• Nenhum resultado encontrado

À guisa de considerações finais, cumpre aqui retomar os principais aspectos que se destacaram na avaliação do processo da implementação da Lei Maria da Penha no âmbito da Delegacia Especial da Mulher de São Luís (MA).

Sem dúvida, a Lei n.o 11.340/2006 representa importante conquista do movimento feminista e de mulheres, constituindo um avanço significativo da legislação brasileira em matéria de prevenção e de combate à violência doméstica e familiar contra as mulheres. É ela resultado de um longo processo de mobilização do movimento de mulheres e feminista e de discussão em todo o país, o qual teve (e tem) por objetivo possibilitar a ruptura com a cultura misógina que presidia (e ainda o faz) a atuação dos Poderes Públicos em nosso país, mormente do Sistema Penal.

O movimento de mulheres e feminista, habilmente, questionou a classificação da violência doméstica e familiar como um crime de menor potencial ofensivo, bem como o tipo de resposta oferecida pelo Sistema Penal, e reivindicou uma legislação específica, com a perspectiva de gênero. Nesse sentido, a Lei Maria da Penha advém da insurgência contra o equacionamento da violência doméstica e familiar realizado pela Lei n.o 9.099/95, que criou os Juizados Especiais Criminais, os quais, com seu déficit teórico e suas penas de prestação pecuniária e de cestas básicas, promoveram a banalização dessa espécie de violência.

Incorporando compromissos assumidos pelo Estado brasileiro em face dos Tratados e Convenções de Direitos Humanos (em especial, a Convenção sobre a Eliminação de Todas as Formas de Discriminação Contra a Mulher e a Convenção Interamericana para Prevenir, Punir e Erradicar a Violência Contra a Mulher) e na Constituição Federal de 1988, a Lei n.o 11.340/2006, ineditamente, recepciona o paradigma de gênero no ordenamento jurídico, impondo a reflexão sobre o modelo liberal de justiça, supostamente igualitário e neutro em relação aos gêneros.

Ela reconhece a violência doméstica e familiar contra a mulher enquanto uma violação de direitos humanos e um problema complexo – social, político, cultural e jurídico. Admite as relações de gênero como estruturantes da desigualdade entre homens e mulheres, reconhecendo a submissão histórica feminina e o uso da violência como instrumento de controle dos homens sobre as mulheres. E, em homenagem ao princípio constitucional da dignidade da pessoa humana, propõe-se a pensar a violência doméstica e familiar contra a mulher a partir da vítima, e não do autor da agressão, estabelecendo mecanismos efetivos de

proteção de direitos da mesma e, para o Estado, a obrigação de implementar políticas públicas eficazes, integradas e amplas.

Dentre as inúmeras esferas nas quais interfere a Lei Maria da Penha, encontra-se a segurança pública, sobretudo no que se refere às delegacias especializadas de atendimento às mulheres. Essas unidades policiais, quando do advento da Lei dos Juizados Especiais, viram- se esvaziadas, na medida em que, na ocorrência de delitos de menor potencial ofensivo (aí incluídas as principais manifestações da violência contra a mulher, a saber: a lesão corporal e a ameaça), competia-lhes tão-somente a lavratura de termo circunstanciado de ocorrência e o encaminhamento do mesmo, juntamente com o autor e vítima, aos Juizados Especiais Criminais. Nesses Juizados, informados pelos critérios da oralidade, simplicidade, informalidade, economia processual e celeridade, verificava-se a tendência ao estabelecimento de conciliações induzidas pelos servidores do Poder Judiciário e/ou Ministério Público, sendo corriqueira a aplicação de penas de multa e/ou cesta básica, resposta esta que despolitizava e reprivatizava o conflito de gênero, conduzindo-o à secundarização e trivialização ao tomá-lo como de menor potencial ofensivo, e não como grave violação de direitos humanos.

