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Levantei mais cedo do que de costume, sai devagar do quarto, não queria acordar Mariani que pareciam exausta. Elizabeth estava com um fone de ouvido, senti vontade de avançar no seu pescoço, mas só pioraria a situação. Fui direto tomar o café da manhã que parecia delicioso. Rose, a cozinheira me perguntou se eu havia melhorado, pois estava preocupada, há dias não comia nada. Fiz sinal que sim com a cabeça, mesmo não estando a fim de comer, o que era estranho, pois sempre tive bom apetite. Uns dez minutos depois Mariani chegou e logo em seguida Leonardo e o restante do pessoal. Olhei para ela e vi um sorriso que há dias não via, qual seria o real motivo de toda essa alegria? Talvez ela esteja apenas no seu estado normal, eu quem andava triste, o que fazia qualquer pessoa infeliz mais feliz que eu.

- Como dormiu? Espero que tenha dormido perfeitamente bem. –perguntou ela com os olhos brilhando.

- Estou com insônia, tive alguns pesadelos, mas estou bem, posso saber o motivo de tanta alegria?

- Leonardo me convidou para sair hoje á noite quando chegarmos do passeio. O que você acha? Devo aceitar?

- Não acredito que você ainda esteja pensando, você esperou quase sua vida toda para sair com ele, agora esta com a chance em suas mãos e ainda vai pensar? Pode tratar de confirmar com ele imediatamente, e espero que se divirta bastante, você merece amiga. –falei isso e dei-lhe um abraço, senti que o seu abraço foi sincero. De toda forma estava muito feliz por ela, conseguiu o que sempre quis. Mariani sempre foi louca por Leonardo desde a formatura da quarta série quando ele foi eleito o príncipe da festa e o garoto mais lindo do colégio inteiro. Leonardo preenchia todos os

requisitos para ser o namorado perfeito, sem contar com sua beleza, que encantava a todos. Seria decepcionante pra ela terminar o colegial sem ao menos ter tomado um café com o senhor popularidade.

Saber que ele e Mariani estavam saindo me deixou mais confortável, senti-me como se tivesse fazendo parte de um filme romântico, onde minha melhor amiga era a

protagonista. Faria de tudo para que nada nem ninguém separassem os dois.

No café eles passaram o tempo todo olhando um para o outro. O que deixou Elizabeth com ciúmes, ela tinha uma atração por Leonardo, afinal, qual garota no colégio não tinha uma atração por ele? Eu estou falando do garoto mais lindo da escola, é claro que Victor era bem mais bonito que ele, não é só porque eu o amo que falo isso, ele era realmente a mais bela criatura já vista em toda minha vida.

Mariani se levantou e foi direto para o quarto trocar de roupa, iríamos fazer um passeio por uma gruta, onde tinham pássaros e várias espécies de animais. Estava um pouco nervosa, pra falar a verdade não estava me sentindo muito bem, pensei em voltar para o meu quarto visto que a diretora Lucy havia me liberado das atividades por uma semana, mas lembrei-me do que Elizabeth disse, não queria que nenhum outro passeio fosse desfeito por minha causa.

Fui falar com a diretora Lucy, dizer que estava me sentindo bem e que queria fazer parte dessa aventura junto com os meus colegas.

- Tem certeza de que você esta bem Kelly? Não quero que se sinta pressionada, você está dispensada das atividades, ainda não entendi o motivo de você está tão mal, pensei em ligar para seus pais, mas...

- Não precisa Sra. Lucy. Estou perfeitamente bem. Posso me juntar aos demais alunos? –respondi tentando convencê-la de que precisava realmente de distração, não

agüentava mais ficar nem um segundo sequer naquele hotel, todo aquele ambiente me fazia pensar em Victor e nas palavras frias e cruéis dele, não acredito que ele se referiu a mim como uma distração.

