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competentes levam vantagem em qualquer campo da vida.

No documento Coaching Gerando Transformacoes (páginas 94-100)

Segundo Philip Massinger: “Aquele que quer governar outros, pri- meiro precisa ser senhor dele mesmo”.

É um grande desafi o para o ser humano ser senhor e líder de si mesmo, principalmente em um mercado altamente compe vo onde a grande preocupação do profi ssional atual é liderar equipes e alcan- çar resultados posi vos.

Essa é uma visão grandiosa, desde que não esqueçam um detalhe: a importância do ser humano neste contexto, que sem dúvidas é o fa- tor chave para o sucesso de qualquer empreendimento, seja no âmbi- to pessoal ou profi ssional. Grandes líderes conquistam seus liderados pelo exemplo e não pela imposição ou excesso de autoritarismo. Para um líder alcançar grandes resultados, precisará mais do que apenas li- derar, precisará inspirar seus liderados, compreendendo que eles serão o refl exo das suas próprias ações. O que nos leva a entender que, para liderar pessoas com inteligência, precisaremos liderar a nós mesmos, e isso é claro, só pode ser alcançado através do autoconhecimento.

Conhecer o outro já nos traz bene cios, imagine conhecer a si mes- mo? Conhecer a si mesmo é um requisito importan ssimo para aque- les que querem liderar. Para liderar pessoas, primeiro temos que nos conhecer, decifrar nossos sen mentos, para que assim possamos en- tender o outro.

Ao olharmos para o nosso interior descobrimos quem somos, onde estamos e principalmente onde queremos chegar. Até porque como diz Joe Namath: “Para ser um líder, você tem que fazer as pessoas quere- rem te seguir, e ninguém quer seguir alguém que não sabe onde está indo”. Um líder que conhece a si mesmo é um líder que sabe conduzir a sua vida de maneira efi caz. É um líder que consegue vencer limitações.

Muitos líderes não conseguem avançar na sua caminhada de li- derança por não conseguirem vencer algumas limitações como, por exemplo, medo, impaciência, negação, impulsividade, engano, ciúmes e ira. Limitações como as citadas são de cunho emocional e estabeleci- das primeiro na nossa mente, logo tornando-se barreiras que impedem o nosso desenvolvimento e as nossas conquistas.

Estamos vivendo dias di ceis porque nos preocuparmos com al- go aparentemente tão supérfl uo como as emoções? O neurocien s- ta português António Damásio afi rma que as emoções desempenham um papel muito importante no desenvolvimento do raciocínio e na to- mada de decisão. Segundo ele, há decisões que são evidentemente feitas pela própria emoção. Sendo assim, o sucesso das nossas deci- sões dependerá da maneira como estamos nos sen ndo e como con- trolamos isso. Não é fácil assumirmos, mas as emoções estão ligadas ao nosso comportamento, pensamentos, hábitos, avaliações e julga- mentos, infl uenciando consideravelmente as nossas escolhas e deci- sões. Todo profi ssional que almeja ser um grande líder precisa apren- der a iden fi car, lidar e controlar as suas emoções, isso é claro, atra- vés da inteligência emocional.

Por longos anos acreditava-se que o sucesso nas organizações era estabelecido apenas por aspectos cogni vos. De acordo essa teoria, para o individuo alcançar sucesso, desenvolver habilidades técnicas se- ria sufi ciente. No entanto, há 16 anos, quando lançou o livro inteligên- cia Emocional, Daniel Goleman transformou a área de psicologia nas empresas ao contrariar a ideia de que o Q.I. (quociente de inteligência) era a melhor maneira de testar as habilidades humanas. Goleman po- pularizou a tese de que o talento para ca var colegas de trabalho e mo- var equipes é tão ou mais importante que habilidades cogni vas co- mo memória ou talento para a resolução de problemas. Par ndo des- sa premissa, as principais companhias do mundo adotaram o conceito para criar ambientes de trabalho mais agradáveis e menos agressivos.

