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Análise das entrevistas das gestoras

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4. A IMPLANTAÇÃO DO PROGRAMA ENSINO INTEGRAL, O ATENDIMENTO

4.4 As entrevistas e a definição das categorias de análise

4.4.2. Análise das entrevistas das gestoras

Neste tópico são apresentadas e analisadas as respostas das gestoras entrevistadas, em um total de quatro (4) profissionais, sendo duas (2) Diretoras de Escola, uma (1) Coordenadora Pedagógica e uma (1) Supervisora de Ensino.

Com base nos resultados obtidos foram criadas seis categorias como seguem:

Categoria 1. Formação acadêmica inicial das gestoras e a implantação das políticas de inclusão.

Categoria 2. Aspectos importantes na Formação do docente para o desenvolvimento do trabalho com alunos deficientes.

Categoria 3. Maiores desafios enfrentados durante o período de implantação do Programa, nas escolas “J” e “A”.

Categoria 4. Adequações necessárias para atendimento a todos os alunos no programa ensino integral, na escola “J”.

Categoria 5. Aspectos relacionados ao processo ensino-aprendizagem dos alunos com deficiência frente à proposta do PEI.

Categoria 6. Questões relacionadas à estrutura física e administrativa das escolas “J” e “A” diante da implantação do PEI

Categoria 1. Formação acadêmica inicial das gestoras e a implantação das políticas de inclusão

Quadro 11. Formação inicial e implantação de políticas de inclusão

Função Entrevistada Respostas

Diretora R “Não, com certeza não tive formação inicial adequada para

atuar nas políticas de inclusão.”

Diretora V “Não recebi uma formação abrangente e suficiente para

atuar no processo e mecanismos de inclusão.”

Coordenadora C “Minha formação inicial é em psicologia e no curso

recebemos algumas informações voltadas para o trabalho com o deficiente.”

“Me formei em 1984 de lá para cá ocorreram muitas mudanças, o processo de inclusão trouxe uma grande evolução, acredito ter uma boa base, porém o tema é muito amplo requer estudo e atualização.”

Supervisora Q “Na época em que terminei meu curso de pedagogia não se

falava em ensino integral, como também não tive em minha formação acadêmica nenhuma formação relacionada à educação especial.”

Elaborado pela pesquisadora.

No que se refere à formação acadêmica inicial, as gestoras relataram que não obtiveram em seus cursos de graduação uma formação inicial apropriada para atuar com alunos com deficiência. A professora “Q” (supervisora de ensino) relatou ainda, que na época de sua graduação em pedagogia, não se falava em ensino integral, como também não obteve em sua formação acadêmica nenhuma formação relacionada à educação especial. Somente a professora “C”, por ter como formação inicial o curso de psicologia, relatou que recebeu algumas informações voltadas para o trabalho com o deficiente.

Embora a inclusão seja uma realidade no cenário político educacional, desde o início dos anos 90, sobretudo, a partir da organização e participação das pessoas com deficiência em comissões, coordenações, fóruns e movimentos, com o intuito de assegurar, de alguma forma, os direitos conquistados a serem reconhecidos e respeitados no convívio com as demais pessoas, observa-se nas respostas concedidas que as gestoras mesmo tendo concluído seus cursos de graduação, nesse interregno, não tiveram contato e/ou experiência com uma formação voltada ao processo de inclusão. Tal constatação permite-nos conduzir a questionamentos no sentido de se investigar o real cumprimento das políticas educacionais no que se refere ao processo de inclusão e sua aplicabilidade.

Categoria 2. Aspectos significativos na Formação do docente para o desenvolvimento do trabalho com alunos deficientes.

Quadro 12. Formação docente voltada aos alunos deficientes: aspectos significativos

Função Entrevistada Respostas

Diretora R “Uma formação continuada e cursos específicos voltados

Diretora V “Por não dominar o assunto, para mim foi muito

enriquecedor a troca de experiências com as professoras especialistas durante o horário das atividades de trabalho pedagógico coletivo (ATPC), quando trabalhei como gestora na escola “J”, no período de 2011 até 2014, onde obtive um maior conhecimento sobre o assunto.”

Coordenadora C “ Considero importante a formação e o preparo dos

professores que atendem nas classes regulares, esses precisam ter um olhar diferenciado para o aluno com deficiência.”

