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da imagem pode alavancar sua carreira, gerar oportunidades e experiências únicas?

No documento Coaching Gerando Transformacoes (páginas 56-61)

Vamos ao ponto, sem rodeios: Nós precisamos conversar muito sério sobre a gestão de sua Marca Pessoal.

Eu quero te fazer algumas perguntas: - O que diferencia você dos outros?

- Você é lembrado? Com qual frequência você tem que se reapresentar? - Você sabe fazer-se notar posi vamente?

- Você conhece sua reputação?

- Qual a imagem ideal da sua profi ssão?

- Você está constantemente preparado para as oportunidades? - Você se veste para quem você quer ser ou para quem você é hoje? - Você se impressionaria com “você” na rua hoje? Você se notaria? - Você é uma pessoa marcante?

Basta sair um pouquinho de si mesmo e imaginar como as pessoas te percebem. É um exercício muito enriquecedor. Eu posso lhe sugerir vá- rias situações nas quais você, ao se colocar na perspec va alheia, de seu interlocutor, de seu cliente, perceberá que recebeu apenas o que ofere- ceu. Foi uma retribuição. É a tal Lei da ação e reação.

A visão é responsável por quase 80% de nossa percepção. Suas rou- pas e acessórios comunicam muito sobre você ao mundo. As mensagens que você envia a quem lhe vê determinam a forma como os outros rea- gem a você. Os equívocos podem ser evitados se a qualidade projetada pelos símbolos que você ostenta em sua imagem forem bem escolhidos.

Em toda comunidade profi ssional existem pessoas cuja aparência nos leva a concluir que são líderes e aquelas que não duvidamos que sejam liderados. Isso se dá porque a imagem dessas pessoas transmite dados que transformamos em pistas visuais e, juntando as peças, categoriza- mos seu nível de profi ssionalismo, sofi s cação, capacidade, inteligência, instrução, autoridade.

Todos os profi ssionais, independente de qual seja o nicho de atuação, podem ter uma Marca Pessoal. Médicos, professores, engenheiros, re- ligiosos, garis, execu vos, todos podem se destacar, se diferenciar e ser lembrados. Existem vários fatores que compõem sua marca pessoal. E a imagem é um dos mais importantes.

Estamos sempre desenvolvendo uma relação com todas as imagens que vemos. Antes mesmo de conversar com uma pessoa, de trocarmos sequer uma palavra, já iniciamos um relacionamento com ela, seja de ad- miração, repulsa, curiosidade, simpa a. Basta vê-la e já começamos a tra- balhar nossa mente, a desenvolver esse relacionamento ou julgamento.

Então minha proposta é mostrar a você a importância de ter uma imagem adequada. E como imagem não pense apenas nas roupas que você usa, nos sapatos que calça, ou no corte de cabelo. Imagem envol- ve muito mais conceitos. A adequação passa por todo um contexto que envolve além de todos esses componentes, seu comportamento, ges- tos, tom de voz, termos escolhidos e postura que ajudam, e muito, a for- mar sua imagem pessoal, a sua marca e, com o tempo, a sua reputação. Você sabe o que é estereó po? Estereó po é a imagem preconcebida de determinada pessoa, coisa ou situação. É usado principalmente para defi nir e limitar pessoas ou grupo de pessoas na sociedade. A aceitação do estereó po é ampla e culturalmente difundida, às vezes é um grande mo vador de preconceito e discriminação.

Nós temos o estereó po do aluno aplicado, do jovem rebelde, da pessoa român ca, do homem preguiçoso, da mulher execu va, do pro- fessor exigente, do defi ciente sico, da pessoa idosa. Para cada um des- ses exemplos que citei, uma imagem se formou de forma automá ca em sua mente. Preste atenção a um detalhe importante: você não lembrou de um cheiro ou de um som, uma fala ou um sabor. O que veio à sua mente foi uma imagem, uma marca que alguém imprimiu em suas lem- branças, em alguma situação de sua vida, e que agora serve de modelo, de parâmetro, de exemplo para que ao surgir determinada referência vo- cê encaixe, se situe. Você recorre a um banco de dados mental.

Se eu te pedisse para pensar em um fi cólogo, como o descreveria? Ficólogo

Provavelmente você não encontrou no seu acervo uma imagem para este termo. Sabe por que? Porque nunca viu um fi cólogo, ninguém que você conheça tem essa profi ssão, então não tem uma imagem para as- sociar a essa palavra. Algumas suposições passam por sua mente, mas nada se fi xa.

Ficólogo é o profi ssional que estuda algas, a fi cologia é uma disciplina da biologia, uma especialização da botânica.

Bom, esse teste serve para demonstrar que vivemos em uma socie- dade visual. Nossas referências preferenciais são visuais, e, portanto, precisamos dar a devida importância à nossa aparência, nossa imagem e iden dade visual.

Você sabe qual é a sua fama como profi ssional? A sua reputação re- fl ete a percepção social de seu comportamento, dos seus valores, de sua iden dade, imagem, personalidade. A sua formação se dá a par-

r da qualidade e constância dos relacionamentos que estabelece com amigos, clientes, colaboradores, contratantes, contratados e até mes- mo com sua família e tem muita relevância na composição de sua mar- ca pessoal.

“A maneira de se conseguir boa reputação reside no esforço em se ser aquilo que se deseja parecer. ” Sócrates

É essencial que sua imagem seja atraente, confi ável e até mesmo se- dutora. Não a sedução carnal, sexual, libidinosa. Mas que desperte o in- teresse pelo seu conteúdo, por suas ideias e forma de agir, além de não induzir a julgamentos errôneos e desfavoráveis a seu respeito.