A inteligência emocional é a capacidade do individuo de raciocinar so- bre as emoções de modo que venha promover o seu crescimento emo- cional e intelectual em prol do alcance dos seus obje vos. Está alinha- da à capacidade do ser humano em iden fi car, conhecer e lidar com os seus sen mentos e com os sen mentos alheios. As habilidades da inte- ligência emocional nunca foram tão urgentes como nos dias de hoje pa- ra todos os profi ssionais, sobretudo, para aqueles que almejam liderar.

Segundo Chiavenato (1997), o líder deve ter uma acentuada habili- dade de lidar com pessoas, de conviver com pessoas, de fazer as coisas com e por meio das pessoas. Deve possuir um enorme ins nto de co- municação. Deve saber ouvir e deve saber falar. Saber receber e saber transmi r mensagens e ideias. Saber entrevistar e comunicar. Ter uma forte dose de calor humano. Ter empa a e simpa a. Apesar de toda es- sa facilidade no relacionamento com as pessoas, o líder usa a sua au- toridade de maneira discreta, mas fi rme e absoluta. Transfere e delega responsabilidades, mas mantém o controle das coisas, assegura a ação e domina o caminho em direção aos obje vos a serem alcançados.

Apesar disso sua liderança é muito mais educadora do que controlado- ra. Impulsiona as pessoas para frente e não freia ou inibe o seu comporta- mento. Suporta pressão e amortece seu impacto sobre os subordinados, resiste à frustração e sabe sempre fazer um esforço adicional para ir à fren- te e conduzir consigo a sua equipe. Consegue mo var-se pela autorrealiza- ção e mo va as outras pessoas pelos desafi os e pelas recompensas.

Essas habilidades, sem dúvidas, só serão alcançadas a par r do mo- mento que o líder conseguir lidar com as suas emoções. Quem de- monstra controle emocional elevado e autoconfi ança tem uma facili- dade maior para iden fi car soluções para os problemas enfrentados no dia a dia.

É notório, por exemplo, que administrar confl itos é uma das compe- tências que mais exige o uso da habilidade ou capacidade emocional, uma vez que no ato de uma negociação a pessoa demonstra ou não equilíbrio entre razão e emoção. As duas se complementam, pois técni- ca, experiência e visão são fundamentais e tornam-se poderosas quan- do aliados à inteligência emocional.

Como alcançarmos inteligência emocional? Segundo alguns pesqui- sadores, o cérebro aprende através de experiências repe das. Portan- to, depois de iden fi car seus pontos fracos, é preciso centrar forças ne- les até desenvolvê-los. Então podemos afi rmar que a inteligência emo- cional pode ser alcançada por meio de dedicação e esforço. Para que essa competência torne-se algo real na vida do líder, é necessário pra-

car. Se o líder tem difi culdade de negociar e esta capacidade é funda- mental para o desenvolvimento da sua profi ssão, então é necessário exercitar o processo até tornar-se competente.

Segundo o Dr. Hendrie Weisinger a inteligência emocional pode ser nutrida, desenvolvida e ampliada e a melhor maneira de fazer isso é:

Ampliando a autoconsciência

Conhecer as próprias emoções. A autoconsciência signifi ca ter uma compreensão mais profunda acerca das próprias emoções, forças, fra- quezas, necessidades e impulsos. Quando o líder consegue nomear seus pontos fracos, por exemplo, sabe, então, quais são as nega vida- des que impedem o seu crescimento.

Um líder com alto nível de autoconsciência reconhece como os seus sen mentos afetam a ele, àqueles que o cercam e principalmente ao seu desempenho profi ssional. Sabemos que essa não é uma tarefa fá- cil. Goleman nos afi rma isso:

“É complicado para o profi ssional assumir que não tem habilidade ne- cessária para controlar seus ins ntos emocionais quando surge um pro- blema, uma situação de confl ito, o que piora ainda mais com as ações provenientes do descontrole emocional. A autoconsciência do que somos capazes de realizar é muito importante, empolga e massageia a vaidade pessoal, contudo nesta consciência, a avaliação do que pode ser muda- do para a ngir um melhor grau de desenvolvimento é mais enriquecedor, porém complexo, pois muitos profi ssionais resistem à ideia de que preci- sam adotar um posicionamento diferenciado.” (GOLEMAN, 1995).

