• Nenhum resultado encontrado

Jerónimo Martins Restauração & Serviços (JMRS) Mensagem da Gestão

Terceiro Trimestre

INDICADORES BOLSISTAS Numero de Recomendações

4.1. Distribuição Alimentar – Portugal

4.3.2. Serviços, Representações e Retalho Especializado 1 Jerónimo Martins Distribuição de Produtos de Consumo

4.3.2.2. Jerónimo Martins Restauração & Serviços (JMRS) Mensagem da Gestão

“Em 2009, Jerónimo Martins Restauração e Serviços reforçou os alicerces do seu percurso de crescimento, mediante a abertura de oito novas unidades no primeiro semestre do ano e a consolidação das suas operações no segundo.

No primeiro semestre de 2010, a Companhia irá lançar um novo conceito no segmento de casual dining, o Oliva.”

Missão

Na JMRS estão sediados os novos negócios de restauração de Jerónimo Martins. Esta é uma área recente no Grupo, pelo que a preocupação tem sido centrada no processo de aprendizagem da actividade e no cumprimento do plano de lançamento delineado. O ano de 2009 encerrou com um total de 61 lojas, distribuídas pelos diferentes conceitos apresentados abaixo.

Jeronymo

Esta Insígnia foi uma das mais dinâmicas no ano passado, traduzindo-se este dinamismo, quer na abertura de novas unidades, quer na redefinição do seu portefólio de produtos, tendo sido introduzidas uma série de inovações que tiveram bastante aceitação junto do seu público-alvo. Em 2009 registou-se a abertura de um conjunto

Identificar, desenvolver e implementar conceitos de Restauração e Retalho Especializado cujas propostas de valor cumpram os critérios de rentabilidade do Grupo.

Relatório Consolidado de Gestão - Criação de Valor e Crescimento Desempenho das Áreas de Negócio de cinco unidades: duas de rua, em espaços ex-Subway, e três em shoppings. Jeronymo encerrou assim o ano com 14 cafetarias e 12 quiosques.

Olá

A Olá é a cadeia com maior número de lojas neste segmento, pretendendo manter e consolidar a actual liderança. No ano de 2009 abriram três unidades, encerraram dois quiosques e remodelou-se uma unidade. Actualmente, a Insígnia possui 33 lojas próprias e cinco franchisadas, num total de 38 unidades.

Ben & Jerry’s

Este conceito tem tido um arranque mais lento que o inicialmente esperado e, nesse sentido, enquanto não for indiscutível a sua aceitação pelo consumidor português, manter-se-á o teste-piloto, com uma única loja, em Lisboa.

Chili´s

Em Outubro de 2008 foi aberto o primeiro restaurante desta marca em Portugal, no segmento casual dining, em associação com a Brinker International.

Em 2009, a Insígnia consolidou o conceito junto do seu público-alvo e em 2010 prevê a abertura de uma segunda unidade na Grande Lisboa.

Hussel

A Hussel, cadeia de Retalho Especializado de chocolates e produtos de confeitaria, continuou, em 2009, a ser reconhecida pelos clientes pela qualidade e inovação que têm caracterizado a sua operação no mercado português.

As vendas da cadeia registaram um crescimento de 4,0% face a 2008, para o qual contribuiu a abertura de uma loja em Braga e a implementação de um programa de remodelações que abrangeu quatro unidades.

A Hussel terminou o ano de 2009 a operar um total de 24 lojas.

Em 2010, a Companhia continuará a apostar na consolidação do seu modelo de negócio.

Relatório Consolidado de Gestão - Criação de Valor e Crescimento Perspectivas para 2010

5. Perspectivas para 2010

5.1. Conjuntura Macroeconómica Internacional

Comportamento das Economias

Após a recessão vivida em 2008 e 2009, as expectativas para o crescimento económico em 2010 são de retoma gradual. O conjunto de medidas intervencionistas provenientes dos Bancos Centrais e dos governos tiveram um papel muito relevante, uma vez que foram fundamentais para atenuar o clima de incerteza e o risco sistémico nos mercados financeiros.

No entanto, é expectável que a recuperação no ano de 2010 seja lenta e negativamente influenciada por elevados níveis de desemprego.

Ao longo do ano irá assistir-se à retirada progressiva, por parte dos bancos centrais e governos, de algumas das medidas de injecção de liquidez e estímulos fiscais que foram tomadas para fazer face à recessão económica.

