• Nenhum resultado encontrado

Dívida Direta do Estado

No documento Conta Geral do Estado 2018 (páginas 140-146)

III. 2.1.4.2. Cativos

III.4. Ativos e Passivos das Administrações Públicas

III.4.1. Dívida Direta do Estado

Situação Financeira das Administrações Públicas

120

Conta Geral do Estado de 2018

Destes, destacamos o programa Erasmus+ e os Fundos de Segurança e Fronteiras Europeias (FSFE), pela sua expressão financeira, que representaram o recebimento em 2018 de 67,3 milhões de euros e 8,4 milhões de euros, respetivamente, num total de 75,7 milhões de euros.

Erasmus+ é o programa da União Europeia (UE) nos domínios da educação, formação, juventude e desporto para o período de 2014-2020, sendo gerido diretamente por esta, havendo nos diversos Estados-membros entidades de gestão, mas que não estão incluídas na estrutura de governação do Acordo de Parceria para o período 2014-2020. Já os FSFE, constituídos pelo Fundo Asilo, Migração e Integração (FAMI) e o Fundo para a Segurança Interna (FSI), representam uma prioridade resultante dos desafios decorrentes das tensões geopolíticas. Neste âmbito, destaca-se o financiamento de ações como a ajuda de emergência, a recolocação, o controlo de fronteiras, a reinstalação e o regresso e a integração de refugiados e requerentes de asilo; o financiamento de ações e iniciativas que visam uma União da Segurança (exemplo da luta contra as ciberameaças e a radicalização); o Corpo Europeu de Solidariedade, que reúne jovens de toda a UE para trabalho voluntário de forma a responder a situações de crise; e o financiamento de ajuda humanitária.

III.4.Ativos e Passivos das Administrações Públicas

III.4.1.Dívida Direta do Estado

No final de 2018, o saldo da dívida direta do Estado (antes de swaps), apurada numa ótica de contabilidade pública, cifrou-se em 245,6 mil milhões de euros, o que representa um aumento de 7,3 mil milhões de euros face ao verificado em 2017. A variação decorre essencialmente do aumento do saldo de Obrigações do tesouro (OT), de Obrigações do tesouro de Rendimento Variável (OTRV), de Certificados especiais da Dívida Pública (CEDIC) e de Certificados do Tesouro (CT), parcialmente compensados pelo decréscimo dos empréstimos do Programa de Assistência Económica e Financeira (PAEF) e do saldo de Bilhetes do tesouro (BT).

Em 2018, a principal fonte de financiamento líquido da República foi a emissão de dívida de médio e longo prazo. O peso relativo das OT no saldo de dívida aumentou de 49% em 2017 para 50,9% no final de 2018. Incorporando na análise o saldo de OTRV e de Medium Term Notes (MTN) em euros, o peso relativo da dívida transacionável de médio e longo prazo emitida em euros fixou-se em 55,1%, contra 52,9% em 2017.

O peso dos instrumentos de retalho — Certificados de Aforro (CA) e Certificados do tesouro (CT) — registou um incremento ligeiro, ao passar de 11,3% para 11,5%, refletindo essencialmente o comportamento positivo dos Certificados do tesouro Poupança Crescimento (CTPC).

O aumento registado na dívida de curto prazo (em euros) decorre essencialmente das emissões líquidas de CEDIC, que mais do que compensaram a redução verificada no saldo de BT e das contas-margem recebidas no âmbito de operações de derivados para cobertura de risco de taxa de juro e cambial.

Situação Financeira das Administrações Públicas

Conta Geral do Estado de 2018

121

Em contrapartida, os empréstimos do PAEF registaram uma diminuição do peso relativo (de 23,9%

para 21%), em virtude do reembolso antecipado do crédito em dívida ao FMI, num montante de 4,6 mil milhões de Direito de Saque Especial (DSE)83 em 2018, equivalente a 5,5 mil milhões de euros.

