• Nenhum resultado encontrado

Terceiro Trimestre

3.1. Principais Projectos do Ano

3.1.3. Plano de Investimentos do Grupo Investimentos

Após o esforço de integração da cadeia de retalho Plus nas Insígnias Pingo Doce e Biedronka, facto ocorrido com total sucesso durante 2008, o ano transacto foi caracterizado por uma concentração na expansão orgânica selectiva, suportada pelas Direcções de Expansão de todas as Unidades de Negócio de Jerónimo Martins.

Com efeito, o contexto económico deste último ano aconselhou forte prudência na gestão de cash flow e consequentemente no Programa de Investimentos do Grupo. Contudo, mesmo integrando uma criteriosa análise do potencial de novas localizações, o Plano de Expansão Jerónimo Martins foi reforçado e fortalecido.

Este facto foi amplamente evidenciado na Polónia, tendo a cadeia Biedronka finalizado o ano com 1.466 lojas, integrando 163 novas localizações durante este período.

A cadeia Pingo Doce consolidou igualmente o seu parque de lojas com 10 novas unidades, concluindo o ano com 356 localizações distribuídas entre Portugal Continental e Madeira.

O Grupo continuou a apostar no crescimento de novas áreas de negócio, reforçando a sua proposta de valor aos seus clientes e consumidores:

ƒ A área de Restauração em Portugal inaugurou nove novas unidades;

ƒ A rede de farmácias Na Zdrowie, na Polónia, estendeu o seu parque para 24 localizações, cinco das quais inauguradas no ano transacto;

ƒ As lojas New Code (vestuário para adulto e criança), Electric Co (electrodomésticos), parafarmácias Bem Estar, restaurantes No Sítio do Costume e postos de abastecimento de combustível Prio, também expandiram a sua presença no mercado, através da abertura de 18 novas unidades no total, integradas na Insígnia Pingo Doce.

Os investimentos em remodelação e manutenção de lojas e de infra-estrutura logística das cadeias de Distribuição do Grupo continuaram também a merecer prioridade, com uma dotação de 125,7 milhões de euros.

2009 2008 2007 2009 2008 2007 2009 2008 2007

Retalho Portugal 2 10 94 33 22 30 30 10 7 4

Recheio3 0 2 0 1 3 2 0 0 0

Biedronka 163 359 156 51 83 71 56 45 16

Outros Negócios 32 54 54 6 12 3 9 9 7

1 Exceptuando o Recheio, consideram-se apenas as lojas cuja remodelação implicou o encerramento da área de venda alimentar 2

Inclui as lojas Pingo Doce na Madeira

3

Inclui a loja Recheio na Madeira

Relatório Consolidado de Gestão - Criação de Valor e Crescimento Desempenho do Grupo De salientar a remodelação de 51 lojas Biedronka e de 22 lojas Pingo Doce, continuando esta última Insígnia a concentrar a quase totalidade deste investimento em ex-lojas Plus, de modo a optimizar o seu potencial de crescimento.

No Recheio, procedeu-se igualmente à remodelação integral da loja de Santa Maria da Feira, a qual foi integrada no final de 2008, mediante a aquisição da Companhia SCGR – Comércio por Grosso e a Retalho.

O investimento do Grupo em 2009 cifrou-se em 312,0 milhões de euros, sendo 58,4% alocados à Polónia.

Encerramento de lojas

Em 2009, concluiu-se a implementação dos compromissos assumidos com a Autoridade da Concorrência em Portugal e com o UOKIK, instituição homóloga na Polónia, no âmbito da aprovação da operação de integração da cadeia Plus.

O cumprimento formal destes compromissos originou o encerramento e/ou alienação de 30 lojas na Polónia e de uma loja em Portugal, durante o ano.