Neste contexto, e após a contracção de cerca de 1,1% da economia mundial em 2009, é esperado, de acordo com o Fundo Monetário Internacional (FMI), um crescimento de 3,1% em 2010.

Nas economias avançadas, e de acordo com a mesma fonte, é expectável um crescimento de 1,3% em 2010, uma vez que neste grupo de países a retoma do consumo se prevê bastante lenta, que o nível de desemprego venha a sofrer aumentos e que as taxas de poupança se mantenham a níveis superiores aos anteriores a esta recessão. É importante referir que a maioria destes países sofreu os efeitos da crise hipotecária e apresentou défices públicos muito elevados. Para a Zona Euro, o FMI estima para 2010 um crescimento de 0,3%.

Em relação à economia norte-americana, apesar da melhoria da situação económica se começar a fazer sentir, os mercados financeiros ainda estão muito vulneráveis, o que produz efeitos condicionadores no nível de consumo e investimento. A par disto, o elevado nível de desemprego e o risco de deflação justificam a estimativa de crescimento de 1,5% em 2010 prevista pelo FMI para esta economia.

O maior crescimento em 2010 será protagonizado pelas economias emergentes, na ordem dos 5,1%.

Assim, o dinamismo económico de 2010 estará bastante condicionado. O acesso ao crédito permanecerá difícil para as pequenas e médias empresas e para os particulares.

Estima-se que o desemprego irá aumentar em 2010, e este é identificado como um dos principais problemas a prazo, na medida em que pesará sobre o consumo e os défices orçamentais.

Mercados Financeiros

O facto da recuperação económica estar a ocorrer mais cedo do que o previsto teve reflexos muito positivos na generalidade dos mercados, com as sucessivas

Relatório Consolidado de Gestão - Criação de Valor e Crescimento Perspectivas para 2010 intervenções dos governos e bancos centrais nos sistemas financeiros a serem igualmente fundamentais para elevar os níveis de confiança.

Relativamente ao mercado de capitais, os ganhos protagonizados no final de 2009 deverão prosseguir ao longo de 2010, como sinal inequívoco da retoma da confiança dos investidores.

Políticas Monetárias

Para combater os efeitos da recessão de 2009, os bancos centrais e os diversos governos recorreram a medidas intervencionistas e não convencionais, para estimular o mercado financeiro.

Perante as perspectivas de retoma para 2010, os principais bancos centrais irão remover algumas dessas medidas. É de extrema importância que esta retirada seja feita atempadamente e de forma gradual, para que a liquidez oferecida seja absorvida, de modo a conter qualquer ameaça para a estabilidade dos preços a médio e longo prazo.

Depois de, em 2009, o diferencial das taxas de juro de mercado e as taxas de juro de referência ter sido negativo em virtude das injecções de liquidez por parte do Bancos Centrais, as perspectivas para 2010 são de retorno gradual deste diferencial a terreno positivo.

Ao longo de 2010, a maior parte dos Governos deverá debater-se com problemas estruturais graves, nomeadamente os níveis dos défices orçamentais e da dívida pública, os quais surgirão como consequência das medidas de combate à crise adoptadas pelos Governos.

Matérias-Primas Energéticas e Não-Energéticas

Durante o ano de 2009, os principais preços de referência das matérias-primas protagonizaram um dos melhores anos da década. Verificaram-se movimentos de preços que suplantaram qualquer tipo de previsão, num contexto de grande volatilidade.

Este desempenho das matérias-primas em 2009 foi também influenciado pela depreciação do dólar ao longo do ano. Em 2010, a estabilização e firmeza esperadas para o dólar implicarão menor pressão de subida dos preços das matérias-primas. Com o clima de recuperação económica, as matérias-primas com maior tendência de subida no corrente ano são os metais para a indústria, o ouro e o crude.

Do mesmo modo, é previsível um aumento do consumo energético e, consequentemente, o aumento da procura do crude. A Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP) reviu recentemente em alta a previsão para a procura mundial de petróleo para 2010, que deverá aumentar 1%. A estimativa para o preço do barril no final de 2010 é de cerca de 90 dólares.

Para 2010, de acordo com o FMI, a taxa média anual de inflação dos preços ao consumidor para o conjunto das economias avançadas estima-se em 1,1% e para as economias emergentes em 4,9%.