O saldo da dívida direta do Estado após cobertura de derivados registou um acréscimo de 7,4 mil milhões de euros, situando-se em 245 mil milhões de euros, o que reflete os efeitos favoráveis das coberturas cambiais no valor de 572 milhões de euros.

Quadro 68 — Estrutura da dívida direta do Estado: Evolução

(milhões de euros)

Fonte: Agência de Gestão da Tesouraria e da Dívida Pública — IGCP, E.P.E.

Nota: (1) No seguimento da alteração metodológica decidida pelas autoridades estatísticas nacionais, o stock da dívida direta do Estado passou também a incluir, a partir de 2015, as contas-margem recebidas no âmbito de operações de derivados para cobertura de risco de taxa de juro e cambial, cujo saldo no final de 2015 ascendia a 2106 milhões de euros. O stock de dívida dos anos anteriores aqui apresentado não inclui o saldo das contas-margem.

Necessidades e fontes de financiamento do Estado

Em 2018, as necessidades líquidas de financiamento do subsetor Estado, apuradas na ótica da contabilidade pública, ascenderam a aproximadamente 7,3 mil milhões de euros, o que representa um decréscimo de sensivelmente 3 mil milhões de euros face a 2017. Tal resulta essencialmente da redução anual da aquisição líquida de ativos financeiros (em cerca de 1,5 mil milhões de euros) e do défice orçamental do subsetor Estado em contabilidade pública (em cerca de 1,1 mil milhões de euros).

As amortizações de dívida fundada totalizaram 37,3 mil milhões de euros, cerca de 7,7 mil milhões abaixo do observado em 2017. Esta evolução ficou a dever-se, nomeadamente, aos reembolsos antecipados do empréstimo do FMI, que ascenderam a 5,5 mil milhões de euros (menos 4,5 mil milhões do que em 2017), concluindo assim o pagamento do empréstimo. Desta forma, as necessidades brutas de financiamento ascenderam a 44,7 mil milhões de euros, uma redução de 10,7 mil milhões de euros face ao ano precedente.

Em 2018, o financiamento fundado, numa perspetiva de ano civil, ascendeu a 44,9 mil milhões de euros, com a totalidade das emissões a serem realizadas no próprio ano a que as necessidades

83 Cabaz composto por USD, EUR, GBP, JPY e CNY.

Montante % Montante % Montante % Valor %

OT - Obrigações do Tesouro 110 076 46,6 116 832 49,0 125 095 50,9 8 263 7,1

OTRV - Obrigações do Tesouro Rendimento Variável 3 450 1,5 6 950 2,9 7 950 3,2 1 000 14,4

CT - Certificados do Tesouro 11 281 4,8 15 033 6,3 16 418 6,7 1 384 9,2

CA - Certificados de Aforro 12 922 5,5 11 941 5,0 11 872 4,8 -69 -0,6

Dívida de curto prazo em euros(1) 22 439 9,5 19 956 8,4 21 697 8,8 1 741 8,7

da qual: BT - Bilhetes do Tesouro 15 136 6,4 15 458 6,5 13 660 5,6 -1 798 -11,6

Outra dívida em euros (excluindo ajuda externa) 3 795 1,6 6 656 2,8 6 883 2,8 227 3,4

Dívida em moedas não euro (excluindo ajuda externa) 4 364 1,8 3 840 1,6 4 017 1,6 177 4,6

PAEF - Programa de Assistência Económica e Financeira 67 956 28,8 57 056 23,9 51 628 21,0 -5 427 -9,5 FEEF - Facilidade Europeia de Estabilização Financeira 27 328 11,6 27 328 11,5 27 328 11,1 0 0,0 MEEF - Mecanismo Europeu de Estabilização Financeira 24 300 10,3 24 300 10,2 24 300 9,9 0 0,0

