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4.3 APRESENTAÇÃO DOS INDICADORES DE DESEMPENHO DA ATUAÇÃO

4.3.1 Categoria Conjunto de Comitês – Indicadores e IDC

Os índices foram calculados por meio da aplicação dos novos indicadores para os comitês que integram os estudos de caso e os resultados finais podem ser conferidos nas tabelas 17, 18 e 19, incluindo-se a pontuação de cada, aferidos pelo período de cinco anos. O cálculo do IDC foi realizado considerando a equação 5 (subcapítulo 3.9.2).

Salienta-se que a pontuação dos novos indicadores foi determinada de acordo com os critérios de pontuação propostos na Tabela 11.

Ao pontuar os indicadores percebeu-se que a forma proposta para pontuar o indicador 2 - Arbitragem de Conflitos relacionados a Água na Bacia (AcaB), categoria comitês individuais, baseando-se somente na análise das atas apresentou-se frágil. Não há como afirmar a existência ou não de conflito em determinada bacia sem um estudo detalhado da mesma, verificando outros canais de registro dos conflitos como Conselho de Recursos Hídricos, Ministério Público e até mesmo em ocorrências policiais; isto torna a coleta de dados complexa tornando este indicador muito frágil, mesmo que tenha sido considerado bom pelos especialistas.

Por este motivo foi feito o cálculo do índice com e sem este indicador possibilitando a realização de comparação dos resultados.

Tabela 17 – Validação dos indicadores para o Comitê Camaquã.

Fonte: Elaborado pela autora. Categoria Comitês Individuais

Indicador 2011 2012 2013 2014 2015 2011 2012 2013 2014 2015

constante de escala k calculada= 0,58 3,45 3,45 4,16 7,13 8,36 2,00 2,00 2,41 4,14 4,85 Constante de escala k2 calculada= 0,685 2,92 2,92 3,63 6,60 7,30 2,00 2,00 2,49 4,52 5,00 IDC

IDC (sem ind Acab)

Pontuação Pontuação x Peso Peso

0,63 0,63 0,63 0,63 1,89 1,89 CIDP - Comitê Incentiva e Divulga a

Pesquisa na Bacia 1 1 1 3 3

0,46 0,46 0,46 0,46 0,92 1,38 TdC - Transparência do Comitê 1 1 1 2 3

0,54 0,54 0,54 0,54 1,08 1,08 PCM – Capacitação dos Membros do

Comitê 1 1 1 2 2

0,24 0,24 0,24 0,24 0,24 0,48 PMVCob – Mecanismos para valores da

cobrança do uso da água 1 1 1 1 2

0,34 0,34 0,34 0,34 0,34 0,34 PTAcB – Plano de trabalho para

Acompanhamento do Plano de Bacia 1 1 1 1 1

0,71 0,71 0,71 1,42 2,13 2,13 APB – Situação do Plano de Bacia 1 1 2 3 3

0,53 1,06

1 1 1 1 2

ACaB – Arbitragem de conflitos relacionados

Tabela 18 – Validação dos indicadores para o Comitê Santa Maria.

Fonte: Elaborado pela autora. Categoria Comitês Individuais

Indicador 2011 2012 2013 214 2015 2011 2012 2013 2014 2015

constante de escala k calculada= 0,58 6,30 3,98 4,69 6,31 9,06 3,65 2,31 2,72 3,66 5,25 Constante de escala k2 calculada= 0,685 4,18 2,92 3,63 4,72 7,47 2,86 2,00 2,49 3,23 5,12 IDC (sem ind Acab)

1,89 0,63 0,63 1,26 1,89

IDC

0,46 0,92 1,38

CIDP - Comitê Incentiva e Divulga a

Pesquisa na Bacia 3 1 1 2 3 0,63

0,54

TdC - Transparência do Comitê 1 1 1 2 3 0,46 0,46 0,46

1 0,54 0,54 0,54 0,54 0,54 0,24 0,24 0,24 0,24 0,48

PCM – Capacitação dos Membros

do Comitê 1 1 1 1

0,34 0,34 0,34

PMVCob – Mecanismos para valores

da cobrança do uso da água 1 1 1 1 2 0,24

2,84

PTAcB – Plano de trabalho para

Acompanhamento do Plano de Bacia 1 1 1 1 1 0,34 0,34 0,34

4 0,71 0,71 0,71 1,42 1,42 2,12 1,06 1,06 1,59 1,59

APB – Situação do Plano de Bacia 1 1 2 2 Pontuação

Peso Pontuação x Peso ACaB – Arbitragem de conflitos

Tabela 19 – Validação dos indicadores para o Comitê Sinos.

Fonte: Elaborado pela autora.

