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CAPÍTULO VII. ANÁLISE DE DADOS OBTIDOS E DISCUSSÃO

7.2 Análise descritiva

Este ponto do estudo tem como objetivo a realização de uma análise descritiva das variáveis de resultado económico ou financeiro, relativamente à sua tendência ao longo do período em estudo, 2006 e 2016, nomeadamente, analisamos as nove variáveis referidas anteriormente: i) Volume de Negócios, ii) ROA, iii) VAB, iv) PAT, v) Liquidez Geral, vi) Autonomia Financeira, vii) Solvabilidade, viii) Endividamento e o ix) Excedente Bruto de Exploração. Neste sentido, são apresentados os resultados da análise descritiva de cada uma das variáveis relativamente aos dois grupos da amostra, o total das empresas do setor do turismo sediadas na Região Norte de Portugal e o subgrupo das empresas que obtiveram apoios financeiros através do Sistema de Incentivo Inovação Produtiva, de modo a realizar uma análise descritiva comparativa.

O total das empresas em estudo apresentou um "Volume de Negócios" de aproximadamente 1 220 mil milhões de euros em 2016, duplicando o seu valor face a 2006. No entanto, o valor médio do “Volume de Negócios” por empresa reduziu ligeiramente (-1%), entre 2006 e 2016, concretamente passando de 129 436,37€, em 2006, para 128 349,50€, em 2016. Esta variável, em termos médios por empresa, atingiu o seu valor máximo em 2010 (139 200,00€) e o valor mínimo em 2013 (116 000,00€).

O subgrupo das empresas que beneficiou do Sistema de Incentivo Inovação Produtiva apresentou um "Volume de Negócios" total de 19 milhões de euros em 2016, traduzindo-se num crescimento de 153% face a 2006. Em termos médios, cada empresa apresentou um "Volume de Negócios" de 220 760,00€ em 2016 e 223 588,24€ em 2006, ao qual corresponde um decréscimo de -1%. A variável “ROA”, entre 2006 e 2016, apresentou sempre valores médios por empresa negativos, em 2006 atingiu o seu melhor valor médio 2,45%, o ano de 2014 findou como sendo o pior ano -32,27%. A taxa de crescimento média anual entre 2006 e 2016 da variável “ROA” no geral de

empresas em estudo apresentou um decréscimo de -22,57%, sendo em 2006 (-2,45%), e em 2016 (-25,04%). As empresas do subgrupo em estudo apresentaram um “ROA” médio de 1,29% em 2016 que se refletiu num crescimento de 1,83% face a 2006, nesse mesmo ano a variável “ROA” apresentava uma taxa média por empresa de -0,54%.

O “VAB” do total das empresas em estudo situou-se nos 527 637 000,00€ em 2016, duplicando o valor face a 2006. No entanto, o valor médio do “VAB” por empresa reduziu (-9%), entre 2006 e 2016, concretamente passando de 57 250,26 €, em 2006, para 52 339,75 €, em 2016.

Nas empresas do subgrupo em estudo a variável “VAB” atingiu um valor total de 15 121 000,00€ em 2016, triplicando face a 2006 (5 204 000,00 €). O “VAB” médio por empresa aumentou (44%) entre 2006 e 2016, passando de 121 023,26 €, em 2006 para 173 804,60 € em 2016.

A “PAT” das empresas em estudo apresentou valores totais em 2016 na ordem dos 89 455 382,87 €, um crescimento de 83% face a 2006 (49 006 260,75 €). No entanto, o valor médio da “PAT” por empresa reduziu (-11%), entre 2006 e 2016, passando concretamente de 10 787,20 €, em 2006, para 9 575,61 €, em 2016.

A variável “PAT” do subgrupo em estudo triplicou o seu valor entre 2006 – 2016, passando de 428 997,27€ em 2006, para 1 560 639,60 € face a 2016. Em termos médios por empresa a variável “PAT” apresentou uma taxa de crescimento média de (52%), passando de 11 916,59 € em 2006, para 18 146,97 € em 2016.

No total geral de empresas em estudo a variável “Liquidez Geral” atingiu a sua melhor taxa média por empresa (11,66%) em 2011. Esta variável, apresenta uma taxa de crescimento média entre 2006 – 2016 de 0,76%, sendo que no ano de 2006 apresentava uma taxa média de 8,53 %, crescendo para 9,29% em 2016.

