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Evolução Histórica da Administração Pública de Timor – Leste

No documento Escola de Economia e Gestão (páginas 17-28)

Capítulo I: Evolução Histórica da Administração Pública

1.2. Evolução Histórica da Administração Pública de Timor – Leste

A independência de Timor – Leste, proclamada pela Frente Revolucionária de Timor – Leste Independente (FRETILIN) em 28 de novembro de 1975, vê-se internacionalmente reconhecida a 20 de maio de 2002, uma vez concretizada a libertação do povo timorense da colonização e da ocupação ilegal do território de Timor – Leste (Constituição República Democrática de Timor – Leste, 2007).

Antigamente, a organização administrativa tradicional de Timor – Leste praticamente adotou o sistema do feudalismo. Significa que “a organização política

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administrativa tradicional timorense revelava uma feição para feudal, cuja estrutura em forma de pirâmide tinha no vértice o liurai – rei, entidade máxima da hierarquia do poder. O domínio que lhe correspondia era um reino ou um regulado, compreendendo um determinado povo” (Figueiredo, 2004: 70), onde o poder do alto nível antes da chegada dos portugueses em Timor, o líder era o rei sendo o único líder ou governante.

“Na estrutura hierárquica, os chefes do suco, designado um executivo, que governavam um conjunto de povoações, estava também um dato ou tumungão.

Muitas vezes o indivíduo mais velho assume esta posição e cada uma destas divisões era um elemento da estrutura política administrativa comum a todos os grupos etnolinguísticos existentes no território” (Figueiredo, 2004: 71). As pessoas designadas têm o poder natureza para organizar, governar e reunir a comunidade. A hierarquia tradicional mais baixa e próxima da comunidade são os chefes do suco e os líderes rituais.

A segunda década corresponde à presença dos portugueses na ilha de Timor, de onde a parte de ocidental pertencia à Indonésia – Holanda e a parte oriental pertencia a Timor – Leste ou Portugal. As divisões desta região acordaram, através do contrato que fizeram entre as duas partes em 1859 fizeram um tratado firmado entre Portugal e Holanda onde se fixou a fronteira entre Timor Português ou atual Timor – Leste e o Timor Holandês ou Timor Ocidental, (Governo de Timor – Leste, 2016).

O primeiro contacto cultural de Timor com a cultura portuguesa é muito contraditório em termos de cultura religiosa. A vida das sociedades tradicionais timorenses impregnadas pelo sagrado, nomeadamente existem "terras sagradas (rai-lúlic), árvores sagradas (ai-(rai-lúlic), pedras sagradas (fatuc-(rai-lúlic), fontes sagradas (bé-lúlic), montes sagrados (foho-(bé-lúlic), casas sagradas (uma-(bé-lúlic), os donos do sagrado (lúlic na'in), etc. A realização de festas e ritos religiosos visavam "fazer o sagrado" ou "

fazer o estilo'' (halo-lúlic). Por isso, havia estilos das chuvas, das casas, das hortas, dos mortos, (Figueiredo, 2004: 103). Por outro lado, o primeiro contacto com a cristianização é muito diferente, começando a ensinar a religião católica que foi pela primeira vez disseminada e expandida no território de Timor por missionários portugueses.

Mais tarde, “no 3º quartel do século XVI chegaram a Timor os primeiros frades dominicanos portugueses, através dos quais se vai desenvolvendo uma progressiva influência religiosa, ao mesmo tempo que se vai estabelecendo a dominação portuguesa” (Governo de Timor – Leste, 2016). Na época da presença portuguesa em Timor, a primeira influência foi para os reis locais com o sentido de apoio para assegurar a segurança nas relações sociais com a comunidade local, e gradualmente os portugueses foram dominando as populações através da religião, em seguida, começou-se a aplicar o sistema de governação portuguesa.

Para estabelecimento de uma governação de feição civil, introduzido por parte da administração portuguesa foi estabelecido no século XVIII, em que simultaneamente um reforço do pendor militarista que se refletiu na própria estrutura política administrativa indígena. As entidades locais assumem os cargos equivalentes aos graus militares como por exemplo “o chefe de povoação recebia o de capitão, o

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chefe de suco o de major, o rei o de coronel e havendo vice régulo, o de tenente-coronel. Às pessoas que desempenhavam outras funções dentro do reino eram ainda conferidos os postos de sargento-mor, tenente e alferes. Esta hierarquização militar, introduzida pelo colonizador, funcionava em sobreposição com a tradicional. Refira-se também que os varões das famílias de rei e de coronel tinham o título de principais do reino - uma espécie de notáveis, com grande influência política e social.” (Figueiredo 2004:71)

Portanto, a estrutura política da administração era portuguesa, onde foram dados o cargo de militarista na realização das suas funções e obrigações de acordo com os regulamentos militares que facilmente dominam as populações a serem leais ao dirigente. Esta estrutura política administrativa é menos rentável para as populações, e mais favorável para os grupos elites locais e de interesses coloniais. Este problema convida a atenção de muitas pessoas a refletir sobre uma mudança do sistema de boa governação, a fim de prestar melhores serviços administrativos para a comunidade em geral.

