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A Constituição Imperial do Brasil

No documento Posturas do Recife Imperial (páginas 113-120)

A CÂMARA MUNICIPAL DO RECIFE CONSAGRANDO A MEMÓRIA PORTUGESA

2.3 OS MOVIMENTOS DE CONSTITUIÇÃO DO BRASIL NAÇÃO

2.3.1 A Constituição Imperial do Brasil

Logo depois da Independência, o Estado brasileiro se organiza em torno do projeto constitucional, elaborado pela Assembléia Constituinte de 1823, que não chegou a se converter em Lei, devido à dissolução prematura da Assembléia225. O seu Projeto, entretanto, sintetizava

224 Para uma leitura aprofundada do Império brasileiro ver: ALEAL (1915), E.VIOTTI(1985), M.O.LIMA(1989),

I.MARSON(1991), M.C.ANDREADE, E.FERNANDES & S.CAVALCANTI(2000)

225 Esta Assembléia Constituinte havia sido convocada em Junho de 1822 (antes da Independência), mas só se

reuniu em Maio de 1823. O Partido Brasileiro estava dividido em duas facções: a conservadora e a liberal. A primeira, liderada pelos irmãos Andrada (José Bonifácio, Martim Francisco e Antônio Carlos), pretendia um governo fortemente centralizado, com uma monarquia de amplos poderes e assessorada por um ministério. Os liberais defendiam uma monarquia constitucional, que restringisse o poder do monarca, sendo favoráveis à liberdade de expressão e de iniciativa, à descentralização administrativa e à ampla autonomia das províncias. Os conflitos políticos afastaram da constituinte os mais combativos liberais, ficando garantida a elaboração de

uma constituição por uma maioria conservadora. Por outro lado, o imperador anistiou inimigos políticos de José Bonifácio e de seus irmãos, iniciando-se assim os desentendimentos entre estes e D. Pedro, resultando na demissão de José Bonifácio do principal Ministério imperial. Esse afastamento aproximou o Partido Português do imperador. Renegados por D. Pedro, os Andrada aderiram à luta pela limitação dos poderes do imperador na Constituição em elaboração. O projeto de Antônio Carlos Andrada estava em discussão, quando D. Pedro I determinou a dissolução da Assembléia Constituinte, motivado pela decisão dos deputados de veto imperial às leis criadas pela Assembléia.

as condições políticas do Estado brasileiro de então, expressando a supremacia dos proprietários rurais sobre a burguesia mercantil do Brasil e do Reino português226.

O objetivo dos legisladores brasileiros era substituir as restrições políticas e econômicas do regime colonial pela estrutura de um Estado nacional. A maioria daqueles que integravam a cultura intelectual brasileira da época compunha o quadro dos constituintes de 1823 e havia-se formado na filosofia francesa do século XIX. Isso contribuía para que os propósitos constitucionais se alinhassem às idéias centrais dos sistemas políticos e filosóficos que orientaram a revolução européia – francesa e inglesa, especialmente – que se pautavam na liberdade econômica e na soberania nacional. Na falta de um sistema original, os constituintes apegaram-se às idéias vigentes na Europa, fazendo o que, de certa forma, já realizara o Código Napoleônico: adaptando os princípios do direito romano à realidade burguesa do século XIX.

O processo que envolveu a Assembléia de 1823 foi conflituoso227 e as determinações

que esta Assembléia elaborara levaram à sua própria dissolução pelo Imperador. Face aos conflitos entre brasileiros e portugueses, a Constituição havia determinado a inelegibilidade de estrangeiros, residentes no país ha menos de 12 anos; fixava um determinado nível de renda para o eleitor e para o candidato – deixando fora a maioria da população; garantia a liberalização da economia; mantinha a escravidão; e restringia os poderes do imperador, negando o poder de veto imperial sobre as leis criadas pela Assembléia.