Uma observação resultante da aplicação, para os comitês estudo de caso, dos indicadores propostos para o desempenho dos comitês é que os mesmos apresentaram os atributos necessários de um bom indicador, conforme descritos no subcapítulo 2.2, ou seja, são relevantes para o objetivo proposto, podem ser comparados com dados prévios e são facilmente coletados com custo razoável. Uma segunda observação, é que o índice IDC

Categoria Comitês Individuais

Indicador 2011 2012 2013 2014 2015 2011 2012 2013 2014 2015

constante de escala k calculada= 0,58 6,86 9,17 8,92 12,82 14,04

3,98 5,32 5,17 7,44 8,14

Constante de escala k2 calculada= 0,685 5,80 7,05 8,39 11,76 13,51

3,97 4,83 5,75 8,06 9,25 IDC (sem ind Acab)

1,89 1,89 2,52 2,52 2,52

IDC

0,46 1,38 1,84

CIDP - Comitê Incentiva e Divulga a Pesquisa na

Bacia 3 3 4 4 4 0,63

2,70

TdC - Transparência do Comitê 1 1 1 3 4 0,46 0,46 0,46

5 0,54 2,16 2,70 2,70 2,70 0,24 0,24 0,24 0,96 1,20

PCM – Capacitação dos Membros do Comitê 4 5 5 5

0,34 1,36 1,70

PMVCob – Mecanismos para valores da

cobrança do uso da água 1 1 1 4 5 0,24

3,55

PTAcB – Plano de trabalho para

Acompanhamento do Plano de Bacia 1 1 1 4 5 0,34 0,34 0,34

5 0,71 0,71 1,42 2,13 2,84 1,06 2,12 0,53 1,06 0,53

APB – Situação do Plano de Bacia 1 2 3 4

Pontuação

Peso Pontuação x Peso

ACaB – Arbitragem de conflitos relacionados a

permite uma análise comparativa do desempenho desses comitês, inclusive quanto a sua evolução temporal, conforme pode ser conferido a partir da discussão a seguir.

Deduz-se pelos valores encontrados que o Comitê Camaquã e o Santa Maria estão em situação semelhante em relação ao desempenho, ou seja, em alerta quanto à necessidade de melhoria.

Já o Comitê Sinos, apresentou panorama mais confortável a partir de 2015, o que pode ser reflexo da aprovação do seu plano de bacia em 2014 que elevou o escore, principalmente porque este comitê possui plano de trabalho para acompanhamento do plano de bacia e verificação do cumprimento das metas nele estabelecidas. Também, possui programa permanente de capacitação.

Pela análise dos resultados pode-se verificar que para o Comitê Santa Maria e Camaquã a retirada do indicador ACab (arbitragem de conflitos relacionados a água na bacia) não fez diferença, no entanto, para o Comitê Sinos a supressão desse indicador possibilitou que este comitê atingisse a escala de bom desempenho um ano antes.

Partindo-se de uma das premissas discutidas no capítulo 2, que um bom indicador deve ser facilmente coletado a custos razoáveis, considerando-se a dificuldade de formar um banco de dados atualizado contendo todos os conflitos e os canais de resolução buscados pela população da bacia, optou-se por descartar esse indicador, mesmo sabendo-se da sua relevância.

Os Comitês Camaquã e Santa Maria só aprovaram os seus respectivos planos no ano de 2016, que está fora do período analisado. No entanto, extrapolou-se a análise para ententer a influência da aprovação do plano de bacia e foi constatado que estes dois comitês não têm estabelecido/divulgado um programa oficial de acompanhamento do plano, o que manteria sua pontuação baixa.

Quanto ao indicador 23 - TdC (transparência do Comitê) deve-se considerar na análise dos resultados a influência da forma e manutenção do registro das informações, que pode dificultar a recuperação dos dados que constavam nos respectivos sítios eletrônicos em anos passados. Este fator influenciou igualmente o escore dos 3 comitês.

Esse índice só terá validade se houver o registro anual e confiável das informações disponibilizadas de maneira que se possa comparar a evolução ao longo do tempo. Para o acompanhamento pelo próprio comitê, o índice proposto é totalmente viável, uma vez que todas as informações necessárias no seu cálculo são produzidas pelo próprio comitê, sendo necessário apenas que este faça o registro anual, produzindo um histórico.

Parece ser boa opção para minimizar a preocupação dos comitês em relação aos repasses de valores para sua manutenção sediarem suas secretarias executivas em universidades, como por exemplo, o Comitê Sinos na Universidade do Vale do Rio Sinos (UNISINOS) e o Comitê Pardo na Universidade de Santa Cruz do Sul (UNISC), visto que estas oferecem suporte mínimo necessário à secretaria executiva do comitê, mesmo em períodos sem convênio de manutenção, o que significa, em vários momentos, arcar com despesas de telefone, internet, entre outros. Além disso, a proximidade com a universidade facilita o acesso ao apoio técnico por meio de projetos e programas em parceria. Este diferencial pode ter influenciado no melhor resultado obtido para o IDC do Comitê Sinos em relação ao Camaquã e Santa Maria, sediados por associações.

Considerando-se que o índice é o resultado averiguado para um dado indicador num determinado momento, no cálculo desses índices, utilizou-se a aplicação dos indicadores no período de cinco anos, obtendo-se a evolução desses comitês de 2011 até 2015, que pode ser vista no Gráfico 18.

Gráfico 18 – Evolução do índice (IDC) nos três comitês.

Fonte: Elaborado pela autora.

Pela análise do Gráfico 18 torna-se vísivel o padrão semelhante de evolução crescente nos três comitês, com exceção do Santa Maria, que teve um pico inicial em 2011, demonstrando forte queda em 2012, e a partir daí também apresentando uma evolução

0,0 2,0 4,0 6,0 8,0 comite Camaquã comitê Santa Maria Comitê Sinos camaqua sem ind acab SM sem ind acab sinos sem ind acab

Evolução IDC nos 3 comitês

progressiva. Pensava-se inicialmente que esse pico era devido ao ind ACab, mas mesmo no cálculo com a sua supressão o pico permaneceu.