(€ ' 000.000)

Expansão1 Outros2 Total Expansão1 Outros2 Total

Retalho Portugal 45,1 67,7 112,8 87,2 89,8 177,0 Lojas 45,1 60,1 105,2 82,4 84,2 166,5 Logística e Estrutura Central 0,0 7,5 7,6 4,9 5,6 10,5 Cash & Carry 0,0 11,2 11,2 4,5 11,5 16,0

Madeira 0,0 1,0 1,0 1,6 3,2 4,7

Distribuição Portugal 45,1 79,9 125,0 93,3 104,4 197,8 Biedronka 136,4 45,8 182,2 209,9 79,8 289,6 p.m PLN '000 588,5 197,5 786,0 737,9 280,5 1.018,3 Lojas 131,9 41,4 173,4 193,2 52,5 245,7 Logística e Estrutura Central 4,5 4,4 8,9 16,7 27,3 44,0 Total Distribuição 181,5 125,7 307,2 303,2 184,2 487,4 Aquisições (Plus e SCGR) 0,0 0,0 0,0 378,1 0,0 378,1 Indústria e Serviços 1,3 3,6 4,8 4,1 4,6 8,7 Total JM 182,8 129,2 312,0 685,4 188,8 874,2 % do EBITDA 34,6% 24,5% 59,1% 144,9% 39,9% 184,8% 1

Lojas Novas e Novos Centros de Distribuição

2

Remodelações, Manutenção e Outros

Relatório Consolidado de Gestão - Criação de Valor e Crescimento Desempenho do Grupo

3.2. Actividade Consolidada do Ano 2009

O ano 2009 foi marcado pelo forte desempenho de vendas e resultados e evidenciou a força dos vários formatos do Grupo perante uma envolvente macroeconómica adversa e uma forte desvalorização cambial média do Zloty face ao Euro (-18,5%), que teve um relevante impacte nas contas consolidadas de Jerónimo Martins.

Vendas Líquidas Consolidadas

Em 2009, as vendas líquidas consolidadas de Jerónimo Martins atingiram 7.317,1 milhões de euros, um crescimento de 6,1% (+18,4% a taxa de câmbio constante), em relação a 2008.

Esta sólida evolução das vendas é resultado: i) do crescimento de 4,4% das vendas LFL do Grupo, contando aqui com fortes contribuições do Pingo Doce e Biedronka; ii) do sucesso da integração das lojas Plus adquiridas em 2008, em Portugal pelo Pingo Doce e na Polónia pela Biedronka; e ainda iii) da execução do plano de expansão orgânica previsto para 2009, que adicionou à área de venda do Grupo cerca de 61 mil m2 (mais 4,6% do que em 2008).

Em Portugal, no que se refere aos índices de preços, é de referir a deflação alimentar que reflectiu a redução de preços da maior parte das matérias-primas. Esta evolução fez-se sentir de uma forma geral no sector do Retalho Alimentar.

2,7% 1,7% 8,3% ‐10,7% Crescimento like‐for‐like  das Vendas (2009)     Supers         Hipers Recheio Biedronka Vendas Consolidadas (Milhões Euros) 2008 2009 Biedronka Retalho Portugal Recheio

Indús tri a  & Outros 51,1% 33,5% 9,5% 50,9% 34,2% 9,4% 5,9% 7.8% 6.894 7.317 +5,8% +8,3% +5,2% ‐1,2% 5,5% Vendas Consolidadas

Mil. Eur % total Mil. Eur % total Zloty Euro Vendas e Serviços

Retalho Portugal 2.708.311 37,0% 2.503.354 36,3% n.a. 8,2%

Cash & Carry 688.544 9,4% 654.484 9,5% n.a. 5,2%

Madeira 131.552 1,8% 128.387 1,9% n.a. 2,5%

Polónia - Biedronka 3.724.684 50,9% 3.520.934 51,1% 29,8% 5,8%

Indústria 237.755 3,2% 253.868 3,7% n.a. -6,3%

Serviços de Mkt, Repr. e Rest. 87.159 1,2% 81.809 1,2% n.a. 6,5% Ajustes de C onsolidação -260.896 -3,6% -249.099 -3,6% n.a. 4,7% Total JM 7.317.108 100,0% 6.893.737 100,0% n.a. 6,1% p.m. Retalho Portugal 2.500.799 2.310.199 8,3% (vendas de loja)

Δ %

Relatório Consolidado de Gestão - Criação de Valor e Crescimento Desempenho do Grupo O mercado de Retalho Alimentar português registou, no ano de 2009, um aumento de cerca de 6% da área de venda total, continuando os formatos de maior proximidade e menor dimensão a dominar o número de aberturas no sector.

