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CAPÍTULO 4 Criminologia nos Juizados Especiais Criminais

4.1 Resultado da pesquisa empírica e um estudo criminológico

4.1.2 A vítima

A vitimologia moderna tem desenhado o perfil da vítima do delito como aquela que, além de suportar os efeitos do crime, arca também com “a insensibilidade do sistema legal, o “rechaço e a insolidariedade da comunidade e a indiferença dos poderes públicos297”. Isto se deve em decorrência de o sistema legal voltar toda a sua atenção ao autor do fato (delinqüente), especialmente objetivando a aplicação de penas alternativas e a estrita

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KELLER, Evelyn Fox. Reflexiones sobre gênero y ciência. Espanha: Alfons El Magnànim – Generalitat Valenciana, 1991. p.111-114.

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observância de seus direitos humanos, sem que a mesma preocupação ocorra em relação à vítima; inexiste, por exemplo, uma preocupação relacionada à ressocialização da vítima, ou seja, em ampará-la psicológica, econômica e socialmente, conforme Keller:

A neutralização da vítima está, pois, nas próprias origens do processo legal moderno. Este é um mecanismo de mediação e solução institucionalizada dos conflitos que objetiva e despersonaliza a rivalidade entre as partes contendoras. Mas a linguagem abstrata, simbólica, do Direito e o formalismo da intervenção jurídica converteram a vítima real e concreta do drama criminal em um mero conceito, em mais uma abstração.

O direito não só distancia as partes do conflito criminal, senão também abre um abismo irreversível entre elas e corta artificialmente a unidade natural e histórica de um enfrentamento interpessoal.

A conseqüência de tal fenômeno é muito negativa e, de fato, já foi constatada em algumas investigações empíricas. O infrator, de um lado, considera que seu único interlocutor é o sistema legal e que só frente a ele é que contrai responsabilidades. E esquece para sempre de “sua” vítima. Esta, de outro lado, se sente maltratada pelo sistema legal:percebe o formalismo jurídico, sua criptolingüagem e suas decisões como uma merecida agressão (vitimização secundária) , fruto da insensibilidade, do desinteresse e do espírito burocrático daquele.Tem a impressão, nem, sempre infundada, de atuar como mero pretexto da investigação processual, isto é, como objeto e não como sujeito de direitos298.

Uma grande qualidade que se atribui ao sistema penal moderno, ao atender às Regras de Tóquio, diz respeito à possibilidade de se oportunizar a reparação civil dos danos causados à vítima, como explica Keller:

A respeito dos programas de reparação ou restituição de responsabilidade do próprio infrator (“restitution”), tem-se que os mesmos objetivam viabilizar a reparação do dano ou dos prejuízos sofridos pela vítima; pertencem ao próprio sistema jurídico- penal e pretendem desenvolver uma positiva relação delinqüente-vítima. A pedra-de- toque desse sistema consiste em buscar-se a conscientização do infrator, bem como sua ressocialização, pois exige uma posição ativa por parte do infrator, que não pode se limitar a sofrer um castigo; esse sistema, portanto, consubstancia um novo “paradigma” de justiça penal. Embora este sistema tenha sido aceito em muitos países, tem, também suas limitações, tendo em vista que alguns crimes tornam muito difícil todo propósito de gerar ou restabelecer a necessária relação pessoal de confiança entre vítima e infrator.A viabilidade destes programas, em conseqüência, parece circunscrever-se a delitos de escassa gravidade. Por certo que esse sistema não se adequa, todavia, aos casos de violência de gênero intrafamiliar, pelos motivos já delineados299.

Há, também programas em que as vítimas recebem uma indenização do próprio estado. Segundo Luiz Flávio Gomes:

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Ibid.

