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Este estudo de caráter exploratório visou preencher uma lacuna importante no aspecto do comportamento do consumidor perante uma importante e referenciada fonte de proteína animal para nos homens.

Pode-se afirmar que os objetivos específicos de conhecer os atributos, revelar restrições e freios e conhecer fatores motivacionais envolvidos em torno dos pescados, foram atingidos, no conteúdo dos depoimentos. As donas de casa percorreram as etapas do processo decisório de compra, apresentando seu envolvimento com os pescados. Com os resultados gerados, esta pesquisa disponibiliza informações que possibilitam compreender os motivos para que os pescados sejam opção de compra pouco frequente entre as fontes de proteína animais disponíveis ao consumidor.

Face ao exposto, conclui-se que o objetivo geral em ―Analisar o comportamento de compra e consumo de pescados pelas donas de casa em Belo Horizonte descrevendo atributos e motivação envolvidos‖ também foi atingido por apresentar ao longo das entrevistas seus comportamentos, emoções, riscos, experiências vivenciadas, medos e desconfianças, limitações de conhecimento de compra e preparo de pescados. As entrevistadas demonstraram sentir orgulho do momento da alimentação da família e, ao mesmo tempo, angústias por não oferecer mais pescados à mesa, pois evidenciaram conhecimento relevante acerca da importância desta fonte de proteína animal à saúde.

A utilização do método qualitativo de pesquisa junto às donas de casa conduziu à utilização de uma metodologia etnográfica. O método permitiu interações e construções mais consistentes, considerando o tema de pesquisa. Esse método permitiu produzir dados de maior validade para o momento, com interação flexível entre pesquisador e pesquisado, favorecendo o surgimento de elementos novos e não esperados a priori, além do entendimento de aspectos ambíguos que poderiam não ter sido assimilados por instrumentos de coleta ou método quantitativo.

A pesquisa foi realizada se iniciando nos pontos de venda de pescados, ora utilizando o método de observação não participante e ora participante.

Posteriormente, na residência das entrevistadas utilizando-se de entrevistas em profundidade, com donas de casa. Ao longo dos depoimentos, as donas de casa exerciam a busca em sua memória de suas experiências com relação ao produto pescado, imergindo na pesquisa e gerando qualidade de detalhes.

Preferências e riscos percebidos se misturaram em meio aos relatos das donas de casa, tornando o ato de compra e preparo de alimentos algo importante e especial para a família. Significados diversos também, além de atender a necessidade básica da fome, são admitidos, porém os prazeres e reconhecimento de algo nobre envolvendo o preparo e o consumo de pescados indicam outras necessidades além da saciedade.

As alegrias, nostalgias, saudades, desejos, motivações, sabedorias foram exteriorizados sempre com naturalidade e envolvimento com a causa deste estudo, e ofereceu ao entrevistador, riqueza quanto às informações que serão levadas à sociedade. Muitas vezes, o discurso pode ser também interpretado por meio da linguagem corporal demonstrando o significado dos pescados para as donas de casa, com sentimentos surpreendentes. Tal possibilidade foi permitida por meio das características do estudo etnográfico.

Em conformidade à hierarquia de necessidades de Maslow foram verificadas: a necessidade de segurança no processo de compra, o preparo e consumo e a necessidade de amor, quando envolve a família e os cuidados especiais e às vezes personalizados às necessidades de cada individuo; de auto realização quando o reconhecimento pela competência do preparo do prato recebendo elogios como forma de ―remuneração‖ pelo esforço.

A resistência à mudança no comportamento de consumo nos dias úteis, no “dia a dia” é facilmente percebida, pois, em alguns momentos, o certo, a rotina, é

melhor que o incerto. Salvo aos fins de semana, quando algo especial pode acontecer, e o preparo do pescado é aceito melhor como uma refeição para um momento especial, um evento familiar.

No reconhecimento de necessidades, a consciência de que nas carnes em geral, buscam-se as fontes de proteínas necessárias para consumo de sua

família, demonstrando também que há outros nutrientes, nem sempre apresentadas com conhecimento profundo, mas que são importantes para a saúde.

Os pescados se tornam produtos de desejo, onde não é a opção de compra do dia a dia, devido a questões financeiras, de praticidade e de conhecimento limitado quanto ao costume de preparo. Influências culturais e familiares incidem fortemente sobre as donas de casa que são os agentes principais de permanência de costumes aprendidos ao longo de uma vida e que são agentes de transformação em potencial para a adoção de novos hábitos alimentares.

Na busca de informações de como e onde melhor comprar utilizam recursos de mídias impressas recebidas em casa, rádio e televisão, com atenção ao atributo preço. Consulta às pessoas nos pontos de venda também foram identificadas. O auxílio nos pontos de venda normalmente disponíveis no atendimento é solicitado com frequência por poucas donas de casa que já possuem relacionamento com este, onde a confiança e a segurança já estão estabelecidas. Não acontece na maioria das entrevistadas que não possuem relacionamento, não tendo construído a relação de confiança e consequente segurança.

Nos pontos de venda, avaliam as alternativas de compra de pescados com seus opostos com pouca frequência. A compra do pescado demonstrou ser uma compra planejada. A praticidade de se comprar o pescado resfriado (fresco) já limpo, eviscerado estimula as donas de casa ao preparo, eliminando o processo de limpeza e eliminação de resíduos. A opção congelada se demonstra mais prática e as informações contidas em embalagens mais segura. Em sua maioria demonstraram possuir atributos internos com critérios para avaliar a qualidade do produto.