A restrição aos poderes do imperador levou D. Pedro I a dissolver a Assembléia Constituinte e a convocar um Conselho de Estado para elaborar um novo projeto que foi concluído em 1824. A Constituição Imperial estabelecia, então, uma rígida centralização de poder nas mãos do Imperador, um governo monárquico e hereditário, o catolicismo como religião oficial, o poder do Estado sobre a Igreja, o voto censitário e não secreto, além de

226 C.PRADO Jr (1985 p. 54) argumenta que uma constituição é sempre a tradução do equilíbrio político de uma

sociedade em normas jurídicas fundamentais. Ela reflete as condições políticas reinantes, ou seja, os interesses da classe que domina e a forma pela qual exerce o seu domínio. Segundo este autor, no caso do Projeto Constitucional de 1823, os constituintes brasileiros, ao elaborarem-na, buscaram seus modelos nas doutrinas então em voga, expressas nas Constituições da época – na inglesa e na francesa, principalmente – e nos princípios filosóficos e políticos do “contrato social” de Jean Jacques ROUSSEAU. Contudo, por se defrontarem

com condições sociais diferenciadas às daquelas nações, os legisladores constitucionais brasileiros adotaram idéias do sistema político que exprimiam na Europa as reivindicações do Terceiro Estado, especialmente da burguesia comercial e industrial, contra a nobreza feudal – os proprietários de terra. No Brasil, contudo, esta situação se apresentava invertida, o que levaram aos constituintes a adotarem os mesmos meios para fins diversos.

227 A oposição entre brasileiros, buscando sua autonomia, e portugueses, querendo preservar os interesses

eleições indiretas. Também expressava a influência dos princípios europeus e incorporava duas idéias, defendidas pelos irmãos Andrada desde a Constituinte de 1823 - o poder monárquico, que de certa forma consagra a tradição do reino português e de alguns países europeus, e o federalismo, que teve nos Estados Unidos da América do Norte o grande exemplo.

A Constituição Imperial de 1824 introduziu, como um dado novo, a divisão de poderes políticos, defendida por MONTESQUIEU, na sua versão mais corrente - que compreende os

poderes legislativo, executivo e judiciário – e foi buscar em Benjamin CONSTANT a idéia do

quarto poder – o poder moderador. Todos esses poderes eram entendidos como delegações da

Nação, mas o Imperador (que exercia o poder moderador e chefiava o executivo) e a

Assembléia Geral, que desempenhava o poder legislativo, eram considerados representantes da

Nação Brasileira (art. 11). Ao colocar o poder judiciário em plano diferente, a Constituição o

caracterizava como independente, composto de Juízes e Jurados, os quais teriam lugar, no cível

como no crime, nos casos e pelo modo que os códigos determinarem (art. 151). Assegurava, assim, sua

importância, sem lhe consagrar natureza política.

Segundo L.DELGADO (1974), a divisão de poder já representa, em si, um esforço de

limitação do exercício da autoridade, ao criar na composição do poder um sistema de freios e equilíbrios. Conforme o próprio texto constitucional,

“a divisão e harmonia dos poderes políticos é o princípio conservador dos direitos dos cidadãos e o mais seguro meio de fazer efetivas as garantias que a Constituição oferece”(art. 9).

Os poderes instituídos tinham as suas atribuições bem definidas, bem como a explicitação daqueles que a exerceriam: o poder Executivo seria exercido pelo imperador e por ministros por ele nomeados e demitidos; o poder Legislativo competia aos deputados eleitos por quatro anos e aos senadores nomeados em caráter vitalício; o poder Judiciário cabia ao Supremo Tribunal de Justiça; e o poder Moderador era da competência do próprio imperador, assessorado por um Conselho de Estado por ele nomeado. Através do poder Moderador o Imperador, exercia, na prática, um poder absoluto, o que levou a descontentamentos de vários setores da sociedade. Apenas o Partido Português se entusiasmava diante do aprofundamento das divergências entre o Imperador e os brasileiros. Contudo, a organização política se manteve e se consolidou no Segundo Reinado a partir dessa estrutura de poder.

