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Pré-análise

Tratamento dos resultados: Exploração do material

Categorização e codificação

Administração das técnicas de coleta de dados

Inferência Interpretação

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Figura 6 - Organização da pesquisa para a coleta de dados

Fonte: Maria da Glória Albino

O enfoque prático da pesquisa se orienta em direção ao reflexo da realidade em estudo. Funciona sobre o alicerce da relação prática mais próxima entre o pesquisador e o objeto de estudo, o que pode gerar processos de mudança que tem a possibilidade de incidir tanto nos sujeitos participantes (professores de Biologia) quanto na própria pesquisadora. São os métodos empíricos que possibilitam coletar dados necessários a fim de que possam ser alcançados os objetivos específicos. Como características dos métodos empíricos, são ressaltadas:

a) a unidade dialética entre esses métodos;

b) a seleção e interpretação dos resultados à luz de um referencial teórico definido;

c) a sua relação com a natureza do objeto de estudo; d) a sua materialização em instrumento de pesquisa.

Estas características evidenciam que a pesquisa empírica não é mera descrição do real, ou como este se apresenta para o investigador. Segundo Meksenas (2002), é preciso que os olhos do pesquisador sejam municiados de instrumentos analíticos: conceitos, teorias, concepções filosóficas, entre outras.

Na presente pesquisa, foram privilegiados como instrumentos empíricos o questionário, o registro da atividade e a observação.

O problema Construção dos instrumentos de coleta Validação dos instrumentos Aplicação dos instrumentos de coleta de dados no diagnóstico Definição das estratégias para coleta de dados

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O diagnóstico foi composto de um questionário e uma tarefa do tipo problêmica47. Essa atividade foi realizada com o grupo de professores objetivando caracterizar o nível de desenvolvimento da habilidade.

5.4.1 O questionário

O questionário é um instrumento de investigação, de coleta de dados largamente usado nas pesquisas de campo. Constitui uma técnica de interrogação onde se obtém informações por meio de perguntas escritas organizadas de forma impressa. Segundo Nocedo de León et al. (2009), esta técnica possibilita a obtenção de informações acerca das opiniões, experiências ou vivências de um grupo de indivíduos. É uma técnica muito usada porque possibilita que os dados sejam analisados de maneira qualitativa e quantitativa. Mas tem suas limitações, uma vez que nem todas as pessoas estão motivadas para fornecer as respostas solicitadas e o vocabulário utilizado também pode conduzir a interpretações inadequadas.

Marconi e Lakatos (2003) e Gil (2008) explicitam as vantagens e limitações do questionário, como técnica de coleta de dados:

Vantagens: é uma técnica que obtém respostas mais rápidas e mais precisas, há maior liberdade nas respostas, em razão do anonimato; há mais segurança, pelo fato de as respostas não serem respondidas de forma pessoal; é possível obter informações com menor risco de distorção, pela não influência do pesquisador; os dados obtidos são suscetíveis de classificação e de quantificação.

Limitações: impede o auxílio ao informante quando este não entende corretamente as instruções ou perguntas48; envolve, geralmente, número relativamente pequeno de perguntas, porque é sabido que questionários muito extensos apresentam alta probabilidade de não serem respondidos; proporciona resultados bastante críticos em relação à objetividade, pois os itens podem ter significado diferente para cada sujeito pesquisado.

47 As tarefas foram planejadas de acordo com o ensino problêmico proposto por Majmutov (1983). As tarefas problêmica são tarefas capazes de possibilitar aos aprendentes a compreensão de uma realidade objetiva. Seu principal fundamento filosófico é a contradição. Nesse tipo de tarefa, a realização é participativa (conversação heurística). O orientador do processo conduz à resolução de determinado problema revelando a lógica do mesmo a partir de contradições.

48 No caso dessa pesquisa, os questionários serão preenchidos no caderno de registros, o que pode minimizar esse aspecto e um outro relacionado pelos autores citados, o retorno dos questionários em tempo hábil para a tabulação dos dados.

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Para Nocedo de León et al. (2009), é indispensável estabelecer, tendo em conta a operacionalização das variáveis em indicadores empíricos, o conteúdo e a quantidade de perguntas, os tipos, a formulação e o ordenamento dessas. Nessa perspectiva, é recomendado confeccionar um plano com os aspectos aos quais se relaciona a busca de informação, com o objetivo de que apareçam todas as questões necessárias e não se incluam questões dispensáveis. O plano de questionário para a atividade de diagnóstico foi organizado e pode ser visto no quadro 5.