“É fundamental que os alunos com deficiência estejam juntos com os demais, entretanto é necessário o acompanhamento dos professores especialistas.”

Supervisora Q “A questão não constava do rol de questões elaboradas no

roteiro de entrevista para a supervisão.” Elaborado pela pesquisadora.

Com base nas respostas das entrevistadas, observou-se como aspectos significativos na formação para o desenvolvimento do trabalho com alunos deficientes, a necessidade de umaformação continuada e de cursos específicos voltados para a questão da inclusão social. Outro fator considerado importante foi a troca de experiências e a convivência com os professores especialistas durante as reuniões pedagógicas e nos ATPC como elucidativas para que toda a equipe possa desenvolver um trabalho educacional mais eficiente junto a essa demanda.

Apontada também a importância da formação e do preparo dos professores que atendem nas classes regulares, pois precisam ter um olhar pedagógico diferenciado para atender alunos com deficiência nestas classes.

Assim, tem-se a destacar a importância da formação não só dos especialistas, mas principalmente daqueles professores que atendem nas classes regulares, uma vez que prestam atendimento pedagógico a “todos” os alunos. Reforça-se também a importância da troca de experiências entre os professores especialistas e generalistas sobre o desempenho dos alunos, uma vez que políticas educacionais inclusivas

centram-se na proposta de que a escola deve ser para “todos”, única, e, por decorrência, inclusiva.

Dessa forma, confirma-se o que indica Denari (2006) citado por Rodrigues (2006):

[...] Considerando, pois a política de inclusão que garante acesso e permanência a todo aluno com necessidades educativas especiais no ensino comum, na formação do professor seria importante prever, inicialmente, um preparo de efetiva qualidade para lidar com a diversidade, além de (in) formação específica em educação especial, no curso de formação inicial (magistério) e na graduação (pedagogia) para prover os apoios pedagógicos previstos na legislação. (DENARI, 2006, apud RODRIGUES, 2006, p.39-40).

Portanto, reafirma-se a assertiva de que além da importância de uma escola aberta às diferenças, faz-se necessário também, contar com docentes preparados para lidar com a diversidade,para então oferecer, de fato, uma escola e um ensino com qualidade.

Categoria 3. Maiores desafios enfrentados durante o período da implantação do Programa nas escolas “J” e “A”.

Quadro 13. Desafios enfrentados pelas escolas “J” e “A”, no período da implantação do Programa Ensino Integral

Função Entrevistada Respostas

Diretora R “Para mim o maior desafio foi o de os alunos deficientes

frequentarem uma escola em período integral e não poderem ser atendidos durante o período de aulas e somente após o término do horário regular.” “Terem que se deslocar para outra unidade escolar (escola “A”), para receber o atendimento especializado, aqui não há contra turno o aluno permanece os dois períodos em atividades do PEI.”

Diretora V “A gestora não participou da implantação do Programa,

escola de ensino integral. Foi removida, ex-ofício, para a escola “A”.”

Coordenadora C “A princípio, foi impactante para os professores, apenas

uma professora que já fazia parte do corpo docente permaneceu na escola “J” nos moldes do Novo Programa, quanto aos alunos, em virtude da carga horária de (oito horas), também foi um novo desafio, porém foram se adaptando ao longo do ano letivo de 2015.”

“Foi necessário que a equipe gestora esclarecesse aos pais e a comunidade por meio de reuniões o verdadeiro objetivo do Novo Programa, que está voltado para a excelência acadêmica, o projeto de vida do aluno no sentido de torná- lo autônomo, solidário e competente, pautado em um trabalho de orientação de estudos e protagonismo juvenil, para que tomassem ciência do novo modelo educacional.”

Supervisora Q “Durante o processo de implantação do PEI alguns desafios

foram enfrentados como a remoção dos docentes para outra unidade escolar (escola “A”), o processo de credenciamento, seleção e adesão ao Programa.”

“A preocupação por parte dos professores especialistas, uma vez que durante o processo de implantação do Programa nada se falava em relação a situação funcional dos mesmos.”

Elaborado pela pesquisadora.

Durante o processo de implantação do Programa diversos desafios foram enfrentados por parte dos alunos, professores e gestores, conforme apontam as respostas obtidas nas entrevistas. A gestora, professora “R” esclareceu que um dos maiores desafios a ser superado referiu-se ao da permanência dos alunos deficientes que frequentavam uma escola em período integral, impedidos do atendimento especializado durante o período das aulas regulares, ou seja, a frequência ao atendimento especializado somente ocorria após o término do horário do período integral.

