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A análise dos dados foi feita por meio da análise de conteúdo, análise de documentos e análise estatística por teste de correlações.

A análise de conteúdo é uma técnica de investigação objetiva. Ela tem por finalidade a descrição objetiva, sistemática e quantitativa do conteúdo manifesto da comunicação (BERELSON, 1948).

Nesta pesquisa quantitativa e qualitativa foi considerada a visão mais atualizada de Bardin e Franco. Bardin (2011), considera a análise de conteúdo como um conjunto de técnicas de análise das comunicações (quantitativos ou não) que aposta no rigor do método como forma de não se perder na heterogeneidade de seu objeto, visa obter, por procedimentos, sistemáticos e objetivos de descrição do conteúdo das mensagens, indicadores e conhecimentos relativos às condições de variáveis inferidas na mensagem.

Na análise de conteúdo acontece uma investigação a partir da análise da mensagem, seja ela verbal (oral ou escrita), gestual, silenciosa, figurativa, documental ou diretamente provocada. Analisa-se a mensagem em busca de um significado e de um sentido (FRANCO, 2008). Entre as análises de conteúdo, a análise por caixas foi escolhida. Segundo Bardin (2004), o procedimento por caixas parte do princípio de que o pesquisador já tem, de antemão, as caixas nas quais colocará as informações obtidas. Isso é aplicável quando a organização do material decorre diretamente de um modelo teórico hipotetizado.

As caixas representam categorias. Elas podem ser divididas em categoria geral, categorias empíricas e subcategorias. Neste estudos as caixas, ou categorias, se aplicam pois as categorias investigadas foram previamente estabelecidas pela pesquisadora, por meio da extração da essência dos constructos: empreendedorismo, geração Y e gestão do conhecimento.

As categorias gerais são os principais constructos do estudo: gestão do conhecimento, o conhecimento, empreendedorismo e geração Y. Delas deviram as categorias empíricas ou subcategorias, as quais são indicadores que descrevem o campo semântico dos conceitos trazidos nas categorias gerais (BARDIN, 2004).

Figura 10 - Relação entre categorias

Fonte: Elaboração própria (2013), à luz de Bardin (2004).

Essa categorização também foi feita para cada objetivo específico. De forma que, para cada objetivo específico foram definidas categorias gerais, empíricas e as subcategorias. Essas categorizações específicas serão apresentadas a seguir, na seção de categorização dos dados. A categorização para cada objetivo específico está representada pela figura abaixo.

Figura 11 - Desenho da categorização das variáveis para cada objetivo específico.

Fonte: Elaboração própria (2013).

No contexto das pesquisas, a categorização deve ser feita com o intuito e facilitar o trabalho e a interpretação dos dados, deixando os dados organizados de maneira sistematizada. Isso porque a categoria é um “agrupamento de informações similares em função de características comuns” (LEGENDRE, 1993, p.64).

Para categorização dos dados, os mesmos são divididos em três níveis. De acordo com Olivera (2005), os dados obtidos na pesquisa devem ser classificados em categorias teóricas ou gerais, categorias empíricas e unidades de análise.

As categorias gerais ou teóricas representam os principais constructos teóricos do estudo. Elas são identificadas a partir de “um construto teórico sobre o que se decidiu estudar e que serviu de aporte para análise dos dados. Uma vez sistematizados os conteúdos que engredam a fundamentação teórica, foi possível identificar as mesmas” (TSCHÁ, 2011, p. 116).

CATEGORIAS GERAIS CATEGORIAS EMPIRICAS SUBCATEGORIAS OBJETIVOS CATEGORIAS GERAIS CATEGORIAS EMPIRICAS SUBCATEGORIAS

Assim, as categorias gerais ou teóricas deste estudo conduzem ao objetivo geral elaborado: “Compreender como a gestão do conhecimento auxilia empreendedores Y no desenvolvimento de empreendimentos, estudo de caso do Papo de Universitário”.

Essa categorização dos dados foi representada pela figura a seguir.

Fonte: Elaboração própria, adaptada de Tschá, 2011.

Essa categorização também foi feita para cada objetivo específico. De forma que, para cada objetivo específico foram definidas categorias gerais, empíricas e as subcategorias. Tal categorização resultou nos quadros da apresentação dos dados de cada objetivo específico. A análise de documentos busca apresentar complementações para os outros métodos. Segundo Bell (1993), serve para complementar as informações obtidas por outros métodos, com a intenção de encontrar, nesses documentos, informações úteis para o objetivo do estudo.

Para o desenvolvimento da análise documental torna-se necessário distinguir dados, documentos e análise. O dado suporta uma informação sobre a realidade (FLORES, 1994), o documento representa uma impressão deixada por um ser humano em objetos físicos (BELL, 1993) e a análise consiste na detecção de unidades de significado em um contexto e no estudo das relações entre elas e em relação ao todo (FLORES, 1994).

O processo de análise documental integrado ao fluxo da triangulação, está apresentado na figura a seguir. Categoria Empírica:  Perfil do empreendedor Y  Criação de empreendimentos  Modos de conversão do conhecimento

 Criação, compartilhamento e uso do conhecimento

 Barreiras do conhecimento

Categoria Geral ou Teóricas:  Gestão do Conhecimento  Conhecimento  Empreendedorismo  Geração Y Unidade de análise:  Dimensão individual – integrantes do Papo de Universitário

 Dimensão grupal – o Papo de Universitário (empreendimento) Figura 12 - Categorização dos dados.

Figura 13 - Fluxo da triangulação com documentos

Fonte: Calado; Ferreira (2005) adaptado de Igea et al., (1995).

A análise estatística foi feita por meio de testes do correlação. As correlações, ou teste de correlação é uma análise estatística utilizada para determinar se uma variável relaciona-se com outras variáveis da mesma população pesquisada (LAPONI, 2005). Nesta pesquisa, as variáveis relacionadas foram as características do perfil empreendedor e as características do perfil da geração Y.

Para a análise correlacional, foi escolhido o teste de correlação de Pearson e as questões elaboradas para este fim foram estruturadas em escalas likerts. De acordo com Bandeira (2010, p.4), “o teste de correlação de Pearson é o mais utilizado, requerendo, entretanto, que o pesquisador tenha coletado as duas medidas em escala intervalar ou de razão”.

Para sintetizar o que foi apresentado nesta seção, foi elaborado um quadro resumo dos métodos utilizados para análise de cada objetivo específico. Esse quadro está representado a seguir. Quadro 18 - Objetivos específicos e suas respectivas formas de análise dos dados.

Objetivos específicos Análise dos dados

1. Mapear o perfil dos Empreendedores Y. Análise estatística por correlação e análise de conteúdo.

2. Identificar o entendimento dos empreendedores Y sobre Gestão do Conhecimento.

Análise de conteúdo e análise de documentos.

3. Identificar os modos de conversão e compartilhamento do conhecimento utilizados pelos Empreendedores Y.

Análise estatística, análise de conteúdo e análise de documentos.

4. Identificar o processo de criação dos empreendimentos desenvolvidos pelos Empreendedores Y a partir da Teoria Visionária de Filion.

5. Identificar as barreiras enfrentadas no processo de Gestão do Conhecimento desenvolvido pelos Empreendedores Y.

Análise estatística, análise de conteúdo e análise de documentos.

Fonte: Elaboração própria (2013).

Após a apresentação das formas escolhidas para a análise de dados, a próxima seção apresenta os limites e limitações encontrados no desenvolvimento do estudo.