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CONSIDERAÇÕES FINAIS: “CRISE ECOLÓGICA” E AS TENTATIVAS DE RETORNO À “CHAPADA”

No documento Estratégias de reprodução social (páginas 156-164)

O que denomino crise ecológica, com base em Wolf (1984),31 diz respeito

à situação resultante da interdição do uso das “chapadas” às populações camponesas e ao seu progressivo encurralamento nos “baixões”. Isto se inicia com a “era dos projeteiros”, nos anos 70, e efetiva-se com a implan- tação da agricultura intensiva para exportação, a partir da segunda metade da década de 1980, com a “era dos gaúchos”32 (Moraes, 2000). Assim, o

povo do cerrado passa a operar num espaço social e territorial cada vez mais restrito, deixando a situação de relativa autonomia, embora mais simbólica que fática. Vale lembrar que o agregado da fazenda tradicional do Piauí – como ocorre Brasil afora –, embora imerso na hierarquia da fazenda, sob relações de patronagem-dependência (Forman, 1979), pensava em si próprio como homem livre, uma vez que detinha o controle do processo de trabalho da família.

Com efeito, muitas famílias que viviam nesse sistema, quer como mora- doras vinculadas às fazendas tradicionais, ou posseiras, quer como pequenas proprietárias em seus interstícios, vêem-se progressivamente na condição de arrendatárias de áreas de “chapadas”, na tentativa de inserção no “negócio do cerrado” (Moraes, 2001). Esta é uma condição que contrasta fortemente com um passado de usufruto comum de “terras voluntárias”, guiado por princípios de uma economia moral. Nesse percurso, ao mesmo tempo em que descobrem que a “chapada” se presta à agricultura mecanizada, perce- bem a própria liminaridade nesse processo de modernização no qual lutam

31 Eric Wolf examina a situação de camponeses em contextos de expansão da lógica capitalista

(México, Rússia, China, Vietnã, Argélia, Cuba). Para o autor, se, no passado, o camponês elaborara uma combinação estável de recursos, para o domínio de subsistência, a mobili- zação separadora e diferenciada desses (como objetos de compra/venda) pela expansão do capitalismo agrário, punha em perigo aquele vínculo mínimo (WOLF, 1984).

32 “Projeteiros” e “gaúchos” são nomes locais para novos investidores na região. Os primeiros,

por meio dos projetos do FINOR e FISET, em 1970, e os segundos a partir dos anos 80. Também Andrade (1984) e Costa (1995), referem-se a “gaúchos”, respectivamente, no sul maranhense e no oeste baiano. Para detalhes, ver Moraes (2000).

por se incluir, mesmo precariamente. De maneira paralela, sofrem crescente expulsão do campo para a periferia das cidades, transferência gradativa que se vem desenrolando desde a referida “era dos projeteiros”, quando trabalhadores(as) da região foram utilizados(as) para o desmatamento das “chapadas” e, depois, dispensados(as) como mão-de-obra sobrante não absorvida na posterior “era dos gaúchos”.33

Por sua vez, a incorporação das “chapadas” pela agricultura intensiva traz a possibilidade, até então desconhecida, de ali se produzir arroz de sequeiro em escala muito maior do que aquela com a qual essas popula- ções estavam familiarizadas nos marcos do sistema da roça-de-toco, nos “baixões”.No entanto, o acesso de camponeses(as) à “chapada” é precário e as vias utilizadas têm sido tentativas de ocupação de áreas abandonadas, como foi o caso da Fazenda Saponga (Figura 5.6), nos limites dos municípios de Uruçuí e Sebastião Leal, em dezembro de 1998, de áreas com parte de vegetação nativa ainda intocada, que resultou no Assentamento Flores, no município de Uruçuí (1999/2000), e o arrendamento – em condições precá- rias – de áreas de “chapada” para o cultivo de arroz, em vários municípios da região (Moraes, 2000).