Outro desafio significativo foi o fato de os alunos deficientes terem que se deslocar para outra unidade escolar a fim de receberem o atendimento especializado, pois na escola “J” não mais funcionavam as salas de recurso e nem o contraturno; o aluno passou a permanecer dois períodos em atividades do PEI.

Foi também apontada pela professora “C”, a questão da carga horária de oito horas de permanência diária para professores e alunos, fato que levou apenas uma professora que fazia parte do corpo docente da escola a aderir ao Programa.

Por se tratar de um Novo modelo educacional, diversas reuniões ocorreram para esclarecimentos por parte da equipe gestora aos pais e à comunidade, sempre com o objetivo de fornecer informações sobre o novo programa e esclarecer sobre as mudanças ocorridas. Essas informações incluíam aspectos como, por exemplo, o fato de que o Programa encontra-se voltado para a excelência acadêmica e para o projeto de vida do aluno, no sentido de torná-lo autônomo, solidário e competente, pautado em um trabalho de orientação de estudos. Assim, ao longo do ano, os pais foram se conscientizando do verdadeiro objetivo do Programa.

Os desafios que se apresentaram a serem superados pela equipe gestora foram consideravelmente impactantes desde o processo de credenciamento, seleção e adesão ao Programa até sua implantação, principalmente para os (as) professores (as) especialistas que, durante esse período, não obtiveram informações sobre sua situação funcional, razão pela qual surgiram inúmeras preocupações a todos profissionais envolvidos.

Categoria 4. Adequações necessárias para atendimento a todos os alunos do Programa Ensino Integral, da escola “J”

Quadro 14. Adequações no atendimento aos alunos do Programa Ensino Integral da escola “J”

Função Entrevistada Respostas

Diretora

R

“Precisamos que no quadro docente existam professores habilitados e capacitados para prestar atendimento à demanda de alunos com deficiência, uma vez que o aspecto pedagógico é relevante.”

Diretora V “A gestora não participou da implantação do Programa,

apenas preparou a unidade para que fosse configurada em escola de ensino integral.” “Foi removida, ex-ofício, para a escola “A”. ”

Coordenadora C “Reafirmo minha opinião sobre a importância da formação do

professor e de que o trabalho seja desenvolvido com atividades diferenciadas, de acordo com a necessidade e limitação de cada aluno.”

Supervisora Q “A escola não se encontrava devidamente preparada, foram

necessárias muitas adequações, para atender as exigências propostas pelo Novo Programa desde as ligadas a estrutura física do prédio quanto àquelas voltadas para o processo de adesão e seleção dos gestores e pessoal docente.”

“Outro aspecto importante, está ligado ao horário para o atendimento aos alunos da educação especial, é necessária uma adequação na proposta que venha contemplar esse universo de alunos.” “O Programa não foi pensado para a inclusão, embora eu ache interessante a permanência do aluno por maior período na escola, principalmente para aqueles que vivem em locais de risco com elevada vulnerabilidade social e que convivem com uma realidade familiar desajustada.”

Elaborado pela pesquisadora.

Conforme constatado durante as entrevistas foram necessárias adequações generalizadas nas escolas “J” e “A”. Como sinalizou a gestora, professora “R”, “[...] é preciso que no quadro docente existam professores habilitados e capacitados para prestar atendimento à demanda de alunos com deficiência, uma vez que o aspecto pedagógico é relevante [...]”.Complementando, a gestora “C” destacou a importância da formação do professor e de que o trabalho seja desenvolvido com atividades diferenciadas, de acordo com as necessidades e limitações de cada aluno.

A supervisora professora “Q”, por sua vez, ressaltou que a escola não encontrava-se devidamente preparada; foram necessárias muitas adequações, para atender as exigências propostas pelo Novo Programa, desde as ligadas à estrutura

física do prédio até aquelas voltadas para o processo de adesão e seleção dos gestores e pessoal docente.

Ressalta ainda a menção da professora “Q”, quanto ao horário (oito horas)a ser cumprido pelos alunos da educação especial, sugerindo seja feita adequação na proposta a contemplar esse universo de alunos. Advertiu ainda, que o Programa não foi pensado para a inclusão, embora concorde com a permanência do aluno por maior período na escola, principalmente para aqueles que vivem em locais de risco, com elevada vulnerabilidade social e que convivem com uma realidade familiar desajustada.

