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Chegando ao final deste trabalho e em resposta aos questionamentos que embasaram este estudo, serão realizadas pontuações acerca do significado da PSC para os psicólogos das Ceapas do Estado de Pernambuco, o cotidiano de trabalho destes profissionais e a relação com outros saberes a fim de obtermos uma melhor compreensão sobre como ocorre essa atuação.

Sabe-se que o advento das Penas Alternativas trouxe consigo novas tendências e possibilitou no sistema punitivo o surgimento de outras formas de acompanhamento da punição. Anteriormente, a responsabilidade de acompanhamento da pena era exclusiva da Justiça e, hoje, depara-se com a inserção de diversos saberes ocupando um lugar de destaque na execução penal, dentre eles a Psicologia.

A inserção da Psicologia em searas criminais traz consigo questionamentos sobre o fazer psicológico nesse campo e reflexões éticas acerca do lugar ao qual o psicólogo é chamado para atuar.

Nesse contexto e mediante a análise dos discursos dos sujeitos entrevistados, constatou-se que os psicólogos compreendem a Prestação de Serviços à Comunidade como um instrumento educativo, que visa produzir uma mudança subjetiva nos indivíduos, tornando-os ajustados à ordem social.

Nesse sentido, os psicólogos jurídicos ressaltaram o paradigma de reintegração social mediante o cumprimento da PSC, cujo objetivo prioritário é a efetiva reinserção do infrator ao convívio em sociedade. Entendem que os fundamentos humanitários deste paradigma promove uma intervenção positiva no apenado, facilitando, com isso, seu retorno, de forma digna, à comunidade, e a partir daí, a sua plena reintegração social.

Os entrevistados salientaram como especificidade da Psicologia, que a diferenciaria dos demais técnicos da equipe, a questão da “escuta diferenciada” e do “olhar mais humano para o cumpridor”. No entanto, eles ressaltaram que essa suposta especificidade do psicólogo teria relação com a sua formação acadêmica em detrimento de outras formações profissionais.

No que diz respeito à relação com outros profissionais para a execução da PSC, percebeu-se que o trabalho desenvolvido pelos psicólogos e assistentes sociais é pautado numa relação de interdisciplinaridade. Essa relação foi apontada pelos entrevistados como algo positivo. As especificidades e os limites de atuação foram apontados por eles, mas sobressaiu a importância da ampliação dos saberes e as constantes trocas de conhecimentos objetivando intervenções positivas em cada caso.

Ressaltaram que nessa prática interdisciplinar, não haveria interferência na autonomia de cada disciplina, haveria, pois, uma integração de saberes. Conclui-se, pois, que na compreensão desses profissionais, os saberes específicos da Psicologia parecem mesclar-se com os conhecimentos do Serviço Social, permitindo uma ampliação do domínio teórico e prático na atuação do psicólogo, resguardando as técnicas e instrumentos próprios de cada profissão.

No que se refere à relação entre os saberes psicológicos e jurídicos, os psicólogos enfatizaram a importância dessa parceria para a realização de um trabalho promissor. Nesse sentido, argumentam que há uma complementaridade nos saberes ao passo em que ocorre uma familiarização por parte dos operadores do Direito acerca das questões emocionais e psicológicas, bem como a compreensão por parte dos psicólogos dos saberes e práticas jurídicas que embasam seu trabalho, proporcionando o enriquecimento mútuo.

Concebida na literatura como subsídio às decisões judiciais, a Psicologia Jurídica enquanto prática apontada pelos psicólogos entrevistados no estudo demonstrou ir além do instrumento avaliativo, uma vez que os entrevistados se mostraram preocupados em acolher as demandas do cumpridor, posicionando-se perante as expectativas jurídicas.

Constatamos neste estudo, que o trabalho desenvolvido pelos psicólogos nas Ceapas, independente do aparato teórico escolhido por cada profissional, requer um olhar ampliado sobre o cumpridor. Um olhar que ultrapasse a subjetividade e atente para a importância do contexto social que envolve a questão da criminalidade, demonstrando a importância da esfera legal em permitir o enfoque emocional que se encontra por detrás dos inúmeros dramas humanos que buscam soluções jurídicas.