Coube à Lei Maria da Penha devolver à polícia a sua prerrogativa investigativa nos casos de violência doméstica e familiar contra a mulher, restabelecendo as delegacias especializadas de atendimento à mulher enquanto espaços de apuração de violação dos direitos das mulheres, e não de conciliação e/ou arbitragem familiar e/ou conjugal. Tal prerrogativa constitui, em realidade, verdadeiro poder-dever, pois, realizado o registro da ocorrência, a autoridade policial deve ouvir a ofendida, informando-a dos seus direitos e dos serviços disponíveis, dentre os quais, a possibilidade de requerer medidas protetivas de urgência. Deve, ainda, colher o depoimento das testemunhas e do agressor, efetuando a identificação criminal deste, bem como as provas existentes, e instaurar inquérito policial, o qual será remetido ao Ministério Público e ao Poder Judiciário.

Ademais, se outrora o atendimento realizado nas delegacias da mulher era marcado pela heterogeneidade, dependendo o êxito do mesmo, que se desejava diferenciado, da intuição das(os) policiais e da maior ou menor medida de preconceitos de que eram portadoras(es), a Lei Maria da Penha, agora, introduz parâmetros mínimos a serem observados por esses serviços policiais, os quais, além das funções de polícia judiciária, devem: garantir a integridade da vítima e dos filhos da mesma; encaminhá-la, sempre que necessário, a hospital, posto de saúde, Instituto Médico Legal, abrigo e/ou outro local seguro;

e acompanhar a retirada dos pertences da vítima do local da ocorrência e/ou do domicílio familiar.

Haja vista que o impacto da referida Lei não pode ser sobrestimado, deve-se considerar que, para que a Polícia possa desenvolver as atividades a ela atribuídas na novel legislação, será necessário dotá-la de recursos humanos capacitados (nas questões de gênero, raça/etnia e direitos humanos) e em número proporcional à demanda, de instalações adequadas, de recursos materiais em quantidade suficiente e em condições de uso e de sistema de gerenciamento de dados.

Também não se deve perder de vista que, de modo isolado, a polícia pouco pode fazer para enfrentar uma violência que, conforme visto, é estrutural, fazendo-se necessários investimentos em centros de referência, casas-abrigo, hospitais, juizados de violência doméstica e familiar, etc., devendo tais serviços atuar de modo integrado, garantindo a efetiva proteção dos direitos da mulher em situação de violência.

Em São Luís, no que concerne à Delegacia Especial da Mulher, há ainda muito por fazer. Verificou-se que essa delegacia não dispõe de servidores em número compatível com a demanda e que aqueles ali lotados não têm sido capacitados nas questões de gênero, raça/etnia e/ou direitos humanos, razão pela qual, muitas vezes, a atuação dos mesmos reforça os papéis estereotipados feminino e masculino, ratificando a violência doméstica e familiar contra a mulher.

Cuida-se de um verdadeiro contra-senso, uma vez que, no Brasil, as delegacias especializadas de atendimento à mulher foram criadas para oferecer um atendimento diferenciado, humanizado e digno às mulheres em situação de violência, tratamento este que as mesmas não recebiam nas delegacias comuns, onde eram atendidas com descaso e desrespeito, e que a Lei Maria da Penha, por sua vez, adotou um novo paradigma jurídico, que contempla a perspectiva de gênero e de direitos humanos, competindo ao Poder Público adotar as providências no sentido de capacitar os servidores públicos para o enfrentamento da violência doméstica e familiar, sobretudo daqueles que atuam em órgãos especializados, sob pena de comprometer a efetividade da citada lei. Outrossim, a Lei Maria da Penha impôs às delegacias especializadas de atendimento à mulher procedimentos mais demorados e complexos, não sendo possível assegurar o atendimento célere das usuárias com a mesma estrutura de outrora.

Ademais, a precariedade de recursos físicos e materiais é outro fator que se reflete na qualidade do atendimento policial, uma vez que obstaculiza a realização das atividades mais simples, como, por exemplo, a redação de um ofício, às mais complexas, tais como

diligências para a elucidação dos crimes submetidos àquele serviço policial especializado. A falta de recursos impossibilita, ainda, uma ação preventiva mais contundente por parte da Delegacia Especial da Mulher de São Luís, a qual se vê limitada a participar de ações promovidas por outros órgãos públicos e/ou pela sociedade civil.

Apurou-se que, embora a Delegacia Especial da Mulher de São Luís esteja localizada em local de fácil acesso, servido pelo transporte coletivo e próximo a outros órgãos públicos, o acesso à mesma, tendo em vista a expansão urbana, pode tornar-se proibitivo para pessoas de menor poder aquisitivo e que residam distante do centro da cidade, pois despenderão tempo e dinheiro no deslocamento, sem mencionar nos desgastes físico e emocional aí implicados.

