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Apoios Internacionais a Criação dos Municípios de Timor – Leste

No documento Escola de Economia e Gestão (páginas 79-83)

Capítulo III: Divisão Administrativa do Território de Timor – Leste

3.5. Apoios Internacionais a Criação dos Municípios de Timor – Leste

O governo de Timor – Leste através do Ministério Estatal estabelece cooperação bilaterais amigáveis, e fazendo um memorando de entendimento para criação do sistema administrativo dos municípios de Timor – Leste. A criação de 13 municípios em Timor – Leste com a ajuda técnica portuguesa para apoiar o processo de implementação do poder local em Timor – Leste. O modo de criação do sistema administrativo dos municípios é para realizar o processo de implementação de desconcentração municipal do planeamento, orçamentação e execução das despesas públicas, como primeira fase no processo de descentralização administrativa em território de Timor – Leste. Uma declaração do Primeiro-Ministro Rui Maria de Araújo na Lusa em Díli (18 maio, 2016:1), “insistiu na necessidade de um processo faseado de descentralização, não como fim em si mesmo, mas tendo como objetivo prestar serviços aos cidadãos e garantir a sua participação num desenvolvimento equitativo do país.”

3. 5. 1. O Apoio de Câmaras Portuguesas

Os municípios criados em Timor – Leste, servem essencialmente para simplificar os procedimentos burocráticos e para ser mais fácil para coordenar a implementação da descentralização administrativa em Timor – Leste. Portanto, a criação dos municípios de Timor – Leste obteve o apoio técnico dos municípios portugueses como

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explicou à Lusa (2013:2) que “cada um dos 13 municípios a criar em Timor – Leste contará com o apoio de duas autarquias Portuguesas”.

Os apoios das câmaras portuguesas receberam a máxima atenção por parte do governo de Timor – Leste para a instalação de um órgão de administração em cada região no território de Timor – Leste. A publicação da Lusa (2013:2) menciona que “o objetivo é que as câmaras portuguesas recebam futuros funcionários municipais timorenses, a quem darão formação ao nível técnico, jurídico – administrativo e até informático.” Formação técnica profissional como a gestão orçamental, económica financeira e contabilidade público são importantes para os funcionários públicos municipais para desempenhar no trabalho.

Atualmente, a criação do sistema administrativo dos municípios de Timor – Leste avançou ligeiramente para substituir o conceito de pré-desconcentração com a reforma institucional e a criação do quadro leal e dos planos de desenvolvimento.

Depois a desconcentração administrativa, o político do governo central vai promover competências do poder local para a eficácia dos serviços públicos e mais perto aos cidadãos. Por isso, o estabelecimento das câmaras de Timor – Leste pretende responder à complexidade do processo dos serviços administrativos muito lentos do governo central. Portanto, o governo de Timor – Leste com o apoio das câmaras portuguesas “estamos a estabelecer comissões instaladoras nos treze distritos e a preparar a política de descentralização e a legislação e as câmaras portuguesas vão apoiar tecnicamente o processo de descentralização em Timor – Leste, estando também previsto a formação de funcionários timorenses em Portugal” (Lusa, 2013: 2).

O apoio da criação dos municípios de Timor – Leste, incluí a preparação dos funcionários públicos que irão trabalhar nas câmaras. A instituição do governo de Timor – Leste e Portugal assinaram o protocolo sobre a capacitação dos funcionários em que Lusa (2013.3) mencionou que “há dois ou três formadores deslocar-se-ão a Díli para dar formação, em articulação com o Centro de estudos de formação autárquica, sediado em Coimbra. No futuro, os pedidos concretos de apoio às câmaras serão feitos por cada uma das 13 comissões instaladoras nos treze distritos timorenses, em função das necessidades.”

Além da capacitação, esta equipa prepara também uma comissão instaladora para colocar o sistema administrativo das câmaras a funcionar corretamente. Na publicação da Lusa (2013:3) explicou “para este ano (2013), está previsto a criação de comissões instaladoras nos 13 distritos do país, bem como a aprovação pelo parlamento da lei do poder local, finanças locais e lei eleitoral.”

Relacionado com a realização da criação dos municípios em Timor – Leste, pretende realizar a descentralização administrativa em cada distrito, de acordo com o plano estratégico do governo. A mesma fonte menciona que “o governo timorense pretende realizar as primeiras eleições autárquicas em 2015. O programa do V governo constitucional de Timor – Leste, aprovado em setembro no parlamento, prevê a introdução de um novo nível de governo municipal, com a criação de entre três a cinco municípios.” É claro que, a criação das câmaras de Timor – Leste leva pouco tempo na sua preparação, organizar, consultar e socializar com todas as partes envolvidas, mas

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na realidade o plano de implementação do sistema administrativo municipal não é realizado de acordo com as disposições previamente planeadas.

Com base no apoio das câmaras portuguesas é possível fazer a seguinte síntese:

a) Cada um dos 13 municípios obtém o apoio de duas autarquias Portuguesas

b) Câmaras Portuguesas darão formação ao nível técnico, jurídico-administrativo e informático.

c) Estabelecer comissões instaladoras nos treze distritos e a preparar a política de descentralização e a legislação, estando também previsto a formação de funcionários timorenses em Portugal.

d) Os pedidos concretos de apoio às câmaras serão feitos por cada uma das 13 comissões instaladoras nos treze distritos timorenses, em função das necessidades.

e) Está previsto a criação de comissões instaladoras nos 13 distritos do país, bem como a aprovação pelo parlamento da lei do poder local, finanças locais e lei eleitoral.