FMI - Fundo Monetário Internacional 16 327 6,9 5 427 2,3 - - -5 427 -100,0

TOTAL 236 283 100,0 238 263 100,0 245 558 100,0 7 295 3,1

Efeito cambial da cobertura de derivados (líquido) -2 362 -687 -572 115

Dívida total após cobertura de derivados 233 921 237 576 244 987 7 410

2016 2017

Execução orçamental Instrumentos 2018

Variação homóloga 2018 vs 2017

Situação Financeira das Administrações Públicas

122

Conta Geral do Estado de 2018

orçamentais dizem respeito. O saldo de financiamento a transitar para o orçamento de 2019 aumentou ligeiramente face ao observado em 2017, fixando-se em cerca de 723 milhões de euros.

Quadro 69 — Necessidades e fontes de financiamento do Estado: Evolução

(milhões de euros)

Fonte: Direção-Geral do Orçamento e Agência de Gestão da Tesouraria e da Dívida Pública — IGCP, E.P.E.

Nota: (1) Em 2017, com a passagem da ADSE do subsetor dos Serviço Integrados (SI) para o dos Serviços e Fundos Autónomos (SFA), o Estado transferiu o saldo de gerência desta entidade (434 milhões de euros) para os SFA.

Analisando os valores executados por comparação com a previsão inicial, inscrita no Relatório do OE2018, as necessidades brutas de financiamento foram superiores em 3,7 mil milhões de euros. Este incremento decorre sobretudo de um maior volume de amortizações face ao projetado (7,2 mil milhões de euros), que não foi inteiramente compensado pela redução verificada nas necessidades líquidas de financiamento (3,4 mil milhões de euros). O aumento registado no montante de amortizações resulta de um maior volume de pagamentos antecipados ao FMI (permitindo o reembolso da totalidade do empréstimo ainda em 2018) e de amortizações de OT (associadas, nomeadamente, à operação de troca efetuada em dezembro e a um conjunto de recompras bilaterais executadas no decorrer do ano).

Numa ótica de ano civil, o financiamento fundado em 2018 excedeu a previsão em 6 mil milhões de euros. Também neste âmbito, a operação de troca de OT efetuada em dezembro teve um impacto relevante, na medida em que o valor de encaixe da dívida emitida na operação ascendeu a 2,3 mil milhões de euros. Adicionalmente, as emissões de CEDIC no total do ano foram superiores à previsão inicial em cerca de 2,4 mil milhões de euros.

2016 2017 2018 Valor %

1. NECESSIDADES LÍQUIDAS DE FINANCIAMENTO 7 718 10 380 7 256 -3 124 -30,1

Défice orçamental 6 132 4 786 3 583 -1 203 -25,1

Aquisição líquida de ativos financeiros (exceto receita de privatizações) 2 128 5 160 3 673 -1 488 -28,8