O federalismo, implantado para gestão do vasto território brasileiro, que permaneceu pela Constituição dividido em Províncias, na forma em que se encontrava na época (art. 2º),

introduziu a hierarquização administrativa, que foi estabelecida entre o governo imperial e provincial, ficando o governo do município submetido ao governo da Província228. Cada uma

dessas instâncias foi submetida à instância superior, que culminava com a decisão do Imperador.

A Figura 1 esquematiza a estrutura organizacional do Império do Brasil, conforme o disposto na Carta de Lei de 1824.

FIGURA1 – Esquema das relações dos Poderes Políticos durante o Parlamentarismo no Império. Fonte: Carta da Lei de 25.03.1824. [Interpretação e desenho da autora]

Ao nível das Províncias, o poder legislativo era representado pelos Conselhos Gerais de Província, posteriormente substituídos pelas Assembléias Legislativas Provinciais (Ato Adicional de 1834), enquanto o poder executivo ficava nas mãos do Presidente da Província. Não havia poder judiciário, reservado à esfera imperial, e representado nas Províncias pelos Tribunais de Relações, conforme previa a Constituição: relações que fossem necessárias para a

228 Segundo H.MEIRELLES (2001, p. 39 e 44), em revisão de sua obra O Direito Municipal Brasileiro, o Município

no Brasil só ganhou autonomia na Constituição de 1891, juntamente com o Estado-membro, “com a só diferença de que o Estado-membro participa da soberania da União, porque a integra como membro vital de sua organização, ao passo que o Município desfruta de uma autonomia local, outorgada pela Constituição.” Só a “Constituição da República de 1988, corrigindo falha das anteriores, integrou o Município na Federação como ‘entidade de terceiro grau’ (arts. 1º e 18)”. Embora tenha sido sempre peça essencial da organização político-administrativa brasileira, o Município permaneceu, até 1988, excluído como entidade integrante da Federação.

ASSEMBLÉIA GERAL

9 Vereadores LEGENDA

1 Procurador Governo Imperial

1 Porteiro e ajudantes Governo Provincial

Fiscais e suplentes Governo Municipal PODER MODERADOR

(Imperador)

PODER LEGISLATIVO PODER EXECUTIVO PODER JUDICIÁRIO

Câmara dos

Deputados Câmara dos Senadores

Conselho Geral de Província (1821-1834) Assembléia Legislativa Provincial (1835-1889) Câmara Municipal Ministério Conselho de Estado Presidente de

Província Tribunal de Relações Supremo Tribunal Atuação na Sede do Império Atuação nas Províncias Força Militar

comodidade do povo (art. 158). Quanto ao município, a Constituição de 1824 dispõe sobre a sua

administração, através das Câmaras Municipais, no Título VII, referente à Administração e

Economia das Províncias, remetendo para lei regulamentar o detalhamento de suas funções, entre

as quais se inserem a formação de posturas municipais (Art. 169). A Lei regulamentar de 1º de Outubro de 1828 vem consolidar a mais estreita subordinação administrativa e política das municipalidades aos Presidentes das Províncias.

Com o estabelecimento do regime constitucional representativo, que trouxe consigo o Parlamento, os Conselhos Gerais de Província e a liberdade de imprensa, as Câmaras municipais perderam parte de sua importância. No espírito do governo representativo, a Constituição de 1824 reconhecia a todo cidadão o direito de intervir nos negócios de sua Província, exercendo esse direito através dos seus representantes nos Conselhos Gerais de Província e nas Câmaras Municipais (art. 71). Tal representação seria feita por eleições indiretas229, ou seja, a massa de cidadãos ativos elegia em assembléias paroquiais os eleitores de

Província que, por sua vez, elegiam os representantes da Nação e da Província (art. 90). O fator renda se constituía um parâmetro para exclusão do acesso ao voto e a qualquer cargo eletivo nacional ou local. Era exigida a renda líquida anual mínima, por bens de raiz, indústria, comércio ou empregos, de 100 mil réis, para votar nas Assembléias paroquiais (art. 92); 200 mil réis, para se constituírem eleitores dos Deputados, Senadores e membros dos Conselhos de Província (art. 94); e 400 mil réis, para serem nomeados Deputados (art. 95). Os estrangeiros naturalizados, desde que atendessem ao requisito da renda, teriam acesso ao voto e à nomeação de cargos públicos, exceto ao de Deputado (art. 95). Por tal disposição, apenas os brasileiros natos ocupariam os cargos da Assembléia Geral, o que impedia o acesso aos portugueses mesmo àqueles naturalizados brasileiros.

