Quando falamos em gestão da emoção precisamos em um primeiro momento entender a semân ca das duas palavras para que assim pos- samos juntar o contexto. Ao nos depararmos com a palavra gestão, en- tendemos como defi nição o ato de gerir, de administrar algo, sendo es- se um termo que surgiu ao longo da revolução industrial; Se levássemos para o lado empresarial, iríamos administrar a empresa em todos os as- pectos, resolver confl itos, fazer com que essa empresa cresça e isso re- fl e rá em uma brilhante gestão.
Agora, o que é emoção? Nesse caso poderíamos resumir de uma forma clara e simples: Emoção é todo e qualquer sen mento que desde o nasci- mento acompanha os seres humanos, algumas emoções mais básicas vêm de “fábrica” e podemos descrevê-las com as denominações medo, triste- za, raiva e alegria. Note que desde que nascemos saímos na desvantagem de sen mentos considerados bons em relação a sen mentos não tão bons assim, portanto temos apenas a alegria para nos confortar.
Calma lá! Não é bem assim e para isso pedimos ajuda à PNL.
A PNL (Programação Neurolinguís ca) tem em um dos seus pressu- postos a melhor explicação que já houve para esse desequilíbrio de sen-
mentos e para ajudar no entendimento transcrevo a frase abaixo: “Todo comportamento é úƟ l em algum momento da nossa vida e ne- nhum comportamento é úƟ l em todos os momentos da nossa vida”.
Agora que estamos familiarizados com as semân cas das palavras, te- mos como gestão da emoção o ato de gerir ou administrar nossas emo- ções, algo muito complicado às vezes, e para isso tem que exis r uma evolução diária, sempre um passo de cada vez. Não se deprima se for um micro passo, o importante é ser um micro passo na direção certa.
Nesta etapa abordaremos as três principais causas ou difi culdades da gestão da emoção e depois falaremos das três principais ferramentas pa- ra gerir com maestria a emoção, algo que desejo transcrever da forma mais simples possível. Nosso cérebro reconhece um trauma, uma fobia, ou um sen mento ruim em nanossegundos, assim também funciona pa-
ra as técnicas de controle da gestão da emoção. Basta apenas nanosse- gundos para o cérebro ressignifi car uma fobia ou mesmo para a mudan- ça de um sen mento de ruim para bom. Enfi m, essa poderosa máquina chamada cérebro é o maior e mais rápido computador que existe e va- mos u lizá-lo da melhor forma possível.
Dentre as principais difi culdades na gestão da emoção, existem três sen mentos encontrados em uma parcela imensa da humanidade. Se você nunca sen u qualquer dessas emoções, parabéns! Mas segundo alguns estudos você poderá sen r em breve, devido ao bombardeio de informações que recebemos todos os dias e que nos torna criadores de síndromes em geral, essa tríplice aliança leva o nome de ANSIEDADE, DE- PRESSÃO e ESTRESSE.
1. ANSIEDADE
Iniciamos com um sen mento chamado ansiedade. Alguns podem considerar simples, outros como uma das emoções mais comuns nes- se mundo frené co, mas o importante é entender do que se trata. Pa- ra descrever a ansiedade podemos dizer que é uma preocupação de al- go que ainda não ocorreu, ou pior, às vezes de algo que nem irá ocorrer. Mesmo sendo uma das sensações mais comuns, parece frágil, mas não é, esse sen mento é tão di cil de gerir quanto qualquer outro. Os sinto- mas mais comuns nas crises de ansiedades são:
• Falta de ar ou sensação de sufoco; • Arrepios;
• Suores, frios; • Mãos úmidas; • Tensão muscular; • Dores;
• Difi culdades para dormir; • Leve tontura ou ver gem; • Sensação de impotência.
