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Tratamento dos Dados

No documento Escola de Economia e Gestão (páginas 98-0)

Capítulo V: Metodologia da Investigação

5.3. Tratamento dos Dados

A técnica do tratamento dos dados documentais é caracterizada por um processo dinâmico ao permitir representar o conteúdo documental de uma forma distinta da original, gerando assim um novo documento e uma nova informação. Uma estratégia de análise como disse Freixo (2012:250) “é a fase em que se analisa e verifica a relevância e significado destes dados em relação aos propósitos da investigação”.

Segundo o autor Freixo (2012:131) “as fontes dos dados associados às técnicas mais usuais neste procedimento metodológico, também designadas por fontes de evidências e que a generalidade dos autores refere, designadamente: análise documental, registos em arquivos, entrevistas, observações direta, observação participante e artefactos físicos, sem prejuízo de se utilizar a triangulação.”

Com base nesta metodologia, a análise escolhida para este trabalho foi a abordagem documental e também os registos em arquivos. Assim, as fontes documentais são relevantes a todos os típicos dos estudos de caso e pode também assumir muitas formas de acordo com objeto de planos explícitos e cuidados para a colheita de informação (Freixo:2012). Na análise documental, consideram-se os seguintes documentos:

(a) Cartas, memorandos e outros tipos de correspondências

(b) Agendas, avisos, reuniões, e outros relatórios escritos de eventos em geral

(c) Documentos administrativos, propostas, relatórios de aperfeiçoamento se outros documentos internos de uma organização

(d) Estudos e avaliações formais do mesmo local sob estudo

(e) Recortes de jornais e outros artigos publicados nos média (Freixo, 2012:132).

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Entre as fontes de informação, sejam de documentação ou de registos em arquivos podem ser utilizados conjuntamente com outras fontes de informação no desenvolvimento de uma análise, dependendo da forma como serão utilizados os dados recolhidos com funcionamento de utilização da própria informação.

3ª PARTE: ANÁLISE DE DADOS EMPÍRICOS Capítulo VI: Procedimento de Análise 6. 1. Instituições Públicas

A análise dos dados documentais efetivamente coleta os dados de instituições do estado, especificamente os que se encontram dentro do Ministério da Administração Estatal e Ordenamento do Território (MAEOT). Os institutos independentes como o Instituto Nacional da Administração Pública (INAP) e a Comissão da Função Pública (CFP) fazem parte do Ministério da Administração Estatal e Ordenamento do Território (MAEOT), que estão intimamente relacionados com este estudo e que efetivamente suportam a implementação do sistema da Administração local em Timor – Leste.

6. 2. Método da Análise de Dados: Documental

O procedimento de análise dos dados documentais de acordo com este estudo irá desenvolver os documentos recolhidos que apoiam os conceitos de análise sobre a implementação do sistema administrativo, especificamente a criação da administração local e descentralização da administração com a estrutura de financiamento alocado de forma anual para os municípios.

Além disso, este estudo também irá rever os documentos relacionados com os obstáculos e os valores culturais como fatores importantes no melhoramento da prestação dos serviços públicos na espectativa de uma boa governação a todos cidadãos. Em seguida, irá rever os documentos relacionados com o regime de carreira e vencimento dos funcionários públicos, recursos humanos e avaliação desempenho aplicado em Timor – Leste. A presente análise comportará duas partes importantes, nomeadamente: a implementação do sistema da administração local tem espectativa de uma boa governação a todos cidadãos e promover os valores culturais como identidade cultural local de cada município com uma oferta de serviços mais efetiva, eficiente e equitativa para alcançar bem-estar comum.

6. 3. Sistema Administrativo de Timor – Leste 6. 3. 1. Âmbito da Administração Local de Timor – Leste

A caracterização geral do poder local consagrado no artigo 72.º da Constituição da República Democrática de Timor – Leste (RDTL, 2007:23) “é constituído por pessoas coletivas de território dotadas de órgãos representativos, com o objetivo de organizar a participação do cidadão na solução dos problemas próprios da sua comunidade e promover o desenvolvimento local, sem prejuízo da participação do estado.”

A organização, a competência, o funcionamento e a composição dos órgãos de poder local definem no artigo 4, do decreto-lei n.º 7/2003 sobre “o sistema orgânico com áreas de actividade, o Ministério da Administração Estatal organiza-se de acordo a atividade da administração local do estado,” e no artigo 2 do mesmo decreto-lei

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mencionou, “o Ministério da Administração Estatal prossegue promover um correto ordenamento e organização do território e promover a descentralização administrativa”. Isso só é válido para 12 municípios, porque um do município foi definido especificamente como região administrativa e um como regime económico especial.