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Sua fundamentação baseia-se na idéia de solidariedade social com a vítima inocente e na necessidade de que o Estado assuma alguns custos que têm sua origem no seu próprio fracasso de prevenir o delito. (...) A maioria das vítimas que recebeu uma compensação do Estado preferiria recebê-la diretamente do próprio delinqüente ( ainda que fosse só uma parte dela)300

A experiência tem mostrado que, salvo nos casos de crime de dano ou crimes contra a honra, a composição civil é rara, pois, segundo narram as vítimas durante as audiências, tudo o que desejam é que “seja feita justiça”, nada pretendendo de seu agressor em termos financeiros. Luiz Flávio Gomes enfatiza, igualmente, o quão insuficiente se mostra a chamada composição civil dos danos, a qual, destacamos mais uma vez, é ainda mais insuficiente em se tratando de violência de gênero intrafamiliar: “Mas reparar o mal do delito não significa necessariamente indenizar a vítima: pois nem os efeitos mais perniciosos do crime são de natureza econômica, nem a compensação pecuniária é a única ou a principal modalidade reparatória301”.

Mas o que é, afinal, “fazer justiça”? O que seria, para a vítima, especialmente em se tratando de violência de gênero intrafamiliar, suficiente para punir o agressor e lhe dar algo que pudesse diminuir seu sofrimento, sua dor, sua vergonha, seu medo? Gomes explica:

O medo, o temor, é uma resposta individual típica psicologicamente condicionada de quem foi vitimizado. A experiência vitimária explica uma angústia que, por certo, determinados processos psicopatológicos podem atualizar, reviver e inclusive perpetuar302.

Ou que pudesse lhe assegurar ter paz e nunca mais ter que ver novamente seu agressor? Este é um contraponto muito interessante e, ao mesmo tempo, delicado, tendo em vista que o sistema penal vigente objetiva a descarcerização do autor do fato.

Pergunta-se, então: o sistema penal vigente realmente é favorável à vítima? É hábil a punir adequada e eficazmente o delito? Enquanto se busca a ressocialização do agressor,

300

GOMES, Luiz Flávio; MOLINA, Antonio García-Pablos. Criminologia: introdução a seus fundamentos teóricos: introdução às bases criminológicas da Lei 9.099/95, Lei dos Juizados Especiais Criminais. 3. ed. rev., atual. e amp. São Paulo: Revista dos Tribunais, 2000. p. 100.

301

Ibid., p.110.

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determinando-lhe prestações pecuniárias e prestação de serviços à comunidade, busca-se, em contrapartida, também minorar o sofrimento da vítima, ressocializá-la, oportunizar-lhe prioritário atendimento médico e psicológico? Pois, Segundo Gomes:

A vítima sofre , com freqüência, um severo impacto “psicológico” que se acrescenta ao dano material ou físico provocado pelo delito”. Insere-se nesse impacto psicológico o fato de a vítima procurar atribuir a si própria a responsabilidade pelo ocorrido, ou seja, uma autoculpabilização. Inserem-se, ainda nesse contexto psicológico, a modificação dos hábitos e estilos de vida, com freqüentes transtornos nas relações interpessoais303.

Ou social?:

A vítima não reclama compaixão senão respeito por seus direitos. O Estado “social” não pode ser insensível aos prejuízos que a vítima sofre como conseqüência do delito (vitimização primária) e como conseqüência da investigação e do processo (vitimização secundária). A efetiva “ressocialização” da vítima exige uma intervenção positiva dos particulares e dos poderes públicos, dirigida à satisfação solidária das necessidades e expectativas reais daquela. O delito (a vitimização) é, sob este ponto de vista, mais um “acidente social304.

A resposta a essas perguntas é: certamente que não.

O sistema penal moderno continua a ser injusto e negligente para com a vítima do delito, enquanto se preocupa em oferecer ao agressor inúmeras oportunidades para evitar sua segregação, tantas vezes necessária para puni-lo adequadamente e também para prevenir a prática de novos crimes.

CALHAU, destaca que o sistema jurídico penal como um todo, em vários países, hodiernamente, oferece ao delinqüente muito mais direitos e garantias do que à própria vítima; afirma, então, que:

“Uma sociedade que não protege e não presta assistência às vítimas de seus crimes não obtém níveis de cidadania dignos para o momento histórico em que a humanidade se encontra305”. 303 Ibid., p.93 304 Ibid.,p. 92. 305

CALHAU, Lélio Braga. Vítima, justiça criminal e cidadania: o tratamento da vítima como fundamento para uma efetiva cidadania. Revista Brasileira de Ciências Criminais, n° 31, p. 229-241.

