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4. PROPOSTA METODOLÓGICA

4.3. ASPECTOS METODOLÓGICOS DA PESQUISA

73 Não foram localizadas informações acerca desse projeto além dessa citação no Relatório Final da realização do programa no IFCE.

Anteriormente definida e discutida a metodologia de avaliação de políticas públicas utilizada neste estudo, faz-se imperativo situar que esta pesquisa é de cunho essencialmente qualitativo e, então, retratar os métodos de pesquisa utilizados e capazes de se alinharem ao método de avaliação em profundidade. E, definidores do trabalho de campo a ser executado, pois este trata-se de “um momento relacional e prático de fundamental importância exploratória, de confirmação ou refutação de hipóteses e construção de teorias (MINAYO, 2001, p.26)”. Ou seja,

O método científico é o meio graças ao qual se pode decifrar os fatos.[...].(KOSIK, 1986, p.54)

Minayo et al. (2016) entendem que a metodologia é o caminho do pensamento e a prática gerada na abordagem da realidade, ocupando um lugar de destaque no âmago das teorias. Assim, a metodologia se propõe a ser mais do que técnica, incorpora a formulação da abordagem vinculando-se com a teoria, com a realidade empírica, e evidentemente com as concepções sobre a realidade.

Melucci (2005)vai refletir acerca da evolução das pesquisas sociais e as associações entre as práticas quantitativas e qualitativa, em analogia às ondas do movimento feminista. Para o autor, houve uma movimentação em que as práticas do tipo qualitativa permitiram abrir a estrada para uma redefinição do campo no seu conjunto, e, a partir daí, começaram a produzir mudanças nas velhas limitações que separavam quantidade e qualidade, como uma superação da herança dualística, e passaram a operar como fatores de inovação por todo o campo da pesquisa social. Nas palavras do mesmo:

[...]O velho dualismo sujeito/objeto, fatos/representações, realidade/interpretação são colocados em questão através destas práticas: elas colocam o problema por dentro e frequentemente de modo pragmático, mas produzem, todavia, interrogações e redefinições de tipo epistemológico que têm uma inevitável influência sobre todo o campo, portanto também sobre os métodos ditos quantitativos. É como se a pesquisa qualitativa desenvolvesse a partir do acontecimento particular uma função geral, um pouco como aconteceu o movimento das mulheres que colocou o problema da diferença como problema social geral a partir de sua condição específica. (MELUCCI, 2005, p.32)

Na mesma linha de raciocínio, Minayo et al. (2016, p.21) atentam que “[...]o foco nos estudos qualitativos traz uma diferença em relação aos trabalhos quantitativos que não é de hierarquia e sim de natureza. [...] a abordagem qualitativa se aprofunda no mundo dos significados.”.

O método da investigação compreende três graus: 1) minuciosa apropriação da matéria, pleno domínio do material, nele incluídos todos os detalhes históricos aplicáveis, disponíveis; 2) análise de cada forma de desenvolvimento do próprio material; 3) investigação da coerência interna, isto é, determinação da unidade das várias formas de desenvolvimento.(KOSIK, 1986, p.37)

Enquanto Araújo e Boullosa (2009) acrescentam que para realizar uma pesquisa de avaliação é preciso considerar que as informações que alimentarão esta pesquisa serão ressignificadas pelos agentes da avaliação.

[...]Não podemos provar que a medida significou isso ou qualquer outra coisa além do texto exato no qual as pessoas votaram. Mas esta é a diferença entre análise como um exercício positivista, com sua propensão à verificabilidade e replicabilidade, e análise como interpretação, onde se procura por um significado mais ao fundo do que o positivista.[...]. (LEJANO, 2012, p.126)

Além disso, é preciso que o avaliador compreenda de que forma os diferentes sujeitos envolvidos percebem as políticas e interpretam seus resultados a partir de referenciais característicos de sua realidade e de sua cultura. Configurando- se como “multirreferenciada” por considerar os vários destinatários da política e identidade que dão a ela, sem atribuição de hierarquia entre os sujeitos envolvidos (GUSSI;OLIVEIRA, 2016). Pois,