Reforço da estabilidade financeira 0 0 0 0

Dotação para o FRDP -542 0 0 0 -100,0

Transferência de saldo de gerência da ADSE 1 0 434 0 -434 -100,0

Receita de privatizações (-) 0 0 0 0

2. AMORTIZAÇÕES E ANULAÇÕES (dívida fundada) 38 472 44 981 37 320 -7 661 -17,0

Certificados de Aforro + Certificados do Tesouro 778 1 762 1 697 -65 -3,7

Dívida de curto prazo em euros 22 627 22 439 20 690 -1 748 -7,8

Dívida de médio e longo prazo em euros 10 746 11 070 9 824 -1 246 -11,3

Dívida em moedas não euro 4 647 10 013 5 515 -4 498 -44,9

Fluxos de capital de swaps (líq.) -326 -302 -406 -104 34,4

3. NECESSIDADES BRUTAS DE FINANCIAMENTO (1 + 2) 46 190 55 361 44 576 -10 785 -19,5

4. FONTES DE FINANCIAMENTO 52 976 55 925 45 429 -10 496 -18,8

Saldo de financiamento de orçamentos anteriores 4 090 6 777 564 -6 214 -91,7

Emissões de dívida no próprio ano 48 886 49 148 44 865 -4 282 -8,7

Emissões de dívida no periodo complementar 0 0 0 0

5. SALDO DE FINANCIAMENTO PARA EXERCÍCIOS SEGUINTES (4 - 3 + 6) 6 777 564 740 176 31,2

p.m. 6. Discrepância estatística -9 0,0 -113 -113

p.m. EMISSÕES DE DÍVIDA NO ANO CIVIL (dívida fundada) 48 886 49 148 44 865 -4 282 -8,7

Relativas ao orçamento do ano anterior (período complementar) 0 0 0 0

Relativas ao orçamento do ano 48 886 49 148 44 865 -4 282 -8,7

Variação homóloga 2018 vs 2017 Execução orçamental

Situação Financeira das Administrações Públicas

Conta Geral do Estado de 2018

123

Quadro 70 — Necessidades e fontes de financiamento do Estado: Comparação com a previsão (milhões de euros)

Fonte: Direção-Geral do Orçamento e Agência de Gestão da Tesouraria e da Dívida Pública — IGCP, E.P.E.

Nota: (1) Em 2017, com a passagem da ADSE do subsetor dos Serviço Integrados (SI) para o dos Serviços e Fundos Autónomos (SFA), o Estado transferiu o saldo de gerência desta entidade (434 milhões de euros) para os SFA.

As necessidades líquidas de financiamento em 2018 foram asseguradas maioritariamente por financiamento líquido de dívida transacionável de médio e longo prazo em euros, com destaque para o volume de emissões líquidas de OT (9,1 mil milhões de euros) e de OTRV (1000 milhões). A este montante acresceram emissões líquidas de instrumentos de retalho (CA e CT), num montante de 1,3 mil milhões de euros, e de certificados especiais de dívida pública (CEDIC e CEDIM), num montante de 3,9 mil milhões de euros.

O contributo positivo destes instrumentos serviu para financiar as necessidades líquidas de financiamento do Estado e para cobrir a referida amortização do empréstimo do FMI no valor de 5,5 mil milhões de euros. Permitiu ainda reduzir o saldo da outra dívida em euros em 885 milhões de euros (dos quais 821 milhões na dívida de curto prazo e 64 milhões na dívida de médio e longo prazo).

Previsão

inicial Previsão

corrigida Execução Diferença Variação (%) Grau de execução

(%)

(1) (2) (3) (4)=(3)-(1) (5)=[(3)-(1)]/(1)*100 (6)=(3)/(1)

1. NECESSIDADES LÍQUIDAS DE FINANCIAMENTO 10 782 8 522 7 339 -3 443 -31,9 76,4

Défice orçamental 5 438 3 116 3 666 -1 772 -32,6 55,5

Aquisição líquida de ativos financeiros (exceto receita de privatizações) 5 344 5 406 3 673 -1 671 -31,3 122,3

