Descrição e Análise dos Resultados

30. A avaliação externa de escolas tem promovido o

cumprimento de regras por parte dos alunos. 13.4 51.4 17.3 17.3 0.6 2.40 0.945

Concordância Indefinição avaliativa Discordância Ausência de consenso Tabela 7 – Resultados relativos aos itens da subcategoria A1

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No que se refere às restantes questões que compõem esta subcategoria, verifica-se uma indefinição avaliativa, atendendo à distribuição de respostas dadas em cada um destes itens e ao respetivo valor da média aritmética das repostas dadas.

Assim, fica indefinida a opinião dos docentes inquiridos quanto ao contributo da avaliação externa de escolas para a regulação da educação, através do fornecimento de informação relevante quer aos responsáveis pela administração escolar (x3,24;D.P.0,908), quer aos responsáveis pelas políticas educativas (x3,16;D.P.0,911).

Do mesmo modo, constata-se a existência de uma indefinição dos participantes no estudo quanto ao contributo da avaliação externa de escolas para a implementação de ações de melhoria, na escola onde lecionam, decorrentes da análise de resultados de autoavaliação (x3,23; D.P.0,925), embora, neste item, a percentagem de respostas concordantes seja de 51,4%.

Também não ficou patente se da avaliação externa de escolas decorre a promoção de iniciativas, por parte das escolas dos docentes inquiridos, que contribuam para o desenvolvimento da comunidade envolvente (x2,95;D.P.0,973).

Dado o elevado valor do desvio-padrão das respostas dadas, conclui-se a ausência de consenso por parte dos inquiridos quanto à melhoria da qualidade das aprendizagens, como efeito da avaliação externa de escolas, verificando-se também uma indefinição quanto à opinião dos mesmos sobre o assunto (x2,82;D.P.1,023).

No que se refere ao contributo da avaliação externa de escolas para a evolução positiva dos resultados académicos dos alunos, as opiniões dos docentes inquiridos dividem-se quer se fale de resultados internos (x2,75;D.P.0,929), quer de resultados externos (x2,78;D.P.0,909).

Subcategoria A2 – Efeitos curriculares da avaliação externa de escolas

Os itens desta subcategoria dizem respeito às práticas curriculares, decorrentes da avaliação externa de escolas (no contexto do departamento/grupo disciplinar), isto é, referem- se à colaboração entre docentes, articulação e sequencialidade curricular, decisões partilhadas

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e concertadas ao nível da planificação, avaliação, metodologia e escolha de materiais/recursos a utilizar na sala de aula.

Quanto aos efeitos curriculares da avaliação externa de escolas, não se verificou a concordância dos inquiridos em nenhum dos itens que constituem esta subcategoria (Tabela 8).

De acordo com os dados obtidos, verifica-se a discordância dos inquiridos em três itens desta subcategoria, corroborada quer pela percentagem total de respostas “1 – Discordo totalmente” e “2 – Discordo”, quer pelo respetivo valor da média aritmética. As opiniões recolhidas, em cada um destes itens, também não são consensuais, o que se constata pelos valores do desvio-padrão, que, embora sendo inferiores a um, são muito próximos deste valor. Assim, 50,3% dos professores discordam que a avaliação externa de escolas tenha vindo a fomentar a articulação curricular entre os diferentes departamentos curriculares da sua escola/agrupamento (x2,69;D.P.0,978).

Item Respostas (%) Média Desvio- padrão

1 2 3 4 5

19. A avaliação externa de escolas tem contribuído para a valorização da avaliação sumativa em detrimento da avaliação formativa.

4.5 31.8 23.5 37.4 2.8 3.02 0.994

15. A avaliação externa de escolas tem promovido o

trabalho colaborativo entre os docentes. 5.0 35.2 20.1 39.1 0.6 2.95 0.985 24. A avaliação externa de escolas tem contribuído

para a promoção da articulação entre as atividades de ensino e de avaliação.

