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5 APRESENTAÇÃO E A ANÁLISE DOS RESULTADOS

5.1 ATRIBUTOS DO PESCADO NAS ETAPAS PROCESSO DECISÓRIO

5.1.8 O Consumo Aumentado – Rituais

Nesta categoria, as donas de casa foram perguntadas sobre situações especiais ao longo do ano onde ocorrem e se ocorrem aumento do consumo de pescados. Solomon (2011) apresentam os rituais como:

―conjunto de vários comportamentos simbólicos que ocorrem em uma

sequencia fixa e que tendem a ser repetidos com periodicidade, podendo ocorrer em diferentes níveis afirmando valores culturais ou religiosos, ocorrendo em grupos ou individualmente. Dentre os rituais os de feriado são mais comuns onde os consumidores afastam-se da vida cotidiana e apresentam comportamentos ritualísticos únicos nesses momentos‖. Sendo assim, constatou-se a ocorrência de oportunas viagens familiares ao litoral brasileiro, sobretudo para o Rio de Janeiro e Espírito Santo, relatadas com emoção e confirmação de que o consumo de pescados passa a se tornar prioritário como fonte de proteína animal. Há maior segurança quanto ao frescor e o processo de conservação, onde ha segurança na compra de pescados mais confiáveis.

(DC2) – “a gente tem o hábito não sei se é porque minas assim não tem praia, a gente não tem muito hábito de comer peixe. a gente come peixe mais quando vai para uma praia de férias, uma coisa assim. aqui eu raramente eu comprava um peixe, um camarão pra comer aqui, certo, e com ele não, aqui passei a comer todos os dias assim, e tem mil maneiras de você fazer diferente”

(DC4) – “Essa rotina tem... engraçado... viagem, por exemplo, se for pra região assim... Porque é tão fresco tão saboroso, é outro sabor, repara... Quando você vai para Cabo Frio, por exemplo, lá, compra direto dos pescadores aquilo ta saindo do mar, e passa ... vou poder dizer que o sangue está quente ... é uma diferença muito... muito...grande.de...sabor....” (DC19) “...na região quando eu estou na praia por exemplo de férias, eu adoro...eu...eu me abstenho de comer a carne pra comer o pescado. Por que, porque ali é uma região que eu posso confiar mais não vai ser também ... é ...é... Assim um lugar que eu acho que o pescado ali ta com a cor feia ou com cheiro ruim eu não vou comer mas assim eu vendo que está sendo bem preparado, na beira da praia eu como sim, perfeitamente. E eu acho que é importante eu dar aos meus filhos o que eu sei que pode... e que é... é... uma alimento rico mas só mesmo quando eu to na região... fora disso não... Na praia, eu faço peixe frito, peixe cozido e peixe assado. Peixe do jeito peixada, moqueca... Faço do jeito que você quiser. Eu quero fazer um peixe que eu não to acostumada a fazer eu pego a receita, sigo a receita e faço...”

Também as datas religiosas, como a quaresma e a própria semana santa levam o consumidor a aumentar o consumo de pescados, onde esta orientação religiosa pode ser considerada poderosa forma de influência de consumo, novamente conforme Solomon (2011) ―os rituais de feriado são mais comuns onde

os consumidores afastam-se da vida cotidiana e apresentam comportamentos ritualísticos únicos nesses momentos‖;

(DC3) – “Geralmente na época da quaresma tem mais consumo. compra, e consome um pouco mais... quando eu vou à praia, eu faço questão de comer só peixes, ali sabendo que está fresquinho. Parece até que é mais gostoso, o peixe lá na praia... é muito bom, não é?"

(DC5) - “quarta feira de cinzas e sexta feira da paixão, já é um habito, fora isso não. Certo. E na praia. . Na praia, nas férias , a gente associa férias à cerveja, à água quente da Bahia, de preferência e ao peixinho. Direto, na praia é raro, eu ir pra praia e comer outro tipo de carne. ... Por que tem a ver com o ambiente, tem a ver com o relaxamento que você está ali, é um alimento mais saudável, não sei, tem tudo a ver com o bem estar. Eu acho que esse seu estigma e isso hoje é meio ridículo a gente falar, por causa da rapidez das ações como um todo, ? Como transporte, o próprio armazenamento, a forma hoje, ela é, evoluiu muito mais do que quando mamãe tinha os filhos pequenos, mas a gente ainda considera que ali, na beirada da praia, você consegue peixe fresco mais do que aqui, ? Você tem aquele estigma, saiu do porto e veio aqui pra minha mesa, ? Pode ser um rotulo, uma coisa de cultura, sei lá, mas é isso que a gente ainda pensa isso, que praia é o local exato pra você comer peixe.”

(DC8) – “Tem a Semana Santa, né. Essa época mesmo de não poder carne, de não poder comer carne vermelha. E, geralmente quando a gente quer, assim a gente sempre tem a fase do “ah, agora a gente tem que ficar numa alimentação mais light”, né, então a gente parte pro peixe mesmo, pras coisas mais leves, então...”

(DC12) – “na praia e na semana santa”

(DC14) – “na páscoa, geralmente a semana em que nós mais comemos mais peixe, sim. e, é, é geralmente em um domingo que quando... o pessoal, a família tem muita gente que gosta de peixe num come carne eu faço nesses dias especiais, em um aniversário, uma coisa... e tem o, o, a semana santa que nós consumimos mais peixe e o custo assim que é mais caro, é mais caro, na semana santa é mais caro? é, é na semana santa é mais caro. Porque você acredita que seja mais caro? é mais caro, porque eles, é, é eles aproveita é, o, o... tempo de, de, de a procura, a procura é muita então é mais caro”

(DC15) – “Sim, na Semana Santa a gente consome mais.”

(DC18) – “No período da quaresma a gente geralmente mais é levado a consumir mais porque é você vê mais propaganda, você é induzido a consumir mais, geralmente mais eu é procuro regularmente consumir aqui em casa... pelo menos é tem época que parece que tem época de frio, então a gente a gente reduz um pouco o consumo de pescados, porque ... É um prato quente, , eu gosto de prato mais quente, ele assim, é um assado, ou um prato quente, as vezes se consome mesmo nesse período de frio, aí na época de um verão, aí você começa a falar no uma saladinha com peixe nossa que delícia, então uma comida mais fresca não é, mais de verão, então você confia mais.