Respirei fundo e tentei jogar fora todos esses sentimentos dentro de mim. Pensar em Victor não me fazia se sentir bem, pelo contrario, sentia como se o mundo fosse cair em cima de mim e que alguma criatura espacial estivesse sugando todo o meu oxigênio. Subi para o meu quarto e troquei de roupa, queria que as pessoas soubessem que Kelly Andrews estava de volta, e ninguém iria me dizer o que fazer. Coloquei uma das minhas melhores roupas.

Cheguei perto do ônibus e esperei o restante do pessoal chegar. De longe avistei Leonardo, Marcos e Charles, os três garotos mais descolados da escola. Muitos já chegaram a questionar se Mariani, Elizabeth e eu não formávamos casais com eles, pois na maioria das vezes andávamos sempre em grupo. Querendo ou não éramos colegas, saíamos juntos o tempo todo, é lógico que com mais meia dúzia de colegas da escola, o fato de Leonardo não ter dado muita bola para Mariani nunca atrapalhou o nosso convívio.

- Kelly esta de volta afinal. –gritou Marcos do outro lado do ônibus, todos olharam para mim, menos Elizabeth que parecia furiosa com toda a atenção que estavam me dando.

-Não foi nada de mais. –falei tentando controlar a situação. Mariani passou por mim e bateu em meu ombro, como se fosse um sinal dizendo: “Você está ótima”, de longe vi Leonardo piscar o olho para ela. Fingi não ter percebido afinal ninguém gosta de ser pego nessas situações.

Quando a diretora chegou todos entraram no ônibus.

- Trouxeram GPS? –perguntou ela. Todos gritaram com um eco só.

- Sim. –como se tivéssemos em um acampamento de escoteiros, onde as únicas coisas pronunciadas eram: “Sim Senhor! Não Senhor!” era apavorante.

Do outro lado da janela tudo parecia maravilhoso, as paisagens, o gramado, os lagos, as lojas, os shoppings, as ruas, em fim, tudo era incrivelmente lindo, e fazer parte de tudo aquilo era mais que perfeito.

- Mariani estive pensando, poderíamos sair para fazer algumas compras, estou precisando de roupas novas.

- Estamos em um passeio educativo lembra? –respondeu ela ironicamente.

- Pensei que quisesse mudar um pouco o visual, afinal você vai sair com o garoto mais lindo da escola, então... –antes de terminar ela me interrompeu.

-Tem razão, preciso mesmo reabastecer meu guarda roupas, estou indo a decadência, mas nunca pensei que você viesse me pedir isso - olhei para ela e dei um sorriso de satisfação, ela estava me fazendo sentir melhor era ótimo lidar com uma pessoa como ela.

Chegamos à gruta, havia uma cachoeira enorme, ficamos esperando o guia por uns vinte minutos, o que nos fez ficar inquietos. Ate que Leonardo e Marcos começaram a chamar os pássaros que fez suas necessidades na cabeça deles, foi o que bastou para que todos nós começássemos a rir bastante.

O nome do guia era Tom, ele era super alto, e vestia-se de um uniforme laranja, bem parecido com um vendedor de frutas. Mariani e eu riamos o tempo todo, pois ele contorcia a boca de mais para falar, tinha um nariz enorme e parecia atrapalhado com todos aqueles alunos em sua volta.

A diretora pediu para que nos comportássemos como adolescentes normais. O suficiente para cairmos na risada. Estar ali com o pessoal me fez relaxar e lembrar quem realmente era, passei a não ligar mais para o que achavam de mim, e por uma fração de segundos, esqueci-me de Victor, por pouco tempo, pois tudo ao meu redor me fazia lembrar aqueles olhos. O via em toda parte, ate encostado em uma árvore. Meu coração acelerou de repente, senti um frio na minha coluna. Estava um tanto

apavorada com todo aquele ambiente, no começo estava tudo perfeitamente bem, ate pensar em Victor, queria sair dali imediatamente. Não estava mais conseguindo controlar a situação.

Mariani viu que eu estava ficando inquieta, ela pegou em minha mão e falou baixinho: - Relaxa Kelly, senão os outros vão perceber e as coisas podem piorar. –balancei a cabeça concordando com o que ela dizia. Estava contando os segundos para sair dali e voltar para a minha cama, refugiar-me em meu lençol. Baixei a cabeça e pus-me a chorar. Mariani percebeu e me levou a um lugar onde não tinha ninguém. Sentamos no gramado. Chorei como uma louca.