Quadro 5 - Plano do questionário diagnóstico

Plano do Questionário

Objetivos Perguntas

1. Caracterizar os professores de Biologia do IFRN – Campus Natal-central, quanto ao perfil sócio profissional.

2. Conhecer o entendimento do professor em relação aos conceitos e conceitos científicos 3. Caracterizar o que é definir conceito científico

para o professor.

4. Conhecer os sentidos dados pelos professores, a relação entre as habilidades de Definir e Identificar.

1. a) Código: b) Idade: c) Sexo:

d) tempo que leciona:

2. O que é um conceito? O que é um conceito científico?

3. O que é definir um conceito científico?

4. Qual a relação que se pode estabelecer entre os procedimentos de definir e o de identificar?

Justificativa

Esse procedimento se constitui como uma das tarefas para diagnosticar o nível de desenvolvimento da habilidade de identificar. E foi validado por um especialista.

Fonte: Maria da Glória Albino

Nessa pesquisa, esse instrumento permitiu obter dados sobre os processos de formação da habilidade de identificar, segundo o indicador qualitativo grau de generalização. Os dados obtidos foram integrados aos do registro de atividade e a observação, objetivando-se uma visão mais completa e qualitativa do processo.

O conhecimento do entendimento dos professores quanto a conceito, conceito científico e a relação entre as habilidades de definir e identificar, são importantes para a caracterização dos campos semânticos que serão utilizados,

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posteriormente, para o diagnóstico do nível de desenvolvimento da habilidade de identificar, isso porque, a habilidade de identificar requer em seu sistema operacional os conhecimentos sobre a estrutura conceitual lógica e a identificação.

As questões foram, em sua maioria, do tipo aberta (as questões fechadas se destinam à caracterização do grupo) (APÊNDICES A e B). Este tipo de questão (aberta), segundo Nocedo de León et al. (2009), coadunava, ao tipo de investigação, pois reside na exploração ou na formulação de assuntos considerados novos, isso porque a forma em que se buscava a informação não era estandardizada, o que permitiu a compreensão dos sentidos e significados das categorias empíricas do trabalho que, por sua vez, resultaram da categorização das respostas, ampliando a validez das categorias como construtos iniciais. Além disso, as informações obtidas permitiram a construção de inferências mais confiáveis nas respostas às questões em estudo.

Segundo Lakatos e Marconi (2003) a questão aberta ou livre (não limitada) possibilita investigações mais profundas e precisas; entretanto, apresenta alguns inconvenientes: dificulta a resposta ao próprio informante, que deverá redigi- la, o processo de tabulação, o tratamento estatístico e a interpretação. A análise pode se tornar difícil, complexa, cansativa e demorada.

O cuidado ao aplicar e tratar essa técnica, segundo, Martínez González (2007), deve ser especial para que as respostas realmente reflitam o verdadeiro comportamento do sujeito ou sua opinião, seu pensamento, seu saber. No caso dessa pesquisa com professores, refletiu o conhecimento, desses, em relação ao objeto de estudo (o conhecimento relativo a habilidade de identificar).

5.4.2 A tarefa diagnóstica

A riqueza de informações que se pode extrair e resgatar justifica o seu uso em várias áreas das Ciências Humanas e Sociais. Ela possibilita ao pesquisador ampliar o entendimento de objetos cuja compreensão necessita de contextualização histórica e sociocultural.

O registro da tarefa diagnóstica permitiu acompanhar os processos de reflexão crítica e a produção dos professores, no reorganizar e re-elaborar as ideias, no corrigir os erros e aprender com eles, no confrontar as respostas às situações- problema encontradas. Sendo assim, além de ser um modo de registro, foi uma

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estratégia formativa que permitiu coletar as evidências para a produção de um sistema didático.

Esse material foi essencial à obtenção dos dados relativos aos níveis de desenvolvimento e da aprendizagem dos professores durante e ao fim do ciclo de atualização da habilidade de identificar, concebida como um conhecimento profissional na dimensão do ensinar a ensinar.