O uso das técnicas de coleta de dados oriundas do universo da pesquisa social e organizacional em avaliação de projetos e programas sociais deve respeitar a natureza da própria avaliação, assim como a cultura, particularidades e dinâmica dos objetos avaliados [...] (ARAÚJO;BOULLOSA, 2009, p.218)

Minayo et al. (2016, p.15) afirmam que “[...] enquanto conjunto de técnicas, a metodologia deve dispor de um instrumental claro, coerente, elaborado, capaz de

encaminhar os impasses teóricos para o desafio da prática.” Coadunando com a visão de Rodrigues (2016) de que uma avaliação em profundidade não poderá reduzir-se a um olhar focado somente no levantamento do cumprimento de metas de uma política e seus resultados, como pesquisa qualitativa e para propiciar a apreensão dos significados exige-se a realização de entrevistas aprofundadas e abertas.

[...]ou seja, entrevistas que não conduzam o entrevistado à resposta e que não lhe cerceiam o campo de reflexão ao lhe apresentar perguntas que em si já pressupõem razões para o sucesso ou não da política ou do programa em estudo[...]Uma entrevista aberta e aprofundada de qualidade é aquela que resulta em informações e reflexões novas, na maioria das vezes sequer imaginadas pelo pesquisador. A riqueza dessa modalidade de entrevista é que ela fornece ao pesquisador os elementos importantes para a análise pelo cotejamento das ideias, informações e reflexões, também pelas interpretações, tecidas pelos próprios entrevistados.[...]. (RODRIGUES, 2016, p.107)

Constata-se, nas palavras de Gil (2012, p.109), que “[...]A entrevista é, portanto, uma forma de interação social.[...]”. E, é utilizada como técnica fundamental de investigação das ciências sociais (GIL, 2012).

A intensa utilização da entrevista na pesquisa social deve-se a uma série de razões, entre as quais cabe considerar: a entrevista possibilita a obtenção de dados referentes aos mais diversos aspectos da vida social; a entrevista é uma técnica muito eficiente para a obtenção de dados em profundidade[...]; os dados obtidos são suscetíveis de classificação e de quantificação.(GIL, 2012, p.110).

Nesse sentido, é preciso ter em mente que o homem sempre dispõe de certa compreensão da realidade, anterior a qualquer enunciação explicativa. É um estado de compreensão pré-teórica, um estrato elementar da consciência que existe apoiado na sua construção de cultura e de instrução, a partir da qual passamos da compreensão preliminar ao conhecimento conceitual da realidade. Logo, é profundamente errônea a hipótese de que a realidade, enquanto fenômeno, seja secundária e desprezível para o conhecimento filosófico e para o homem, uma vez que, se não considerarmos a parte da aparência fenomênica, significa barrar o caminho que o levará ao conhecimento real (KOSIK, 1986). Por isso, “nas ciências sociais o emergir de um ator social reflexivo parece estar no centro da atenção como

eixo em torno do qual gira a reflexão contemporânea e em torno do qual estão se modificando as práticas de pesquisa (MELUCCI, 2005).” Ou seja,

A utilização de uma recíproca conexão e mediação da parte e do todo, a um só tempo, significam que os fatos isolados não passam de abstrações, momentos artificialmente separados do todo, os quais somente após inseridos no todo correspondente serão capazes de adquirir verdade e concreticidade. [...].(KOSIK, 1986, p.49)

Passa-se, então, da conexão linear que existia no modelo clássico da pesquisa científica entre hipóteses e verificação das hipóteses à explicação emergente dos processos nos quais o conhecimento vem a ser produzido por meio de uma troca dialógica entre observador e observado. O que não vem a caracterizá- la como uma verificação objetiva de hipóteses, mas como um processo de produção de conhecimento capaz de se adequar progressivamente por meio dessa interação entre observador e observado. O que a caracteriza como pesquisa que se apresenta a partir da construção de textos que dizem respeito a fatos socialmente construídos e que mantêm a consciência da distância que separa a interpretação da “realidade”. Assim, neste campo de observação a ação não se refere a simples comportamento, mas da construção intersubjetiva dos significados através de relações (MELUCCI, 2005).