Atualmente, do poder local fazem parte 13 municípios, que podem ser especificados por postos administrativos, sucos (freguesias) e aldeias, como no seguinte quadro.

Tabela VI. 10: Características de cada município

Município Posto administrativo Suco/ freguesia Aldeias Área km² Habitantes

Lutém 5 34 151 1.702 59.787

Baucau 6 95 282 1.494 111.694

Viqueque 5 35 234 1.781 70.036

Manatuto 6 29 99 1.706 42.742

Manufahi 2 29 137 1.325 48.628

Covalima 7 30 184 1.226 59.455

Ainaro 4 21 131 797 59.175

Díli 6 31 241 372 234.026

Aileu 4 32 139 729 44.325

Liquiçá 3 23 134 543 63.403

Bobonaro 6 50 194 1.368 92.049

Ermera 5 52 277 746 117.064

Oecusse 4 18 63 815 64.742

Total 83 479 2.266 14.604 1.067,126

Fonte: Ministério das finanças, 2015. Orçamento geral do estado, Distritos, livro 3.

A caracterização dos municípios de acordo com o censo de 2010, refere que existem 83 postos administrativos, 479 sucos ou freguesias, 2.266 aldeias, o total de uma área de 14.604 km² com o total de habitantes cerca de 1.067,126 pessoas. A classificação da população mais numerosa corresponde ao município de Díli, Ermera e Baucau, que apresentam os maiores crescimentos populacionais.

O desenvolvimento da administração local em Timor-Leste é realizado por fases, inicialmente promoveu-se o conceito do sistema de pré-desconcentração administrativa antes mesmo de implementar a designada descentralização administrativa nos respetivos treze municípios, que foi conduzida cautelosamente e gradualmente alargada a todo o território.

6. 3. 2. Administração Local

O conceito de administração local foi iniciado pelo V Governo Constitucional com o principal objetivo de implementar uma reforma administrativa local, de modo a organizar os serviços públicos utilizando para tal uma via coerente e harmoniosa e que estabelece-se uma relação de maior proximidade ao cidadão, como sendo o principal beneficiado do serviço essencial público. Esta relação de proximidade com o cidadão traduz-se na não necessidade de deslocação à capital do país para tratamento de qualquer assunto (Secretária de Estado da descentralização administrativa do MAEOT, 2013).

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O governo encontra-se convencido que o melhoramento da administração local é possível, será apropriado e favorecerá acima de tudo todos os cidadãos, se efetivamente for realizada a criação em cada um dos treze municípios. A necessidade expressa na respetiva criação dos municípios traduz-se numa manifestação concreta do apoio no processo de desenvolvimento económico, social e cultura do governo local.

A modernização administrativa expressada por Faustino Cardoso Gomes (2015) num workshop sobre a modernização administrativa na administração local de Timor – Leste diz que, a utilização da tecnologia e comunicação, permite a todos os cidadãos alcançar com maior eficiência todo o serviço, não haverá muita burocracia e há simplificação do processo e procedimento, dá satisfação à necessidade a todo cidadão.

A modernização administrativa pretende melhorar o serviço e informação disponibilizada ao cidadão na estrutura entre o governo e todo cidadão.

Em síntese, a reforma administrativa, política de descentralização administrativa e do governo local, Timor – Leste tem dois objetivos estratégicos, entre outros:

(1) Desenvolver, promover e fortalecer a administração de um estado forte e legítimo, estável e moderno, tanto nacional, como também local, com o objetivo de conduzi-lo a uma boa governação e gestão institucional dotada eficácia, eficiência, excelência e justiça.

(2) Estabelecer, promover, melhorar e fortalecer o profissionalismo e a capacitação dos funcionários em áreas genéricas, técnicos profissionais, técnicos específicos e ensino formal relacionadas com o desempenho das atividades da administração governativa, tanto a nível nacional como local (Ministério da Administração Estatal, 2017).

Com base objetivos, a administração local de Timor – Leste de acordo com o plano estratégico aponta os pontos fortes para melhorar no futuro: promover efetividade, eficiência e diminuir a despesa, promover o atendimento público com a participação da comunidade, promover a transparência para a diminuição da corrupção, (Simangunsong, 2015). De acordo, com o mesmo autor (Simangunsong, 2015), existem quatro pilares que sustentam a construção do bem-estar da comunidade, nomeadamente: a aplicação da lei justa para todos os cidadãos; uma boa gestão governativa; crescimento económico suficiente e a prática de uma moral de democracia política que seja livres, justa e secreta.