A mudança da estrutura política administrativa tradicional mudou radicalmente quando “depois da revolta de 1911 – 1912, verificou-se uma crescente incorporação da administração indígena na colonial, esvaziando os poderes dos liurais e dos outros titulares nas respetivas áreas de jurisdição. Tal constituiu uma alteração radical na estrutura tradicional do sistema político-administrativo indígena que, durante séculos, funcionara em paralelo com a administração colonial portuguesa. Posteriormente, a divisão administrativa levada a efeito pelo Estado novo fez desaparecer os reinos e os liurais tornaram-se autênticas figuras decorativas. A política de integração havia atingido então o seu pleno desenvolvimento” (Figueiredo 2004:73).

O estado novo de Timor foi construído quando aparece a perspetiva de uma nova província ultramarina com atribuições dos governadores civis que ligam o metropolitano e a província ultramarina, isto com base da “decisão dos dirigentes políticos metropolitanos, mais uma vez, parecia clara: entregar a manutenção de Timor, pelo menos predominantemente” (Figueiredo 2004:287).

Concretamente, a administração da província ultramarina regula no próprio diploma legal, feito pelo “decreto de 15 de outubro de 1896, foi constituído o distrito de Timor, passando este a ser autónomo e a ficar diretamente ligado ao governo da metrópole” (Figueiredo 2004:431). Com a concessão da autonomia, o governador foi incumbido de elaborar um projeto de organização do território, tendo em conta o carácter específico da colónia. Os órgãos e competências da administração civil da colónia eram assegurados pelo governador e, como no caso de Timor e Macau dependente até 1896 (Figueiredo 2004:434).

Em 1897, foram determinados os órgãos competentes do governo civil com diferentes competências: “o governo, sendo o governador assistido por um conselho de distrito, a que presidia. Deste faziam parte: os secretários do governo e da Fazenda, o delegado do procurador da Coroa e Fazenda, e um comerciante ou proprietário, escolhido entre os doze principais cidadãos de Díli. Este órgão tinha como competências: julgar em primeira instância as contas dos exactores de fazenda e os recursos contra as decisões das comissões municipais dos concelhos criados, e emitir

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voto consultivo sobre todos os assuntos em que o governador o solicitasse”

(Figueiredo 2004:435).

Neste contexto, enfrentou muitas problemáticas na organização e orientação da administração província ultramarina para se tornar mais eficaz, porque "em geral foram limitadas, lentas e tardias, as repercussões da implantação do liberalismo em Portugal, concretamente nas áreas da administração e da justiça, muito por força das hesitações e das dificuldades em conciliar uma visão do todo nacional com a especificidade de cada uma das partes" (Figueiredo 2004:291).

Uma grande preocupação do governo português reside no facto de como organizar as províncias ultramarinas, nomeadamente como democratizar, descolonizar e desenvolver o novo modelo político para dar uma autodeterminação às províncias ultramarinas. Para responder a esta situação, Portugal mudou o regime político de descolonização em 27 de julho de 1974 com efeito da lei n.º 7/74 foi dado o direito dos territórios ultramarinos portugueses à independência e à autodeterminação, nomeadamente como consta no artigo 1.º e 2.º as seguintes:

(a) o princípio de que a solução das guerras no ultramar é política e não militar, consagrado no n.º 8, alínea a), do capítulo B do Programa do Movimento das Forças Armadas, implica, de acordo com a carta das Nações Unidas, o reconhecimento por Portugal do direito dos povos à autodeterminação, e

(b) o reconhecimento do direito à autodeterminação, com todas as suas consequências, inclui a aceitação da independência dos territórios ultramarinos e a derrogação da parte correspondente do artigo 1.º da Constituição Política de 1933, (Lei n.º 7/74 de 27 de julho, 1974).

Com base neste decreto, devem-se respeitar todos os direitos à autodeterminação das colónias portuguesas, promovendo assim o exercício desse direito, criando uma comissão para a autodeterminação de Timor.

