• Nenhum resultado encontrado

Características do pronunciamento como gênero do discurso

3.3 A mesma voz ideológica marcada: homenagem a Tiradentes como comparação à

3.3.1 Características do pronunciamento como gênero do discurso

Apresentamos, a seguir, a organização do pronunciamento como gênero do discurso, seguida de alguns apontamentos sobre os discursos analisados.

- Conteúdo temático baseado na concepção de uma gestão que preza pelos valores da liberdade e igualdade, ideais postos no período na era iluminista e defendidos por Tiradentes, o qual é homenageado no pronunciamento. Há uma marcação de um ponto de vista centrado sobre o caráter positivo das reformas realizadas na gestão de Temer, bem como a expressão de uma FP que se apresenta como pacificadora e solucionadora dos problemas que enfrenta frente à oposição política e jurídica e à opinião pública. Há uma comparação entre a FP de Temer e a de Tiradentes, o que enfatiza o fato da primeira adquirir status de herói no discurso, deixando em evidência a associação entre a postura governista de Temer e os valores liberais. Há, como no segundo discurso, a proposição de uma FP que se apresenta como inocente e que trava uma polêmica predominantemente aberta frente aos setores opostos a ela politicamente. O pronunciamento atua no projeto discursivo que mostra a imagem de uma gestão solucionadora, pacificadora, que desperta a confiança e o bem-estar entre os brasileiros. Essa imagem é pautada na ideia de que o governo se preocupa em homenagear um dos líderes mais representativos da república brasileira, tendo em vista as diversas homenagens a Tiradentes, por presidentes da república, já realizadas em outros governos.

- Forma de composição centrada na exposição dos valores relacionados à figura de Tiradentes e à Constituição Federal, que está atrelada, no discurso, à FP de Temer. Esta é assentada na apresentação de acontecimentos que ocorreram nos anos do governo

Temer, que, do ponto de vista do enunciador, são positivos, tendo impacto sobre várias áreas de desenvolvimento do Estado. O discurso também é composto pela presença da voz dos grupos que não apoiam a gestão e faz referência a Tiradentes como herói nacional. O pronunciamento se organiza, incialmente, do seguinte modo: primeiramente há uma recorrência ao discurso literário, ao campo artístico e à voz do feminino (mostrados na utilização dos versos de Cecília Meirelles); a apresentação do tema posto pelo enunciador, “liberdade” e a menção ao fato histórico da inconfidência. Posteriormente há a apresentação do valor do respeito presente na Constituição Federal, esta que é eixo nodal para entendermos também os argumentos que validam o discurso de posse. Em seguida, há a apresentação de alguns procedimentos de trabalho dos quais o governo se ocupa, na menção às viagens que Temer realizou antes do momento da enunciação, somadas à ideia de que o Brasil tem prestígio na comunidade internacional. Após esses movimentos enunciativo-discursivos, o enunciador utiliza a polêmica aberta, mostrando os setores que realizam oposição política ao ex-presidente (há duas vozes que se somam, a de Michel Temer e a dos opositores, no próprio uso que o enunciador realiza do discurso do outro, enunciado em seu próprio discurso). Posteriormente o pronunciamento mostra medidas positivas que o governo realizou durante a gestão, fazendo referência a recordes, à ideia de governo inovador, que obteve avanços na área da economia, saúde, transporte, segurança, empregos, validando tanto a ideia de uma FP que passa confiança aos interlocutores, quanto a concepção de governo capaz de gerir o Estado. Essas medidas postas no pronunciamento correspondem às reformas realizadas (administrativas, medidas provisórias e projetos realizados pelos ministérios). Por fim, há a ideia de que o país necessita de otimismo e a ênfase no caráter pacificador da nação e do governo, seguidos da menção às eleições e à defesa de uma atmosfera de não conflito no período do voto, que ocorreu no mesmo ano em que o pronunciamento foi divulgado pela televisão, no mês de outubro de 2018. O enunciado finaliza com a utilização do enunciador da homenagem a Tiradentes, a proposição de um resgate à memória do inconfidente, e a defesa da ideia de união. Há, no enunciado, uma comparação da FP de Temer a Tiradentes, pois sabemos que o então presidente na época, já havia sido denunciado duas vezes pela Procuradoria Geral da República (PGR).

