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Capítulo Vinte

No documento Kelly Andrews Por toda a minha vida (páginas 153-160)

Ficamos deitados na grama, abraçados. Como sempre, ele acariciava meus cabelos, estávamos num grande silencio. Não existia palavra para expressar o que eu sentia por ele, não é possível que uma palavra tão pequena possa ter um significado tão enorme. Victor e eu significávamos mais que um casal perfeito, se bem que estávamos longe de sermos perfeitos, mas era tão real tudo o que sentíamos um pelo outro. Eu o amava e ele me amava em troca, não precisei fazer esforços ou birras para ele me amar, simplesmente aconteceu. Como uma gravidade.

-Kelly?

-O que foi? –levantei.

-Você está tão calada. Algum problema? -Só pensando. Está tudo tão perfeito.

-É verdade, e será assim pra sempre. Eu prometo.

Pensei que estivesse ficando louca, mas em meio aquele romantismo todo eu estava tentando encontrar alguém a quem eu pudesse ceder meus ingressos para o show dos Jonas. Foi na lata.

-Achei! -Hãn?

-Eu sei pra quem dar meus ingressos. Elizabeth também gosta dos Jonas, ela pode ir acompanhada de Rick, que ótima ideia, eu não acredito que encontrei alguém.

-E eu encontrei você Kelly. E foi a melhor coisa que me aconteceu. –ele se aproximou de mim e pegou minha mão.

-Manteiga derretida. Você roubou meus pensamentos, isso é importante, estou falando dos Jonas Brothers.

-E você roubou meu coração.

-Que fofo. Ficaria ainda mais lindo se a frase não fosse tão velha. –sorri.

- E que tal... –ele fingiu estar pensando. -... Cada segundo ao seu lado me tira o fôlego, cada dia que se passa eu fico mais apaixonado. Kelly, eu sou seu e quero que você seja minha pra sempre.

-Pra sempre? Tem certeza?

-Tenho. Quero você para sempre.

Ficamos muito tempo deitados e abraçados. Nenhum de nós disse absolutamente nada. Senti seu cheiro maravilhoso e apoiei minha cabeça em seu peito, sentia seu coração bater. Enfiei a mão por baixo de sua camisa, senti mais uma vez sua pele macia e quente.

Daqui alguns dias serei a Senhora Oliver, e quando isso acontecer, ninguém nos separará. Seremos um só, como diz a nossa música, „até o fim dos tempos‟. Abri os olhos e observei as pessoas á nossa volta, alguns acompanhados, outros completamente sozinhos. Uma moça em especial chamava a minha atenção, ela estava triste, sentada na grama ouvindo musica, a sua expressão revelava toda a sua

frustração e desapontamento, ela não me era estranha. Fiz um esforço e puxei pela mente de onde eu a conhecia. Foi fácil, mesmo se não tivesse descoberto, Victor revelaria primeiro. Ele levantou bruscamente e num ato ficou de pé na minha frente.

Senti uma pontada de medo, não do tipo, medo de perdê-lo, mas medo do que ela seria capaz de fazer para nos separar, que no final dá no mesmo. É por isso que não acredito em „para sempre‟, se bem que sempre existem pessoas como ela, capaz de tudo para destruir a felicidade alheia.

-Jéssica? –meu coração estava disparado, Victor sentiu meu desconforto, ele tentou me manter fora da situação, mas foi totalmente inútil, ela estava em meu território, Victor me pertencia, não é egoísmo, apenas proteção. Como um pastor que protege seu rebanho de intrusos. Nesse caso, eu seria o pastor.

-O que ela quer?

-Não sei, mas saberei logo. –ele deu um passo adiante, tentei puxá-lo para perto de mim, mas foi totalmente o contrário, na mesma hora que tentei puxá-lo ele me puxou, o que me fez cambalear com a força contrária.

Quando nos aproximamos, ela me olhou friamente. Quem dera se ela tivesse essa mesma reação com Victor, ao invés disso, ela se jogou em seus braços, completamente derretida.