Figura 5.6. Camponeses de Uruçuí ocupam o Projeto Saponga, um dos projetos abandonados, da “Era do Projeteiros”, na tentativa de inserção no “negócio do cerrado”.

33 Segundo o presidente do STR/Uruçuí, a exploração de uma área de 10.000 hectares nos

cerrados gera apenas trinta postos de trabalho permanente. Convém lembrar que este pro- cesso está diretamente relacionado com a problemática da migração temporária no Piauí (CPT, 2003; NOVAIS et al., 2005) que aumenta na região.

Nesse processo, famílias já instaladas nas periferias das cidades juntam-se às que continuam nos “baixões”, formando grupos para arrendarem terras nas “chapadas”, visando o cultivo do arroz. Para “projeteiros” inadimplentes, o arrendamento visa auferir a renda da terra que se valoriza, ao passo que rolam as dívidas com os bancos, ou a possibilidade de desapropriação; para “gaúchos”, signifi ca ou a renda do aluguel de máquinas ou a da prestação de serviços; para famílias camponesas, tanto as que continuam nos “baixões” quanto as que vivem na cidade, passa a ser uma estratégia de sobrevivência e acesso ou ampliação do acesso à terra.

Trata-se de um contexto no qual a modernização agrícola dos cerrados instaura um novo padrão tecnológico na agricultura, reedita também velhas fórmulas de extração do valor-trabalho, baseadas na renda em produto, alterando apenas as bases tradicionais de relação com a terra no sentido de intensifi car a grande propriedade privada que antes coexistia ao lado de enormes extensões de terras públicas – as “terras nacionais” ou “voluntá- rias” – e agora, progressivamente, toma conta de toda a região dos cerrados. Sobra, então, para camponeses e camponesas o arrendamento, renegociado a cada ano, ante a redução das possibilidades de acesso livre às “chapadas”.

Inicialmente, foram os(as) agricultores(as) com e sem terra, residentes na sede do município de Uruçuí e circunvizinhos que, na safra de 1994/1995, arrendaram áreas nas “chapadas”. Já em 1997/1998, grupos dos “baixões”, premidos pelo encurralamento e liderados pelos Sindicatos dos Trabalhado- res Rurais e as Cooperativas dos Pequenos Produtores Rurais desses municí- pios, passaram também a buscar essa alternativa. Para os “gaúchos”, o arroz é cultura de rotação com a soja, plantado nos três primeiros anos nas áreas “novas” (desmatadas pela primeira vez), visando “amansar” a terra (corrigir a acidez do solo e incorporar-lhe nutrientes dos quais a soja necessita), embora possa continuar a ser produzido junto com ela, a depender do mercado.

Para as populações camponesas, o arroz é a meta principal, estratégia de sobrevivência e uma saída da situação de crise ecológica na qual se en- contram, visando o aprovisionamento familiar e alguma renda monetária, além de uma tentativa de inclusão no “negócio do cerrado” (Moraes, 2001). Vários(as) dos(as) que arrendaram terra na Fazenda Saponga, por exemplo, haviam sido empregados(as) no projeto, quando este funcionava, e é quase uma desforra estar ali agora não mais como empregados(as).

Nesse processo, há aqueles(as) mais propensos(as) a partilhar a idéia hegemônica da prática da monocultura na “chapada”,34 justifi cada pelo

produtivismo, e existem os(as) que defendem um modelo menos agressi- vo, principalmente no tocante ao uso de agrotóxicos – “o veneno”, como

34 Nos grandes projetos, embora se fale em diversifi cação, a ênfase ainda é posta na monocul-

tura (arroz e soja). Entre as práticas conservacionistas, difunde-se o plantio direto da soja, o qual, embora funcione em termos de conservação do solo, é consumidor de agrotóxicos, por implicar o uso de desfolhantes químicos (MORAES, 2000).

dizem. Como sujeitos históricos concretos, camponeses e camponesas participam de dois universos ideacionais distintos, ambos coincidindo em sua consciência, o que aponta, como discutido por Woortmann (1990), para a complexidade da sua relação com a modernidade.