Uma imagem confortável ou ins gante pode gerar empa a, sintonia, confi ança, e ter grande relevância nas relações que desenvolvemos. Se você ostentar uma imagem que não seja confl ituosa com os conceitos e valores de seu interlocutor, se não lhe causar demasiada estranheza ou desdém, já começará esse relacionamento somando alguns pontos ao seu favor.

Nos relacionamos de forma mais harmoniosa e condescendente quando ocorre esta iden fi cação com o outro. É algo natural. O homem é um animal gregário, vive em bandos, em grupos que se aproximam por iden fi cação e afi nidades. O sen mento de pertencimento é potenciali- zado pela imagem que apresentamos.

Um pesquisador examinando as esta s cas de vendas de segurado- ras dos Estados Unidos descobriu que os clientes fechavam mais acordos com a seguradora quando o vendedor nha idade, religião, convicções polí cas e até hábito tabagista (fumante) igual a eles. Nós, seres huma- nos, preferimos aceitar ideias ou fechar acordos com pessoas que sen - mos semelhança a nós.

Há pouco tempo estava numa conversa informal com um amigo que é professor universitário e desembargador e surgiu o assunto da imagem profi ssional versus a pessoal. Ele dizia que as relações mudaram muito

com o tempo, que hoje há uma informalidade, uma proximidade maior entre os personagens atuantes no cenário jurídico e que algumas buro- cracias foram abolidas. Eu, por outro lado, ressaltei que a aparência ain- da é um fator de peso nessas relações. Ele não pareceu concordar muito com minha opinião, então lhe propus a seguinte situação:

Imagine que você encontre um colega da época da faculdade de Di- reito, e que este companheiro, que hoje é dono de um grande escritório de advocacia, peça sua indicação, dentre seus alunos, de dois nomes pa- ra serem seus pupilos, alguém para que ele treine e dê a chance de come- çar bem a carreira. Agora me conte como são essas pessoas que indica- ria. Provavelmente são alunos interessados, com boas notas, e que iriam aproveitar essa oportunidade especial. Certo? Até aí nenhuma novidade.

Então, responda-me: Estas pessoas que pensou em indicar frequen- tam suas aulas com aparência desleixada, com trajes informais ou exces- sivamente chama vos? - Não, não! Eles se vestem bem! O rapaz sempre está de calças compridas e camisas polo ou às vezes de mangas compri- das, e a moça sempre está muito arrumadinha, parece-me até que já vai das aulas direto para algum estágio.

Então o que expliquei ao desembargador e quero dizer a você hoje é que este julgamento de valor, de merecimento baseado na avaliação vi- sual, é feito todo o tempo, em todas as situações, onde quer que este- jamos. Já temos um conceito pronto, um estereó po de competência, e procuramos pistas visuais para enquadrarmos ou não as pessoas com quem nos relacionamos.

O homem é um ser visual, constrói uma “história”, um currículo para todos os que o veem em questão de segundos. Em muitos casos a opor- tunidade é perdida já neste primeiro momento. Não acredito na máxi- ma: “a primeira impressão é a que fi ca”. É possível sim construir uma no- va imagem, mudar impressões, rever julgamentos. Mas convenhamos que é um desperdício de tempo. Muito mais produ vo e interessante é causar a impressão adequada, no momento certo e não fi car “refazen- do”, reconstruindo sua imagem.

“Sua aƟ tude é que determinará sua vida”. John Maxuel

Um dia fui a uma reunião em uma empresa de comunicação e fui sur- preendida pela fala de um dos sócios-colaboradores: “que vergonha es- tar ves do assim... Se eu soubesse que encontraria com você hoje, te- ria me arrumado!”

Meu Deus! A não ser que você trabalhe em local isolado, sem con- tato com o público, só tendo uma bola de cristal para prever com quem

se encontrará ao longo do dia. Além disso, toda e qualquer pessoa com quem você se relacione é seu potencial cliente: seu colega de trabalho, seu vizinho, seus amigos e parentes, (seu chefe é seu cliente todo o tem- po, desde o começo...). Não se limite a estar apresentável, confi ável e se- guro apenas nos momentos predeterminados.

As oportunidades não marcam hora para surgir.

Convencer de primeira, acertar já no começo é a minha proposta. Dê uma boa olhada em você mesmo no espelho. É isso que os outros ve- em. Sua carreira pode começar a decolar ainda na carteira da faculdade, durante seu estágio, numa conversa informal durante um voo, num cur- so de fi m de semana. Eu já consegui clientes em todas essas situações.

Você precisa ter conteúdo e iden dade visual. Iden dade visual é a imagem ampliada da marca. É a junção de tudo o que compõe a sua mar- ca e pode ser percebido visualmente por seu público. Uma imagem con- fl ituosa, desconfortável por descuido ou até mesmo por ser muito extra- vagante pode afastar pessoas e oportunidades.

Todos já ouvimos que as aparências enganam, mas poucos têm a chance de esclarecer o equívoco. É importante estabelecer uma boa re- putação entre as pessoas com quem convive, além de despertar o inte- resse de quem ainda não lhe conhece. Sua capacidade profi ssional e cre- dibilidade estão sendo analisadas a todo momento.

No documento Coaching Gerando Transformacoes (páginas 56-61)