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Esse modelo de uma República Internacional das Letras opõe-se à representação pacífica do mundo, em toda parte designada como globalização. A história (assim como a economia) da literatura, tal como a entenderemos aqui, é, ao contrário, a história das rivalidades que têm a literatura como objeto de disputa e que fizeram – com recusas, manifestos, violências, revoluções específicas, desvios, movimentos literários – a literatura mundial (CASANOVA, 2002, p. 26).

O objetivo da presente tese consistiu em analisar as problemáticas que envolvem a circulação da literatura de escritores africanos de língua francesa no Brasil, desdobrando-se sobre o estudo de caso da tradução brasileira do romance Allah n’est pas obligé (2000), do escritor marfinense Ahmadou Kourouma. Partiu-se da hipótese de que a circulação da literatura de autoria africana de língua francesa sofre mais obstáculos para ser publicada no Brasil, quando comparada com as outras obras de escritores africanos.

Sendo assim, para fazer esse estudo, foi realizado um levantamento sobre as editoras brasileiras que publicaram obras de escritores africanos. De um total de dezoito editoras identificadas nesse levantamento, foram selecionadas, para tratar mais de perto. as onze com maior número de publicações: seis independentes (Pallas, Língua Geral, Gryphus, Kapulana, Nandyala e Estação Liberdade) e cinco grupos editoriais (Companhia das Letras, Record, Ediouro, Globo e Melhoramentos). Esse recorte foi escolhido por possibilitar estabelecer comparações entre catálogos de editoras que são regidos por políticas editoriais diferentes, constituindo, portanto, uma contribuição para o mercado editorial brasileiro e para os estudos sobre literatura de autoria africana, uma vez que analisa o papel das referidas editoras na divulgação dessa produção literária.

O recorte temporal da presente pesquisa compreendeu obras publicadas (traduzidas ou não) entre 2000 e 2015. Tal delimitação buscou contemplar três anos que antecederam a entrada em vigor da Lei 10.639/2003, até o ano em que iniciamos o levantamento deste estudo, cobrindo, assim, doze anos de vigência da nova legislação. Isso permitiu, entre outras coisas, perceber os efeitos da mudança no dispositivo legal sobre a circulação dessa produção literária no Brasil. O período escolhido se justifica pelo fato de que a lei citada resulta de uma política afirmativa que promoveu a diversidade cultural, ao dar luz à produção literária e historiográfica de autoria africana e afro-brasileira.

A pesquisa analisou, inicialmente, o fluxo literário entre alguns países africanos e o Brasil. Confirmando nossa hipótese, as produções literárias de escritores africanos de língua francesa enfrentam dificuldades para serem publicadas e se consolidarem no mercado editorial brasileiro. Dentro do contingente de cento e vinte e duas obras identificadas nos catálogos das onze editoras independentes e dos grupos editoriais analisados, apenas nove são de língua francesa, o que equivale a 7% das publicações.

Esse lugar marginal que ocupam as textualidades de escritores africanos de língua francesa no espaço editorial brasileiro pode ser explicado pela preferência, por parte dos grandes grupos, em traduzir mais obras de autoria africana de língua portuguesa, inglesa e de língua árabe, em detrimento das obras de língua francesa. Soma-se a isso a dificuldade das editoras independentes em custear a tradução de obras estrangeiras, o que significou, nesse caso, a criação de linhas editoriais voltadas, sobretudo, às obras de escritores africanos de língua portuguesa.

Ademais, ao analisar a circulação dessas literaturas no Brasil, fez-se necessário problematizar o contexto assimétrico, tanto de partida como de chegada, em que tais produções estão inseridas. Sendo assim, os outros aspectos analisados nos catálogos das onze editoras fazem referência ao caminho que as obras percorreram até serem publicadas no Brasil, à proporção entre os escritores e escritoras presentes nos catálogos, aos gêneros literários contemplados e ao número de títulos editados por ano.

Para além do maior espaço reservado aos textos de autores africanos lusófonos, foi igualmente possível problematizar a posição de Portugal, da França e dos Estados Unidos como centros literários para as literaturas de autoria africana de língua portuguesa, francesa e inglesa, respectivamente. Essa centralidade nos revela tanto a dependência, por parte dos escritores africanos, em relação às instâncias literárias de consagração desses centros como o fato de a comunicação entre os campos literários brasileiros e africanos não passar, com bastante frequência, por vias diretas.

Embora tenha sido identificado um volume de obras com primeira edição no Brasil, ou mesmo as obras editadas inicialmente em países africanos e também as que foram publicadas através de coedições, essas vias mais alternativas de publicação não acontecem com frequência. Isso significa dizer que os escritores africanos ficam "aprisionados" às escolhas de capitais literárias europeias e/ou americanas para as obras de língua inglesa, para se fazerem visíveis em outros espaços. Isso nos permite entender que esse intercâmbio literário entre

Brasil e alguns países africanos estão inscritos em um espaço literário mundial hierarquizado, organizado através de estruturas de dominação (CASANOVA, 2002).

