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Para concluir o presente estudo, algumas reflexões foram feitas a partir da apresentação e discussão dos resultados. Primeiramente, serão destacadas as convergências e divergências entre as análises semântica e léxica do discurso das mães referentes aos seus sentimentos empáticos. Posteriormente, serão apresentadas as limitações e dificuldades encontradas no estudo realizado, as perspectivas para estudos futuros e, finalmente, as contribuições deixadas para a sociedade.

Nos resultados encontrados nas duas formas de análise de dados – semântica e lexical – foram verificados que diferentes sentimentos empáticos emergiram nas mães em

sentimentos empáticos verbalizados pelas mães, com maior frequência, foram os mesmos trabalhados por Hoffman em sua teoria (1975a, 2003). Ainda em relação aos sentimentos verbalizados pelas mães, foi observado, a partir da análise semântica, que não houve uma variação relevante, em relação aos sentimentos experimentados, nos mais diferentes contextos socioeconômicos. Já a análise lexical apresentou diferença, relacionando os mais variados sentimentos empáticos com mães de nível socioeconômico mais baixo (Classe 3) e o sentimento de injustiça empática com mães de nível socioeconômico mais elevado (Classe 4).

Os discursos das mães, observados na análise semântica, demonstraram que elas conversavam com seus filhos e se preocupam com a formação sócio-moral deles, davam importância a uma educação moral, pró-social e com base nos princípios fundamentais dos Direitos Humanos. Na análise lexical, também ficou bastante evidente esta preocupação das participantes de escolaridade fundamental e mães de estudantes da rede pública, com a apresentação da Classe 3. Entretanto, mesmo apresentando esta preocupação, as respostas de muitas mães referentes à forma como conversavam com seus filhos sobre situações de sofrimento demonstraram que, muitas vezes, essas mães estavam mais preocupadas em recomendar e orientar os comportamentos dos filhos, do que em esclarecer a situação, explicar a origem de determinado sentimento voltado para o próximo ou discorrer acerca da importância de tentar compreender as pessoas que estão em volta. Compreende-se, então, que muitas mães se preocupam com a formação moral dos seus filhos, mas não utilizam, claramente, a técnica indutiva, proposta por Hoffman em sua teoria acerca das Técnicas de Socialização (1975a, 2003). Acredita-se que essas agentes de socialização não possuem o devido esclarecimento em relação às melhores formas de socializar os seus filhos.

Em relação às situações que suscitam sentimentos empáticos nas mães, foi verificado que há certa facilidade dos afetos emergirem nelas, já que exemplos de situações de sofrimento colocados pelas mães possibilitaram a construção das mais variadas categorias: doença, pobreza, tragédia, desrespeito, crimes, maus-tratos a pessoas indefesas, bullying, desonestidade, entre outros, como foi observado nos resultados da análise semântica. Nota-se ainda, a partir dos resultados da análise lexical (Classes 1 e 4: Contextos relacionados a empatia) que essas situações são apresentadas aos indivíduos no dia-a-dia, com seus familiares, vizinhos, desconhecidos, através de conversas, meios de comunicação, no próprio ambiente profissional ou nas escolas em que seus filhos estudam. Assim, sempre há a possibilidade dos sentimentos empáticos serem experimentos pelas mães, serem discutidos com seus filhos, favorecendo a motivação para o comportamento pró-social e sua realização (Hoffman, 1975b, Krevans e Gibbs, ; Eisenberg).

Diante das reflexões apresentadas, considera-se pertinente concluir que os objetivos do presente estudo foram alcançados, e que os resultados contribuíram para uma maior clareza sobre as técnicas de socialização utilizadas pelas mães para o desenvolvimento da empatia dos seus filhos. Como foi dito na introdução desta dissertação, ainda há uma carência de estudos empíricos e teóricos disponíveis sobre a empatia na literatura da Psicologia no Brasil (Pavarino et al., 2004; Sampaio et al., 2009). A relevância dessa dissertação ficou clara no decorrer de sua apresentação, entretanto, as dificuldades e limitações encontradas não foram expostas até o presente momento. Considera-se pertinente mencionar algumas delas: 1º) Como a pesquisa envolvia sentimentos, muitas participantes ficaram bastante emotivas no decorrer da entrevista, demonstrando um bom envolvimento com a pesquisa, mas também dificultando a sua finalização. Algumas das participantes ficavam envergonhadas ou