As palavras trazidas por Félix Guattari (1986) servem de reflexões finais e questionamentos constantes para o trabalho dos profissionais que atuam na execução penal. O autor salienta a necessidade de interpelar todos aqueles que ocupam uma posição de ensino nas ciências sociais e psicológicas ou no campo do trabalho social; enfim, todos aqueles cuja profissão consiste em se interessar pelo discurso do outro, pois se encontram numa encruzilhada política e micropolítica fundamental. Desse modo, menciona o autor que, ou vão fazer o jogo dessa reprodução de modelos que não nos permitem criar saídas para os processos de singularização, ou, ao contrário, vão trabalhar para o funcionamento desses processos na medida de suas possibilidades e dos agenciamentos que consigam pôr para funcionar.

Enquanto profissionais de Psicologia, mais precisamente os atuantes na execução das Penas Alternativas, cabem às interrogações sobre as práticas no cotidiano de trabalho e as

recusas para não assumir apenas o lugar de técnicos elaboradores de relatórios psicológicos, encaminhamentos, monitoramentos... É importante que a Psicologia, em todos os âmbitos, seja exercida como uma prática política com intervenção social e nós, psicólogos, estejamos sempre comprometidos com a nossa atuação em busca de uma prática profissional mais libertadora e livre de preconceitos.

Com a finalização deste estudo, algumas inquietações puderam ser abrandadas e outras produzidas. Sobre as últimas, por verificar que, no contexto das alternativas penais, a prática do psicólogo ainda está engrenada pelo jogo do poder que permeia a punição, podendo esse tema ser objeto de estudos futuros. As contribuições deste trabalho podem beneficiar os psicólogos que atuam na execução da PSC no sentido de repensar sua prática e utilizar a Psicologia como ferramenta de transformação social.

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APÊNDICE A: Carta de Anuência

SOLICITAÇÃO DE CONSENTIMENTO PARA A REALIZAÇÃO DE PROJETO DE PESQUISA

INSTITUIÇÃO RESPONSÁVEL: UFPE

Senhora,

Ana Cecília Gonzalez

Gerência de Penas Alternativas e Articulação Social (GEPAIS) NESTA.

Pelo presente, venho solicitar o seu consentimento para que seja realizado, por meio desta instituição, o projeto de pesquisa “Produções discursivas sobre a execução da Pena de Prestação de Serviços à Comunidade: Um estudo com psicólogos”, nos termos que se seguem:

O projeto PRODUÇÕES DISCURSIVAS SOBRE A EXECUÇÃO DA PENA DE PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS À COMUNIDADE: UM ESTUDO COM PSICÓLOGOS tem como pesquisadora responsável a aluna de Mestrado em Psicologia da Universidade Federal de Pernambuco Marcella Gymena Pedroza Burgos e segue aqui anexado.

A pesquisa se propõe a pensar a atuação do psicólogo na execução da Pena Alternativa, mais especificamente, da Pena de Prestação de Serviços à Comunidade (PSC), na perspectiva de oferecer elementos para identificação de discursos que permeiam esta prática, abrindo caminhos para uma leitura crítica acerca desta atuação e para a ampliação de estudos no campo da Psicologia Jurídica.

Assim, tem-se no presente projeto o objetivo de analisar quais os discursos produzidos pelos psicólogos que atuam nas CEAPAS (Centrais de Acompanhamento de Penas e Medidas Alternativas) acerca da Pena de Prestação de Serviços à Comunidade. Para tanto, será necessário o ingresso da pesquisadora no campo objetivando a realização de entrevistas com tais profissionais.

Acreditamos que o produto deste estudo poderá fornecer indicativos que fundamentem o desenvolvimento de estudos no campo da Psicologia Jurídica, possibilitando elementos para a avaliação e planejamento de ações voltadas para o aperfeiçoamento da prestação jurisdicional. Ainda, Pretende-se, que esta pesquisa possa beneficiar os programas de execução de penas em regime aberto, hoje existentes nas políticas públicas na área criminal, propiciando questionamentos e aprimoramento de propostas e estratégias de intervenção.

Os resultados da pesquisa poderão ser divulgados através de participação em congressos,