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apenas modifi cou-se Hoje estamos à mercê do “Homo Economicus” Proteja-se!

No documento Coaching Gerando Transformacoes (páginas 152-157)

Willian Santiaggo

Sobrevivemos aos predadores graças à nossa

capacidade de pensar, de agir em grupo.

Mas o risco não foi superado,

apenas modifi cou-se. Hoje estamos à mercê do

“Homo Economicus”. Proteja-se!

É ní do que o que diferencia o homem dos animais é a sua capaci- dade de pensar e o que diferencia os homens dos homens é a qualida- de de seus pensamentos.

O obje vo desse ar go é provocar no leitor um interesse e uma análise para tornar-se um ser mais feliz e produ vo e para isso iremos retornar um pouco aos primórdios, à origem do homem na terra, e usaremos alguns termos emprestados da biologia e da paleontologia.

É chamada de Holoceno a escala do tempo geológico na qual vivemos atualmente. Ela data de 11 mil anos e começa após a úl ma grande Era do Gelo, que marcou o fi nal do Pleistoceno, a mais conhecida das glacia- ções antropológicas.

No início do Holoceno a população humana era de aproximadamen- te 5 milhões de indivíduos e hoje estamos com aproximadamente 7,4 bilhões, contagem apresentada pela ONU em 2015 e existe ainda uma projeção de que chegaremos à incrível marca de mais de 11 bilhôes de seres humanos em 2100.

Contudo, eu não estarei lá nessa ocasião e creio que você também não, então vamos nos ater ao nosso tempo, ser mais produ vos, preo- cupar-nos em tratar dos assuntos que nos interessam agora e que im- pactam as nossas vidas nesse exato momento.

Se você pudesse fazer uma única pergunta em uma sala com 200 pessoas no Brasil, com o intuito de achar um único assunto que fosse comum a todos, qual pergunta poderia ser essa? Ou que assunto se- ria esse? Vamos imaginar. Poderíamos perguntar: todos nessa sala são brasileiros? Ou todos são católicos? Todos falam apenas o português? Todos gostam de futebol? Enfi m, se permi ssemos nessa mesma sala que cada um fi zesse uma única pergunta a fi m de descobrir qual seria o assunto mais comum a todos, provavelmente teríamos inúmeras possi-

bilidades dis ntas e eu não saberia agora informar-lhe qual realmente venceria, mas eu poderia lhe dizer no que eu apostaria. E eu apostaria a dizer que todos nessa sala possuem um interesse em comum, o inte- resse real de ser uma pessoa feliz.

Acho muito improvável que pelo menos um dos 200 fi c cios par ci- pantes levantasse a mão e dissesse: “eu não, pois eu quero ser infeliz, esse é o meu obje vo de vida e é também o que quero para a milha fa- mília, meus amigos, e todas as demais pessoas que conheço”.

Sendo assim, par rei desse pressuposto para con nuar expondo um ponto de vista que carrego diariamente, que embora seja quase impossível ser feliz o tempo todo, ou estar feliz todo o tempo, essa é uma premissa natural dos seres humanos e uma busca constante, mes- mo que inconscientemente.

Um dos maiores coaches que o mundo moderno conhece é o gran- de Anthony Robbins, ele é sem dúvida um homem de sucesso e é um exemplo a ser seguido. Certa vez eu estava lendo uma de suas frases mo vacionais e encontrei a seguinte:

“O sucesso é fazer o que você quer fazer, quando quiser, onde quiser, com quem quiser, tanto quanto você quiser.”

Algo mais ou menos assim. Confesso que essa frase me deixou sem dormir alguns dias, eu estava confuso, pois ela não fazia sen do para mim e como se tratava de uma frase de um homem de tanto sucesso como o Anthony Robbins, tratei de estudá-la e preocupei-me que ela não servisse para mim, até que optei em ressignifi car a frase e troquei a palavra sucesso por felicidade.

Dessa forma a frase começou a fazer sen do e eu comecei a fi car tranquilizado, mas, ainda sim, havia algo que me confundia e depois de fi car muito tempo refl e ndo sobre isso, fi z a pergunta que faltava: o que signifi cava felicidade para mim? Em que situações na minha vida eu havia desfrutado intensamente da sensação de felicidade, ou havia avistado em alguma outra pessoa, fossem meus conhecidos diretos ou não, a chamada felicidade?

E foi nesse instante que eu descobri que o que causava intensa fe- licidade nas pessoas era a liberdade. Sim, a liberdade, liberdade inter- pretada em todos os sen dos, desde a mais básica que seria a de não estar aprisionado, ou com sua locomoção proibida, como também es- tar livre de um trabalho que não gosta, de um relacionamento em que não se quer mais estar, liberdade em sua escolha sexual, religiosa, li- berdade para estudar exatamente o que se queira e não o que é indica-

do pela sociedade, ou pelos familiares, enfi m, essa liberdade causa em todas as pessoas uma imensa sensação de felicidade e é dela que esta- remos falando a par r de agora.