A tarefa foi planejada sob a perspectiva da aprendizagem problêmica por entender que esta possibilita a motivação e aprendizagem autônoma. Segundo Majmutov (1983), a motivação cognitiva tributa para o desenvolvimento intelectual, uma vez que desafia a curiosidade (pela apresentação de problemas compatíveis com os conhecimentos dos aprendentes) e auxilia (por meio de indagações estimulantes) o gosto pelo raciocínio independente proporcionando meios para o pensamento lógico (quadro 6).

Quadro 6 - Plano da tarefa diagnóstica

Plano da Tarefa Diagnóstica CONTEÚDO: Classificação biológica.

OBJETIVO: Conhecer o nível de desenvolvimento da habilidade de identificar.

ETAPA: Diagnóstico. ATIVIDADE

Um grupo de pesquisadores faz uma descoberta de um novo animal e precisa identifica-lo. A hipótese primeira do grupo é que se trata de um inseto. Em relação a essa situação, responda:

a) O que é identificar?

b) Como se deve proceder para identificar se se trata de um inseto ou não?

c) Qual a importância do procedimento de identificar na atividade científica dos biólogos? d) Qual a importância da identificação na aprendizagem de Biologia no contexto escolar? e) Na sua opinião, qual a diferença entre identificar e reconhecer?

JUSTIFICATIVA

Essa tarefa se constitui como uma das tarefas para diagnosticar o nível de desenvolvimento da habilidade de identificar. O seu resultado será utilizado para a orientação da proposição do sistema didático para atualização da habilidade de identificar.

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5.4.3 A observação

As observações em geral têm lugar em um contexto natural e, na maioria das vezes, não procuram dados quantificáveis que apenas eventualmente são coletados. Na abordagem Histórico-Cultural assume-se um caráter mais dialético, buscando uma mediação entre o individual e o social, busca-se a compreensão construída nos encontros produzidos entre o pesquisado e o pesquisador.

Marconi e Lakatos (2003) definem observação como sendo uma técnica de coleta de dados para conseguir informações, que utiliza os sentidos na obtenção de determinados aspectos da realidade. Não consiste apenas em ver e ouvir, mas também em examinar fatos ou fenômenos que se desejam estudar. Para registrar as observações, com o objetivo de analisá-las posteriormente, o pesquisador utiliza instrumentos de coleta de informação: bloco de notas e canetas, fichas de registro, câmera fotográfica, gravador, filmadora.

Esse método empírico tem como vantagens, segundo Nocedo de León et al. (2009), a possibilidade do registro dos fenômenos no momento e lugar em que ocorrem (de forma imediata e direta), evitando, portanto, possíveis distorções relacionadas com o “passar do tempo” e com outros fatores de ordem subjetiva. Além disso, a observação é independente da capacidade (ou disposição) dos observados a falar de si mesmos. Ela é aplicável a sujeitos de qualquer idade, nível cultural e intelectual. É bastante usada nas investigações educacionais devido a sua capacidade de operar em situações naturais.

Gil (2008) destaca que na observação, os fatos são percebidos de forma direta, sem que haja qualquer tipo de intermediação, sendo considerada uma vantagem, em comparação aos demais instrumentos.

As limitações do método estão ligadas ao tempo necessário para sua utilização. Segundo Nocedo de León et al. (2009), a observação demanda o tempo real em que se desenvolvem os fatos observados. Outra limitação encontrada no método, para os autores, é que fatores subjetivos, por parte do observador, podem alterar a objetividade dos dados recolhidos mediante a sua percepção. Isto é, a observação pode, muitas vezes, apresentar um viés pessoal excessivamente forte do observador nas suas observações e julgamentos, introduzindo, dessa forma, erros sistemáticos nos seus dados, com efeitos problemáticos para a pesquisa gerando interpretações pouco confiáveis.