De futuro existem sem dúvida expectativas para a administração local em Timor-Leste, de acordo com o plano estratégico nacional para a reforma da administração local no processo de melhoria contínua, esta irá atribuir autoridade para consequentemente o governo local determinar e formar uma política local, ou seja, uma autarquia. Desta forma, a autarquia local assume a responsabilidade das suas próprias decisões, a atividade administrativa tona-se somente competência do governo local (Simangunsong, 2015)

6. 3. 3. Pré-desconcentração Administrativa

O plano do VI governo constitucional apoia o conceito de descentralização em três faces. Na primeira face, cria-se o conceito de pré-desconcentração da

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administração para substituir o nome de distrito para o município e subdistrito para o posto administrativo. A segunda face, é estabelecer o estatuto das administrações municipais, das autoridades municipais e do grupo técnico interministerial para a descentralização administrativa, e por último, é a face do poder local de todo o processo de descentralização administrativa (Decreto lei n.º 2/2016). Estas faces serão implementadas de acordo com a estrutura da organização de pré-desconcentração administrativa como mostra a seguinte figura.

Figura II. Estrutura de Pré-desconcentração Administrativa

Fonte: Ministério da Administração Estatal e Ordenamento do Território - MAEOT Descrição:

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O artigo 2.º do decreto lei n.º 4/2014 de 22 de janeiro, define que “as estruturas de pré-desconcentração administrativa são serviços periféricos da administração direta do estado, no âmbito do ministério da administração estatal, dotados de autonomia administrativa” (Jornal da república, 2014: 7007).

6. 3. 4. Descentralização Administrativa

A descentralização administrativa é como a realização concreta do processo da reforma da administração pública, tem por objetivo melhorar o sistema da prestação de serviço ao público efetivo, eficiente e excelente para responder às exigências e interesse da comunidade e bem-estar da comunidade. Esta reforma da administração pública permite apoiar o governo local com o princípio da descentralização administrativa, para motivar e inspirar a participação da comunidade no processo da tomada da decisão como a essência da democracia (Ministério da Administração Estatal, 2017:3-4).

O decreto do governo n.º2/2016 de 16 março “aprovou o estatuto das administrações municipais como pilar fundamental em que assentará a reforma órgãos da administração local do estado” (jornal da república, 2016:9190).

O novo quadro de decreto do governo n.º2/2016 de março, prevê que a seleção dos presidentes das autoridades municipais e os administradores municipais se faça através de um procedimento especial de seleção. O procedimento especial de seleção por mérito dos presidentes das autoridades municipais e dos administradores municipais obedece aos princípios de: equidade, mérito, abertura e igualdade de género, (Jornal da república, 2016:9190).

Deste modo, o processo de seleção forma uma comissão especial composta pelas entidades a seguir descritas:

1. A Comissão Especial de Seleção é composta por cinco membros, nomeados por despacho do Primeiro-Ministro, mediante proposta do: (a) Membro do governo responsável pela administração estatal, relativamente a três dos seus membros, incluindo o seu presidente; (b) Presidente da comissão da função pública, relativamente a dois dos seus membros.

2. O membro do governo responsável pela administração estatal e o presidente da comissão da função pública indicam, cada um, pelo menos, um membro de sexo feminino para desempenhar funções na Comissão especial de seleção.

3. O membro do governo responsável pela administração estatal e o presidente da comissão da função pública indicam ao Primeiro-Ministro um suplente por cada membro efetivo da comissão especial de seleção que indiquem.

4. Os membros da comissão especial de seleção tomam posse perante o Primeiro-Ministro (Jornal da república, artigo 6º, 2016: 9191).

Após estabelecimento dos presidentes das autoridades municipais e os administradores municipais, gradualmente o modelo de pré-desconcentração administrativa não funciona mais, mesmo que na prática o cargo de presidente municipal e administrador municipal assuma as mesmas funções.

93 6. 3. 5. Desconcentração Administrativa

O funcionamento da relação burocrática entre o governo local com o governo central define a implementação do programa de desconcentração administrativa do governo, a promoção da atuação coordenada de todos os serviços desconcentrados do estado e define ainda o apoio técnico às atividades desenvolvidas pelas lideranças comunitárias tradicionais e pelas organizações não governamentais (Jornal da república, 2014).