- Estilo composto pelo uso da norma padrão da língua, não havendo mesóclises, como no discurso de posse, devido ao fato do pronunciamento se orientar para o interlocutor

da mídia televisiva, que é mais amplo do que aquele que compõem uma cerimônia parlamentar. É predominante a marca da primeira pessoa (sujeito oculto) no singular, e em menor grau de aparecimento, no plural. No pronunciamento o enunciador se vale de da emissão de juízos de valor, se referindo a um horizonte avaliativo sobre seu governo e citando a ideia de país livre e de uma FP e governo pacificadores e solucionadores dos conflitos econômicos e sociais do país. Há, frequentemente, a exposição de argumentos a favor do governo, seguida de concepções que não concebem o governo como positivo, encadeamentos coesivos e retomadas de ideias anteriores entre as frases. Há períodos longos, não extensos, em comparação ao discurso de posse, e mais longos do que a declaração. Discurso em conformidade ao estilo do enunciador, que coloca em destaque a ideia de passividade nas relações políticas.

- Esfera: político-parlamentar em imbricação com a midiática, visto que o pronunciamento é apresentado na íntegra pela televisão aberta. A imprensa, como parte dos interlocutores do discurso, não está marcada na materialidade dos dizeres, mas sua composição é orientada ativamente para a produção televisiva, que compõe parte da mídia em geral.

- Suporte: online (canais de vídeos da internet) /televisivo (discurso reproduzido na íntegra).

- Destinatário: público telespectador e leitor do Portal Planalto. O enunciado também se direciona para os parlamentares e setores que se relacionam de algum modo com a república brasileira ou a figura de Temer, bem como os indivíduos/setores/empresas que interagem com o discurso pela voz midiática (site do planalto, canais e programas da imprensa, rádio, outros sites que replicam o discurso na íntegra ou em partes etc.).

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Percebemos que há, no fio do percurso histórico em que a figura política (FP) de Michel Temer se insere, a construção de uma imagem que se vê fragmentada, a depender das coerções de cada enunciado em que tal imagem aparece. Há uma voz autoral no discurso, pautada na ideia de que o que é dito é garantido pelos valores mostrados no documento constitucional do país, a Constituição Federal. Também notamos que a figura de Temer, nos enunciados políticos, harmoniza-se com os discursos dominantes e busca atrair a classe política para seu projeto discursivo.

O caráter excludente do povo e setores marginalizados também é ponto presente em todos os enunciados de Temer, que se orienta positivamente aos grupos econômicos dominantes. Isso ocorre pelo uso de uma linguagem formal, que não atua no cotidiano da classe mais baixa da população brasileira (interlocutor presente nos discursos políticos brasileiros), e o uso de signos que são típicos de esferas enunciativas específicas: econômica (primeiro enunciado) e jurídica (segundo e terceiro enunciados).

No primeiro enunciado, o discurso de posse como interino na presidência, em 12/05/2016, a FP construída demonstrada é atrelada à ideia de solução dos problemas políticos e econômicos que o país enfrentava logo após o impeachment de 2016. Para validar o projeto discursivo que visa mostrar a figura de Temer como salvadora e do país, o primeiro enunciado é conduzido pelos seguintes signos: confiança, entusiasmo, salvação, pacificação, unificação, otimismo, união, eficiência, Constituição. Percebemos que tais formas nominais indicaram, no discurso, um projeto positivo, uma gestão mostrada como capaz de governar e que respeita as leis constitucionais.