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Para Nocedo de León et al. (2009), a observação pode ser classificada: a) Segundo o grau de consciência entre o sujeito e o objeto de

observação. Ela pode ser: externa ou interna. Na externa, o sujeito e objeto de observação não coincidem. O sujeito, externo ao objeto, analisa, interpreta e valora ou explica a natureza interna do objeto por meio da observação. Na interna, sujeito e objeto coincidem, e, por isso, ocorre uma auto-observação.

b) Segundo o grau de conhecimento (por parte do objeto) que está sendo observado. Ela pode ser: aberta ou oculta. Na aberta, os que são observados sabem que estão sendo observados. Já na oculta, os sujeitos desconhecem que estão sendo observados. A última se apoia em recursos que permitem manter o observador oculto.

c) Segundo o grau de inclusão do investigador na situação estudada, a observação pode ser: participante ou não participante. Na participante, o observador se integra como membro do grupo, a observação se realiza dentro do sistema a observar, o observador intervém nas atividades do grupo, não é espectador mas ator. Na não participante, o observador fica fora do sistema que observa, não está incluído em suas atividades, não participa. É um espectador.

d) Segundo o grau de intervenção do investigador no processo de observação, ela pode ser: direta ou indireta. Na direta, o investigador pessoalmente realiza as observações. Na indireta, o investigador utiliza outras pessoas para a realização da observação.

A observação foi um dos métodos empíricos utilizados para a obtenção de informações significativas no contexto “real” na atividade diagnóstica. Como método empírico de pesquisa, ela buscou refletir o fenômeno em estudo tal como ele era, utilizando como via fundamental a percepção da pesquisadora, que permitiu um reflexo imediato e direto (lá e no momento) da realidade. O diagnóstico do grau de desenvolvimento da habilidade de identificar foi percebido de forma planejada com a intenção de ser descrito e interpretado, isso significa que, a observação Foi realizada a partir de um roteiro (elaborado partir das categorias – comunicação/ interação sujeito-sujeito, sujeito-objeto; afetividade/ a motivação para realizar a tarefa; cognição/ a zona de desenvolvimento atual e proximal- o que sabiam e o que poderiam saber com auxilio) (quadro 7).

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Quadro 7 - Plano de observação do diagnóstico

Objetivos Critérios de Observação

1. Observar a Motivação dos professores participantes.

 Os professores demonstraram interesse em fazer a tarefa proposta?

 Em que momento da realização das tarefas eles demonstraram maior interesse?

 Em que momento da realização das tarefas eles demonstraram menor interesse?

2. Observar a Comunicação interativa dos professores participantes.

 De que modo ocorre a comunicação interativa entre a pesquisadora e os participantes da pesquisa? (os participantes, perguntam, dão exemplos? Ocorre uma interação efetiva entre pesquisadora e grupo?)

3. Observar as expressões dos professores em relação as habilidades e a habilidade de identificar durante a atividade.

 Os professores expressão sua compreesão em relação as habilidades? E em relação a habilidade de identificar?

Fonte: Maria da Glória Albino

O método utilizado, portanto, se baseou na percepção planejada do fenômeno com a intenção de descrevê-lo e interpretá-lo cientificamente. Isso a configurou como sendo classificada em externa, aberta, participante e direta. O que implicava, segundo Lüdke e André (1986), a existência de um planejamento cuidadoso do trabalho e uma preparação rigorosa do observador para que a observação fosse um instrumento válido e fidedigno. Isso porque, segundo Becker (1999), a observação deveria responder a particularidades de algumas questões e apresentar algumas características específicas da pesquisa, como: coletar as informações de maneira discreta e reservada, a fim de evitar que as respostas fossem inverídicas; coletar informações que possibilitassem uma predição do fenômeno e produzisse dados que pudessem ser passíveis de, se necessário, comparar este com outros casos (quadro 7).

5.4.4 A validação dos instrumentos de coleta de dados

A validação dos instrumentos de pesquisa é um requisito essencial que se aplica ao delineamento de uma investigação. Em termos gerais, confere relevância e objetividade aos dados coletados durante a pesquisa. Segundo Laville e Dionne

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(1999), a validez de um instrumento de pesquisa diz respeito à qualidade desse instrumento para favorecer as informações para os quais foi construído. Para Lakatos e Marconi (2003), verifica até que ponto os instrumentos têm condições de garantir resultados isentos de erro. Isso é importante, segundo Minayo (2010), para que os passos da pesquisa se articulem em seu desenvolvimento, impedindo atividades meramente especulativas ou empiristas.