A Direção Nacional da Administração Local (DNAL) do Ministério da Administração Estatal e Ordenamento do Território “manteve um sistema administrativo de informação e consulta recíproca entre os serviços da administração local e os órgãos e serviços da administração central” (Ministério da Administração Estatal, 2017).

A Direção Nacional de Administração Local (DNAL) nas descrições das suas tarefas mencionou dar o “apoio à Direção Nacional de Apoio à Administração dos Sucos (DNAAS) nos procedimentos administrativos de verificação da legalidade da concessão dos incentivos financeiros às lideranças comunitárias” (Ministério da Administração Estatal, 2017).

Segundo Dionísio Babo Soares (2015), desconcentração significa fazer um acompanhamento, portanto a estrutura do Ministério da Administração Estatal (MAE) tem que ser a base ou local para dar a capacitação gradual da estrutura em todos municípios sobre o conhecimento da introdução da reforma administrativa. Enquanto, descentralização significa entregar todo o poder do estado a nível administrativo, financeiro e entre outros para os municípios se gerir, sendo que e o governo central só realiza a monitorização, o que significa que o todo poder será entregue e será da inteira responsabilidade do governo local.

O autor Faustino Cardoso Gomes (2015), no âmbito do desenvolvimento da administração local mencionou que esta deve possuir características muito específicas, ou seja, deve ser moderna respeitando e promovendo a tecnologia, assim como, organizada e funcional essencialmente na prestação dos serviços públicos aos cidadãos, sendo este um factor determinante.

A política da administração do governo local de acordo com o objetivo estratégico mencionou que vai desenvolver e garantir a efetivação do processo de descentralização administrativa e poder local com vista à prestação de serviços administrativos de elevada qualidade à comunidade local, garantindo a melhoria das condições de vida em todo o território de Timor – Leste (Ministério da Administração Estatal – MAE, 2017).

6. 3. 6. Obstáculos

A implementação do sistema da administração local de Timor – Leste enfrentou alguns desafios e constrangimentos, a saber os desafios na capacidade institucional, no aspeto de recursos humanos, no aspeto de sistema de execução do desempenho e procedimento. Além disso, também enfrentou o problema de instrumentos transversais para a promoção o regime de carreira, o problema político nas linhas de ações para a reforma da administração local, incluindo o problema da política da

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descentralização administrativa e do poder local (Ministério da Administração Estatal, 2017).

No aspeto da estrutura ou institucional, a administração local adquire apoio insuficiente na implementação de serviços essenciais sobre a política do governo local e a reforma administrativa. A criação de várias direções também inibe a aceleração programas ou atividades ineficazes e ineficientes, mesmo que a estrutura da organização seja muito ampla, mas na realidade mostra que a função dada em cada direção é quase idêntica com os recursos inadequados, ou seja, a estrutura da organização do estado é mais ampla mas com a função limitada. Além disso, foi desafiado com as demandas à implementação da política administrativa do poder local que não foi distribuído o estabelecimento da estrutura em nível dos diretores, (Ministério da Administração Estatal, 2017).

No aspeto dos recursos humanos, não há desenvolvimento de carreira dos servidores públicos, de modo que dificultou a implementação de políticas governamentais nos campos da reforma administrativa e da descentralização administrativa (Ministério da Administração Estatal, 2017).

As questões principais enfrentadas na promoção do regime de carreira é que ainda não há estabelecimento dos instrumentos transversais, não definidos em rigor nas disposições da lei ou decreto lei de modo que foi prejudicada a promoção do regime de carreira dos funcionários públicos, deu o impacto negativo a motivação dos serviços funcionários públicos para realizar as suas funções e tarefas (Ministério da Administração Estatal, 2017).

Um dos outros constrangimentos baseia-se na questão política nas linhas de ação para a reforma da administração do estado e da gestão governativa onde não foi promovida a administração local, modernizar o sistema de atendimento em eficaz e excelente de forma a responder aos interesses do estado e dos cidadãos através da prestação de serviço público, (Ministério da Administração Estatal, 2017). Da mesma maneira, a implementação do sistema da administração pública enfrenta o desafio relacionado com a remodelação da administração pública está também interligado com a sobreposição de funções (Comissão da Função Pública, 2015).