Após o estudo, foi possível perceber que no processo de compra, as donas de casa buscam ter segurança e certeza de que estão levando o melhor disponível, onde escolhem a forma de apresentação de acordo com as circunstâncias de que serão preparados. O tempo de preparo tem que ser condizente com o tempo disponível, pois possui necessidade de preparo elaborado em algumas ocasiões. Neste momento, percebe-se que as donas de casa já imaginam o prato pronto para o consumo dos familiares e todo o ritual necessário

para se atingir o objetivo de satisfazer a todos. Vários atributos são levados em consideração no momento de relação de compra com o ponto de venda, sendo considerado este o momento mais sensível para que a dona de casa confirme a aquisição.

Concluiu-se que o preparo é cercado de rituais ricos de historias e emoções, já descritos nos métodos empregados de observações participantes e colhidos nas entrevistas de profundidade. Há de se salientar que o recurso tempo se torna um mero coadjuvante quando já tomada, a decisão de se preparar o pescado. Rituais de preparo são identificados, acompanhados de cuidados, para que a comida de mãe seja admirada.

O momento de consumo à mesa se torna o momento mais esperado para a dona de casa que desde o planejamento do preparo do prato ao primeiro pedaço a boca, espera o reconhecimento pelo amor empregado no período. Olhos atentos, posição corporal vigilante com ouvidos a espera do sinal singular de satisfação.

A eliminação de resíduos de preparo e consumo não acarretou qualquer influência de motivação ou freios quanto à adoção do produto, para a surpresa do pesquisador.

O estudo permitiu também que fossem levantados as restrições e os freios ganham destaque em subsidiar os obstáculos de compra e consumo de pescados e que podem ser trabalhado pelo setor produtivo e governamental, que possuem atualmente e oficialmente um ministério próprio com poucas iniciativas voltadas para as relações de consumo.

Motivações são identificadas para que o produto possa ser adotado com maior frequência, se tornando mais frequente à mesa das donas de casa. A falta de pontos de venda apropriados a entregar a confiança e a segurança de que os pescados possuem seu frescor e qualidade, associado à prática de preços mais atrativos e de acordo com seus orçamentos ganham destaque.

Pode-se apontar como primeira limitação relevante acerca do estudo qualitativo realizado, à impossibilidade de generalização estatística. Já que o resultado do estudo refere-se a apenas um grupo de donas de casa onde as

análises não possibilitam uma análise estratificada de eventuais clusters de consumidoras, onde na pesquisa quantitativa se torna clara. Esta pesquisa poderia assim ter segunda fase de abordagem quantitativa para que demonstrasse uma análise contendo dados estatísticos que proporcionassem um pouco mais de objetividade ao estudo.

Embora o número de entrevistados tenha sido considerado suficiente, pois a repetição de respostas foi ao encontro do principio de saturação, uma parte de entrevistadas, as de menor poder aquisitivo, demonstrou certo desconforto com a pesquisa, o que não foi possível colher informações com maior riqueza de detalhes. Isso se deu por uma compreensão limitada sobre a importância do trabalho realizado e por certa desconfiança ao processo de gravação das entrevistas.

As entrevistas apresentaram em sua maioria riqueza de detalhes e em alguns casos, as respostas extrapolaram, desviando em alguns momentos, os temas centrais, levando o pesquisador a redirecionar as donas de casa às respostas que interessavam ao estudo.

Com este estudo, sugere-se que sejam realizadas novas pesquisas, em outras capitais e suas respectivas federações, envolvendo os hábitos de consumo de pescados, cultura regional, conhecimento, o consumo fora de casa, os tipos de pratos e o tempo gasto no preparo de pratos em que os pescados são utilizados, a avaliação de alternativas no ponto de venda, maior detalhamento dos atributos de compra do produto no ponto de venda, estudo etnográfico, grupos de foco e pesquisa quantitativa gerando dados estatísticos para futuras análises.

Aconselha-se ainda que sejam realizados estudos sobre a distribuição dos pescados, a cadeia de produção do produto pescado e criado, estratégias de comercialização, a satisfação dos consumidores, a presença das marcas, com aspectos de procedência. Cabe-se verificar se o conhecimento gera realmente aprendizado ao ponto do produto passar a ser adotado e comprado com maior frequência e o quanto que cursos e campanhas governamentais podem interferir no aumento do consumo.

Como o Brasil apresenta um potencial como país produtor e de extração de pescados e nossa cultura sobre alimentos possui particularidades, ao se comparar com a cultura de outros países, alimentada por influências europeias, luso- afro-indigna, indica-se a possibilidade de reflexão sobre estudos comparativos com outros países que apresentam também baixos níveis de consumo de pescados, para que se possa levantar e comparar atributos, freios e motivações.

Com o consumo per capita nacional ainda esta bem abaixo quando comparado a media mundial e indicado pela FAO, também se indica a realização de estudos de consumidores e de análises de logística/distribuição em países que apresentam registros de maior compra e consumo de pescados, onde poderá representar importante relevância.

Recomenda-se que sejam realizadas pesquisas sobre a presença de empresas produtoras e distribuidoras de pescados brasileiras, verificando a possibilidade da presença de marcas possa influenciar no processo de decisão e adoção por parte do consumidor.

Finalmente, indicam-se outros estudos em nível de stricto sensu, acerca de estratégias de marketing e comercialização de pescados em outros mercados de baixa compra e consumo. Este novo estudo pode abranger a cadeia de produção e distribuição a seus custos e a consequente politica de preços praticados ao consumidor abrindo oportunidades de pesquisa que não foram abordados no presente estudo.

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APÊNDICE A – Roteiro de Entrevistas

Pergunta de Verificação

1. Na sua casa, quem normalmente decide no ato de compra de carnes e pescados e quem efetivamente a realiza?

A. Sobre o Reconhecimento de Necessidades

2. Há necessidade de se comer proteína animal? (carnes bovina, suína, frangos, vísceras)