Relatório Consolidado de Gestão - Criação de Valor e Crescimento Perspectivas para 2010

5.2. Tendências Internacionais no Sector

A alteração do comportamento e do padrão do consumo é uma realidade. Os consumidores tornaram-se mais sensíveis ao preço, mais atentos às marcas próprias, menos atraídos pelas compras por impulso e menos adeptos do consumo fora de casa. É esperado que todas estas alterações se mantenham mesmo após o período de recuperação económica recentemente iniciado.

A par do desenvolvimento e melhoria da oferta de marca própria, a racionalização e optimização dos sortidos desempenha um papel importante e transversal na estratégia da maioria dos operadores do Sector.

Esta alteração converte o formato discount no líder de crescimento e no que melhor responde e se adapta à nova realidade.

Adicionalmente irá assistir-se, ao longo de 2010, ao desenvolvimento do conceito de proximidade e conveniência, mesmo por algumas insígnias que ainda não haviam assumido este posicionamento .

Por outro lado, as economias emergentes terão um papel fundamental no sector da Distribuição Alimentar Moderna, uma vez que serão a base e o foco de crescimento dos principais operadores internacionais, visto que o consumo nas economias avançadas caminha para a estagnação.

A pressão sobre os resultados das empresas no ambiente de recuperação lenta que caracterizará 2010 irá obrigar os operadores a definirem planos de investimento mais cautelosos do que aqueles que implementaram na última década.

Relatório Consolidado de Gestão - Criação de Valor e Crescimento Perspectivas para 2010

5.3. Perspectivas para Portugal

Comportamento da Economia

As projecções mais recentes para a economia portuguesa apontam para uma melhoria da actividade económica, assente no aumento do consumo privado e das exportações, que funcionarão como os principais motores de recuperação da economia.

Ainda assim, o Banco de Portugal considera que o crescimento do PIB para 2010, estimado em 0,7%, será condicionado por uma recuperação gradual e moderada da actividade à escala global e que as perspectivas para a evolução da economia portuguesa permanecem rodeadas de um elevado grau de incerteza, persistindo diversos riscos.

No que respeita à procura interna, estima-se uma evolução de -2,9% em 2009 para 0,3% em 2010. Por sua vez, é previsível que a taxa de inflação regresse a terreno positivo (0,7%), decorrente tanto da evolução projectada para os preços das importações, como de alguma recuperação das margens de lucro, num contexto de moderação salarial.

Não obstante a melhoria das condições económicas, deverá assistir-se a um agravamento da taxa de desemprego, para valores entre os 10 e os 11%, o que limitará o contributo do factor trabalho para o crescimento do produto.

Outro facto preocupante prende-se com o elevado endividamento das empresas e das famílias, que no actual contexto do aumento da dívida pública e dos diversos downgrades feitos pelas agências de rating, poderão implicar condições de financiamento menos favoráveis e maiores prémios de risco.

Mercado de Retalho Alimentar Moderno em Portugal

Em 2010, o Retalho Alimentar em Portugal deverá apresentar crescimentos superiores aos registados em 2009 mas, ainda assim, moderados.

A nível concorrencial é expectável o aumento da agressividade comercial, isto, tendo em conta as dificuldades sentidas por alguns dos operadores de Retalho Alimentar em 2009. Será assim criado o ambiente propício para movimentos de consolidação do mercado.

Considerando os níveis de saturação que o mercado começa a evidenciar, bem visíveis em alguns dos formatos, deverá assistir-se a um abrandamento do ritmo de aberturas.

Mercado Grossista Alimentar em Portugal

Prevê-se, ao nível da procura, que no ano de 2010 volte a cair o volume de negócios e encerrem estabelecimentos do canal HoReCa. A evolução da crise e a conjuntura económica interna são factores determinantes na forma como vai evoluir o sector, mas antecipa-se uma diminuição do consumo fora de casa, sobretudo no primeiro semestre.

Relatório Consolidado de Gestão - Criação de Valor e Crescimento Perspectivas para 2010 Também ao nível do Retalho Tradicional, sempre muito influenciado pela dinâmica concorrencial do Retalho alimentar moderno, não se espera uma evolução favorável. No entanto, prevê-se que a conjuntura de crise leve o consumidor a optar por uma compra de proximidade, o que poderá beneficiar este tipo de comércio e compensar em parte as perdas esperadas.

Considerando as perspectivas para o retalho independente e para a restauração em 2010, os operadores grossistas vão estar muito pressionados pela diminuição global da procura, não existindo boas perspectivas de crescimento do negócio. Vai intensificar-se a pressão sobre o preço de venda e todos os operadores terão que lutar por manter a sua quota de mercado.