Nesta ocasião, surge então uma boa oportunidade para determinar o estatuto político de Timor com um período de transição, em maio de 1975 prepara "um projeto das autoridades de Lisboa foi apresentado aos principais partidos timorenses e, depois de ouvi-los em 11 de julho a lei que previa a nomeação de um alto comissário português, e, em outubro do mesmo ano, a eleição de uma assembleia popular para definir o seu estatuto político. O diploma previa um período de transição de cerca de três anos” (Governo de Timor – Leste, 2016).

Os timorenses começaram em marcha um programa local de progressiva descolonização através de uma reforma administrativa e a realização de eleições para a administradores regionais do concelho por processo democrático, e nunca aceitaram a integração no país da Indonésia. Para qualquer observador independente que visitasse o território de Timor, era possível verificar que a esmagadora maioria dos timorenses recusavam totalmente a integração da Indonésia, alegando as diferenças culturais como uma das principais razões de fundo desta recusa.

Por adiante, o governo português autorizou, para a criação de partidos políticos em Timor:

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(1) União Democrática Timorense – UDT, que preconizava a integração de Timor numa comunidade de língua portuguesa.

(2) Associação Social Democrata Timorense – ASDT depois transformada em Frente Revolucionária de Timor – Leste Independente (FRETILIN), com o princípio de defesa ao direito à independência.

(3) Associação Popular Democrática Timorense – APODETI, propunha a integração com autonomia na comunidade Indonésia (Governo de Timor – Leste, 2016).

Diferenciações das ideologias políticas dos partidos políticos timorenses, tornarem-se as principais questões que fizeram despoletar a guerra civil quando “em 28 de novembro de 1975 dá-se a proclamação unilateral da Independência de Timor – Leste pela FRETILIN, e com esta proclamação da independência tem também o início a guerra civil” (Governo de Timor – Leste, 2016). E assim, proporcionar uma oportunidade à Indonésia para invadir Timor – Leste, porque existem ambições territoriais e "recebeu o apoio tácito do governo norte-americano que via a FRETILIN como uma organização de orientação marxista” (Governo de Timor – Leste, 2016).

Uma situação política difícil para consolidar diferenças ideológicas, de modo que a Indonésia aproveitou esta situação para invadir violentamente Timor – Leste. Não apenas por este motivo, mas também por uma ambição geopolítica, económica e geográfica territorial situada perto da Indonésia.

Na terceira década, datada em 7 de dezembro de 1975, a Indonésia invade Timor – Leste, as tropas indonésias atacam a fronteira terrestre como o alvo principal da operação, capital de Díli e outros lugares base de apoio e gradualmente as forças armadas indonésias dominam o território de Timor – Leste. Esta situação está a prejudicar totalmente o sistema administrativo de Timor – Leste, sempre em mudança devido a interesses políticos e devido à interminável guerra da década, com mais uma década antes. Levou pouco tempo, até o governo da Indonésia cooperar com as figuras integracionistas de Timor – Leste com o governo de Jacarta e, finalmente, emitiu uma lei nº 7, de 1976, relativa à ratificação da unificação de Timor – Leste no estado unitário da Indonésia, (Joko Hadi Yantoko, 2010). Por outro lado, a Indonésia não se importou com a proclamação da independência de Timor – Leste pelo partido FRETILIN que maioria os timorenses quiseram.

Portanto, a Indonésia emitiu o Regulamento do Governo n.º 19 de 1976, relativo à criação da região de nível provincial em Timor – Leste e reafirmou através da prestação MPR Nº. VI / MPR / 1976 que confirmou o território da união de Timor – Leste em 17 de julho de 1976 no território do Estado unitário da Indonésia. O processo de integração baseia-se na Declaração de Balibo, assinada em 30 de novembro de 1975, pelas pró-integracionistas de Timor – Leste. Declaração e disposições de cima tornada a base de uma reivindicação pelo governo indonésio, (Joko Hadi Yantoko, 2010).

Com base no regulamento nº 19 de 1976, o governo da Indonésia reivindicou legitimamente que Timor – Leste emitisse, um regulamento em pormenor sobre o estado e a composição do nível provincial do governo em Timor – Leste que é dividido administrativamente em 13 distritos em conformidade com a região administrativa, com base anteriormente o governo português havia definido no sistema administrativo da província ultramarina, (Joko Hadi Yantoko, 2010). A política inicial do

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governo Indonésio no processo do desenvolvimento administrativo em Timor – Leste gradualmente mudou com base no programa periódico de capacitação e habilidades aos funcionários com o objetivo de compreender o sistema administrativo vigente na Indonésia. Deste modo, o governo local de Timor – Leste esteve pronto para realizar o sistema administrativo oferecido pelo governo central da Indonésia para competir com outras províncias no território da Indonésia.