-O que você está fazendo aqui? Pensei que tivesse voltado para o Texas com os meus pais. –ela sorriu.

-Estou morando aqui bobinho. –Que ótimo, meu pior pesadelo acabara de ganhar vida. –vejo que você já está melhorzinha. Não mudou nada desde que nos vimos. –ela me olhou dos pés a cabeça e sorriu. –nada mesmo.

Eu me sentia tão pequena perto dela, se Mariani tivesse aqui, tinha colocado Jéssica no lugar dela com apenas uma olhada.

-Kelly está melhor. Na verdade está ótima. –porque ele respondeu por mim? Eu não era nenhuma débil mental que não podia responder a uma intimidação.

-Não duvido disso. Novidades?

-Temos sim querida. Semana que vem farei dezoito anos. –Victor me olhou friamente. -Jura? E vai ter fantasias de joaninhas? Posso ir? Eu adoro festas com temas de Joaninhas. –não sei se foi impressão, mas senti que Victor reprimiu uma gargalhada. -Lógico que você será convidada, mas que pena que não será tema de joaninha. Mas eu usarei um lindo vestido branco, um lindo colar de esmeralda que a minha futura sogra me presenteou, e bem no fim do corredor, Victor estará me esperando, para dizer sim na frente de várias pessoas. E depois desse dia, seremos marido e mulher. Sabe o que isso significa?

Ela estava de boca aberta com a revelação. O seu suposto melhor amigo iria casar com a pessoa que ela mais odiava. Bom, não necessariamente ódio, ela nem me conhecia, vai ver esse seria um dos motivos.

-É verdade Victor? Você vai casar? –ele abriu um gracioso sorriso, o momento não estava para gargalhadas, mas parece que não foi impressão, ele segurou uma risada forte por causa da piada.

-Sim, semana que vem. O bom é que você está aqui e poderá ir. Mandarei entregar o convite.

-Jéssica, por favor. –Victor tentou tocá-la. Senti uma pontada de pena, ela estava lutando friamente por um amor. Mesmo sendo o meu amor, mas eram os sentimentos dela, e se fosse eu? Resolvi tomar uma atitude nobre. Soltei-me das mãos de Victor. Ele olhou automaticamente.

-Pra onde vai?

-Vou deixar vocês conversarem á sós.

-Kelly você não precisa fazer isso, por favor, não vá embora.

-Eu não vou, estarei sentada, está tudo bem meu amor. Tudo bem. –beijei seu rosto. Ele estava gelado.

Deixei que conversassem tranquilamente. Peguei um saco de batatinhas e fiquei assistindo de camarote, primeira fila bem no meio. Uma visão privilegiada da

discursão entre amigos. Por um momento senti que seria uma boa ideia tê-la em nosso casamento, Victor não conhecia muitas pessoas aqui em Nova York, só foram gastos vinte convites para ele, enquanto que pra mim, quase cem. Jéssica era a sua melhor amiga, ela tinha direito de comparecer até sem convite. Ela tinha o direito de estar ao nosso lado, na posição de família. Eu não podia tirar esse direito dela.

Deitei no gramado, coloquei as mãos atrás da cabeça. Senti um peso na consciência por causa do que fiz, eu nunca falei de maneira tão rude. O que houve comigo? Nunca fui possessiva e de repente bate a crise de ciúmes. Precisava desculpar-me com Jéssica quando tivesse a oportunidade. Ou quem sabe Victor faria isso por mim.

Fechei os olhos e relaxei. Senti que raios de sol tocava meu rosto, uma coisa que não se via todos os dias em Nova York. Ignorei todos os pensamentos: “Você pode pegar câncer de pele ou até ficar com o rosto manchado”, aprofundei em meus pensamentos. Senti que alguém tocava meus pés. Abri um olho e arrisquei uma olhada por baixo. -Desculpa. –ele se aproximou de mim e tocou meus cabelos.