A FP de Temer nesse momento trava relação harmônica com os membros do governo, parte da sociedade civil que apoiava o impeachment de Dilma, o setor econômico dominante (membros do mercado em geral) e, sobretudo, a classe política. Por outro lado, a FP polemiza, predominantemente de forma velada, nesse enunciado, com dois grupos: os atores políticos ligados favoravelmente à Dilma e ao PT, contra a posse de Temer e o impeachment,eos setores que defendem maior intervenção do Estado na economia e menor centralidade dos mercados.

Já no segundo enunciado, a declaração à imprensa, em 20/04/2018, a mesma FP, em um ambiente de tensão, se mostra como capaz de enfrentar adversidades no campo político e jurídico, mostrando-se como injustiçada pelo outro. Os signos utilizados para conduzir esse enunciado são: crise, delação, renúncia, dúvida, clandestinas (referente às gravações),

otimismo, esforço e compromisso. A figura política estabelece diálogo harmônico com membros do governo e o setor econômico dominante e apoiador da gestão (parte da classe política favorável ao governo). Já os setores com os quais a FP polemiza abertamente são: os atores políticos que apoiavam as acusações de Joesley Batista, os que eram favoráveis ao afastamento de Temer, ou setores de oposição ao ex-presidente, no campo político e, sobretudo, jurídico. Este último é formado pelo STF e organizações que estavam investigando o parlamentar na época.

Por fim, no último enunciado analisado, o pronunciamento televisivo em homenagem a Tiradentes, de 2018, a FP que se mostra, inicialmente, como salvadora, e, posteriormente, como injustiçada, é gestada na ideia de que o governo acabaria o mandato sem ter problemas, se orientando positivamente para o futuro, ao se mostrar como capaz de conduzir a gestão, no seu último ano. Os signos que conduzem esse enunciado são: liberdade, democracia, otimismo, coragem, responsabilidade, conquista, prestígio, fracasso, Constituição, mudança, luta, união. A despeito do signo “fracasso” que evidencia a posição do outro, que é posta em relação polêmica, os demais consistem em valores que indicam a ideia de uma gestão proveitosa.AFP trava relação harmônica com os membros do governo e apoiadores da gestão, setores econômicos, sobretudo, os dominantes, o setor jurídico e a classe política. Já a polêmica é travada, no pronunciamento, com os setores de oposição ao governo nas casas legislativas, na sociedade civil e imprensa.

No terceiro enunciado, de homenagem a Tiradentes, ocorre a expressão do núcleo da FP de Michel Temer, pois esse enunciado demonstra um ator político que se coloca em um lugar de herói, como o líder da inconfidência. A FP se mostra como aquela que respeita as leis, os valores liberais e zela pelo bem comum, defendendo a luta contra injustiças sociais. Notamos que a FP se constrói em um diálogo afinado com o mercado, representado pelos setores econômicos dominantes e parte da classe política, se mostrando com favorável a uma maximização dos interesses do capital. Desse modo, a hipótese formulada, no início da pesquisa, de que os discursos apontam para uma ideologia e uma FP construída em seu interior, foi comprovada.

A polêmica presente nos enunciados de Temer, travada com diversos setores sociais, sobretudo, os próprios membros da classe política, do setor jurídico ou outros que dialogam, em certa medida, com as deliberações políticas na realidade brasileira, é marcada pelos signos que remetem tanto à imagem positiva do governo, quanto à ideologia marcada na construção

dos enunciados do ex-presidente. Mostraremos, a seguir, um quadro que evidencia a polêmica aberta e a polêmica velada nos enunciados analisados.

QUADRO 3 - Polêmicas discursivas encontradas nos enunciados

Fonte: Elaborado pelo autor.

Enunciado Polêmica aberta Polêmica velada

Discurso de posse como interino (12/05/2016)

- Nomeação do outro pertencente ao grupo político oposto para utilizá-lo como objeto do discurso (Dilma Rousseff).