4.5 31.8 30.2 32.4 1.1 2.94 0.931 10. A avaliação externa de escolas tem contribuído

para a existência da articulação curricular entre professores do 2.º ciclo e professores do 3.ºciclo.

8.4 36.3 17.9 36.3 1.1 2.85 1.045

7. A avaliação externa de escolas tem contribuído para a existência da articulação curricular entre as diversas áreas disciplinares que compõem o meu departamento curricular.

7.3 39.7 22.3 26.8 0.6 2.73 0.941

29. A avaliação externa de escolas tem contribuído para a planificação de atividades que promovam a contextualização do currículo em termos de abertura ao meio

4.5 44.7 26.3 23.5 1.1 2.72 0.912

2. A avaliação externa de escolas tem contribuído para a existência da articulação curricular entre os diferentes departamentos curriculares.

8.4 41.9 22.3 26.8 0.6 2.69 0.978

Concordância Indefinição avaliativa Discordância Ausência de consenso Tabela 8 – Resultados relativos aos itens da subcategoria A2

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Constata-se, também, que 49,2% dos inquiridos discordam que a avaliação externa de escolas tem vindo a contribuir para a planificação de atividades que promovem a contextualização do currículo, em termos de abertura ao meio envolvente (x2,72;D.P.0,912).

No que diz respeito aos efeitos positivos da avaliação externa de escolas, na articulação curricular entre as diversas áreas que compõem o departamento curricular a que pertencem os inquiridos, 47% das respostas situam-se na zona de discordância (x2,73;D.P.0,941).

Constata-se a existência de uma indefinição avaliativa no que se refere aos efeitos da avaliação externa de escolas na valorização da avaliação sumativa em detrimento da avaliação formativa (x3,16;D.P.0,911), no trabalho colaborativo entre docentes (x3,16;D.P.0,911), na articulação entre atividades de ensino e avaliação (x3,16;D.P.0,911), bem como na articulação vertical entre professores de matemática do 2.º ciclo e professores de matemática do 3.º ciclo (x3,16;D.P.0,911), verificando-se, contudo, uma ausência de consenso no que diz respeito a esta última questão, visível pelo elevado valor do desvio-padrão. Todas as outras questões, onde é patente a indefinição avaliativa, reúnem um grau de consenso baixo, uma vez que, tendo o respetivo desvio-padrão um valor inferior a um, apresenta também, em cada caso, valores muito próximos da unidade.

Subcategoria A3 – Efeitos pedagógicos da avaliação externa de escolas

Os itens desta subcategoria dizem respeito às práticas pedagógicas (no contexto da sala de aula), nomeadamente, à concretização de projetos e atividades, metodologia, adequação de ensino e da aprendizagem, modalidades e práticas de avaliação das aprendizagens, bem como à relação pedagógica dos docentes com os alunos.

Mais uma vez, não se verificou a concordância dos inquiridos em nenhum dos itens que constituem esta subcategoria.

Contudo, apenas em duas das sete questões desta subcategoria se verificou a existência de uma indefinição avaliativa, sobretudo dada a divergência de respostas que oscilam, com maioria relativa, entre o “2 - discordo” e o “4 - concordo” (Tabela 9). Esta indefinição constatou-se no que se refere ao favorecimento, por parte da avaliação externa de escolas, de

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práticas de avaliação centradas nos testes (x2,92;D.P.1,010) e à promoção de práticas de ensino caracterizadas por uma maior exigência ao nível do domínio de conhecimentos, por parte dos alunos (x2,80;D.P.0,966). Verifica-se, ainda, uma ausência de consenso quanto à primeira questão mencionada, corroborada pelo valor do desvio-padrão superior a um e um grau de consenso baixo, no que se refere à segunda questão, dado que o valor do desvio-padrão, sendo inferior a um, lhe está muito próximo.

Item Respostas (%) Média Desvio- padrão

1 2 3 4 5

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