A competição do desenvolvimento entre província de Timor – Leste com outras províncias da Indonésia é menor ao nível da concorrência leal, porque consideram o território de Timor – Leste como o território da operação militar das forças armadas da Indonésia. Democraticamente, as populações timorenses não sentem a sua liberdade por causa de pressões, torturas, homicídios, violações, sequestros, violação dos direitos humanos e transferências forçadas de população do seu lugar para outro para que se tornem possível e facilmente controladas pelas forças armadas da Indonésia durante o período de 1974 a 1999 (United Nations, 2009:13). O sofrimento que os timorenses sentiram durante a luta da libertação resultou na realidade à sua independência e ao direito ao referendo como demonstração de uma verdadeira democracia para determinar a autodeterminação da libertação pátria de Timor – Leste.

Na quarta década o processo de construção de um novo país de Timor – Leste começou com o acordo entre as partes envolvidas, Portugal, Indonésia e o Conselho de Segurança das Nações Unidas que concordaram em resolver o problema de Timor – Leste, através da consulta popular com duas opções, a saber autónomo especial com a Indonésia ou independência total. O acordo desenvolveu através de um longo processo de negociações diplomáticas entre Portugal e Indonésia, concluíram três acordos em Nova Iorque a 5 de maio de 1999:

1. Acorde entre a República da Indonésia e a República Portuguesa quanto à questão de Timor – Leste.

2. Acordo relativo às modalidades da consulta popular ao povo de Timor – Leste através de uma votação direta, e

3. Consulta popular em Timor – Leste, acordo sobre segurança, (República Democrática de Timor – Leste, (2009).

Este acordo, administrativamente o Secretário-geral das Nações Unidas propõe a criação das Nações Unidas em Timor – Leste, chamado United Nations Assitence Mission in East Timor – UNAMET. Este órgão tem a missão de organizar e realizar a consulta popular. Esta missão é composta por 241 membros do staff internacional, 420 voluntários das nações unidas (funcionários eleitorais), 280 polícias civis, 50 oficiais de ligação militar e cerca de 4.000 funcionários timorenses contratados localmente, (República Democrática de Timor – Leste, (2009).

Opção da independência total como os últimos passos da libertação nacional de Timor – Leste. Segundo José Júlio Pereira Gomes (2002:1), a 30 de agosto de 1999, no final de um processo marcado pela intimidação e violência, os timorenses decidem-se pela independência. De um total de 451.796 eleitores recenseados, votam 446.953, ou seja cerca de 98,9%. Dos votos validamente expressos, 344.580 (78,5%) optam pela independência e 94.388 (21,5%), pela autonomia, como visto na seguinte tabela.

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Tabela I. 1: O resultado de consulta popular 30 de agosto de 1999 em Timor – Leste Recenseados Centro de

recenseamento

Mesa de voto

Valor de Votos

(%)

Total 451,796 213 885 445,953 98,9%

Votos válidos 438,968 98,2%

Votos inválidos 7,985 1,8 %

Favor autonomia 94,388 21,5%

Favor

independência

344,580 78,5 % Fonte: República Democrática de Timor – Leste, (2009). Os últimos passos da libertação nacional, cronologia, 10º aniversário da consulta popular de 30 de agosto de 1999.

Esta vitória culminou numa violência brutal cometida pelos militares indonésios e pelas milícias pró-autonomia que atacaram as populações, os staffs internacionais e locais. Cometeram crimes graves, assassinatos e massacres contra as populações pró-independência. Por outro lado, as populações pró-independência viram-se também forçadas a evacuar para a Indonésia. Esta situação implicou uma destruição do sistema administrativo em Timor – Leste, que politicamente sempre teve um impacto sobre a mudança no período de construção do novo país.