- Uso de signos de carga semântica positiva relacionados ao ponto de vista do enunciador e mostrados indiretamente como não pertencentes ao outro, pelo próprio uso de tais signos no enunciado (entusiasmo, convivência, em T2; confiança, em T3; salvação e colaboração, em T4; hábito, em T5; mercado, em T6; eficiência, em T7, indicando a não preocupação do governo anterior com o mercado; trabalho e otimismo, em T11)

- Apresentação de um contexto ou prática negativa referente ao grupo político oposto (“momento de grande dificuldade”, em T3, signo salvação, em T4, signo recuperação, em T9, signo religação, em T12).

Declaração à imprensa

(18/05/2017)

- Negação implícita do discurso do outro, citando-o (“gravações que me citam”, em T13). - Desqualificação deliberada do discurso do outro (signo clandestinamente, em T14, clandestinas, em T17).

- Negação explícita do discurso do outro (signos: não, nada, não em “não preciso”; construções como: “em nenhum momento”, em T16; “Não renunciarei”, em T17).

- Argumento de superioridade (“esforço e dificuldades superadas”)

- Não há polêmica velada nos trechos analisados.

Pronunciamento televisivo

(20/04/2018)

- Citação literal do discurso do outro para desqualificá-lo (“É fácil bater no Michel Temer”).

- Referência ao outro de forma indefinida como contrário ao projeto discursivo do enunciador (“muitos teimam em não perceber a mudança”, em T23) ou como aquele que fez algo não indicado como positivo pelo enunciador (“governo algum teve a coragem de tomar”, “ninguém divulga”, em T24, “disputa irracional que busca jogar uns contra outros”, em T25).

- Utilização de termos de carga semântica positiva (signos: otimismo, sentimentos, em T25) para atribuir o contexto negativo do enunciado ao outro indiretamente (signo necessidade no mesmo trecho).

O que nos é mostrado, no plano discursivo, é que a polêmica velada opera com maior força no discurso de posse, devido ao diálogo do enunciado com o contexto histórico em que os enunciados se desenvolveram, situados no desdobramento histórico de um golpe parlamentar. A polêmica aberta é frequentemente presente no discurso em que Temer negou uma renúncia. Isso se dá pela orientação do enunciador, na “declaração à imprensa”, aos setores jurídicos e midiáticos, polemizando com grupos que pressionavam a FP, no momento.

No discurso de homenagem a Tiradentes, percebemos a incidência da polêmica aberta com os setores jurídico e político, de modo mais tênue que na “declaração à imprensa”. No último enunciado que analisamos não há nomeações ou termos que desqualifiquem o outro explicitamente. Isso não nos autoriza a afirmar que há predominância de polêmica velada, pois na maior parte do enunciado, o outro é trazido pelo enunciador para demarcar uma oposição de valores.

A realidade neoliberal ou o modo de concepção de se pensar a organização econômica e política do capitalismo global passa, inevitavelmente, por valores de amplo significado em outros contextos ideológicos, como a democracia (primeiro enunciado) e a liberdade (terceiro enunciado). As ideias de democracia e de liberdade podem ser controversas quando questionamos à qual tipo de governo e à qual valor geral do direito do indivíduo tais signos se referem.

A ideia de que existe uma atmosfera natural e pacífica da política, que aparece no primeiro e terceiro discursos, e a concepção de que apesar das divergências entre os atores políticos, a crise não atrapalha o compromisso do governo com a sociedade, mostrada na declaração à imprensa, segundo discurso analisado, convoca para o dizer político a ideia de que os setores econômicos dominantes, nos discursos de Temer, foram situados de forma harmônica. Nos enunciados de Temer, vimos que a voz do Estado, representada pelo Planalto, é afinada à voz do mercado.

Portanto, percebemos que o ambiente que é narrado nos discursos de Temer não corresponde à realidade histórico-social brasileira, em que há a precarização da vida dos indivíduos nas cidades e a escassez de recursos de primeira necessidade. Vimos que, ao longo dos discursos, o povo e a sociedade não são evidenciados nos enunciados. Ainda que o enunciador demonstre uma relação pacífica e proveitosa com a sociedade civil, os enunciados se orientam positivamente para as classes dominantes, as quais atuam diretamente na formação dos grupos de poder político no Estado brasileiro.