O Pingo Doce, em 2009, prosseguiu com a tendência de crescimento de vendas e

fortalecimento de quota de mercado que trazia de anos anteriores.

Foi sob os princípios da flexibilidade e foco no consumidor que o Pingo Doce manteve a tónica na competitividade de preços, com especial atenção para categorias-chave para os consumidores, onde a acrescida escala de operações permitiu novos patamares de competitividade (e.g. Marca Própria).

A Insígnia de supermercados do Grupo, seguindo a deflação sentida no mundo alimentar, registou no cabaz médio uma redução, no ano, de 5,4% do preço médio. O consequente impacte do nível de deflação no crescimento das vendas em valor foi compensado de forma muito expressiva pela forte evolução dos volumes vendidos na cadeia.

O Pingo Doce registou um crescimento LFL das vendas no ano, de 2,7%, que, considerando a deflação no cabaz, correspondeu a um aumento de mais de 8% dos volumes vendidos.

Pingo Doce - Vendas Líquidas (Milhões de Euros) 1.944 50 199 2.194 2008 LFL  Novas Lojas/Plus/Remodel. 2009 +2,6% +10,2% +12,8% Superm ercados

Crescim ento Vendas like- for-like

-3,6% 4,6% 0,6% 2,7% 1,4% 6,0% 2,7% -6,0% -4,0% -2,0% 0,0% 2,0% 4,0% 6,0% 8,0% 1T09 2T09 1S09 3T09 9M09 4T09 2009 Superm ercados Núm ero Lojas 334 335 333 333 334 0 50 100 150 200 250 300 350 2008 1T 09 1S 09 9M 09 2009

Relatório Consolidado de Gestão - Criação de Valor e Crescimento Desempenho do Grupo As vendas totais do Pingo Doce aumentaram 12,8% e atingiram 2.193,6 milhões de euros, contando com a contribuição, em 2009, de 262,5 milhões de euros das antigas lojas Plus adquiridas em Maio de 2008. A Companhia, para além do enfoque no desempenho LFL, dedicou grande parte do seu esforço de gestão à remodelação das antigas lojas Plus, procedendo a 20 remodelações profundas que contribuíram para o bom desempenho registado e que se juntaram às 16 realizadas em 2008. Por remodelar restam cerca de 30 lojas que serão prioridade da Companhia nos próximos trimestres.

Os hipermercados do Grupo em Portugal continuaram a reflectir, no desempenho LFL, o reposicionamento em curso que levou à redução do sortido, principalmente na área não alimentar, mas também na área alimentar, e que não permitiu uma comunicação clara da proposta de valor destas nove lojas.

No Recheio o crescimento de 5,2% das vendas totais, para além da sólida evolução

das vendas LFL, reflecte também a remodelação, sem encerramento, de uma loja adquirida em Novembro de 2008.

Numa base LFL, o Cash & Carry do Grupo registou um crescimento de 1,7% das vendas, uma forte evolução de mais de 4% dos volumes, considerando a deflação de perto de 3% registada no cabaz. Este desempenho reflectiu a antecipação, por parte

da Companhia, de dificuldades em ambos os segmentos de negócio que fornece – Retalho Tradicional e HoReCa. Neste contexto, como forma de aumentar quota de

mercado, o Recheio privilegiou o reforço da competitividade dos seus clientes através de acções em áreas-chave, nomeadamente através do investimento na qualidade,

Hiperm ercados Núm ero Lojas 9 9 9 9 9 0 2 4 6 8 10 2008 1T 09 1S 09 9M 09 2009 Hipermercados

Crescimento Vendas like-for-like

-10,1% -8,4% -13,9% -10,3% -10,7% -10,9% -9,3% -16,0% -14,0% -12,0% -10,0% -8,0% -6,0% -4,0% -2,0% 0,0% 1T09 2T09 1S09 3T09 9M09 4T09 2009 Recheio

Crescimento Vendas like-for-like

1,8% 2,6% 2,2% 1,7% 2,0% 0,8% 1,7% 0,0% 0,5% 1,0% 1,5% 2,0% 2,5% 3,0% 1T09 2T09 1S09 3T09 9M09 4T09 2009 Recheio Número Lojas 35 35 35 35 35 0 5 10 15 20 25 30 35 2008 1T 09 1S 09 9M 09 2009

Relatório Consolidado de Gestão - Criação de Valor e Crescimento Desempenho do Grupo variedade e competitividade dos perecíveis e lançamento de uma marca própria para o segmento de Retalho Tradicional.