Relativamente, à implementação do sistema da administração local e segundo o autor Cardoso (2015), este deve definir com a maior clareza possível a delegação de desconcentração da função administrativa, com todos os recursos existentes do governo central para o governo local. Neste sentido, todas as metas e objetivos devem estar estar bem definidos e muito bem delineados.

Em termos de gestão de recursos humanos, responsabilidade, qualidade de prestação de serviço e limitações de facilidades também se torna como um efeito à implementação do sistema administrativo e, particularmente à modernização da administração local.

Desta forma, e sucintamente torna-se possível e imprescindível enumerar os principais obstáculos inerentes à implementação do sistema de administração local: o governo local carece de organização no que concerne à aplicabilidade do electronic government; carece de divulgação na tradição de compartilhar informação (no culture

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for shering), os recursos humanos apresentam uma grande debilidade a nível de formação e também uma ineficácia na capacidade de comunidade no uso da tecnologia; as infraestruturas são muito limitadas, assim como, o livre acesso à informação (Simangunsong, 2015).

6. 3. 7. Valores Culturais

Os valores primeiros da administração pública, conjugados com a eficiência, eficácia e qualidade na prestação de serviços ao público (Comissão da Função Pública, 2017).

A modernização da administração local torna-se um fator importante para implementar em todos os setores de atendimento público. Isso é, exige-se por consequinte o valor da qualidade dos recursos humanos. Todos os recursos humanos devem deve ter o conhecimento do trabalho integrado com o sistema de tecnologia informática, eletrónica e comunicação com uma forma eficiente na prestação de serviços de qualidade privilegiando primeiramente todos os cidadãos.

A qualificação dos recursos humanos ao nível dos municípios fica muito aquém das expectativas, o que na prática se traduz numa ineficácia laboral, principalmente no que diz respeito ao conhecimento do uso das tecnologias electrónicas ou até mesmo informáticas. O panorama mantém-se idêntico em relação aos meios de comunicação, dado não existir um bom conhecimento da matéria não permite consequentemente um atendimento de qualidade ao cidadão, onde a rapidez, a precisão e eficiência não são de todo as palavras-chave.

Neste sentido, o autor Cardoso (2015) refere que o baixo nível de conhecimento dos recursos humanos nos municípios na dinamização da sociedade de acordo com seu conhecimento. Se os funcionários públicos possuem um baixo nível de educação e qualificação, torna-se difícil ou até mesmo impossível a realização de mudanças ou transformação no campo da modernização da administração local.

O Instituto Nacional da Administração Pública (INAP) tem um papel importante para melhorar o nível de conhecimento através de formação e capacitação aos funcionários públicos nos municípios. A primeira visão é a concretização de uma boa governação pública (good public governce), referente ao fortalecimento de uma governação responsável, contabilista, efetiva e eficiente. (INAP, 2015).

A reforma administrativa tem o valor de revitalização o sistema e cultura de serviço para promover os valores de eficiência, eficácia, responsabilidade, desempenho, mérito, qualidade, imparcialidade, equidade, transparência e profissionalismo (Comissão da Função Pública, 2015). A promoção dos valores culturais de cada município através de servidores distritais em princípio é preservação da homogeneidade etnolinguística, identidade cultural local e um equilíbrio do potencial e recursos para o desenvolvimento local.

6. 3. 8. Funcionários Públicos

Os funcionários públicos têm diferentes características culturais, bem como personalidades e a perspetivas políticas em que trabalham juntos dentro da organização do estado. Essas diferenças encorajarão cada pessoa ou grupo a assumir valores positivos a fim de chegar a um consenso comum para servir a comunidade de forma responsável obrigando cada um de nós a adotar uma cultura de trabalho

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flexível, cultura de adaptabilidade, cultura de envolvimento, cultura de realização, cultura de consistência e cultura de responsabilidade do trabalho para alcançar o bem-estar comum.

As tarefas e as funções principais dos funcionários públicos tomam uma responsabilidade que deve garantir a imparcialidade, honestidade e integridade no desempenho das suas funções em ação igual, neutra e disciplina para servir os cidadãos.

De acordo com o relatório de Comissão da Função Pública (CFP), descreve a evolução da distribuição dos funcionários públicos da administração por municípios nos últimos três anos, colocado de acordo com os departamentos, direções e as linhas

De acordo com o relatório de Comissão da Função Pública (CFP), descreve a evolução da distribuição dos funcionários públicos da administração por municípios nos últimos três anos, colocado de acordo com os departamentos, direções e as linhas

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