No caso desta pesquisa, Michel Temer, enquanto presidente da república, representa o Executivo e se reporta aos grupos de oposição e aos atores políticos que favorecem a manutenção de seu poder. Como percebemos ao longo dos enunciados, a figura política se orienta harmonicamente para o Congresso Nacional, tendo em vista as próprias deliberações que o CN poderia ou não ter adotado em relação ao poder Executivo.

Os enunciados, que são postos em momentos distintos da história política brasileira, remetem à ideia de um fluxo natural no percurso das relações políticas que ocorrem nos altos escalões da república. Isso nos levar a pensar sobre a existência de uma tradição da política brasileira que, para existir como tal e se perpetuar, deve conclamar valores econômicos dominantes, se submetendo ao interesse de grupos de dominância. Para chegarmos a essa última conclusão, seria necessária uma pesquisa mais aprofundada sobre discursos políticos da realidade brasileira atual, investigando tanto os discursos em que a ideologia neoliberal incide com maior grau, como aqueles em que os valores de mercado podem ser postos em questionamento.

REFERÊNCIAS

ABRANCHES, S. Presidencialismo de coalizão: o dilema institucional brasileiro. Dados, Rio de Janeiro, v. 31, n. 1, p. 5-38, 1988.

AMORIM, M. O pesquisador e seu outro: Bakhtin nas ciências humanas. São Paulo: Musa, 2001.

ANDERSON, P. et al. Balanço do neoliberalismo. Pós-neoliberalismo: as políticas sociais e o Estado democrático. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1995.

ANDERSON, P.; THERBORN, G.; BORÓN, A.; et al. A trama do neoliberalismo: mercado, crise e exclusão social. In: Pós-neoliberalismo: as políticas sociais e o Estado democrático [S.l: s.n.], 1998.

ARÁN, P. O. A questão do autor em Bakhtin. In: Bakhtiniana, São Paulo, Número Especial: 4-25, Jan./Jul. 2014.

ARAÚJO, Iara da Silva. A (des)construção do ethos do presidente Michel Temer em seu primeiro pronunciamento.2018.78 f. Trabalho de Conclusão de Curso (Licenciatura em Letras) – Universidade Federal Rural de Pernambuco, Garanhuns, 2018.

ARISTÓTELES. Política. São Paulo: Martin Claret, 2007.

APPOLINÁRIO, F. Metodologia da ciência: filosofia e prática da pesquisa. 2. ed. São Paulo: Thomson, 2012.

BAJTÍN, M. De los borradores. Bajtín MM. Hacia una Filosofía del Acto Ético, De los Borradores y Otros Escritos. Barcelona: Anthropos, 1997.

BAKHTIN, M. Notas sobre Literatura, Cultura e Ciências Humanas. São Paulo: Editora 34, 2017.

BAKHTIN, M. Os gêneros do discurso. Paulo Bezerra (Organização, Tradução, Posfácio e Notas). Notas da edição russa: Seguei Botcharov. São Paulo: Editora 34, 2016.

BAKHTIN, M. Os gêneros do discurso. In: BAKHTIN, M. In: Estética da criação verbal. 4. Ed; introdução e tradução do russo Paulo Bezerra; prefácio à edição francesa Tzvetan Todorov. São Paulo: Martins Fontes, 2003, p. 261-306. [1952-1953/1979].

BAKHTIN, M. Problemas da poética de Dostoievski. 2. ed. Trad. Paulo Bezerra. Rio de Janeiro: Forense Universitária, 1997. [1963]

BARROS, D. L. P. e FIORIN, J. L. (orgs.) Dialogismo, polifonia, intertextualidade: Em torno de Bakhtin. São Paulo: Editora da Universidade de São Paulo, 1994.

BECKER, C. et al. Manifestações e votos sobre impeachment de Dilma Rousseff na primeira página de jornais brasileiros. Revista Latinoamericana de Ciencias de la Comunicación, São Paulo, v. 13, n. 24, 2017.