Na Madeira, o crescimento de 1,1% das vendas LFL incluiu uma evolução a dois

dígitos dos volumes vendidos e é o resultado do reposicionamento de preço iniciado no segundo Semestre de 2008, com impacte positivo na quota de mercado da Insígnia na Ilha.

Na Polónia, o sector de Retalho Alimentar manteve-se competitivo, tendo a Biedronka mantido a liderança de preço no mercado. Embora se tenha registado o abrandamento do consumo, não se evidenciou nenhuma alteração substancial nem nas estratégias comerciais das Insígnias, nem do seu posicionamento relativo, como forma de compensar este abrandamento.

Para a Biedronka, uma das principais prioridades continuou a ser o plano de abertura de lojas. A Companhia realizou 163 aberturas, tendo terminado o ano com 1.466 lojas. Seguindo a decisão da Autoridade da Concorrência para aprovação da aquisição das antigas lojas Plus, que exigia a alienação de um total de 38 lojas, bem como a normal gestão do parque de lojas, a Biedronka alienou, em 2009, um total de 56 lojas.

Biedronka - Vendas Líquidas (Milhões PLN ) 12.380 964 2.723 16.067 2008 LFL Novas lojas/Remod./Plus 2009 +7,8% +22,0% +29,8% Biedronka

Crescimento Vendas like-for-like

7,7% 8,1% 7,9% 7,9% 7,9% 9,4% 8,3% 0,0% 2,0% 4,0% 6,0% 8,0% 10,0% 1T09 2T09 1S09 3T09 9M09 4T09 2009 Biedronka Número Lojas 1.359 1.372 1.408 1.432 1.466 0 250 500 750 1.000 1.250 1.500 2008 1T 09 1S 09 9M 09 2009 (moeda local)

Relatório Consolidado de Gestão - Criação de Valor e Crescimento Desempenho do Grupo As vendas totais da Biedronka atingiram, em 2009, 16.066,7 milhões de zlotys, mais 29,8% (+5,8% em euros) do que no ano anterior. Para esta evolução contribuíram o bom desempenho LFL, a abertura de novas lojas que levou a um aumento de 8,1% da área de venda no ano em relação ao final do ano anterior e o sucesso da integração das lojas Plus, adquiridas em Outubro de 2008 que, em 2009, representaram cerca de 11% das vendas da Companhia.

As vendas LFL da Biedronka registaram um crescimento de 8,3%, que correspondeu a um aumento de cerca de 12% das categorias alimentares numa base LFL. O desempenho do não alimentar deriva da decisão da Companhia de reduzir o sortido destes produtos, no seguimento da tendência dos consumidores para evitar este tipo de compra mais dispendiosa e acessória às suas necessidades.

Na Indústria, reforçou-se a competitividade em marcas-chave para as posições de

liderança no mercado. A evolução dos volumes vendidos na maior parte das categorias teve um desempenho positivo, com a evolução de –6,3% das vendas em valor a reflectir, essencialmente, a baixa significativa que se fez sentir nos preços de diversas categorias por força da evolução das matérias-primas (principalmente do azeite e óleo).

Na área de Serviços de Representação e Restauração, as vendas totais registaram um crescimento de 6,5% no ano, sendo de realçar, no seu portefólio, a entrada de quatro novas representadas ao longo de 2009.

Resultados Operacionais Consolidados

Em 2009, o EBITDA consolidado registou um crescimento de 11,6%, acima do crescimento das vendas, atingindo 528,0 milhões de euros.

A margem EBITDA aumentou de 6,9% em 2008, para 7,2% em 2009. Este desempenho reflectiu os benefícios de uma maior escala de operações, tanto em Portugal como na Polónia, que permitiu compensar o impacte da diluição das operações da Plus adquiridas em 2008 e ainda a operar abaixo dos níveis de maturidade. Também o crescimento positivo das vendas LFL do Grupo e a racionalização de custos em algumas áreas dos negócios foram importantes para esta evolução positiva.