Seguindo nesta esteira, de um total de cinquenta e quatro escritores com obras contempladas nos catálogos, apenas treze são escritoras, o que nos leva a uma pequena porcentagem de 24%. Dentro desse contexto de pouca representatividade de obras de escritoras africanas, o número das que escrevem em língua francesa é ainda mais irrisório: apenas a camaronesa Léonora Miano utiliza a língua francesa em suas obras, e as demais são todas de língua portuguesa e inglesa. Diante desse dado, fica evidente que a circulação da literatura de autoria africana no Brasil deve ser compreendida através das interferências de viés político, econômico e social, que pesam sobre a atividade literária, além dos mecanismos internos de seleção e de consagração que a envolvem (SAPIRO, 2014).

Outro aspecto que o estudo evidenciou diz respeito aos gêneros literários presentes nos catálogos. O romance foi o mais representado, seguido de contos e, em menor volume, poesia, crônica e teatro. Em relação às obras de língua francesa, todas são romances. Quanto às obras de literatura infantil, elas foram publicadas, sobretudo, pelas editoras independentes. Esse interesse das editoras independentes na edição de obras infantis pode ser visto como uma medida de minimizar a concorrência com as grandes casas editoriais que se voltam, sobretudo, para gêneros mais consolidados no mercado editorial nacional, o que nos permite concluir que as editoras independentes assumiram o papel de descobridoras de novos autores, novas obras, ou seja, assumiram mais riscos do que os grandes grupos editoriais.

Quanto ao número de títulos de autoria africana publicados pelas editoras, constatou-se que a implementação da Lei 10.639/2003 provocou grande impacto sobre a circulação dessa literatura no Brasil, mas é importante destacar que foram, sobretudo, as obras publicadas pelas editoras independentes que começaram a ser editadas logo após a implementação dessa política afirmativa. Esse estímulo se explica pela constatação de que, das seis editoras independentes, quatro foram fundadas depois de 2003. O número de títulos de autoria africana publicados pelos grupos editoriais foi também crescente, porém mais homogêneo, com publicações realizadas antes mesmo da criação da mencionada lei. Isso nos mostra que as editoras independentes são impulsionadas por esse tipo de ações afirmativas.

Diante desse contexto assimétrico e da invisibilidade reservada às traduções da literatura de autoria africana de língua francesa no Brasil, foi de grande relevância fazer a análise da tradução de alguns aspectos do romance Allah n’est pas obligé para o português

brasileiro. Primeiro, por propor um estudo de caso de uma obra de língua francesa que faz parte do corpus da presente pesquisa. Segundo, porque através desse recorte foi possível apreender tanto as estratégias paratextuais utilizadas para promover essa obra no Brasil, como verificar as escolhas tradutológicas adotadas para traduzir aspectos da língua e da cultura malinquê presentes nessa narrativa.

Ademais, o estudo da tradução do romance de Ahmadou Kourouma deu visibilidade a um escritor que, embora considerado, no exterior, um dos grandes expoentes da literatura de autoria africana, no Brasil, ainda é pouco conhecido, sendo escassos os trabalhos voltados a sua produção literária. Acredita-se, igualmente que o viés tradutológico aqui escolhido permitiu revelar que, apesar de ser um escritor africano escrevendo em língua ocidental, seu romance está inserido em um contexto de hibridismo linguístico e cultural, fruto da mistura da língua francesa com a língua e cultura malinquê. Nesse sentido, a abordagem sobre a tradução para o português do Brasil da obra Allah n’est pas obligé se torna importante para a própria constituição do campo de estudo das literaturas de autoria africana.

Para a análise desse romance, considerou-se que a tradução pode ser realizada de duas formas distintas: uma quando o texto é domesticado de tal forma que se apaga todo traço estranho à cultura de chegada, e a outra quando a tradução vai de encontro ao etnocentrismo e valoriza o intercâmbio de ideias, culturas e escritas (BERMAN, 1984). Considerando os conceitos de estrangeirização e domesticação, de Lawrence Venuti (2002), e o conceito de ética positiva, de Antoine Berman (2007), pode-se afirmar que as estratégias tradutológicas empregadas pela tradutora Flávia Nascimento mantiveram no texto traduzido elementos da língua e da cultura malinquê. A manutenção dessas marcas de oralidade do discurso africano presente na escrita de Ahmadou Kourouma possibilitou ao leitor brasileiro um maior enriquecimento cultural, por eles não fazerem parte dos padrões domésticos da cultura de chegada. Pode-se afirmar ainda que essas escolhas estrangeirizadoras que orientaram a tradução do romance têm uma dupla relevância, dado que essa obra faz parte de uma literatura que ainda tem pouca visibilidade no Brasil.

Por fim, chega-se ao término desta pesquisa reconhecendo que, embora o objetivo de compreender a circulação da literatura de autoria africana de língua francesa no Brasil tenha sido executado, outros caminhos analíticos ainda ficam por ser trilhados.

Seria válido, por exemplo, fazer um estudo mais aprofundado sobre as outras oito obras de língua francesa contempladas nos onze catálogos, de forma a explorar as estratégias

tradutológicas a que os editores e os tradutores recorreram, ou ainda analisar como as cento e vinte e duas obras aqui identificadas foram recebidas no contexto brasileiro de um ponto de vista da crítica literária.

Outro tema interessante para futuras investigações seria fazer entrevistas com as editoras para conhecer, de forma mais detalhada, o processo de escolha das obras, os obstáculos para publicá-las, além de questões relacionadas ao custo e venda das mesmas, entre outros aspectos.

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