Controlando as emoções

Para a maioria das pessoas, controlar as emoções, na prá ca, é mui- to di cil, porém, somente quando dominamos nossas emoções é que nos tornamos mais aptos para tomar decisões apropriadas para cada situação. Aprender a controlar as emoções faz parte do processo pa- ra se tornar um grande líder. Alguns especialistas acreditam que a ha- bilidade de lidar com as emoções e com pessoas é mais importante do que ser inteligente.

Qual a melhor maneira para lidarmos com as emoções? A melhor ma- neira é aprender a lidar com sen mentos alheios a nós direcionados. Sen- mentos que direta ou indiretamente nos a ngem de forma nega va. Co- mo podemos fazer isso? Usando toda nega vidade ao nosso favor.

Algumas situações fogem ao nosso controle, mas apesar das difi culda- des temos que persis r com o obje vo de alcançar as nossas metas, e mui- tas vezes, para isso, teremos que aprender a controlar os nossos impulsos.

Todos os seres humanos são diferentes psicológica e individualmen- te, têm uma história de vida. Alguns têm um repertório melhor que ou- tros para lidar com emoções. Não é fácil conseguir manter-se sereno diante de uma adversidade administrando as emoções, mas ainda que você não tenha aprendido a lidar com as suas emoções, ter a compre- ensão de que elas infl uenciam posi vamente e nega vamente no seu poder de decisão é de grande valia.

Quando controlamos as nossas emoções temos uma habilidade maior para lidar com os problemas diários, resis r a grandes pressões, sem entrar em surto psicológico, transformando as experiências nega-

vas em aprendizado e oportunidades. Conseguimos superar adversi- dades e depois de tantas experiências dolorosas temos a capacidade de dar a volta por cima. É a força aliada a uma forte vontade de vencer e que depende exclusivamente de nós e da nossa capacidade em to- mar as decisões certas.

AutomoƟ vação

Consiste em mo var-se e dirigir as emoções a serviço de um obje - vo, mantendo-se focado neste. Para isso devemos u lizar os sen men- tos de entusiasmo, perseverança e tenacidade para conquistar as me- tas de uma forma bem direcionada e segura. A automo vação permi- te realizar tarefas com qualidade, inovar, relacionar-se bem com cole- gas e superiores, focar de forma asser va no trabalho e entregar, com efi ciência e agilidade, as solicitações. Como podemos fazer isso? Acre- ditando em nosso potencial e habilidades. Criando oportunidades de melhoria para nosso êxito profi ssional e de todos que estão a nossa volta. O êxito profi ssional nos mo va a con nuar buscando maiores desafi os, realizações e dividir as vitórias com aqueles que reconhecem nosso valor.

A inteligência emocional é fator de suma importância nas organiza- ções, apesar de não ser o único fator que determina o sucesso ou fra- casso do líder. O ambiente organizacional e o comportamento das pes- soas nele envolvidas é fascinante, esse é um tema que merece muita atenção. Ao olharmos para algumas grandes empresas é percep vel que a inteligência emocional está se tornando cada vez mais signifi ca-

de recrutamento e seleção, de relacionamento com clientes, ou para vários outros setores.

Claro que o papel das organizações nesse cenário também é funda- mental. Não só o líder deve ser dotado de inteligência emocional, mas toda a equipe.

“Conhecer os outros é inteligência, conhecer-se a si próprio é verda- deira sabedoria. Controlar os outros é força, controlar-se a si próprio é verdadeiro poder”. Lao-Tsé

No documento Coaching Gerando Transformacoes (páginas 94-100)