Dessas premissas, chega-se às redefinições fundamentais da pesquisa social. O objetivo da pesquisa social não tem mais a pretensão de explicar uma realidade em si, independente do observador, mas se transforma em uma forma de tradução do sentido produzido pelo interior de um certo sistema de relações sobre um outro sistema de relações que é aquele da comunidade científica ou do público. O pesquisador é alguém que traduz de uma linguagem para outra.(MELUCCI, 2005, p.34)

Para tanto, faz-se necessário quebrar a estrutura vertical da relação entre pesquisador e objeto de estudo: não se tratam de duas entidades distintas, mas constituem uma relação significativa, sobretudo quando das pesquisas com cunho feminista onde é preciso atenção ao relato. Por esta conjuntura é que muitas pesquisas dão uma posição central à contextualização dos problemas da pesquisa, às condições na qual aconteceu, as dificuldades, os recursos, as surpresas, não por

simples apego à verdade, mas porque são estes os constituintes do material mais importante e que faz parte da pesquisa( MELUCCI, 2005).

[...]Esta aproximação com o ambiente assume, além disso, o significado de querer estabelecer uma relação igualitária com o sujeito da pesquisa. [...] (MELUCCI, 2005, p.153)

No entanto, ainda de acordo com Melucci (2005) é preciso observar que tudo o que é observado na realidade social é observado a partir de alguém também inserido em relações sociais e em relação ao campo que observa. Logo, por tais razões, é preciso atenção, pois o papel do observador e a relação entre o observador e o chamado objeto de pesquisa têm potencialmente capacidade de transformar-se em ponto crítico da reflexão sobre o estatuto da pesquisa social. Visto que, por não se tratar de produzir conhecimentos absolutos, mas de relatos de sentidos, ou até mesmo, de narrações de narrações, há aí um ponto crítico do desafio metodológico introduzido pela pesquisa qualitativa, que por hora caracteriza a pesquisa social no seu conjunto. Assim, vem a tratar-se de um conceito que abre questões ao invés de fechá-las, e que vem inaugurar uma fase mais advertida da reflexão epistemológica contemporânea, em que além das interrogações referentes à relação entre observação e realidade, fica aberta também a pergunta sobre os critérios da interpretação. Em coadunância com esta questão,

Tem-se o hábito de ver na fecundidade de um autor, na multiplicidade dos comentários, no desenvolvimento de uma disciplina, como que recursos infinitos para a criação dos discursos. Pode ser, mas não deixam de ser princípios de coerção; e é provável que não se possa explicar seu papel positivo e multiplicador, se não se levar em consideração sua função restritiva e coercitiva. (FOUCAULT, 1996, p.36)

Então, é crucial compreender que embora o pesquisador se caracterize como parte fundamental da pesquisa qualitativa, em atenção ao discutido acima, ele deve, preliminarmente, despir-se de seus preconceitos, de predisposições a fim de que seja capaz de assumir uma atitude aberta a todas as manifestações que observa, sem contudo, antecipar explicações ou se deixar conduzir pelas aparências imediatas, a fim de alcançar uma compreensão global dos fenômenos (CHIZZOTTI, 2001).

Deste feito, os métodos aplicados durante a realização desta pesquisa objetivaram avaliar o Programa Mulheres Mil, em busca de identificar como se deu a inserção das egressas do programa no mercado de trabalho, a partir de uma visão da questão de gênero a que a política se propõe a melhorar. Dessa maneira, configura- se como uma avaliação de política pública compensatória que busca: a equidade de gênero, a partir da inserção na educação formal; e propiciar empoderamento, emancipação e protagonismo feminino por meio da inserção produtiva.