Categoria 5. Aspectos relacionados ao processo ensino - aprendizagem dos alunos com deficiência frente à proposta do PEI

Quadro 15. Aspectos do processo ensino-aprendizagem dos alunos com deficiência frente à proposta do Programa de Ensino Integral

Função Entrevistada Respostas

Diretora R “Considero como aspecto positivo a proposta do Programa

oferecer vários mecanismos de recuperação. Temos as disciplinas eletivas, a questão do nivelamento que colaboram para o aprimoramento do aluno, entretanto, a proposta não se enquadra para os alunos com deficiência e acredito que por não termos um suporte pedagógico para desenvolver um trabalho mais elaborado para esses alunos o programa torna-se defasado, as horas de permanência do aluno com deficiência na escola, na prática não é proveitosa, levando o aluno à exaustão.”

“Dependendo do grau da deficiência do aluno percebemos que houve uma contribuição positiva;

- Por outro lado notamos que para os alunos com severo grau de comprometimento como (Transtorno do Espectro do Autista TEA), sem acompanhamento especializado paralelo torna-se impossível, apenas com a nossa contribuição, desenvolver um trabalho eficiente, podendo- se notar algum avanço na questão da socialização.” “No processo ensino-aprendizagem o Programa não oferece

condições de suprir as necessidades desses alunos, nem tão pouco daqueles que apresentam deficiências variadas.”

Diretora V “Parcialmente acredito, tenho dúvidas quanto à carga

horária a ser cumprida pelo aluno.”

“O acompanhamento por parte dos professores, gestores e toda a equipe irá produzir bons resultados, melhor que aquele de uma escola regular.” “Haverá maior tempo para dar orientação aos professores para que tenham um melhor desempenho no trabalho com os alunos.”

Coordenadora C “As dificuldades surgiram com relação ao processo ensino-

aprendizagem em virtude da diferença do nivelamento entre os alunos “normais” e os deficientes.”

“Dentro de suas limitações apresentam alguns avanços, porém é necessário um acompanhamento individualizado diário durante o período em que estão sendo trabalhados os conteúdos, no trabalho com alunos com deficiência é necessário desenvolver atividades diferenciadas, o que só será possível com o acompanhamento do especialista, o próprio Programa não oferece um diferencial para os alunos com deficiência.”

“Sabemos que para o aluno com deficiência obter desenvolvimento a rotina é muito importante. O Programa necessita oferecer indicadores para que os professores possam trabalhar com esses alunos de forma a prepará-los tanto na questão socializadora quanto em relação ao processo ensino- aprendizagem.”

“Reafirmo a importância de uma proposta mais adequada para o desenvolvimento do trabalho com o deficiente, a atual proposta do Programa não oferece um diferencial para esses alunos.”

Supervisora Q “Inicialmente os alunos continuaram recebendo

atendimento nas salas de recurso da escola “J”, pelas professoras especialistas, porém a incompatibilidade dos horários e a necessidade da utilização dos espaços reservados às salas de recurso que passaram a ser

ocupados por atividades desenvolvidas conforme o Novo Programa impediu a continuidade do atendimento passando alguns alunos a receber o atendimento de forma itinerante, porém por pouco tempo, uma vez que passaram a ser definitivamente atendidos na escola “A”, ainda que sem uma estrutura adequada.” “Acredito que no ano de (2015) o desempenho dos alunos tenha ficado prejudicado, em função do período de instabilidade que ocorreu durante a implantação do Programa.”

Elaborado pela pesquisadora.

Quanto aos aspectos relacionados ao processo ensino- aprendizagem dos alunos com deficiência frente à proposta do PEI, relatos da gestora professora “C” indicam que alunos que permaneceram na escola “J”,embora com suas limitações, quando acompanhados por especialista e recebendo atendimento individualizado durante o período na classe do ensino regular com atividades similares, porém com metodologias diferenciadas, apresentaram alguns avanços, porém considerando suas limitações.

Observa ainda, que o Programa não oferece um diferencial para os alunos com deficiência e reafirma a necessidade de uma proposta mais adequada para o desenvolvimento do trabalho com o deficiente. Prossegue a gestora “C”afirmando que as dificuldades em relação ao processo ensino- aprendizagem surgiram em virtude da diferença do nivelamento entre os alunos “normais” e os com deficiências, ou seja, todos sendo atendidos da mesma forma, sem o suporte especializado no contraturno aos alunos deficientes.