Mas para chegarmos nisso, voltaremos a lembrar que somos da es- pécie dos HOMO SAPIENS e da subespécie HOMO SAPIENS SAPIENS, ou seja, o homem que sabe que sabe. Mais ou menos isso, sabemos que sabemos, mas parece que durante muito tempo de nossas vidas não sabemos o que fazer com isso, pelo menos não no ponto de vista emocional. Se somos racionais e sabemos que sabemos, porque não é tão fácil como deveria ser tomarmos conta de nossas emoções e então construirmos a nossa tão sonhada felicidade?

Estará certo esse ponto de vista? Bom, não é essa a questão, é claro que cada leitor responderá de uma forma dis nta e para cada resposta poderíamos seguir uma discussão diferente, mas vamos nos ater a um ponto de vista: o de que homens e mulheres são dis ntos entre si e de que além de suas caracterís cas únicas, dis nguem-se pela qualidade de seus pensamentos, ou seja, uma mesma pessoa pode ter ou criar uma vida totalmente nova apenas alterando os seus pensamentos.

Simples assim, todos temos a competência de pararmos, repensar- mos as nossas vidas e no minuto seguinte, ou no dia seguinte, reco- meçarmos e recriarmos a vida apenas instalando novos pensamentos. Não trataremos aqui sobre como fazer isso, apenas se usarmos essa ideia para chacoalharmos o nossa vida atual, esse nosso momento, pa- ra que paremos agora e repensemos a nossa trajetória, para que iden- fi quemos e olhemos para o mapa de nossas vidas, subamos no mais alto cume e de lá, olhando fi rmemente para esse mapa, iden fi quemos se estamos na rota certa, na rota da liberdade e, contudo, na rota da plena felicidade que merecemos.

E a par r de agora, para chegarmos a uma conclusão e seguirmos por um dos caminhos que nos leve à nossa liberdade e consequente- mente à nossa felicidade, precisamos retomar um pouco o estudo da paleontologia e chegarmos ao ponto da história em que nos encontra- mos hoje. Além de sermos o Homo Sapiens Sapiens, fazemos parte de uma categoria muito perversa e que em minha opinião é a mais pre- dadora de todos os tempos: somos o “Homo Economicus”, um po de predador que obtém poder e devora outros homens através de sua si- tuação econômica. Através disso impomos todos os pos de crueldade já vividas em todas as eras da humanidade, desde a era da pré-histó- ria. Naquela época o homem precisou aprender a criar seus utensílios

e ferramentas, associar-se em grupos para que juntos pudessem sobre- viver e defender as suas famílias, não é isso?

Foi sem dúvida essa capacidade que fez com que um mamífero pe- queno e de presas frágeis, sobrevivesse ao ataque dos grandes preda- dores da natureza, isso foi um grande feito sem dúvida, ter sobrevivido até aqui, considerando tudo que estava contra a raça humana, tais co- mo os predadores, o clima, as doenças, a ignorância, e a par r dai, tu- do que adveio dos próprios homens, como as guerras, a luta pelo po- der, território, etc, etc, etc.

Então nos tornamos o Homo Economicus, esse ser que obtém po- der pelo uso econômico e que se apodera de tudo e de todos que pu- der através de todos os meios possíveis. Desde os primórdios assis - mos e revemos histórias grotescas sobre o que esse ser moderno fez a seus semelhantes.

Mas como? Eu não sou assim, eu sou um trabalhador honesto e é - co, pago meus impostos e mesmo em um país como o Brasil, onde a corrupção é absurda, eu me mantenho fi rme com a minha hones da- de e re dão, optei em ser honesto e me manterei assim até o fi m dos meus dias...

Cer ssímo!!! Esse é o caminho que devemos seguir, mas não dei- xemos de nos entender como seres que a cada instante estão entre os que exploram e os que estão sendo explorados, essa é a nova selva, é nesse mundo capitalista que muitas coisas maravilhosas aconteceram, não entraremos nessa questão. A questão que iremos mencionar é a de que precisamos sim nos preocupar em sermos livres e uma das prin- cipais liberdades que precisamos conseguir é a liberdade econômica. Sem ela somos como presas frágeis, escravizadas e infelizes.

Muitas das coisas que nos tornam felizes, tais como morar bem, co- mer bem, poder estudar, viajar, enfi m, todas essas coisas advém de vo- cê estar preparado fi nanceiramente. Caso ainda não tenha alcançado essa posição, converse comigo através dos meus contatos nesse ar go ou procure um coach de negócios.

No documento Coaching Gerando Transformacoes (páginas 152-157)