- Não dá pra continuar assim Kelly, precisa ligar para sua mãe e pedir que venha lhe buscar. Você anda com um comportamento estranho, chorando sempre, sem dormir o que não é normal. Você chora todas as noites durante horas, se você pensa que não a escuto você está muito enganada. Estou muito preocupada com você, sou sua melhor amiga e por isso preciso dizer quando você esta certa ou errada, e neste caso você esta totalmente errada. Sabemos que você o ama bastante, mas não é o fim do mundo Kelly, você poderá conhecer novas pessoas, você nem chegou a amá-lo de verdade, porque não deu tempo para isso, foi tudo muito rápido, e você já anda pelos cantos como se tivesse sido abandonada no casamento. Pense nos seus amigos, eles dependem de você, e pensa em mim, sem você essas férias não tem sentido. Elizabeth esta a perfeita bruxa do oeste, somos apenas nos duas. E te prometo que farei de tudo para você se

recuperar.

- Sinto muito Mariani se não estou cumprido com o dever de melhor amiga, sei que estou sendo dramática, mas não posso fingir pra mim mesma que não sinto nada quando penso em Victor, o que mais me dói é saber que ele não foi totalmente sincero no que falou, estava na cara que tinha algo por trás da nossa separação, alguma coisa me diz que no fundo ele não queria me deixar, eu sei que ele me ama da mesma forma que eu o amo.

Chorei por mais um tempão, Mariani continuou calada ate que eu parasse de chorar. Seria bem melhor superar a dor da morte do que a dor de ser abandonada sem razão nenhuma. Victor estava me escondendo algo, o que me fazia ficar mais triste, ele como meu namorado deveria confiar em mim, se eu não pudesse ajudá-lo quem ajudaria? Enxuguei as lagrimas e levantei, Mariani fez o mesmo. Saímos sem falar nada, apenas nos juntamos com o restante do grupo que parecia se divertir com tudo o que estavam aprendendo.

A diretora Lucy chamou para que fossemos embora, pois tínhamos hora marcada no observatório. Lembrei-me de quando estava com Victor em Nova Jersey na festa de despedida para os alunos da Julliard, ele me disse que o lugar para onde fugiria seria para onde tivessem muitas estrelas. Quem sabe estar no observatório também aliviasse a dor do meu peito, antes achava que a musica tivesse realmente o poder de acalmar o peito mais sofredor, mas me enganei porque sempre que ouvia qualquer musica de qualquer gênero, me fazia lembrar-se de Victor e de nossos momentos juntos. Onde estaria agora o amor da minha vida?

Chegamos ao observatório que estava lotado por sinal, muitos outros estudantes de outras escolas locais estavam lá, estávamos em uma noite perfeita, pois as estrelas pareciam dançar sobre o céu. Nunca tinha visto tantas estrelas juntas. Comecei a confessar-lhe tudo o que se passava em meu peito. Afastei-me do grupo para tentar pensar um pouco na minha vida sem ter que ver a cara amarrada de Elizabeth, ela parecia disposta a me provocar.

Senti um arrepio na minha nuca, semelhante ao que sentia quando estava junto de Victor. Alguém estava me olhando. Quando virei quase cai.

- Felipe! –corri para abraçá-lo.

- Maninha, que bom vê-la, estava de viajem então resolvi passar por aqui, fui ao hotel e uma moça muito simpática por sinal me disse que estavam aqui. Parece que acertou em cheio. Não estava agüentando tantas saudades. Papai e mamãe estão curtindo a

liberdade um pouco e preferi fazer o mesmo.

- Também senti sua falta Felipe, eu te amo muito meu irmão. –não sei por que, mas me abracei com Felipe e pus-me a chorar como uma louca. Ele me abraçou com bastante força e pediu para que me acalmasse, pois tudo ficaria bem. Como poderia me dizer isso se ele nem fazia idéia do motivo pelo qual chorava?