-Pelo quê?

-Por tudo o que ela disse. Eu sei que você se sentiu mal, desculpa Kelly.

-Claro que não meu amor, eu sai porque vocês precisavam conversar vocês tem esse direito, e eu não podia exigir que você ignorasse a sua amiga, ela é como se fosse sua irmã. Ela irá ao casamento?

-Acho que não. Jéssica é de temperamento forte, não dá o braço a torcer, mas espero que ela mude de ideia.

-Eu também. Quero que você fique feliz no dia mais feliz da nossa vida. -Eu estou feliz Kelly, você me faz feliz, você é a minha felicidade.

Quando tudo parecia estar perfeito, tomei um baita susto quando o celular tocou. -Oi Mariani. O que houve?

-Kelly Andrews, esqueceu que temos a prova de vestido marcada para cinco horas? Trate de vir logo.

-Eu odeio você.

-Por favor, lembre a Victor que ele precisa escolher o smoking, Leonardo irá cuidar disso.

-Acho que não será uma boa ideia. Leonardo não é a pessoa mais recomendável. -Quem não tem cão caça com gato. E que gato.

-Meu amor nós precisamos ir, tenho prova de vestido e você terá de passar no alfaiate, Leonardo irá com você. Temos um casamento em alguns dias.

-Vamos.

Victor estava calado desde o ocorrido, evitei tocar no assunto, mas estava sendo insuportável a reação dele. Eu não sei o que Jéssica disse, mas deve ter tido muito impacto sobre ele, eu nunca o vira dessa forma antes. O que eu podia fazer? Desci do carro devagar, retribui o silêncio de Victor na mesma moeda, se ele não queria falar, não seria eu quem o faria mudar de ideia, independente do que ela o tenha feito, a reação dele ia muito além de qualquer coisa. Estava fora de cogitação.

Suspeitei ser o nervosismo tradicional. Enganei-me feio. Virei às costas para sair.

-Kelly espera. –ele tocou minha mão por trás. Tomei um susto quando olhei para Victor e vi que ele estava se desmanchando em lágrimas.

-Victor o que houve com você? –ele tocou em minha cintura. Acariciou meus braços e chorou mais.

-Me abraça Kelly. Abraça forte. –meu coração doía ao ver a reação desesperada de Victor. O que estava acontecendo com ele? Ficamos abraçados por um tempo, não consegui me conter e chorei também, se a intenção era fingir ser forte eu fracassei. -O que aconteceu lá no parque? Jéssica disse alguma coisa?

-Só a verdade. –ele enxugou as lagrimas que rapidamente eram substituídas por outras. - O QUE ELA TE DISSE? –aquilo estava pirando a minha cabeça.

-Ela está certa, eu estou sozinho Kelly, não tenho família. A única pessoa que se importava comigo realmente está morto.

-O que você está dizendo? Seus pais te amam, eu percebi.

-Fachada. Tudo aquilo foi fachada, eles não estão nem aí pra mim. Só querem saber de negócios. Jéssica era a pessoa mais próxima de mim, a minha única família, e eu também a perdi. Agora estou completamente sozinho.

-É o que você pensa? -É o que é certo.

-Engraçado, pensei que eu fosse alguém pra você. Eu estou aqui não estou? Significa que você não está só. Teremos nossa própria família, isso não importa?

-Mais que tudo pra mim.

-Então trate de enxugar o rosto e ir encontrar com Leonardo, temos um casamento. Victor olha pra mim. – toquei seu rosto. –Você demorou dezessete anos para aparecer, eu não vou te abandonar agora, não importa quantas pessoas temos ao nosso lado, o que importa é que temos um ao outro. E sempre será assim, um apoiando o outro. Ele me abraçou forte.

-Eu só quero que esse casamento passe num piscar de olhos, eu quero você pra sempre ao meu lado. Pra ficarmos bem juntinhos sem pressa de acabar. Para termos o nosso próprio sempre.