Nesse sentido, então, ao lado dos princípios legais que norteiam o processo criminal (legalidade ou reserva legal, ampla defesa, inocência etc), que objetivam, precipuamente, a pessoa do acusado, impõe-se reconhecer que se lhe aplica o princípio da dignidade da pessoa humana, tal como discorrido no Capítulo II. Lélio Braga Calhau recorda que na Constituição Federal vigente, em seu artigo 5°, estão expressos os direitos e garantias fundamentais do acusado, inexistindo, todavia, qualquer proteção à vítima nesse sentido, salvo uma hipotética referência contida no ADCT, artigo 245; ou seja, no Brasil, na prática, inexiste tratamento assistencial à vítima, ao contrário do que já ocorre, há muitos anos, em vários outros países, onde às vítimas são oferecidos serviços como, por exemplo, intervenções nas situações de crises, consultas, abrigo de emergência, advocacia na justiça criminal, transporte de emergência, atendimento multidisciplinar (jurídico, psicológico e social).

Por outro lado, há que se tentar explicar, qual a interação existente entre delinqüente e vítima, para se compreender adequadamente o fenômeno da violência de gênero intrafamiliar. É justamente através de conceitos de psicologia que o ciclo da violência, já explicitado no Primeiro Capítulo, juntamente com o perfil da vítima que procuraremos traçar a seguir, que poderemos responder a essa questão.

Segundo a vitimologia, tem-se que a vítima pode vir a ensejar, de alguma forma, “uma contribuição mais ou menos relevante para a sua própria vitimização306”. Isto ganha contornos bem explícitos quando se observa, especialmente nos casos de violência de gênero intrafamiliar, que a vítima presenciou esse tipo de violência durante sua infância, em seu ambiente familiar, ou mesmo foi vítima de maus-tratos, em sua fase adulta, essa pessoa busca, inconscientemente, um companheiro que apresente características que lhe sejam familiares, bem como um comportamento idem. Isto é o que se infere dos relatórios do Núcleo

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Psicossocial, principalmente quando se relata a história de vida das vítimas e reforçado pelos autores, Dalka e Tereza:

(...) Por outro lado, a pessoa que foi vitimizada, mesmo estando gravemente ferida e/ou traumatizada, muitas vezes nega o que está ocorrendo e sentindo, não procurando o atendimento necessário. Mesmo tendo certa consciência de estar sofrendo um abuso, pode continuar negando o que está vivenciando, pois pedir ajuda poderá ter como conseqüência desestruturar a família, ser considerada culpada (...)307.

A vitimologia ressalta esse fator, tendo em vista sua constatação no estudo de casos concretos. Flávio Gomes, ao abordar essa questão, afirma:

São muitos os infratores que contam em suas biografias experiências vitimárias prévias. É dizer: antes de se tornarem delinqüentes foram também vítimas de delito. Por isso, a vitimologia vem chamando a atenção sobre a necessidade de formular e experimentar programas de assistência, reparação, compensação e tratamento das vítimas de delito”. O autor destaca a existência, nos Estados Unidos, de programas de assistência imediata de mulheres violadas ou maltratadas, que são financiados, em geral, por instituições privadas, religiosas, de âmbito local (vide p. 94), como, por exemplo, a Associação de Mulheres Separadas e Divorciadas e a Associação de Vítimas do Terrorismo. Além disso, desde a década de setenta o País conta com um centro de atenção, recuperação e reinserção de mulheres e crianças vítimas da violência doméstica308.