Além disso, verificou-se grande dificuldade no fornecimento de dados estatísticos relativos aos atendimentos realizados pela Delegacia Especial da Mulher de São Luís, apesar de ter sido informada a existência de um sistema de registro de dados. Ocorre que a referida Delegacia não tem a posse dessas informações, pois o sistema de registro de dados é administrado pela Secretaria de Segurança Pública, o que dificulta a obtenção e utilização dos mesmos no planejamento de ações futuras e na avaliação daquelas em curso.

Desse modo, uma vez que, desde a sua promulgação, a Lei Maria da Penha tem recebido enorme atenção dos meios de comunicação, do governo, dos grupos feministas e dos profissionais do Direito, os movimentos feministas e a sociedade devem permanecer vigilantes e, sobretudo, atuantes no sentido de assegurar que as delegacias especializadas de atendimento à mulher disponham das condições mínimas necessárias à realização do compromisso institucional de contribuir para a ruptura com a desigualdade e a violência de gênero, nos termos da Constituição Federal de 1988, da própria Lei n.o 11.340/06, da Convenção sobre a Eliminação de Todas as Formas de Discriminação Contra a Mulher e da Convenção Interamericana para Prevenir, Punir e Erradicar a Violência Contra a Mulher. A participação e a pressão social poderão converter essas delegacias especializadas em algo além de espaços publicizadores da violência de gênero, isto é, poderão torná-las espaços de efetiva prevenção e repressão dessa violência. E mais: aproveitando-se desse momento, no qual o Estado, através da Lei Maria da Penha, reafirma a sua responsabilidade em relação à violência doméstica e familiar contra a mulher, deverão buscar ampliar os espaços de interlocução no sentido de assegurar a implementação de outras políticas e órgãos de prevenção e de assistência às mulheres em situação de violência.

REFERÊNCIAS

AGENDE et al. O Brasil e o cumprimento da CEDAW: contra-informe da sociedade civil ao VI Relatório Nacional Brasileiro à Convenção sobre a Eliminação de Todas as Formas de Discriminação Contra a Mulher – CEDAW – Período 2001-2005. Brasil, jul. 2007.

Disponível em: <http://www.agende.org.br/home/Cedaw_ContraInforme_13julho_se.pdf>. Acesso em: 05 dez. 2009.

ALMEIDA, Suely Souza de Almeida (Org.). Violência de gênero e políticas públicas. Rio de Janeiro: UFRJ, 2007.

______. Femícidio: algemas (in)visíveis do público-privado. Rio de Janeiro: Revinter, 1998. _____. Violência e Direitos Humanos no Brasil. Praia Vermelha: estudos de política e teoria social, Rio de Janeiro, n.o 11, 2004.

_____. A Política de Direitos Humanos no Brasil: paradoxos e dilemas para o Serviço

Social. Praia Vermelha: estudos de política e teoria social, Rio de Janeiro, n.os 16 e 17, 2007b. ALVES, Branca Moreira; PITANGUY, Jacqueline. O Que é Feminismo. São Paulo:

Brasiliense, 2003.

ANDRADE, Vera Regina Pereira de. Sistema Penal Máximo X Cidadania Mínima: códigos da violência na era da globalização. Porto Alegre: Livraria do Advogado, 2003. ______. Sistema penal e violência sexual contra a mulher: proteção ou duplicação da vitimação feminina? In: ANDRADE, Vera Regina Pereira de. Sistema Penal Máximo X Cidadania Mínima: códigos da violência na era da globalização. Porto Alegre: Livraria do Advogado, 2003.

______. Sistema penal e cidadania feminina: da mulher como vítima à mulher como sujeito de construção da cidadania. In: ANDRADE, Vera Regina Pereira de. Sistema Penal Máximo X Cidadania Mínima: códigos da violência na era da globalização. Porto Alegre: Livraria do Advogado, 2003.

______. A soberania patriarcal: o sistema de justiça criminal no tratamento da violência sexual contra a mulher. In: Revista Eletrônica de Ciências Jurídicas, n.o 03, Ano 2006. Disponível em: http://www2.mp.ma.gov.br/ampem/artigos/artigos2006/A_soberania_ patriarcal_artigo_Vera_Andrade.pdf>. Acesso em: 03 ago. 2009.

