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não gosta de mim e para completar, meu trabalho está péssimo.

No documento Coaching Gerando Transformacoes (páginas 90-93)

Realmente não sirvo para nada.

Não sou bem sucedida em nada”.

Como posso te ajudar? Sempre inicio a consulta com esta pergunta e, invariavelmente, ouço esse po de resposta autodeprecia va. Se esse é o conceito que você tem de si mesma, se não há o menor ves gio de au- toes ma, como pode esperar que o outro tenha uma percepção diferen- te? E quando este outro mostra o que você pensa, aquilo que você vive “implorando” para que alguém confi rme, fi ca ainda pior.

Não é di cil perceber que realmente sua vida não é boa quando você necessita que o amor, a felicidade, a realização profi ssional, e até o or- gasmo - Sim!!! Até orgasmo - o outro “deve” lhe dar.

Se você se reconheceu por viver uma situação semelhante, talvez jun- tas possamos encontrar uma alterna va.

Primeiro ponto

Se você não está sa sfeita com sua vida, mude. Um pequeno movi- mento, por menor que seja, pode fazer uma enorme diferença. Valorize, reconheça cada passo tomado nessa direção.

Reclamar a torna uma pessoa desagradável, faz com que se sinta ain- da pior e, além de tudo isso, ainda nada resolve. É uma questão de esco- lha ter pensamentos bons ou ruins, somos os únicos seres viventes com o poder de dizer não.

Você não é o seu pensamento, mas tem o poder de dominá-lo e con- sequentemente criar a sua realidade. Saiba disso ou não, acredite ou não, sempre foi assim e sempre será. Mas não é só pensar. Pensamento somado a a tude gera realidade, qualquer ato que executamos é prece- dido de um pensamento, consciente ou não.

E se você chegou até aqui, antes pensou: “vou ler isso”. Assim é! Está infeliz com sua vida? Tente, invente, faça algo diferente, tal co- mo iniciar um novo curso, buscar um trabalho diferente, não espere uma grande mudança, some cada pequeno movimento e verá afi nal que você realizou a grande mudança. Pode ser uma dieta, uma meditação, qual- quer área que traga insa sfação. Ouça-se, ame-se, respeite-se. Mude. Só você tem esse poder.

Segundo Ponto

Se você se considera um “lixo”, certamente não aceitará quem te ama e valoriza (“quem me ama eu não quero, só me sinto atraída pelo que me despreza”). Como alguém poderá acreditar que alguém ama um “li- xo” sem ser “lixo” também?

Seu desejo se desloca para aquele que te ignora, porque assim você terá a “confi rmação” de que ninguém a quer, que não merece ser feliz, indo atrás de um amor ideal, recusando um amor real, por difi culdade em apropriar-se do que é bom. E como você pode ser amada se o outro vê em você a imagem que você projeta e essa imagem é o mais nega - va possível? Seria como tentar vender algo que você não gosta e precisa desesperadamente convencer alguém daquilo que você menos crê: soa ar fi cial e não passa a menor credibilidade.

Deparo-me com esta situação em consultório o dia inteiro, todos os dias da semana. E se eu me refi ro a você como mulher não é por dis- criminação, mas por constatar, nessa longa caminhada, que nós somos mais suscep veis a essa tortura do que os homens. As pessoas buscam desesperadamente o reconhecimento, a valorização, respeito e amor - mas lá fora, no outro, atropelando-se para agradar esse outro. Quanto mais investem nessa empreitada, mais colhem o avesso do que buscam.

Terceiro Ponto

Outro ponto contra o portador de autoes ma destruída é comparar- se com outro - onde, inevitavelmente, sairá derrotado. Compare-se con- sigo próprio, “Hoje estou bem, e amanhã serei melhor ainda, pois sem- pre posso me aperfeiçoar e ter uma performance melhor a cada dia.”

A grande confusão é não dis nguir vaidade e autoes ma. A autoes - ma corresponde ao valor que fazemos de nós mesmos, é uma sensação ín- ma de valor. Somos sa sfeitos com o que somos, com o que fazemos, é um bem estar que nos deixa plenos e a nossa referência é o próprio “eu”.

A opinião do outro conta muito pouco. Aqui o alimento é o fazer, exe- cutar, é uma questão de essência, esse bem estar parece depender de um processo a vo e dinâmico que não se completa jamais.

Por exemplo: quando você trabalha com o que gosta não tem o dese- jo de parar, de se aposentar e, sobretudo, não há a necessidade de im- pressionar quem quer que seja. Já na vaidade o foco é impressionar o outro e como o outro não dá o feedback desejado, a ansiedade se exa- cerba em busca dessa aprovação, implica em compe ção com o outro, o externo, que é a referência. Aqui que importa é o “ter”: ter o carro mais caro, ter a casa maior, melhor, ter mais beleza, fazer compras desneces-

sárias onde a sa sfação é cada vez menor. E como nunca está bom, a busca pela perfeição é insaciável. Faz cirurgia hoje, amanhã corrige, de- pois retoca porque não fi cou boa, faz outra e assim sucessivamente. E então quem lucra é o cirurgião plás co.

Se você está presa nessa armadilha, pare. Observe-se. Ques one-se: “Por que a opinião do outro tem mais peso do que a minha?” Responda e pergunte-se novamente o por quê desta resposta. Ao responder, repi- ta o ques onamento: Por que? E assim por diante.

Outro exercício bem simples, porém, bastante efi caz: Liste suas qualidades, habilidades, vitórias e virtudes. Vamos lá, acredite, todos nós temos algo - uns mais, outros menos -, mas liste-as, ainda que pe- quenas. Mude o foco. No início você pode se sen r desconfortável, mas persista. Adote este movimento e inclua-o em seus hábitos. Sair da zona de conforto dá trabalho. Se os pensamentos nega vos insis - rem em dominar, cancele-os. Com persistência essa a tude fará parte de sua personalidade.

Somos a soma de hábitos. Ame-se, valorize-se, acolha-se bem e, so- bretudo, perdoe-se. Você é um ser único e incomparável. Cuide-se com muito carinho, só assim receberá a atenção e afeto que tanto deseja e descobrirá que ser feliz é bem mais simples do que parece. A felicidade é feita de pequenas coisas, às quais denomino de MILAGRES!!!

Namastê.

No documento Coaching Gerando Transformacoes (páginas 90-93)