Resultados Operacionais Consolidados

09/08

Mil. Eur % Mil. Eur % Δ %

Vendas Consolidadas 7.317.108 6.893.737 6,1%

Margem Total 1.717.734 23,5% 1.582.102 22,9% 8,6%

C ustos Operacionais -1.189.686 -16,3% -1.109.129 -16,1% 7,3%

Cash Flow Operacional (EBITDA) 528.048 7,2% 472.974 6,9% 11,6%

Depreciação -168.312 -2,3% -157.583 -2,3% 6,8%

Resultado Operacional (EBIT) * 359.736 4,9% 315.391 4,6% 14,1%

2009 2008

* O EB IT acima apresentado não inclui items o peracio nais de natureza não reco rrente que, na Demo nstração po r Funçõ es, aparecem individualizado s na rubrica de Resultado s Operacio nais Não Usuais e incluído s no EB IT aí apresentado .

Relatório Consolidado de Gestão - Criação de Valor e Crescimento Desempenho do Grupo

No Retalho em Portugal, o EBITDA atingiu 175,7 milhões de euros, um notável

crescimento de 13,7%, com a respectiva margem a subir 30 p.b. para 7,0% das vendas.

Esta evolução reflecte, para além de uma procura constante pela eficiência de custos, a maior escala de operações do Pingo Doce, para a qual a aquisição das antigas lojas da Plus em 2008 teve um papel fundamental. Estas lojas, com menos de 20 meses de operação, embora estejam a operar ainda abaixo dos níveis normais de vendas e EBITDA, representaram já um importante aumento de volumes no sourcing do Pingo Doce, com os normais benefícios associados à maior capacidade de compra.

O Pingo Doce conseguiu reforçar, em algumas categorias, a sua proposta de valor,

fruto da combinação entre: i) o aumento de escala a nível de sourcing; ii) gestão

2008 2009 Biedronka Retalho Portugal Recheio Indústria e Outros EBITDA Consolidado (Milhões de Euros) 32,7% 8,5% 51,4% 33,3% 7,8% 7,7% +12,0% +13,7% +3,5% 7,5% +9,2% 51,2% 473 528 6,9% 1,5% 14,3% 6,9% 6,4% 6,7% 7,2% 1,6% 7,3% 15,3% 0,0% 2,0% 4,0% 6,0% 8,0% 10,0% 12,0% 14,0% 16,0% 18,0% Distribuição Portugal

Biedronka Indústria Serviços Consolidado

2008 2009

Margem EBITDA

191

1.049 34 8.163

2008 JMR Biedronka Recheio Others 2009 exc. F/X F/X 2009

‐5

‐846

7.317 6.894

+2,8% +15,2% +0,5% ‐0,1% +18,4% ‐12,3% +6,1%

Contribuição para o crescimento das Vendas Consolidadas (Milhões de Euros)

Relatório Consolidado de Gestão - Criação de Valor e Crescimento Desempenho do Grupo equilibrada da situação deflacionária que se viveu nos mercados de matérias-primas, conseguindo captar esta tendência nas suas compras e passar para o cliente a redução de custos; e iii) eficiências obtidas em processo ao longo da cadeia de valor.

O Recheio, com uma estrutura de custos já de si muito eficiente, conseguiu através

dos LFL positivos e de eficiências internas, promover campanhas em categorias muito relevantes para os seus clientes, mantendo a margem EBITDA praticamente estável em relação ao ano anterior. O EBITDA atingiu um valor de 41,4 milhões de euros. Também nesta Insígnia, e para além do controlo de custos, a capacidade de sourcing do Grupo, no que toca a escala e qualidade, foi essencial para implementar uma estratégia comercial que levou ao aumento de quota de mercado.

Na Madeira, a reacção positiva das vendas a um posicionamento de preço mais

agressivo que se implementou em 2008, permitiu alguns benefícios de diluição de custos que, em conjunto com um sourcing mais eficiente, levou a uma subida da margem EBITDA de 3,6% para 4,8%.

Na Polónia, a Biedronka registou um notável crescimento do EBITDA de 37,4% em moeda local (+12,0% em euros), com a respectiva margem a atingir 7,3% vs. 6,9% em 2008.