Segundo a gestora “R” percebe-se haver contribuição positiva da professora do ensino regular, dependendo do grau da deficiência do aluno. Por outro lado, nota- se que para os alunos com severo grau de comprometimento,por exemplo,Transtorno do Espectro do Autista TEA), sem acompanhamento especializado paralelo torna-se impossível, apenas com a contribuição da professora desenvolver um trabalho eficiente. No entanto, nota-se algum avanço na questão da socialização. Entretanto, no que se refere ao processo ensino – aprendizagem, o Programa não oferece condições de suprir as necessidades desses alunos, nem tão pouco daqueles que apresentam deficiências variadas.

Quanto à carga horária a ser cumprida pelo aluno, a gestora “V” demonstrou dúvidas, porém ressaltou que o acompanhamento por parte dos professores, gestores e toda a equipe irá produzir bons resultados, melhor que aquele de uma escola regular, uma vez que haverá maior tempo para dar orientação aos professores a que tenham melhor desempenho no trabalho com os alunos.

A gestora “Q” (supervisora de ensino) pontuou que por todas as dificuldades apresentadas, o aprendizado dos alunos da educação especial não foi plenamente satisfatório, em virtude da implantação do Novo Programa. Ressaltou que um dos motivos foi a incompatibilidade dos horários no atendimento a esse alunado que passou a ser definitivamente assistido na escola “A”, ainda que sem uma estrutura adequada.

Também foi destacado que alunos da educação especial que, inicialmente recebiam atendimento nas salas de recurso da escola “J”e, agora não mais, por conta do seu fechamento, uma vez que com a adoção do PEI esses ambientes foram destinados a outras atividades, segundo moldes do Programa; essa assistência passou a acontecer de forma itinerante, no início de 2015. A partir de abril de 2015, os alunos passaram a ser atendidos definitivamente na escola “A”, conforme afirma a Supervisora, Professora Q.

Categoria 6. Questões relacionadas à estrutura física e administrativa das escolas “J” e “A” diante da implantação do PEI

Quadro 16. Impacto do Programa Ensino Integral na estrutura física e administrativa das escolas “J” e “A”

Função Entrevistada Respostas

Diretora R “Com relação à estrutura física, foram feitas adequações

posteriormente, ou seja, com o Programa em andamento.” “Quanto ao quadro docente (QM), aqueles que demonstraram interesse em aderir ao programa, seriam submetidos a um processo seletivo em duas etapas, a primeira constava de uma prova elaborada pela Secretaria de Estado, online e a segunda uma entrevista com

profissionais da Diretoria de Ensino já capacitados e envolvidos no Programa Ensino Integral.”

Diretora V “Para atender as exigências do Programa foram feitas

adaptações no prédio como sala de leitura, refeitório e laboratório de ciências que foi todo reformado e equipado.” “O prédio da escola “J” apresentava um inconveniente com relação às salas de aula que funcionavam no primeiro andar, funcionando uma única sala de aula no piso térreo, para dar atendimento a uma aluna cadeirante.”

“Já na escola “A” o atendimento aos alunos com deficiência egressos da escola “J” funcionava em uma sala, no piso térreo, atendendo todos os alunos no mesmo ambiente, concomitantemente.”

Coordenadora C “A Coordenadora não se referiu a este aspecto pois no

período da implantação não estava nas escolas “A” e “J”.”

Supervisora Q “A escola “J” não se encontrava devidamente preparada,

foram necessárias muitas adequações para atender as exigências propostas pelo Novo Programa, desde as ligadas a estrutura física do prédio como aquelas voltadas para o processo de adesão e seleção dos gestores e pessoal docente.”

“Com relação aos aspectos administrativos observei que não houve uma preocupação com os funcionários do (QAE), que ao contrário dos gestores e professores não participaram do processo de credenciamento e seleção.” “Outro ponto discrepante está ligado ao percentual extra adicionado ao salário para gestores e docentes, não extensivo ao pessoal do (QAE).”

“O tempo entre a implementação e a implantação do Programa não foi suficiente para adequação dos envolvidos bem como para a organização e estruturação da escola no processo, tudo foi acontecendo durante o decorrer do ano letivo, com o Programa em andamento.”

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