Quando me acalmei ele olhou para mim e disse: - Pode me contar o que houve com você?

Não sabia o que fazer, tive medo de contar-lhe tudo e ele querer me levar embora, mas estava mesmo precisando desabafar com alguém. Felipe era impulsivo às vezes, me dava broncas, mas sempre teve razão no que dizia. Então comecei a contar tudo o que se passava em meu peito sofredor.

- Kelly você já é bem grandinha para saber que nada nessa vida é um conto de fadas, todos nós estamos sujeitos a sofrer de amor de vez em quando. Não existem príncipes encantados e nem felizes para sempre, ele ter te deixado prova que não era o amor da sua vida, mas tenho certeza de que você encontrará o seu amor um dia.

- Mas eu o amo Felipe, não sei o que fazer para tirá-lo da minha mente, eu estou morrendo aos poucos. –respondi baixinho.

- Nesse caso, faça o que você achar melhor, se você acha que ficar com ele é a melhor opção, então corra atrás disso, viva com esse objetivo. Lembre-se sempre de que você tem um irmão com quem contar, e que te ama bastante. E que está muitíssimo atrasado para um compromisso. –rimos um para o outro.

- Obrigada Felipe, também te amo. –falei enxugando as lágrimas. Ele beijou minha cabeça e saiu.

Continuei a olhar as estrelas e pensando nas palavras de Felipe que tiveram bastante impacto na minha decisão. Eu amava Victor e não iria desistir dele só porque ele achava que era o certo. Não queria saber o que Elizabeth ou a diretora Lucy achavam, eu ia seguir o meu amor, encontrar Victor era o meu objetivo e viveria por isso.

Encontrei com Mariani que ficou surpresa com a minha expressão.

- Mal posso esperar para irmos ao shopping quando sairmos daqui. –falei com um objetivo em mente.

- Que bom que voltou ao normal, a Kelly de antes estava me deixando maluca. –rimos bastante.

Conhecer todos aqueles planetas e estrelas me fez refletir bastante nas minhas férias, na minha vida e principalmente em Victor, queria que ele soubesse o quanto que eu o amava e que estava disposta a lutar para que ficássemos juntos. Tinha algo em mente e pretendia pôr em prática.

Mariani e eu saímos para pegar um táxi, o que foi quase impossível, se o guarda da rua não tivesse nos ajudado ficaríamos lá a noite toda. Em Nova Jersey em tempos normais bastava acenar que o táxi parava, aqui teríamos de esperar bastante. Depois de muito tempo esperando, um simpático motorista parou e entramos. Aproximei-me do

motorista e falei baixinho:

- Escola Julliard, por favor. –ele concordou com a cabeça e saímos. Não queria que Mariani escutasse, ela nunca me entenderia, contaria na hora certa.

A noite em Nova York parecia bem maior do que de costume, nunca vira tantas luzes juntas. Nova Jersey era muito bonita, mas não se comparava a maior cidade do mundo, pelo menos no meu ponto de vista.

Quando Mariani viu que estávamos tomando o caminho diferente do shopping, se contraiu como se alguém tivesse lhe dado um chute.

- Porque estamos vindo por aqui? - É bem rápido Mariani, só preciso vê-lo.

- Covardia sua Kelly, combinamos de ir ao shopping, eu quero descer. Para esse táxi agora! –gritava ela. O motorista parou em um acostamento.

- Por favor, Mariani me entenda, só preciso vê-lo, falar com ele, não agüento mais isso. –baixei a cabeça e continuei. –encontrei com Felipe hoje no observatório, e ele me disse para lutar pelo que eu achava certo, e é isso que eu acho correto, lutar pelo meu amor. E para isso preciso de você, é minha melhor amiga. Não posso contar com mais ninguém. Fica por favor.

- Só temo por você, sei que vai sair machucada nessa historia. E depois não adianta ficar choramingando pelos cantos porque não estarei nem ai pra você.

Olhei para ela com um ar de satisfação, sabia que poderia contar com ela sempre que precisasse.