-Você e eu Victor. Sempre um só.

Nos despedimos com um beijo. Quando entrei em casa percebi que Mariani tinha visto tudo pela janela da sala. Mamãe estava tocando piano na outra sala, só ouvia-se uma paz transmitida pela melodia. Papai estava ao seu lado com um copo de whisky na mão. Um dia normal para uma ocasião mais que especial.

-O que houve aqui?

-Essa não é a pergunta. O certo é: O que houve lá?

-Nervosismo, apenas isso. Vamos, quero voltar logo, preciso dormir cedo, estou um caco.

Mamãe estava radiante, parecia mais a minha festa de oito anos do que meu casamento.

-O que acha desse modelo filha?

-Medieval de mais. Eu quero uma coisa simples, a cerimônia será no jardim, então pensei em algo elegante, simples, mas não tão tradicional.

-O que acha do modelo Evasê? –perguntou Mariani.

-Não sei, acho que não faz meu estilo. Eu quero uma coisa especial.

Laura –a estilista- levantou silenciosamente, ela voltou com um vestido em suas mãos. A cor não era uma das mais bonitas, mas o desenho era belíssimo.

-Que tal esse?

Fiquei enfeitiçada. Não era real, definitivamente nada era real.

-Podemos fazer alguns ajustes, deixa-lo mais moderno, ele combina perfeitamente com o buquê de jasmins. Podemos fazer algumas aplicações de pedras para combinar com o colar. Podemos também bordá-lo, como será uma cerimônia pequena, de dia e ao ar livre, que tal se fizermos algumas aplicações de flores na renda. Ficaria lindo. O que você acha Kelly?

-Perfeito. Caiu feito uma luva. Mas tem uma coisa que queria acrescentar. Eu não quero usar véu, muito menos calda, não cai bem para o dia. Então pensei, que tal aumentarmos o tamanho do vestido e deixar a renda maior, a mostra? Ficaria legal se fizéssemos a renda de outra cor, assim dá um destaque maior nas flores bordadas. -Qual cor você quer? Um caramelo?

-Não, deixa muito velho, eu quero um rosa. Rosa chá na renda e branco nas flores. -Você será a noiva mais linda do mundo minha amiga.

-E a mais feliz também, disso eu tenho certeza.

Mariani ia usar um vestido cor de rosa, nesse caso seria rosa chá, combinando com o meu vestido. Ela entraria com o buquê de rosas brancas e acompanhada de Leonardo. Elizabeth apareceria bem atrás dela, usando o mesmo vestido e levando outro buquê de jasmins, com uma flor rosa bem no centro. Seu acompanhante seria Rick, seu

namorado para todos os efeitos.

O casamento seria bem moderno, quando saímos da loja nos encontramos com Victor, Rick e Leonardo. O que três rapazes faziam quando estavam juntos? Coisa boa não seria. Eles riam muito, estavam aprontando alguma coisa. Reunimo-nos para tomar um café e discutirmos sobre a festa. Elizabeth não pode vir. Mamãe tomava nota de tudo, enquanto Mariani e eu brigávamos sobre os detalhes.

-Eu não acho uma boa ideia contratar uma banda de rock. É uma festa calma, para poucas pessoas. –Leonardo ficou desapontado por ter sua sugestão frustrada.

-Acho que sei o que fazer. –disse Mariani. –Vamos convidar a orquestra sinfônica de Nova York para fazer o show, assim vocês podem relembrar do primeiro encontro que tiveram. O que acha?

-É uma boa ideia Mariani, mas a orquestra é muito grande, vai ficar muito cheio no jardim. –disse Rick.

-Acho que sei. –Victor resolveu abrir a boca. –Meu irmão Lucas tinha uma banda, e eles tocavam muito. Podemos convidá-los para tocar no nosso casamento. –vi seus olhos brilhando.

-Mas como seu irmão vai tocar e participar da festa ao mesmo tempo? –perguntou Leonardo. O brilho nos olhos de Victor apagou-se.