Embora o estabelecimento das câmaras em Timor – Leste obteve a ajuda das autarquias Portuguesas, ainda existem alguns pontos fracos técnicos que devem ser abordados antes de implementar as câmaras nos treze municípios em Timor – Leste, como por exemplo a falta de formação dos funcionários sobre a técnica de gestão financeira dos municípios, gestão da organização dos municípios, contabilidade e finanças públicas dos municípios, além disso ainda não estabelece a legislação local de cada um dos treze distritos e assim por diante.

Para além, do apoio das câmaras portuguesas, Timor – Leste realizou uma cooperação com a City of Moonee Valley e o Indigo Shire do governo local do estado Victoria na Austrália “no domínio da descentralização administrativa em que têm flexibilidade para apoiar a Timor – Leste na área da capacitação institucional da administração local, intercâmbio de conhecimentos e experiências nos domínios económicos, social, educativo e cultural” (Governo de Timor – Leste, 2014). Embora, já tenham assinado o protocolo de cooperação, ainda não o realizaram de acordo com o motivo desta cooperação.

3. 5. 2. Apoios Técnicos Adicionais de Outros Países

O apoio de outros países para Timor – Leste é concretizado através da cooperação mútua para reforçar o desenvolvimento económico e a ação cultural externa com vantagens mútuas, apresentando benefícios mútuos tanto para Timor – Leste como também para os países parceiros. Esta cooperação é muito estratégica e responde a três coisas essenciais, como o concorrem para uma ação mais eficaz, mais visível e com impacto positivo mensurável para países parceiros.

A ação concreta da cooperação entre Timor – Leste com os países parceiros é concretizada através da resolução do conselho de ministros n.º 17/2014 (concelho de ministro, 2014:1764 -1765) com os países parceiros para desenvolver setores principais como:

a) Projetar o Camões, I.P., enquanto entidade de referência ao nível da condução da política de cooperação, bem como ao nível da supervisão, direção e coordenação dos parceiros.

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b) Valorizar os parceiros da cooperação portuguesa, procurando adotar uma abordagem estratégica única nos países e setores prioritários.

c) Sensibilizar e informar a sociedade civil e os responsáveis políticos para a importância da cooperação, demonstrando os benefícios e as mais-valias desse investimento.

Cooperações bilaterais e multilaterais com o âmbito dos Objetivos de Desenvolvimento do Milénio (ODM), o parceiro global ou multilateral para uma cooperação sobretudo para o desenvolvimento eficaz. Além disso, o novo acordo que desenvolveu o governo Timor – Leste a saber desenvolveu uma cooperação mútua sobre o envolvimento internacional em os estados frágeis no âmbito do Comité de Ajuda aos Desenvolvimentos (CAD) e também uma cooperação mais específica sobre o assunto da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE), (concelho de ministro, 2014:1764).

A cooperação bilateral entre o governo de Timor – Leste e o governo Português nos setores estratégicos a longo prazo 2014 – 2020, assenta em quatro princípios chave a saber, (a) a coerência ou coordenação entre parceiros, (b) a concentração geográfica e setorial, privilegiado projetos com dimensão e natureza estruturante (c) a apropriação, com enfoque no desenvolvimento de capacidades e na sustentabilidade e (d) a parceria, através da partilha de capacidades e recursos, incluindo fontes de financiamento (concelho de ministro, 2014:1764). Esta cooperação pode elevar o desenvolvimento para uma maior utilidade, para o melhoramento da capacidade dos recursos humanos, sendo estas uma importante ferramenta para a força do trabalho nas agências do governo.

O apoio técnico de outros países através das cooperações bilaterais e multilaterais pretende expandir a rede dos laços de amizade com os parceiros, sobretudo a cooperação para o desenvolvimento, educação para o desenvolvimento e áreas prioritárias de intervenção como: (a) Governação, estado de direito e direitos humanos compostos de capacitação institucional e ligação paz, segurança e desenvolvimento e também estados frágeis. (b) Desenvolvimento humano e bens públicos globais compostos de educação e ciência; saúde; ambiente, crescimento verde e energia; desenvolvimento rural e mar; proteção social, inclusão social e emprego; e setor privado (concelho de ministro, 2014:1765). Mais tarde, estabelece a cooperação estratégica como prioridades geográficas dos Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa (PALOP) e Timor – Leste.

Por outro lado, a cooperação com o Instituto da Cooperação e da Língua (Camões) para promover a Língua Portuguesa em Timor – Leste, além disso, no âmbito do plano para a melhoria da Administração Pública, que obedeceu a objetivos de ganhos de eficiência na política de cooperação, pretendendo também ter presente uma nova visão sinergética das vertentes da Língua Portuguesa.

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Capítulo IV: Implementação do Sistema Pré-desconcentração Administrativa

No documento Escola de Economia e Gestão (páginas 79-83)