Nessa pesquisa, cada um dos instrumentos de coleta utilizados (questionário, observação e registro), no formato do plano correspondente, foi validado e discutido com investigador reconhecido em relação a abordagem Histórico-Cultural. Esse procedimento coaduna com a orientação de Marconi e Lakatos (2003), os quais afirmam que investigadores experientes e capazes são os apropriados a determinar a validez dos métodos e procedimentos utilizados em uma coleta de dados.

5.4.5 As estratégias de organização e de análise dos dados

Os dados, segundo Nocedo de León et al. (2009) não são coisas isoladas, os acontecimentos fixos, captados em instantes. Eles se dão em um contexto fluente de relações: são fenômenos que não se restringem às percepções sensíveis e aparentes. É preciso ultrapassar sua aparência imediata para descobrir sua essência. É necessário encontrar o significado manifesto e o que permanece oculto. Sob esse pressuposto, os dados foram organizados segundo cada tipo de fonte de coleta e seus possíveis tratamentos. Procurou-se uma aproximação/distanciamento entre categorias teóricas, categorias de análises e categorias empíricas, uma vez que, segundo os autores, uma posição crítica/analítica da atividade de aprendizagem dos professores permite focalizar a atenção naquilo que os participantes da pesquisa fazem para aprender, e ensinar, sem prejulgamento baseado em visões normativas. E isso permite a produção de um sistema didático pautado nas necessidades formativas demonstradas.

A organização dos dados se deu de forma a relacioná-los aos objetivos específicos da pesquisa.

a) Objetivo: Determinar o nível de desenvolvimento da habilidade de identificar nos professores.

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Esse objetivo foi alcançado por meio do diagnóstico inicial aplicado aos professores no segundo encontro49.

Considerando os modelos e as categorias teóricas, as respostas às perguntas do questionário50 foram organizadas em quadros, depois de realizada a análise do conteúdo; com a redução das frases escritas em palavras palavras-chaves, que foram categorizadas com base em inferências quanto a seu significado. As inferências foram realizadas com base nos modelos conceituais presentes nos capítulos teóricos da pesquisa. O quadro 8, apresenta os modelos conceituais elaborados de acordo com: Santos (1959), Pozo (1998), Kopnin (1966), Jorba (2000), Lopes (1990) eTalízina (2000, 2009). A que se ressaltar que não foram utilizadas as respostas quanto à categoria conceito, uma vez que essa representação se fazia presente em conceito científico. Em todas essas análises, foram considerados os critérios da exaustividade, homogeneidade e representatividade.

Quadro 8 - Modelo conceitual das categorias analisadas

Conceito

Construções mentais que identificam um conjunto de objetos. Representações abstratas que designam um conjunto ou uma classe de objetos ou seres.

Conceito Científico Representações que derivam de um corpo articulado de

conhecimento de uma área científica.

Definir conceito científico Enunciar o conjunto das características necessárias e suficientes

de determinado objeto.

Relação entre Definir e Identificar

A identificação é precedida da definição do conceito usado como referência.

Fonte: Maria da Glória Albino

As respostas da tarefa problêmica foram categorizadas e organizadas de acordo com as categorias modelo do objeto, modelo da ação, modelo epistemológico e modelo didático que foram organizadas em uma BOA51 do tipo III, que tem como característica ser: geral, completa e independente52. Os modelos podem ser conferidos nos quadros 9 e 1053.

49 No primeiro encontro, os professores foram convidados a participar da pesquisa e iniciou-se a motivação do grupo para a participação no diagnóstico de forma a criar um ambiente favorável. 50 As respostas da segunda parte do questionário. A primeira parte do questionário foi utilizada para

a caracterização do perfil dos professores.

51 A BOA tipo III foi organizada e incluída na proposta do sistema didático para a atualização da habilidade de identificar.

52 Segundo Talízina (1988) existem vários tipos de BOA, sua caracterização é dada pelo grau de generalização, o caráter detalhado e o modo de elaboração. Nesse caso, a base do tipo III tem

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A análise das respostas permitiu a inferência das representações que o grupo de professores tinha em relação à habilidade. Mas, para uma melhor compreensão, e para dar mais confiabilidade aos resultados encontrados, foram utilizados os registros das falas dos professores durante a realização do questionário e da tarefa problêmica.

Quadro 9 - Modelo do objeto e modelo da ação para a habilidade de identificar

Modelo do objeto (conceito de identificar)

Modelo da ação

(as operações – sistema operacional)

Identificar é determinar o