AQUNO, Silvia de. Reflexões sobre a violência contra a mulher denunciada na delegacia

especial de atendimento à mulher em Salvador. In: DEBERT, Guita Grin; GREGORI,

Maria Filomena; PISCITELLI, Adriana. (Org.). Gênero e Distribuição de Justiça: as

delegacias de defesa da mulher e a construção das diferenças. Campinas: Núcleo de Estudos de Gênero - PAGU/UNICAMP, 2006, v. , p. 187-205.

ARAÚJO, Clara. Marxismo, feminismo e o enfoque de gênero. In: Revista Crítica Marxista, Out/2000, n.o 11, pp. 65-70. ISBN 85.85934.57.3.

ARAÚJO, Letícia Franco de. Violência Contra a Mulher: a ineficácia da justiça penal consensuada. Campinas: CS Edições Ltda, 2003.

ARAÚJO, Ana Lígia Alves de. Mulheres em Luta: memória e história do feminismo na São Luís dos anos 80. 2007. Monografia (Graduação em História). Universidade Estadual do Maranhão, São Luís, 2007.

ARNAUD, André-Jean (org). Dicionário enciclopédico de teoria e sociologia do Direito. Rio de Janeiro: Renovar, 1999.

AZAMBUJA, Mariana Porto Ruwer de; NOGUEIRA, Conceição. Introdução à violência

contra as mulheres como um problema de direitos humanos e de saúde pública. In:

Saúde e Sociedade, São Paulo, Vol. 17, n.o 03, Jul./Set. 2008. Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/sausoc/v17n3/11.pdf. Acesso em: 07 out. 2009.

AZEVEDO, Rodrigo Ghiringhelli de. Sistema penal e violência de gênero: análise sociojurídica da Lei 11.340/06. Sociedade e Estado, Abr 2008, vol.23, n.1, p.113-135. BANDEIRA, Lourdes. Três décadas de resistência feminista contra o sexismo e a

violência feminina no Brasil: 1976 a 2006. Sociedade e Estado, Ago 2009, vol.24, n.2,

p.401-438.

BARATTA, Alessandro. O paradigma do gênero: da questão criminal à questão humana. In: CAMPOS, Carmen Hein de (Org). Criminologia e Feminismo. Porto Alegre: Sulina, 1999. BARREIRA, Maria Cecília Roxo Nobre; Carvalho, Maria do Carmo Brant de (Org).

Tendências e perspectivas na avaliação de políticas e programas sociais. São Paulo:

IEE/PUC-SP, 2001.

BARSTED, Leila Linhares; LAVIGNE, Rosane Reis. Proposta de lei de violência

doméstica contra as mulheres. In: Carta da Cepia, Ano VIII, n.o 10, dez. 2002. Rio de Janeiro: Cepia, 2002.

BARSTED, Leila Linhares. Aspectos sociais da Lei Maria da Penha. Disponível em: <monoceros.cnj.gov.br/ portalcnj/images/.../leila_linhares_barsted.pdf>. Acesso em 17 nov. 2009.

______. Lei e realidade social: igualdade X desigualdade. In: BARSTED, Leila Linhares; HERMANN, Jacqueline (Org). As mulheres e os direitos humanos: os direitos das mulheres são direitos humanos. Coleção Traduzindo a legislação com a perspectiva de gênero. Rio de Janeiro: Cepia – Cidadania, Estudo, Pesquisa, Informação e Ação, 2001.

BARSTED, Leila Linhares; HERMANN, Jacqueline (Org). As mulheres e os direitos

humanos: os direitos das mulheres são direitos humanos. Coleção Traduzindo a legislação

com a perspectiva de gênero. Rio de Janeiro: Cepia – Cidadania, Estudo, Pesquisa, Informação e Ação, 2001.

BEM, Arim Soares do. A centralidade dos movimentos sociais na articulação entre o

Estado e a sociedade brasileira nos séculos XIX e XX. Educ. Soc., Dez 2006, vol.27, n.o 97, p.1137-1157. ISSN 0101-7330.

BENOIT, Lelita Oliveira. Feminismo, gênero e revolução. In: Revista Crítica Marxista, Out/2000, n.o 11, pp. 76-88. ISBN 85.85934.57.3.