229 A Constituição Política do Império de 1824 estabelece que só teria direito ao voto nas eleições primárias das

Assembléias paroquiais os cidadãos brasileiros em gozo de seus direitos políticos e os estrangeiros naturalizados (art. 91), excetuando-se: (1) os menores de 25 anos, ou de 21 anos caso fossem casados ou oficiais militares, os bacharéis formados e clérigos de ordens sacras; (2) os filhos de família em companhia dos pais, exceto se servissem em ofícios públicos; (3) os criados de servir, exceto os guarda-livros e primeiros caixeiros das casas de comércio, os criados da Casa Imperial que não forem de galão branco, os administradores de fazendas rurais e fábricas; (4) os religiosos e quaisquer que viviam em comunidade claustral; (5) os que não tiverem renda líquida anual de cem mil réis por bens de raiz, industria, comércio ou empregos (arts. 93 a 94). Aqueles que não pudessem votar nas Assembléias primárias de paróquia não poderiam ser membros, nem votar na nomeação de alguma autoridade eletiva nacional ou local (art. 93). Além desses, eram excluídos da votação na eleição dos Deputados, Senadores e membros dos Conselhos de Província os libertos, os criminosos pronunciados em querela ou devassa e aqueles que não tivessem renda liquida anual de 200 réis por bens de raiz, indústria, comércio ou emprego (art. 94), bem como eram excluídos da possibilidade de serem nomeados Deputados, os estrangeiros naturalizados, os que não professassem a religião do Estado e os que não tiverem 400 mil réis de renda líquida anual por bens de raiz, indústria, comércio ou emprego (art. 95).

Os Conselhos Gerais de Província, inseridos no contexto do Poder Legislativo, tinham por atribuição principal discutir e deliberar sobre negócios da Província e propor projetos necessários e urgentes às suas localidades (art. 81). Os projetos propostos pelas Câmaras Municipais seriam enviados aos Conselhos Gerais de Província, onde seriam discutidos a portas abertas, como era também prevista a discussão daqueles projetos propostos pelos próprios Conselhos (art. 82). As resoluções dos Conselhos Gerais de Província deveriam ser diretamente remetidas ao Poder Executivo através do Presidente da Província (art. 84), para serem discutidos na Assembléia Geral e aprovadas como projetos de lei, obtendo a aprovação da Assembléia por uma única discussão em cada Câmara – dos Deputados e dos Senadores. Isto se a Assembléia estivesse reunida (art. 85), caso contrário, o Imperador as mandaria provisoriamente executar (art. 86), ou as suspenderia para posterior exame da Assembléia. (art. 87 e 88). Competia à Assembléia Geral regular através de regimento a atuação dos Conselhos Gerais de Província em seus trabalhos e em sua polícia interna e externa (art. 89).

O Conselho de Estado, proposto no âmbito do Poder Executivo, era composto de Conselheiros vitalícios, nomeados pelo Imperador (art. 137), em número que não excedesse a dez (art. 138), não estando compreendidos neste número os Ministros de Estado (art. 139). Esses conselheiros seriam ouvidos em todos os negócios graves e em todas as medidas gerais da administração pública, principalmente aquelas que envolvessem nações estrangeiras, como declaração de guerra, ajustes de paz, entre outras (art. 142). No âmbito do poder judiciário, a Constituição de 1824 cria um sistema judiciário que devia suceder ao recebido da antiga metrópole. Os órgãos superiores da administração portuguesa que incluíam os tribunais maiores - o Desembargo do Paço, a Casa de Suplicação e a Mesa da Consciência e Ordens – foram substituídos, na nova ordem, por um órgão de cúpula - o Supremo Tribunal – o qual foi organizado pela Lei de 18 de setembro de 1828.