-Meu irmão morreu Leonardo. Ele não virá. –ele baixou a cabeça, mas ergueu rapidamente, por baixo da mesa estávamos de mãos dadas o tempo todo. – mas acho que seria legal a banda vir tocar, eles tocam muito, e qualquer tipo de música, podemos escolher e dar para eles tocarem.

-Como é o nome da banda? –perguntei. Victor sorriu. -The Lucas.

-Está decidido. A banda „The Lucas‟ tocará no nosso casamento. –beijei Victor. Mamãe estava tão concentrada na lista de casamento, que mal percebeu nossa discursão sobre a festa. Estava mais para um baile de escola do que para um casamento.

Só faltava preparar os convites e enviar para todos os convidados. -Kelly eu preciso mostrar uma coisa. Vou pegar no carro.

A pior parte de uma surpresa era a curiosidade. Eu sempre fui curiosa e Victor misterioso de mais, o que me dava nos nervos.

Ele voltou com uma pasta azul. Olhei espantada para mamãe, ela não estava nem um pouco curiosa, ou ela já sabia do que se tratava ou não estava nem ligando para mim. -O que é isso? –peguei a pasta.

-Curiosa. –Victor abriu um sorriso. Ele tirou de dentro da pasta algumas fotos. Tinha uma planta de uma casa, as fotos eram dessa casa. Olhei detalhadamente. Era num condomínio fechado de luxo, a frente era graciosa, branca, tinha duas colunas de gesso bem na frente da porta. Por fora parecia uma casa de boneca de tão delicada. As fotos por dentro mudavam completamente o rumo da situação. Tinha cinco salas, não entendi o exagero, sendo uma sala de música. A cozinha era esplêndida, dava fome só de olhar. A parte de cima parecia maior que a de baixo. Perdi a conta quando cheguei no 8º quarto, todos com banheiro, um em si me chamava atenção. O quarto do casal parecia maior que a casa, tinha dois banheiros, dois closets, e uma porta que parecia uma passagem secreta, pensei que desse acesso ao sótão, mas ia direto para a piscina, uma enorme área com churrasqueira, tinha uma foto que mostrava a vista do quarto, a vizinhança não me era estranha. Estava tudo perfeito. Pena que só em fotos. -Isso existe? Essa casa é o máximo. Tá trabalhando de fotógrafo Victor? –perguntou Mariani.

-Ainda não. O que você achou meu amor?

-O que eu achei? Como diz Mariani, isso existe? Eu amei essa casa, mas porque estamos vendo essas fotos?

-Achei que quisesse conhecer sua própria casa. -COMO É?

-Sabia que teria essa reação. Mas é a pura verdade. Essa será a nossa nova casa. -Você comprou uma casa? Quando? Como?

-Não, eu não comprei nada, ganhamos, nossos pais tramaram tudo, o seu pai e o meu compraram a casa, e as nossas mães garantiram a mobília. Casar assim é moleza.

Dei uma tapa na sua barriga.

-Não seja bobo. Victor, temos uma casa. Você e eu. Meu próprio conto de fadas. -Ainda falta a melhor parte.

-O que ainda falta? Está tudo perfeito.

-Pensei que fosse mais detalhista. Olha essa visão que teremos do nosso quarto, te lembra alguma coisa?

-Eu já tinha reparado, mas não quis acreditar. Aquela é a minha casa. Isso é fantástico. -Sua antiga casa, sua nova casa é essa. O bom é que fica quase vizinha de seus pais, poderá vê-los todos os dias.

-Eu te amo. Você pensou em tudo.

-Nossos pais pensaram. Mas faz parte. Mereço um beijo? –ele fez biquinho. Toquei de leve a sua boca, o que era pra ser um beijo delicado entre amigos, se tornou num baita beijo. Fiquei corada.

No documento Kelly Andrews Por toda a minha vida (páginas 153-160)