- Podemos ir, por favor. –olhei para ela e sorri. –prometo que te recompensarei no shopping, você vai deixar Leonardo suspirando.

- Só quero ver no que isso vai dar.

Chegamos à escola, e o motorista perguntou se queríamos que ele nos esperasse, disse que não, não sabia quanto tempo minha conversa com Victor iria durar.

Mariani parecia um pouco deslocada quando entramos na escola, mas logo se recuperou quando um aluno piscou o olho para ela. Aproveitei e perguntei se ele conhecia Victor Oliver. Ele apontou para uma sala no fim do corredor, de fora escutávamos uma orquestra, a música impregnava o local e enchia de amor todo aquele ambiente.

Abri a porta e fiquei no canto da parede, não queria interromper, quando pararam de tocar e cantar, o maestro desceu e veio até nós. Pedi que nos levasse ate Victor Oliver. Ele pegou em minha mão e pediu que nos sentássemos e esperássemos até o final do ensaio. Ficamos nas ultimas fileiras, tentando não chamar muita atenção, de longe vi uma pessoa no piano, mas não era Victor, ele não estava entre eles. Fiquei inquieta até que o maestro pegou o microfone e falou para a platéia imaginária.

- Gostaria que todos os presentes cumprimentassem com aplausos o nosso formando Victor Oliver, que cantará uma musica para nós.

Victor subiu ao palco, meu coração foi a mil. Olhei para Mariani que parecia enfeitiçada com a beleza dele. Depois de muito tempo falando com o maestro, Victor resolveu dizer algumas palavras.

- Gostaria de oferecer essa musica para a pessoa que me ensinou a amar, e ser amado. Ela me fez viver mesmo em um mundo difícil, e a única coisa que tenho a dizer é... -meu coração pulava a cada palavra que ele dizia, tentei sair dali antes que ele me visse, saber que ele ainda me amava já seria o bastante, mas Mariani estava disposta a ouvir tudo, pois segurou minha mão firme.

-... Please be mine!* - senti uma vontade de gritar quando ouvi o nome da musica, era a minha predileta, não sabia que Victor andava ouvindo Jonas Brothers, fiquei

impressionada.

Ele cantou suavemente.

- They come and go but they don't know that you are my beautiful... **

*Por favor, seja minha!

** “Eles vem e eles vão, mas eles não sabem que você é a minha linda...”

Sua voz era linda, ele fechava os olhos ao cantar, não tinha possibilidade de me ver. Quando ele terminou, suspirou fundo e disse:

- Te amo Kelly. –ele falou tão baixinho que quase ninguém ouviu. Antes de cantar a próxima musica, me levantei e fui até o palco sem que ele me visse, pois o maestro ficou na sua frente de propósito. Pediu que ele cantasse a ultima parte da musica, só para verificar o som. Então subi ao palco por trás do piano e fiquei atrás dele, sem que ele percebesse. Depois de cantar pela milionésima vez a ultima parte falou quase

choramingando:

- Para quê cantar, ela não vai me ouvir mesmo. Peguei na sua mão por trás e falei baixinho: - Acho que vai sim.

Ele virou para mim com os olhos brilhando, parecia não acreditar no que via, depois de muito tempo olhando um para o outro ele me beijou. Todos aplaudiram, e ficaram de pé. Demos as mãos e juntos saímos. Mariani não quis nos acompanhar porque queria ficar para aprender alguns instrumentos com o professor.

Fomos até o local onde nos beijamos pela primeira vez. Fiquei parada, não sabia o que dizer. Estávamos em um silencio constrangedor, ate que ele com um ato heróico

quebrou o gelo.

- Sinto muito Kelly, não queria te magoar, me falaram que você estava se encrencando com a diretora por minha culpa, não queria estragar as suas férias, sabia o quanto que era especial pra você estar aqui. Desculpa se te meti em uma enrascada.

- Não, é claro que não. Tá na cara que Elizabeth falou aquilo por pura inveja, ela me

No documento Kelly Andrews Por toda a minha vida (páginas 36-44)