A Biedronka está claramente numa fase do ciclo de desenvolvimento do negócio em que os benefícios de escala se fazem sentir a todos os níveis.

A compra das antigas lojas Plus, em conjunto com a manutenção do ritmo acelerado da expansão da rede de lojas, permitiu benefícios imediatos a nível do sourcing da Companhia. Em paralelo, a integração das novas lojas, tanto as adquiridas à Plus como as que advêm do plano de crescimento orgânico, foi feito sem qualquer pressão sobre a estrutura de custos da Companhia, cuja dimensão e sólido desempenho LFL das vendas acabou por suportar a diluição normal das lojas a operar abaixo dos níveis de maturidade.

A Biedronka, para além de ter o posicionamento de preço mais competitivo do mercado polaco, conquistou, com o crescimento da rede de lojas, a escala necessária que lhe permite estar na melhor posição do mercado para responder aos desafios que um consumo mais moderado pode colocar ao crescimento LFL das vendas.

Na área da Indústria, a margem EBITDA atingiu 15,3% das vendas, mais 100 p.b. do que no ano anterior. Para esta evolução contribuiu o esforço de reestruturação da Companhia para aumentar a competitividade da sua operação no mercado.

Relatório Consolidado de Gestão - Criação de Valor e Crescimento Desempenho do Grupo

Resultados Líquidos Consolidados

O resultado líquido atribuível a Jerónimo Martins atingiu 200,3 milhões de euros, um crescimento de 22,8% em relação ao ano de 2008, correspondendo a um resultado por acção de 0,32 euros.

Os encargos financeiros consolidados atingiram 70,4 milhões de euros e reflectiram, essencialmente, a redução do custo médio da dívida em 170 p.b..

Os resultados não recorrentes atingiram -10,4 milhões de euros e incluem custos de restruturação na área da Indústria, impairments e provisões de várias naturezas.

_______________

* O EBIT apresentado no quadro de “Resultados Líquidos Consolidados” não inclui itens operacionais de natureza não recorrente que, na “Demonstração por Funções”, aparecem individualizados na rubrica de Resultados Operacionais Não Usuais e incluídos no Resultado Operacional aí apresentado.

Os Resultados Financeiros apresentados no quadro de “Resultados Líquidos Consolidados” incluem os Ganhos em Empresas Associadas tal como apresentados na “Demonstração por Funções”.

Os Itens não Recorrentes apresentados no quadro de “Resultados Líquidos Consolidados” incluem os Resultados Operacionais não usuais e os Ganhos/Perdas em Outros Investimentos tal como aparecem na “Demonstração de Resultados por Funções”.

Resultados Líquidos Consolidados

09/08

Mil. Eur % Mil. Eur % Δ %

Resultados Operacionais (EBIT) * 359.736 4,9% 315.391 4,6% 14,1%

Resultados Financeiros * -70.435 -1,0% -85.337 -1,2% -17,5%

Itens não Recorrentes * -10.410 -0,1% -7.943 -0,1% 31,1%

EBT 278.891 3,8% 222.111 3,2% 25,6%

Impostos -55.624 -0,8% -46.131 -0,7% 20,6%

Resultados Líquidos 223.267 3,1% 175.980 2,6% 26,9%

Interesses Minoritários -22.918 -0,3% -12.764 -0,2% 79,6%

Res. Líquidos atrib. a JM 200.349 2,7% 163.216 2,4% 22,8%

Res. Líquido / acção (euros) 0,32 0,26 22,8%

Cash Flow / acção (euros) 0,69 0,55 25,4%

Relatório Consolidado de Gestão - Criação de Valor e Crescimento Desempenho do Grupo

Balanço

A evolução do capital investido, que foi reduzido em 19,3 milhões de euros, prendeu-se com a evolução do capital circulante do Grupo, que beneficiou do crescimento das vendas e também dos esforços de racionalização de gestão dos stocks por parte de todas as Companhias, o que levou a que no consolidado os stocks em dias de vendas fossem reduzidos em quatro dias em relação ao final do ano de 2008.