Dentro desse perfil comum, seria possível o desenvolvimento de uma terapia comunitária, incidindo nas vítimas em potencial, como forma de se prevenir esse tipo de delinqüência, pois Flávio Gomes argumenta:

Parece então razoável a possibilidade de evitar com eficácia muitos delitos dirigindo específicos programas de prevenção aos grupos ou subgrupos humanos que possuem maiores riscos de vitimização. Detectados os indicadores que convertem certas pessoas ou grupos de pessoas em candidatos qualificados ou propícios ao status de vítima, um meticuloso programa, cientificamente desenhado, de conscientização, de informação e tutela orientado para as mesmas, pode e deve ser mais positivo em termos de prevenção que o clássico recurso à ameaça de pena ou a mensagem indiscriminada e abstrata a um hipotético infrator potencial ( prevenção “vitimaria” versus prevenção “criminal”).

A prevenção “vitimária” possui, ademais de sua comprovada efetividade, outras vantagem: sugere uma intervenção não penal dos poderes públicos – e da sociedade em geral – para prevenir o delito, o que diminui o elevado custo social que a prevenção “criminal” implica: corresponsabiliza todos, a comunidade jurídica

307

FERRARI, Dalka; VECINA, Tereza (Orgs). O fim do silêncio na violência familiar. São Paulo: Agora, p. 92.

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GOMES, Luiz Flávio; MOLINA, Antonio García-Pablos. Criminologia: introdução a seus fundamentos teóricos: introdução às bases criminológicas da Lei 9.099/95, Lei dos Juizados Especiais Criminais. 3. ed. rev., atual. e amp. São Paulo: Revista dos Tribunais, 2000. p. 84.

inteira - especialmente a vítima potencial -, na defesa dos bens ou interesses mais valiosos, evitando a atuação do sistema legal e sua tardia intervenção; por fim, propicia o desenho de alguns programas de prevenção de alto conteúdo social, dirigidos especificamente aos grupos ou subgrupos de pessoas que necessitam de particular proteção ( jovens, terceira idade, aposentados etc309.)

Afinal, “o crime é um fenômeno altamente seletivo, não casual, nem fortuito ou aleatório: busca o lugar oportuno, o momento adequado ... e a vítima certa também310”.

Do ponto de vista da psicanálise e da psicologia, assim como se pode atribuir ao agressor uma característica sádica, a vítima, por sua vez, apresenta uma característica masoquista. Evelyn Fox Keller, ao explicitar a relação sado-masoquista da dominação, assinala que:

El efecto de esta conducta em la víctima denpende muy especialmente de la capacidad que ésta tenga em última instancia de ‘identificarse com el agresor’. Jean Baker Miller hace uma distinción entre ‘desigualdad temporal’ y desigualdad permanente’ que aqui resulta esencial. (...) epro em las mujeres y otros que se sitúen em relaciones de desigualdad permanente, lo más probable es que se favorezca el desarollo de la postura recíproca de víctima, o masoquista. Em ambos casos la conducta se auto-repdoruce: perpetúa la preocupación por la superioridad y la inferioridad, y la ecuación de uato-estima y posicón em la jerarquia del poder277.

De 14 a 17 De 18 a 21 De 22 a 35 De 36 a 49 Acima de 50

Gráfico 4 – Idade das vítimas Fonte: Da autora 309 Ibid., p.82 310 Ibid., p. 81. 277

KELLER, Evelyn Fox. Reflexiones sobre gênero y ciência. Espanha: Alfons El Magnànim – Generalitat Valenciana, 1991. p.112-113.

O gráfico mostra a idade das vítimas nos processos analisados311. Verifica-se que a maior incidência de violência de gênero intrafamiliar ocorre nas vítimas com idade entre 22 e 35 anos, coincidentemente o período em que a mulher está no auge de seu período reprodutivo; muitas das vítimas são agredidas mesmo estando grávidas, ou na frente dos filhos pequenos, segundo Keller:

A idade da vítima é uma variável que se comporta de modo singular: as taxas mais elevadas são constatadas nas faixas de idade intermediária ( de vinte e seis a trinta e cinco anos) – às vezes entre trinta e seis e quarenta e cinco - e conforme aumente ou diminua idade há uma oscilação.