então se emocionavam a ponto de dificultar a própria elaboração das respostas; 2º) Algumas participantes tinham dificuldade em compreender as questões, ficando perceptível que em alguns momentos falavam de sentimentos voltados para a sua própria situação, e em outros momentos falavam de sentimentos voltados para a situação do outro. Diante do interesse do pesquisador em orientar as participantes para as questões do instrumento utilizado, muitas entrevistas ficaram bastante extensas, com conteúdo não pertinente para análise, dificultando a transcrição das gravações. 3º) Os sentimentos foram verbalizados pelas mães de acordo com situações definidas previamente. Não se sabe, portanto, que outros sentimentos surgiriam com questões mais amplas 4º) Diante da riqueza apresentada nos dados coletados, percebeu-se a necessidade de outras formas de análise, além das realizadas, que permitiriam um aprofundamento e novas constatações. Entretanto, o tempo para a realização do estudo não possibilitou realizar essas análises, o que não significa que elas não serão feitas posteriormente.

Além das possíveis análises que esta dissertação permite executar futuramente, considera-se que novas portas foram abertas para estudos futuros. Nota-se a importância de compreender o quanto as recomendações dadas pelas mães eram acompanhadas de explicações, já que nos resultados apresentados no presente estudo, as explicações foram separadas das recomendações para análise.

Relacionando os resultados encontrados no do presente estudo e os resultados da pesquisa realizada por Pequeno, Camino, Queiroz e Santos (2009), foi verificado que a percepção das mães foi diferente da percepção dos filhos em relação às verbalizações referentes aos sentimentos empáticos das mães e foi levantada uma discussão, e a conclusão feita foi a de que há um impasse na comunicação entre mães e filhos. Assim, foi sugerida uma pesquisa correlacional entre mães e filhos para investigar as causas desse impasse.

Percebe-se, ainda, a importância de verificar as verbalizações de outros agentes de socialização acerca dos sentimentos empáticos, como, por exemplo, os pais. Já foi verificado que as mães desempenham um papel mais importante do que os pais na educação moral, pró-social, de seus filhos (Barnett et al., 1980; Hoffman, 1990; Cecconello & Koller, 2000; Serpa et al., 2006), mas esta constatação não significa que os pais não possuíam responsabilidade no processo de socialização de seus filhos e que a contribuição deles no desenvolvimento das habilidades empáticas de crianças e adolescentes não seja de grande importância. Assim, é importante verificar como eles se percebem neste processo, quais sentimentos empáticos eles experimentam e em quais situações, e, finalmente, o que eles conversam com seus filhos em relação ao sofrimento do outro.

Outras questões levantadas foram: as mães experimentam sentimentos empáticos com a mesma frequência quando as situações envolvem familiares, vizinhos ou estranhos? O quanto a mídia contribui para a experiência desses afetos? Quanto um programa de intervenção com base nos resultados apresentados nesse estudo poderia contribuir para o desenvolvimento da empatia?

Finalmente, considerando que o presente estudo contribuiu por meio de seus resultados para a compreensão do que as mães conversavam com seus filhos, julga-se que é possível realizar intervenções para a promoção de determinados sentimentos empáticos. Por exemplo, pode-se realizar uma intervenção com mães de contexto socioeconômico baixo, trabalhando-se com mais intensidade o sentimento de injustiça empática e procurando estimular o role-taking. Caso o grupo fosse formado por mães de contexto socioeconômico elevado, seria preferível que ele fosse exposto, sobretudo, a situações de sofrimento, para que diversos sentimentos empáticos pudessem ser experimentados e a

motivação para comportamentos pró-sociais aumentados para ajudar pessoas necessitadas.

Diante das reflexões expostas, considera-se que políticas públicas educacionais poderiam ser executadas, utilizando, de forma mais eficaz, o conhecimento gerado nas pesquisas realizadas dentro das Universidades.

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