Os descontentamentos resultantes da Carta Constitucional outorgada em 1824 se manifestam fortemente, especialmente em Pernambuco, onde já se encontrava instalado um clima revolucionário, que se mantinha latente desde 1817, e que resultou na Confederação do Equador230. Outros centros do país, também, se colocavam em oposição à política do

230 Nos anos que cercaram a instalação do governo imperial, Pernambuco era uma das mais importantes

províncias do Império, além de se constituir o empório comercial de todo o Nordeste e de concentrar uma grande exploração agrícola monopolizadora de riqueza. Passados sete anos desde a Insurreição Pernambucana de 1817, o setor açucareiro continuava em crise e, durante o período que separou as duas revoluções, sedimentaram-se as idéias liberais, como a república, o federalismo e a abolição da escravatura. Por outro lado, Pernambuco vivia em clima de agitação política desde 1822, quando foi destituída, por José Bonifácio de

Imperador, o que contribuiu para o caráter conflituoso do Primeiro Reinado - a ameaça de recolonização na Bahia e na província Cisplatina, ocupadas por tropas portuguesas; o Pará insubmisso ao governo imperial; e Minas Gerais em acirrada oposição a D. Pedro I.

A consolidação definitiva da independência política nacional se deu a partir de abril de 1831, com a abdicação de D. Pedro I, que deu início ao período regencial. Ainda durante este período, as lutas travadas no país assumiram grande complexidade. Ao lado dos motivos regionais de descontentamento das próprias camadas dirigentes, permeadas pelas idéias liberais que pautaram a independência e a constitucionalização do país, uma série de violentas reivindicações populares provocando composições entre os grupos dominantes, se expressou em movimentos de revolta em São Paulo e Minas Gerais, em 1842, e em Pernambuco, em 1848, com a rebelião Praieira.231

O restabelecimento da ordem significou centralização política e abafamento das pretensões das camadas inferiores da população. A paz interna do país assentou-se na solidez da estrutura agrária, fundada na escravidão. As contendas políticas passaram a se travar no plano nacional e no meio da classe poderosa dos senhores rurais. O eixo político, por sua vez, se deslocou segundo o itinerário da riqueza agrícola - as culturas do açúcar, do algodão e do café - e dos escravos que as tornavam produtivas.

Na segunda metade do século XIX, as massas populares foram mantidas numa sujeição completa a leis e instituições opressivas. A intensa vida política da primeira metade do século foi substituída pela passividade. O país assistiu à transferência do poder do Estado para as mãos do senhorio rural, que deixava de operar no plano restrito das municipalidades, como o fizera no período colonial, passando a projetar sua importância econômica, social e política em toda a extensão do Império.

Com relação ao legislativo, assiste-se, ao longo do século XIX, à promulgação de uma seqüência de Códigos e Leis que passam a regulamentar matérias específicas do direito. Um processo que se instala, não apenas no Brasil, mas se insere num movimento maior, trazido

Andrada, a Junta Democrática e Independente que governava a província, tendo a frente o governador Pais de Andrade. Esta Junta foi substituída por outra de caráter conservador, com o governador Francisco Pais Barreto. Os liberais, tendo a frente Ciprino Barata e Frei Caneca, veteranos de 1817, exigiam o federalismo e a república. A 2 de Fevereiro de 1824, o ex-governador Pais de Andrade proclamou a Confederação do Equador, que veio a abranger as províncias do Nordeste, desde Sergipe, ao sul, até o Ceará, ao norte. Contudo, o movimento teve curta duração, tendo sido reprimido, ainda, em 1824.

pelo liberalismo, que inicia um processo de transformações político-institucional-legislativas que se difunde entre os países ocidentais.

No documento Posturas do Recife Imperial (páginas 113-120)

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