As elevadas taxas de vitimização nas idades intermediárias – um dado muito singular – podem ser explicadas porque nelas ocorrem dois fatores: posse de bens em proporção superior a outras idades e maior risco ou exposição ao delito312.

Há uma grande incidência de queixas no sentido de que o agressor ingeriu bebida alcoólica e chegou em casa tarde da noite, embriagado; a vítima, ao questioná-lo sobre tal comportamento, passa a ser agredida verbal e/ou fisicamente.

Logo em seguida, a faixa etária de maior incidência de violência é a de 36 a 49 anos; nesses casos, tem-se observado que as mulheres já vinha sendo vítimas de agressões físicas e verbais; todavia, não denunciaram seu agressor por temer serem abandonadas com os filhos ainda pequenos, sem ter como sustenta-los; assim, agora que os filhos estão maiores e muitas vítimas conseguiram ingressar no mercado de trabalho, geralmente como empregadas domésticas ou diaristas, podendo daí tirar seu sustento, resolveram denunciar o agressor e ajuizar ação de separação ou dissolução de sociedade de fato.

Há muitos casos em que o casal já está separado de fato, dormindo em cômodos distintos da mesma casa, enquanto aguardam a decisão judicial acerca da separação de bens.

311

OBS.: Índice utilizado: MNDH

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Há estreita relação entre discussões sobre pensão para os filhos, separação de bens, regulamentação de visitas e a violência; isto decorre do traumático rompimento do processo de comunicação entre as partes envolvidas e assim, tornando-se impossível o diálogo racional, partem para agressões verbais. Ocorrem, muitas vezes, agressões recíprocas; todavia, como o homem é fisicamente mais forte que a mulher, acaba por agredi-la fisicamente, causando-lhe lesões corporais.

Em terceiro lugar, o grupo de maior incidência de violência é o de vítimas com idades entre 18 a 21 anos, idade em que a mulher está, geralmente, iniciando sua vida sexual; ordinariamente, observa-se que são agredidas pelos namorados, por ciúmes.

Em quarto lugar, figura o grupo de vítimas com idades entre 14 e 17 anos, ou seja, adolescentes, que precocemente iniciam uma vida sexual ativa.

Por último, segue-se a faixa etária de vítimas com idade acima de 50 anos, onde as causas da violência são semelhantes àquelas declinadas relativamente à faixa etária de 36 a 49 anos. Professora Estudante Do lar Doméstica Desempregada Outras

Gráfico 5 – Categorias profissionais das vítimas Fonte: Da autora.

O Gráfico 5 especifica, por amostragem, que há vítimas de distintas categorias profissionais. Observa-se que há vítimas de distintas categorias profissionais, sendo que na categoria “professora” a grande maioria possui curso de nível superior; estas profissionais,

juntamente com o grupo de “estudantes”, forma o universo de vítimas com grau de instrução médio a superior.

Na categoria “outras profissões” estão inseridas cabeleireiras, secretárias, profissionais de limpeza, manicures, salgadeiras, dentre outras profissões, sendo que a maioria trabalha como autônoma.

A categoria “do lar” consubstancia, ainda, um universo considerável, em que pese a inserção da mulher no mercado de trabalho; na categoria “desempregada” incluem-se mulheres que possuem formação profissional mas que se encontravam, à época, sem emprego; insta salientar, contudo, que mesmo não possuindo profissão e/ou emprego e, portanto, sem possuir independência financeira relativamente a seu agressor, as vítimas dessa categoria ousaram denunciar a agressão.

Fundamental incompleto

Fundamental completo

Ensino médio incompleto

Ensino médio completo

Superior

Gráfico 6 – Grau de escolaridade das vítimas Fonte: Da autora

O Gráfico especifica, por amostragem, o grau de escolaridade das vítimas. A grande maioria das vítimas e agressores possui curso fundamental completo, seguido, em ordem decrescente, de nível fundamental incompleto, ensino médio completo, ensino médio incompleto e, por fim, nível superior.

Casado Solteiro Viúvo Divorciado Separado

Gráfico 7 – Estado civil das partes Fonte: Da autora