2. DEPRESSÃO
Esse sen mento ocorre de forma grada va, aumenta silenciosamen- te. É algo tão sério que afeta todos ao seu redor de uma forma direta ou
indireta. Para quem sente nada faz sen do, nada tem graça, o melhor é fi car ali sem fazer nada e sem a companhia de ninguém, uma tarefa ár- dua administrar esse sen mento. O primeiro passo é a intervenção mé- dica, pois são raros os casos que a superação ocorreu sem a ajuda de ter- ceiros. Não é impossível, mas a energia gasta é quase sobre-humana e não é indicada a ninguém. Os principais sintomas são:
• Isolamento social;
• Chorar mais e com mais frequência; • Comportamentos suicidas;
• Redução do interesse e prazer sexual; • Agitação motora;
• Inquietude;
• Alterações dos ritmos cardíacos; • Humor deprimido;
• Desânimo persistente; • Tristeza;
• Baixa autoes ma;
• Sen mentos de inu lidade; • Vazio;
• Culpa ou/e irritabilidade.
3. ESTRESSE
Para completar nossa tríplice aliança, temos o estresse. Segui essa or- dem para fazer sen do, pois tudo inicia com uma “ansiedade”, que se for deixada de lado pode virar uma “depressão” e ambos sen mentos levam ao “estresse”, termo esse que era usado na sica, relacionado com des- gaste de materiais e que também advém de uma patologia simples. Essa simplicidade levou a um incrível aumento de pessoas estressadas. Nos dias atuais o termo é u lizado até pelas crianças devido sua normalida- de: basta uma pequena alteração de humor e já u lizam que estão es- tressados e por isso agem de tal forma. Enfi m, não importa a simplicida- de ou naturalidade, o estresse é algo a ser acompanhado e administra- do, pois suga suas energias e não lhe traz bene cio algum.
O principal sintoma: desgaste sico e mental com uma mudança bru- tal de humor.
Para encerrar o assunto da tríplice aliança dos monstros da nos- sa mente, gostaria de mostrar que existem inúmeros outros monstros e, caso você possua um deles como algo de es mação, a boa no cia é que sempre é possível domes cá-los (sobre isso irei comentar um pouco mais à frente. Nesse momento quero apenas demonstrar os nomes des- ses monstros que assombram grande parte da população).
O grande Dr. Augusto Cury, em seu livro gestão da emoção, elencou 38 pos de fantasmas ou monstros que devemos nos preocupar quan- do falamos em gestão da emoção. Gostaria de transcrevê-los e com is- so tomarmos consciência da proporção dessa nossa administração do EU interior, de que nunca será uma tarefa fácil, mas também nunca se- rá impossível.
1 - Timidez e insegurança; 2 - Autopunição;
3 - Sen mento de culpa; 4 - Sen mento de vingança; 5 - Complexo de inferioridade; 6 - Ciúme;
7 - Fragmentação da autoes ma;
8 - Baixo limiar para frustrações; 9 - Fobias (social, agorafobia, claustrofobia, tecnofobia, de animais); 10 - Irritabilidades;
11 - Impaciência e fl utuação emocional exageradas; 12 - Angus a; 13 - Impulsividade; 14 - Ansiedade; 15 - Depressão; 16 - Mau humor; 17 - Pessimismo;
18 - Doenças psicossomá cas; 19 - Vigorexia;
20 - Transtornos alimentares (anorexia, bulimia); 21 - Dependência química;
22 - Transtornos obsessivos compulsivos (TOC); 23 - Conformismo;
24 – Coitadismo; 25 – Egocentrismo;
26 – Individualismo;
27 – Necessidades neuró cas (necessidade de poder, de estar sem- pre certo, de ser o centro das atenções, de falar compulsivamente, de preocupação com a imagem social);
28 – Auto abandono; 29 – Solidão social; 30 – Autocobrança; 31 – Inveja sabotadora;
32 – Sofrimento por antecipação; 33 – Ruminação de perdas e frustrações;
34 – Cobrança excessiva; 35 – Compulsão por reclamar;
36 – Difi culdade de se reinventar; 37 – Défi cit de proteção emocional;
38 – Hipocondria ou medo de doenças.