O fato é que o cultivo do arroz na “chapada” é feito em quantidade maior do que era no “baixão” e, para tal, utilizam-se recursos do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf), em grupos de até trinta componentes, para atingir escala.35 A organização em grupos

é uma solução baseada na economia da reciprocidade (Valensi, Randles e Chrétien, 1978; Sabourin, 2000), peculiar ao modo de vida camponês e possibilitadora de certas etapas dos serviços não contratadas e executadas pelos(as) próprios(as) camponeses(as). De fato, embora cada membro te- nha o próprio plantio no conjunto da área total cultivada pelo grupo e os fi nanciamentos também não sejam coletivos, há um investimento conjunto na negociação dos contratos, nas aquisições de sementes e insumos e na alocação dos serviços – funções delegadas pelo grupo a um “enfrentante”. Na prática, ocorre uma freqüente troca de opiniões e avaliações coletivas dos passos a serem dados e, até mesmo, permuta de serviços apesar dos casos em que se delega tudo ao próprio dono das máquinas, contratado para fazer o “serviço do cerrado”.

Mesmo as terras na “chapada” sendo arrendadas, em algumas cartas de anuência36 consta a cessão gratuita da área quando, na prática, segundo

informações locais, chegam a pagar aos proprietários até 120 quilos de arroz por hectare, o que corresponde a um saco de arroz pilado. A maioria dos contratos baseia-se entre 50 e 60 quilos/ha, o que corresponde a um saco de arroz com casca, ocorrendo que, nos casos raros em que não é cobrada a renda, proprietários da terra ganham na prestação de serviços pelo aluguel das máquinas a arrendatários(as).

Quanto ao conjunto de recomendações do pacote técnico agronômico, estas, em sua grande maioria, estão excluídas das condições operacionais dos(as) camponeses(as): tamanho das áreas cultivadas na monocultura de “chapada”, quantidade de sementes requerida, uso de equipamentos modernos, como plantadeiras e colheitadeiras mecânicas (havia alguma familiaridade apenas com o uso de trator em terras de “baixão”).37 Mas, em 35 Segundo Moraes (2000), embora se plante em grupo, o fi nanciamento é individual. Alguns

camponeses conseguem multiplicar esse recurso alocando esposa e fi lhos em grupos diferentes.

36 A carta de anuência é um documento – concedido por proprietários de terras – exigido pelo

banco para liberar fi nanciamento de custeio dos projetos agropecuários para quem não detém o título de propriedade da terra.

37 Essa é uma prática ainda bastante irregular e dependente de fatores como situação das

estradas, disponibilidade e condição das máquinas e formação de grupo para ter volume de áreas que justifi que a ida da máquina ao local, entre outros. A questão das estradas, por exemplo, passa pelo clientelismo político-administrativo (MORAES, 2000).

que pesem as precárias condições de acesso à “chapada”,38 não diminui o

interesse pela inserção no “negócio do cerrado”.39

Assim, a mesma conjuntura que engendrou a redução das áreas de “cha- pada” para segmentos camponeses dos cerrados gerou, como conseqüência, a situação em que estes se vêem na contingência de voltar a ela pagando renda pela terra, submetidos a contratos temporários. Mas o interesse torna-se compreensível ante a situação de grandes transformações em seu mundo social, cuja ancoragem tradicional se vê questionada, na região, em ritmo e intensidade até então desconhecidos.

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38 A vulnerabilidade das condições refl ete-se na produtividade do arroz que, em 1998, fi cou

entre 1.500 e 1.600 kg/ha, distante da média da região (2.500 kg/ha). Produtores altamente tecnifi cados já atingiram até 4.000 kg/ha. A baixa produtividade inviabiliza o pagamento do fi nanciamento para custeio, e a inadimplência chega a 70%.

39 De 1994/1995 para cá, segundo o presidente do STR de Uruçuí, a média anual de área

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