BISCAIA, Antonio Carlos (Coord.). Projeto Segurança Pública para o Brasil. São Paulo: Fundação Djalma Guimarães/Instituto Cidadania, 2002.

BLAY, Eva Alterman. Violência contra a mulher e políticas públicas. In: Estudos Avançados, Dez. 2003, vol. 17, n.o 49, pp. 87-98. ISSN 0103-4014.

BOBBIO, Norberto. A era dos direitos. Rio de Janeiro: Campus, 1992. BOURDIEU, Pierre. O poder simbólico. São Paulo: Difel, 1989.

BRAGHINI, Lucélia. Cenas repetitivas de violência doméstica. Campinas: Unicamp, 2000. BRANDÃO, Elaine Reis. “Eu quero saber quais são os meus direitos”: a complexa trama entre cidadania e lógica familiar. In: STREY, Marlene Neves; AZAMBUJA, Mariana P. Ruwer de; JAEGER, Fernanda Pires (Org). Violência, Gênero e Políticas Públicas. Coleção Gênero e Contemporaneidades, 2. Porto Alegre: EdiPUCRS, 2004.

BRASIL. Lei n.o 11.340, de 07 de agosto de 2006. Cria mecanismos para coibir a violência

doméstica e familiar contra a mulher, nos termos do § 8o do art. 226 da Constituição Federal, da Convenção sobre a Eliminação de Todas as Formas de Discriminação contra as Mulheres e da Convenção Interamericana para Prevenir, Punir e Erradicar a Violência contra a Mulher; dispõe sobre a criação dos Juizados de Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher; altera o Código de Processo Penal, o Código Penal e a Lei de Execução Penal; e dá outras

providências. Disponível em: < http://www.planalto.gov.br/CCIVIL/_Ato2004-2006/2006/ Lei/L11340.htm>. Acesso em: 07 nov. 2009.

______. Presidência da República. Secretaria Especial de Políticas para as Mulheres. Norma

Técnica de Padronização: delegacias especializadas de atendimento à mulher – DEAMs.

Brasília: Secretaria Especial de Políticas para as Mulheres, 2006b.

______. Decreto n.o 4.377, de 13 de setembro de 2002. Promulga a Convenção sobre a

Eliminação de Todas as Formas de Discriminação contra a Mulher, de 1979, e revoga o Decreto no 89.460, de 20 de março de 1984. Disponível em: < http://www.planalto.gov.br /ccivil_03/decreto/2002/D4377.htm>. Acesso em: 10 dez. 2009.

______. Decreto n.o 1.973, de 1.o de agosto de 1996. Promulga a Convenção Interamericana

para Prevenir, Punir e Erradicar a Violência Contra a Mulher, concluída em Belém do Pará, em 09 de junho de 1994. Diário Oficial da República Federativa do Brasil, Poder Executivo, Brasília, DF, 02 ago. 1996. Seção 1. Pp. 14471-14472.

______. Presidência da República. Secretaria Especial de Políticas para as Mulheres. Plano

Nacional de Políticas para as Mulheres. Brasília: Secretaria Especial de Políticas para as

______. Presidência da República. Secretaria Especial de Políticas para as Mulheres. II Plano

Nacional de Políticas para as Mulheres. Brasília: Secretaria Especial de Políticas para as

Mulheres, 2008.

______. Presidência da República. Secretaria Especial de Políticas para as Mulheres. Pacto

Nacional de Enfrentamento à Violência Contra a Mulher. Brasília: Secretaria Especial de

Políticas para as Mulheres, 2007.

______. Presidência da República. Secretaria Especial de Políticas para as Mulheres.

Enfrentamento à Violência Contra a Mulher: balanço de ações 2006-2007. Brasília:

Secretaria Especial de Políticas para as Mulheres, 2007b.

______. Ministério da Justiça. PRONASCI: Programa Nacional de Segurança Pública com Cidadania. Brasília: Ministério da Justiça, 2007c.

BUTLER, Judith. Problemas de gênero: feminismo e subversão da identidade. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2003.

CAMPOS, Carmen Hein de. Juizados Especiais Criminais e seu déficit teórico. Rev. Estud. Fem., Jun 2003, vol.11, no.1, p.155-170.