A evolução do Activo Fixo reflecte essencialmente a execução do plano de investimento traçado para as várias operações do Grupo. A prioridade manteve-se na expansão na Polónia. Desta forma, a Biedronka recebeu 58,4% do investimento total do Grupo.

O bom desempenho das operações e os ganhos de eficiência a nível de capital circulante foram fundamentais para a redução da dívida líquida consolidada em 153,8 milhões de euros em relação ao final do ano anterior, atingindo 692,0 milhões de euros. O gearing do Grupo cifrou-se em 64.9%, tendo-se atingido o objectivo de fortalecer o balanço após a aquisição da Plus realizada em 2008.

Investimento

58,4% 36,2%

5,4%

Biedronka Retalho Portugal Outros

Investimento

58,6% 25,9%

15,5%

Expansão Remodelação Outros

2009

Balanço Consolidado (€' 000)

2009 2008

Goodwill Líquido 736.633 734.126

Activo Fixo Líquido 2.101.566 1.967.459

C apital C irculante Líquido -1.201.479 -1.065.131

Outros 120.976 140.521

Capital Investido 1.757.696 1.776.975

Dívida Financeira 796.296 946.018

Leasings 84.560 101.659

Juros Diferidos e Operações de C obertura 30.914 21.811

Títulos Negociáveis e Depósitos Bancários -219.769 -223.638

Dívida Líquida 692.000 845.850 Interesses Minoritários 287.637 281.307 C apital Social 629.293 629.293 Resultados Transitados 148.765 20.525 Fundos de Accionistas 1.065.695 931.125 Gearing 64,9% 90,8%

Relatório Consolidado de Gestão - Criação de Valor e Crescimento Desempenho do Grupo

Ao longo de 2009, e tendo em conta a volatilidade dos mercados de curto prazo, foi dada prioridade à restruturação da dívida de menor prazo, contraindo-se empréstimos de maior maturidade em substituição dos de menor maturidade. A maturidade média da dívida encontra-se em 3,1 anos, tendo a dívida de curto prazo passado a representar 11,1% da dívida financeira consolidada, vs. 29,0% no final de 2008.

A dívida em zloty representa cerca de 15,9% do total da dívida financeira e leasings. DETALHE DA DÍVIDA

(€' 000)

2009 1 a 5 anos > 5 anos

Dívida de Médio Longo Prazo 707.614 707.614 0

% da Dívida Financeira 88,9%

Maturidade 3,1

Empréstimos Obrigaccionistas 375.000 375.000

Private Placement 151.007 151.007

Actualização do justo valor -16.880 -16.880

Papel Comercial 70.000 70.000

Outros Empréstimos MLP 128.487 128.487

Dívida de Curto Prazo 88.682

% da Dívida Financeira 11,1% Maturidade 0,1 Empréstimos Obrigaccionistas 0 Papel Comercial 18.000 Outros Empréstimos CP 70.682 Dívida Financeira 796.296 Maturidade 2,9

Custo Médio da Dívida 4,0%

Leasings 84.560

Juros Dif eridos & Operações de Cobertura 30.913 Títulos Negociáveis e Depósitos Bancários -219.769

Dívida Líquida 692.000

% Dívida em Euros (Dívida Financeira + Leasings) 84,1% % Dívida em Zlotys (Dívida Financeira + Leasings) 15,9%

Relatório Consolidado de Gestão - Criação de Valor e Crescimento Desempenho do Grupo

Jerónimo Martins no Mercado de Acções

Em 2009, três novas casas de research iniciaram a cobertura do título de Jerónimo Martins, e no fim do ano era de 21 o número de analistas a acompanhar a evolução da acção.

A cotação das acções do Grupo registou, em 2009, uma valorização de 75,9% face ao ano anterior, tendo sido o quinto melhor desempenho do PSI-20.

O índice PSI-20 manteve uma tendência positiva nos segundo e terceiro trimestres, sendo que no quarto trimestre registou um pior desempenho (-0,1%) atingindo, a 19 de Outubro, um valor perto dos 8.883 pontos, o máximo do ano.

Em termos de liquidez, registou-se, durante 2009, um volume de negócios médio diário de 1.358.754 acções, cerca de 46% inferior ao registado em 2008, ano em que se verificaram recordes de liquidez.