A pesquisa teve como campo empírico o Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Ceará – IFCE, no campus de Limoeiro do Norte. Localizado na cidade de Limoeiro do Norte/CE, distante 200km da capital, Fortaleza e que atualmente possui população estimada em quase 60 mil habitantes74

O IFCE campus de Limoeiro do Norte ofertou cursos de capacitação para mulheres da região a partir do Programa Mulheres Mil, entre os anos de 2012 a 2014. Quando foram matriculadas 200 mulheres ao todo.

A pesquisa buscou entrevistar, numa proporção percentual de igualdade entre as egressas de cada curso ofertado. Mas houve dificuldades em localiza-las, ao considerarmos o tempo decorrido entre a última turma do curso e a pesquisa de campo. Dessa forma, foi realizada entrevista com oito egressas, contudo, coadunando com o posicionamento apresentado por Minayo a seguir, logo identificou-se um ponto de saturação durante as entrevistas, então é preciso compreender que:

A ideia de a amostragem não é a mais indicada para certas pesquisas sociais, especialmente aquelas de cunho qualitativo. Isto se deve ao fato que o “universo” em questão não são os sujeitos em si, mas as suas representações, conhecimentos, práticas, comportamentos e atitudes. Como se vê, seria impossível demarcar o número total destas variáveis, muito menos o tamanho da amostra que seria representativa desta totalidade. Diante disto, costumeiramente se opta por definir o número de sujeitos por inclusão, progressiva (sem demarcar a priori o número de participantes) que é interrompida pelo critério da saturação, ou seja, quando as concepções, explicações e sentidos atribuídos pelos sujeitos começam a ter uma regularidade de apresentação.(MINAYO et al, 2016, p.44).

A utilização do instrumento de entrevista semiestruturada para coletar as informações pretendidas foi escolhida a partir da ponderação de que esta se sobressai

74 Dados do IBGE, 2019. Disponível em: < https://cidades.ibge.gov.br/brasil/ce/limoeiro-do- norte/panorama>. Acesso em: 23/11/2019, às 23:35.

por ser uma técnica mista, em que se pode utilizar as vantagens da padronização e da elaboração das generalizações da entrevista estruturada, assim como as alternativas de aprofundamento ou esclarecimento da entrevista não estruturada. Enriquecendo-se a partir da objetividade dos resultados da entrevista estruturada combinada com uma dose de subjetividade da não estruturada (ARAÚJO;BOULLOSA, 2009).

Além do mais, trata-se de um estudo que envolve primordialmente questões e análises alicerçadas no movimento e nos estudos feministas, assim, a fim de abarcar o cunho de gênero incutido na política, e por conseguinte nesta pesquisa, para tanto, cabe lembrar Melucci, quando afirma que:

[...] a entrevista constitui um ponto de referência essencial na análise da metodologia feminista. O uso da entrevista, além de aparecer mais compatível com a implementação da pesquisa feminista, refere-se explicitamente à tradição oral das mulheres.[...] (MELUCCI, 2005, p.154)

Fora as entrevistas, foi realizado ainda um grupo focal com a participação de três egressas, ao considerar que “os grupos focais [...] constituem-se em um recurso cada vez mais difundido para a coleta de dados, principalmente em situações nas quais se pretende explorar um tema ou situação em profundidade desde uma ótica coletiva. [...] (DALL’AGNOL, 2012, p.187)”.

Nos percursos e percalços do campo, foram inúmeras as dificuldades encontradas, desde a dificuldade em localizar as egressas por seus contatos estarem desatualizados, a pouca informação a respeito dessas egressas nos sistemas de controle da instituição, além da recusa de algumas em participarem das entrevistas por motivos diversos, todos inerentes a questões pessoais, como o receio do uso das informações, apesar da pesquisadora esclarecer sobre a garantia de sigilo.

O momento de levantamento documental também exigiu muita cautela, visto que os relatórios do campus em análise não se encontravam copilados adequadamente o que exigiu que as informações fossem ratificadas a partir dos relatórios da Reitoria do IFCE e de relatos dos gestores do programa.