BENVENISTE, É. Problemas de linguística Geral. Tradução de Maria da Glória Novak e Luiza Neri; revisão do prof. Isaac Nicolau Salum. São Paulo: Ed. Nacional, Ed. na Universidade de São Paulo, 1976. v. 8.

BENVENISTE, É. Problemas de linguística geral II. Tradução de Eduardo Guimarães [et al.]. Campinas/SP: Pontes, 1989.

BERONE, L. R. Polémica. In: ARÁN, Pampa Olga (Dir. Y Coord.). Nuevo diccinonario de la teoria de Mijaíl Bajtín. Córdoba/Argentina: Ferreyra Editor, 2006, p. 219-231.

BOBBIO, N. Verbete “política”. In: BOBBIO, N; MATTEUCCI, N; PASQUINO, G. Dicionário de política. Trad. Carmen C. Varriale et al.; coord. trad. João Ferreira; rev. geral João Ferreira e Luís Guerreiro Pinto Cacais. 11. ed. Brasília: UnB, 1998.

BORÓN, A. Os novos Leviatãs e a polis democrática: neoliberalismo, decomposição estatal e a decadência da democracia na América Latina. In: SADER, E.; GENTILI, P. (Orgs.). Pós-Neoliberalismo II: que Estado para que Democracia? Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1999. p. 7-67.

BOURDIEU, P. O campo político. Revista Brasileira de Ciência Política, Brasília, n. 5, p. 193-216, 2011.

BRAIT, B. Bakhtin: Conceitos-Chave. 5. ed. 3. reimpressão. São Paulo: Contexto, 2010. BRAIT, B (org.) Bakhtin, dialogismo e construção do sentido. Rev. Campinas, SP: Editora da UNICAMP, 2005.

BRAIT, B. Bakhtin e o Círculo. 2ª reimpressão. São Paulo: Contexto, 2016.

BRAIT, B. Enunciação e intersubjetividade. Letras, Santa Maria, RS, n. 33, p. 37-50, 2006. BRAIT, B.; SOUZA-E-SILVA, M. C. (orgs.). Texto ou discurso? São Paulo: Contexto, 2012. BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil - Texto consolidado até a Emenda Constitucional 101 de 03 de julho de 2019. Disponível em: <https://www.senado.leg.br/atividade/const/con1988/con1988_03.07.2019/CON1988.pdf>. Acesso em 6 de agosto de 2019.

CAMPOS, M. I. B.; BRAIT, B. Da. Rússia czarista à web. In: Bakhtin e o Círculo. São Paulo: Contexto, 2009.

CHAUÍ, M. O que é ideologia. 15.ed. São Paulo: Brasiliense, 1984.

CLARK, K; HOLQUIST, M. Mikhail Bakhtin. Cambridge, MA: Harvard University Press, 1984.

COSTA, L. R. A questão da ideologia no Círculo de Bakhtin e os embates no discurso de divulgação científica da revista Ciência Hoje. São Paulo: Fapesp/Ateliê, 2017.

DA SILVA, F. L. A; DE SOUZA, V. F. O Discurso Político de Michel Temer: Uma Análise à Luz da GSF e da ACD. Conexões-Ciência e Tecnologia, Fortaleza, v. 12, n. 2, p. 45-52, 2018. DE SOUZA, R. A. A questão do método nos estudos literários. Letras de Hoje, Porto Alegre, v. 49, n. 4, p. 471-476, 2014.

DRUCAROFF, E. Mijail Bajtín: La guerra de las culturas. Buenos Aires: Editorial Almagesto, 1996.

DUMÉNIL, G.; LÉVY, D. A crise do neoliberalismo. Tradução de Paulo Castanheira. São Paulo: Boitempo, 2014.

DURKHEIM, E. As regras do método sociológico. Trad. Paulo Neves, revisão e traduçãoEduardo Brandão. 3. ed. São Paulo: MartinsFontes, 2007.

FALCÃO, J; ARGUELHES, D. W; PEREIRA, T. Impeachment de Dilma Rousseff: entre o