Apesar de enfrentar muitos desafios na construção de um novo estado, mas com a vontade de reconciliação e consenso político fornecer um entendimento comum entre os líderes políticos de Timor – Leste para projetar um sistema de governo e da administração do estado mais eficiente e eficaz. Na primeira instalação do novo sistema administrativo em Timor – Leste depois da consulta popular, e mais importante para melhoria nas situações difíceis que enfrenta é estruturação um sistema administrativo do estado eficaz e melhoramento económico, criação de uma situação política favorável entre a pró-independência e pró-autonomia através da reconciliação, repatriamento dos refugiados e garantias de seguranças. Além disso, a reabilitação das infra-estruturas públicas e privadas que demolido pelas milícias e forças armadas pró-Indonésia irresponsáveis são importantes para facilitar o atendimento público após independência. A criação da organização administrativa após a consulta popular supervisionados diretamente pelo representante especial do Secretário-Geral das Nações Unidas e através da “Resolução 1264 autorizando o estabelecimento de uma força internacional para Timor – Leste (International Force in East Timor - INTERFET) para manutenção da paz” (Gorjão, 2002: 171).

Política de criação administrativa transitória começou com o representante especial do Secretário-Geral (doravante designado por Administrador Transitório), usando da faculdade que lhe é conferida pela Resolução 1272 de 1999 do Conselho de Segurança das Nações Unidas, de 25 de outubro de 1999, reafirmada pela Resolução 1338 de 2001 do Conselho de Segurança das Nações Unidas, de 31 de janeiro de 2001, tendo em consideração o Regulamento n.º 1999/1 da Administração Transitória das Nações Unidas em Timor – Leste (UNTAET), de 27 de novembro, sobre os Poderes da Administração Transitória em Timor – Leste, bem como o Regulamento n.º 2001/28 da UNTAET, de 19 de setembro, sobre o Estabelecimento do Conselho de Ministros,

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atuando para incrementar a participação e a responsabilidade dos timorenses na definição das políticas governativas, agora reforçada na sua legitimidade democrática na sequência das eleições para a Assembleia Constituinte. Sublinhando que a formação do Segundo Governo Transitório de Timor – Leste (doravante designado por Governo) é um acontecimento de grande relevância porquanto este novo Executivo é composto, na sua totalidade, por membros timorenses, o que representa mais um importante passo na transferência progressiva do poder para o povo de Timor – Leste, (United Nations Transitional Administration in East Timor - UNTAET, 2001).

A criação da administração pública de Timor – Leste com base da mesma resolução 1272 no artigo 2º define “a Administração Pública de Timor – Leste é uma entidade pública jurídica. Ela inclui os departamentos e gabinetes da Administração Transitória de Timor-Leste, assim como quaisquer outras unidades especificadas pelo Administrador Transitório em instrumento separado, independentemente de tais unidades organizacionais terem sido criadas separadamente por Regulamento da UNTAET”, (United Nations Transitional Administration in East Timor - UNTAET, 2001).

A missão de órgão UNTAET toma conta da administração do território, situação que veio a ser alterada com o estabelecimento do concelho consultivo nacional composto por representante dos vários segmentos da sociedade timorenses que regulamenta a criação do gabinete de transição, constituído por líderes timorenses e representantes da UNTAET. O papel da UNTAET toma a responsabilidade geral pela administração de Timor – Leste e com competência para exercer todos os poderes legislativos e executivos, incluindo a administração da justiça, com o mandato descrito na resolução, (United Nations Transitional Administration in East Timor - UNTAET, 2001).

Além da UNTAET, as elites timorenses constituído o concelho consultivo nacional com base de regulamento n.º 2/1999 para aconselhar a UNTAET nos diversos assuntos relacionados com as funções executivas e legislativas. A composição do concelho consultivo nacional composto por 15 membros, nomeadamente administrador do transitório, 3 membros da UNTAET, 11 timorenses, em que 7 membros compostos do Concelho Nacional de Resistência Timorense – CNRT e 3 representantes de grupos políticos independentes do CNRT que existiam antes de 30 de agosto de 1999 e 1 elemento da Igreja Católica (Sérgio Vieira de Mello, 1999).

O concelho cria comités setoriais conjuntos para elevar a sua capacidade de prestar assessoriamente ideal ao administrado transitório, e os membros dos comités compostos por especialistas timorenses e internacionais. Além de especialistas, sem prejuízo o comité cria outros órgãos, composto pelo setor agricultura, educação, ambiente, finanças e macroeconómico, saúde, direitos humanos, infraestrutura,

O concelho cria comités setoriais conjuntos para elevar a sua capacidade de prestar assessoriamente ideal ao administrado transitório, e os membros dos comités compostos por especialistas timorenses e internacionais. Além de especialistas, sem prejuízo o comité cria outros órgãos, composto pelo setor agricultura, educação, ambiente, finanças e macroeconómico, saúde, direitos humanos, infraestrutura,

No documento Escola de Economia e Gestão (páginas 17-28)