As egressas que contribuíram com esta pesquisa foram convidadas a participar como sujeitos desta pesquisa, e, algumas se voluntariaram a participar ao saber da pesquisa por outras egressas. Tanto as entrevistas, quanto o grupo focal se

deram em local e horário escolhidos por estas a fim de que as mesmas estivessem à vontade para contribuir de forma efetiva com a pesquisa.

O campus de Limoeiro do IFCE acolheu com muita atenção e profissionalismo esta pesquisadora e disponibilizou documentos, espaço e tempo para que fosse realizada parte da pesquisa documental e o contato com as egressas.

Foi entrevistada também uma das coordenadoras dos cursos oferecidos no IFCE Campus de Limoeiro do Norte, aqui também foi utilizada a técnica de entrevista semiestruturada e essa também contribuiu a partir do acesso aos seus relatórios de gestão da época.

A nível de Reitoria, para compreender a implantação do programa no IFCE como um todo, foi realizado grupo focal com dois servidores que acompanharam toda a gestação e nascedouro do programa aqui em análise, enriquecendo nossa narrativa de trajetória institucional de maneira ímpar. Também neste momento não foram impostas barreiras em participar da pesquisa e a realização do grupo focal deu-se em local, dia e horário de preferência destes sujeitos de estudo.

A todos os sujeitos entrevistados ou participantes dos grupos focais foi devidamente preenchido e assinado Termo de Consentimento Livre e Esclarecido e durante toda esta pesquisa foi resguardado o direito ao sigilo das informações, onde apenas essa pesquisadora teve acesso à identidade desses sujeitos. Tanto as entrevistas quanto os grupos focais foram realizados a partir da utilização de um roteiro e com possibilidades de interações não previstas nesses roteiros a partir das informações que surgiram do campo, motivo pelo qual esse tipo de instrumento de coleta de dados é tão enriquecedor para as pesquisas sociais.

Embora redundante, cabe informar que foi realizada ampla pesquisa documental e bibliográfica, que buscou referenciais teóricos capazes de alimentar e desenvolver uma discussão das categorias analíticas de forma suficiente ao que pedia o objeto de estudo. Esta parte da pesquisa foi realizada durante todo o período do mestrado, entre 2017 e 2019. Já as entrevistas e grupos focais ocorreram entre os meses de setembro a novembro de 2019.

Como ferramenta de análise dos dados coletados, foi adotada a análise de conteúdo que objetiva “[...] compreender criticamente o sentido das comunicações, seu conteúdo manifesto ou latente, as significações explícitas ou ocultas (CHIZZOTTI, 2001, p.98)”.

Numa pesquisa social, a análise de dados configura-se de forma distinta daquela adotada pelos paradigmas tradicionais, positivistas. O primeiro diferencial refere-se ao fato de que a análise não ocorre ao término da fase de pesquisa de campo, mas atua paralelamente, refletindo-se sobre ela. Logo, o material recolhido é revisto e escutado novamente mais com uma atitude “humanística” do que “mecanicista”. A fim de que o pesquisador seja capaz de produzir um documento que além de ser legível e utilizável, que este possa retornar ao público com a intenção de promover um diálogo (MELUCCI, 2005).

Com o fito de manter o sigilo e preservar a identidades dos entrevistados, usamos as seguintes nomenclaturas quando da indicação das falas dos sujeitos desta pesquisa, quais sejam: as entrevistadas foram identificadas pela letra E, seguida pelo número da ordem que a entrevista se deu; as participantes do grupo focal foram identificadas pela sigla GF, seguida pelo número na ordem em que respondiam; para as falas provenientes do grupo focal com servidores e entrevista com servidor foi utilizada o nome “GESTOR” seguido do número que indique a ordem com que respondiam no grupo focal (1 e 2) e com a ordem da entrevista, que aconteceu após o grupo focal (3).

5. PERCEPÇÕES DO CAMPO: O PROGRAMA MULHERES MIL NA VOZ DAS