A “Liquidez Geral” no subgrupo de empresas em estudo apresentou uma taxa de crescimento médio entre 2006 – 2016 de -8,58%, visto que no ano de 2006 apresentava uma taxa média de (11,42%) e reduziu para (2,83%) em 2016.

Os valores da variável “Autonomia Financeira” apresentam uma diferença fase aos restantes, pois no conjunto geral de empresas a amostra de valores do indicador “Autonomia Financeira” só está disponível no intervalo de 2010 – 2016, apresentado, portanto uma taxa de crescimento média de -50,23%, em que o ano de 2010 findou com uma taxa média de 13,31% sendo esta a melhor taxa média atingida, já 2016 apresentou uma taxa média negativa de -36,92%.

Relativamente ao subgrupo de empresas em estudo a variável “Autonomia Financeira” reduziu a sua taxa média de crescimento entre 2010 – 2016, apresentando (-11,13%), sendo concretamente em 2010, (35,04%) e passando em 2016 para 23,91%.

No caso concreto da variável “Solvabilidade” destaca-se a mesma situação comparativamente com a variável anterior, o conjunto geral de empresas na amostra de valores do presente indicador só está disponível o intervalo de 2010 – 2016, portanto, a melhor taxa média anual atingida foi em 2010

com 84,35%, a taxa de crescimento média entre 2010-2016 é de -38,01%, em que o ano de 2016 findou com uma taxa média anual de 46,34.

O subgrupo de empresas na variável “Solvabilidade” apresentou uma taxa média anual de 121,84 % no ano de 2010 e de 73,84% no ano de 2016. Relativamente à taxa de crescimento entre 2010 – 2016 fixou-se em -47,99% visto que apresentou um decréscimo acentuado.

No total geral de empresas em estudo a variável “Endividamento” atingiu a sua melhor taxa média por empresa em 2006 cerca de 81,27%. A presente variável, tem uma taxa de crescimento média no período de 2006 – 2016 de +47,99%, sendo que no ano de 2016 apresentou uma taxa média anual de 129,26 %.

A variável “Endividamento” no subgrupo de empresas em estudo apresentou uma taxa de crescimento médio entre 2006 – 2016 de +22,57%, sendo que no ano de 2006 a taxa média anual era (53,52%) e aumentou no ano de 2016 para (76,09%).

Por último a variável “EBE”, no total geral de empresas em estudo no ano de 2016 existe um “EBE” total de 11 710 000,00 €, traduzindo-se num crescimento de 48% face a 2006 (7 925 000,00 €). No entanto, o valor médio do “EBE” por empresa aumentou ligeiramente (5%), entre 2006 e 2016, nomeadamente passando de 214 189,19 €, em 2006, para 225 192,31 €, em 2016. Em termos médios por empresa, a variável atingiu o seu valor máximo em 2015 (279 062,50 €) e o valor mínimo em 2011 (139 551,02 €).

Concluindo o subgrupo das empresas que beneficiou do Sistema de Incentivo à Inovação apresentou um "EBE" total de 1 232 000,00 € em 2016, relevando-se um crescimento de 570% face a 2006, (184 000,00 €). Em termos médios, cada empresa apresentou um "EBE" de 616 000,00 € em 2016 e 184 000,00 € em 2006, ao qual corresponde um crescimento de 235%.

De seguida comparam-se as taxas médias de crescimento das diferentes variáveis entre as empresas que não receberam incentivo e as que receberam incentivo por parte do SI Inovação Produtiva (cf. Tabela 34).

Tabela 34: Comparação das taxas médias de crescimento Empresas do Segmento Empresarial do

Turismo na Região Norte de Portugal até ao ano de 2016

Empresas Financiadas pelo Sistema de Incentivo à Inovação – QREN

Variáveis Taxa Média de

Crescimento Variáveis Taxa Média de Crescimento VN -1 % VN -1 % ROA -22,57 % ↓ ROA 1,83 % VAB -9 % ↓ VAB 44 % PAT -11 % ↓ PAT 52 % LQD 0,76 % LQD -8,58 % ↓

AUT FIN -50,23 % ↓ AUT FIN -11,13%

SOLV -38,01 % SOLV -47,99 % ↓

END 47,99 % ↑ END 22,57 %

EBE 5 % EBE 570% ↑

Fonte: Elaboração própria