CAMPOS, Carmen Hein de (Org). Criminologia e Feminismo. Porto Alegre: Sulina, 1999. ______. Lei Maria da Penha: um novo desafio jurídico. In: LIMA, Fausto Rodrigues; SANTOS, Claudiene (Coord.). Violência doméstica: vulnerabilidades e desafios na intervenção criminal e multidisciplinar. Rio de Janeiro: Lumen Juris, 2009.

______. Justiça consensual, violência doméstica e direitos humanos. STREY, Marlene Neves; AZAMBUJA, Mariana P. Ruwer de; JAEGER, Fernanda Pires (Org). Violência, Gênero e Políticas Públicas. Coleção Gênero e Contemporaneidades, 2. Porto Alegre: EdiPUCRS, 2004.

CAMPOS, Amini Haddad. Violência institucional de gênero e a novel ordem normativa: inovações processuais na Lei Maria da Penha. In: LIMA, Fausto Rodrigues; SANTOS, Claudiene (Coord.). Violência doméstica: vulnerabilidades e desafios na intervenção criminal e multidisciplinar. Rio de Janeiro: Lumen Juris, 2009.

CARVALHO, Maria do Carmo Brant de. O combate ao trabalho infantil na voz e na

agenda da sociedade e do estado brasileiro. In: ARREGUI, Carola Carbajal (org.).

Erradicação do trabalho infantil: dimensionando as experiências de Pernambuco, Mato Grosso do Sul e Bahia. São Paulo: EDUC; IEE/PUC-SP;FINEP, 2000.

CARVALHO, Mário. Catharina Bacelar toma posse anunciando metas: a administradora é membro do Conselho Estadual do Idoso e do Instituto de Cidadania do Maranhão, presidente do Instituto Coração Abrigo e da BPW (Bussines Profissional Women) Grande São Luís. Agência Sebrae de Notícias, 21 mai. 2009. Disponível em: http://asn.interjornal.com.br/ noticia.kmf?noticia=8469201&canal=36. Acesso em: 05 abr. 2010.

CASTELLS, Manuel. O poder da identidade. A era da informação: economia, sociedade e cultura. Vol II. 5 ed. São Paulo: Paz e Terra, 2006.

CASTRO, Mary Garcia. Marxismo, feminismos e feminismo marxista – mais que um

gênero em tempos neoliberais. In: Revista Crítica Marxista, Out/2000, n.o 11, pp. 98-108. ISBN 85.85934.57.3.

CHAUÍ, Marilena. Raízes teleológicas do populismo no Brasil: teocracia dos dominantes, messianismo dos dominados. In: DAGNINO, Evelina. Os anos 90: política e sociedade no Brasil. São Paulo: Brasiliense, 2004.

COSTA, Ana Alice Alcântara. O movimento feminista no Brasil: dinâmica de uma

intervenção política. In: MELO, Hildete Pereira; PISCITELLI, Adriana; PUGA, Vera Lúcia (Org.). Olhares Feministas. Brasília: Ministério da Educação/UNESCO, 2006.

COSTA, Wagner Cabral da. A bomba suja: crise, corrupção e violência no Maranhão contemporâneo (2004-9). In: CARNEIRO, Marcelo Domingos Sampaio; COSTA, Wagner Cabral da(Org.). A terceira margem do rio: ensaios sobre a realidade do Maranhão no novo milênio. 1 ed. São Luís: EDUFMA, 2009, v. 1, p. 111-134. Disponível em: <

http://ecosdaslutas.blogspot.com/2009/05/intelectuais-abordam-o-maranhao-i.html>. Acesso em: 05 abr. 2010.

______. Novo Tempo/Maranhão Novo: quais os tempos da oligarquia? In: SOUSA, Moisés Matias Ferreira de (Org.). Os outros segredos do Maranhão. São Luís: Editora Estação Gráfica, 2002.

______. Do Maranhão Novo ao Novo Tempo: a trajetória da oligarquia Sarney no

Maranhão. Disponível em: < http://www.fundaj.gov.br/geral/observanordeste/cabral2.pdf>. Acesso em: 07 abr. 2010.

CORTÊS, Iáris Ramalho; MATOS, Myllena Calasans de. Lei Maria da Penha: do papel para