Reforço da estabilidade financeira 0 0 0 0

Dotação para o FRDP 0 0 0 0

Transferência de saldo de gerência da ADSE1 0 0 0 0

Receita de privatizações (-) 0 0 0 0

2. AMORTIZAÇÕES E ANULAÇÕES (dívida fundada) 30 145 33 744 37 320 7 175 23,8 111,0

Certificados de Aforro + Certificados do Tesouro 1 036 1 727 1 697 661 63,8 70,7

Dívida de curto prazo em euros 21 055 20 692 20 690 -365 -1,7 90,4

Dívida de médio e longo prazo em euros 6 772 8 473 9 824 3 052 45,1 136,9

Dívida em moedas não euro 1 436 2 889 5 515 4 079 284,0 367,5

Fluxos de capital de swaps (líq.) -154 -37 -406 -252 163,5- 118,1

-3. NECESSIDADES BRUTAS DE FINANCIAMENTO (1 + 2) 40 927 42 266 44 659 3 732 9,1 103,3

4. FONTES DE FINANCIAMENTO 41 084 43 256 45 429 4 345 10,6 96,7

Saldo de financiamento de orçamentos anteriores 2 242 564 564 -1 678 -74,9 14,9

Emissões de dívida no próprio ano 38 842 42 692 44 865 6 023 15,5 103,9

Emissões de dívida no periodo complementar 0 0 0 0

5. SALDO DE FINANCIAMENTO PARA EXERCÍCIOS SEGUINTES (4 - 3 + 6) 157 990 723 566 360,3 19,4

Saldo disponível de financiamento para exercícios seguintes 157 990 723 566 360,3

19,4-p.m. EMISSÕES DE DÍVIDA NO ANO CIVIL (dívida fundada) 38 842 42 692 44 865 6 023 15,5 103,9

Relativas ao orçamento do ano anterior (período complementar) 0 0 0 0

Relativas ao orçamento do ano 38 842 42 692 44 865 6 023 15,5 103,9

2018 Execução vs Previsão

Situação Financeira das Administrações Públicas

124

Conta Geral do Estado de 2018

Quadro 71 — Composição do financiamento: Evolução

(milhões de euros)

Fonte: Agência de Gestão da Tesouraria e da Dívida Pública — IGCP, E.P.E.

Nota: (1) Em 2017, com a passagem da ADSE do subsetor dos Serviço Integrados (SI) para o dos Serviços e Fundos Autónomos (SFA), o Estado transferiu o saldo de gerência desta entidade (434 milhões de euros) para os SFA.

Comparando a execução com a previsão inicial do Relatório do OE2018, verificou-se um financiamento líquido inferior em 1,2 mil milhões de euros em 2018, com o grau de execução a fixar- -se em 86,8%.

Quadro 72 — Composição do financiamento: Comparação da execução com a previsão

(milhões de euros)

Fonte: Agência de Gestão da Tesouraria e da Dívida Pública — IGCP, E.P.E.

2016 2017 2018 Valor %

1. NECESSIDADES LÍQUIDAS DE FINANCIAMENTO 7 718 10 380 7 339 -3 041 -29,3

Défice orçamental 6 132 4 786 3 666 -1 120 -23,4

Aquisição líquida de ativos financeiros (exceto receita de privatizações) 2 128 5 160 3 673 -1 488 -28,8

Reforço da estabilidade financeira 0 0 0 0

Dotação para o FRDP -542 0 0 0 -100,0

Transferência de saldo de gerência da ADSE 1 0 434 0 -434 -100,0

Receita de privatizações (-) 0 0 0 0

2. AMORTIZAÇÕES E ANULAÇÕES (dívida fundada) 38 472 44 981 37 320 -7 661 -17,0

Certificados de Aforro + Certificados do Tesouro 778 1 762 1 697 -65 -3,7

Dívida de curto prazo em euros 22 627 22 439 20 690 -1 748 -7,8

Dívida de médio e longo prazo em euros 10 746 11 070 9 824 -1 246 -11,3

Dívida em moedas não euro 4 647 10 013 5 515 -4 498 -44,9

Fluxos de capital de swaps (líq.) -326 -302 -406 -104 34,4

3. NECESSIDADES BRUTAS DE FINANCIAMENTO (1 + 2) 46 190 55 361 44 659 -10 702 -19,3

4. FONTES DE FINANCIAMENTO 52 976 55 925 45 429 -10 496 -18,8

Saldo de financiamento de orçamentos anteriores 4 090 6 777 564 -6 214 -91,7

Emissões de dívida no próprio ano 48 886 49 148 44 865 -4 282 -8,7

Emissões de dívida no periodo complementar 0 0 0 0

5. SALDO DE FINANCIAMENTO PARA EXERCÍCIOS SEGUINTES (4 - 3 + 6) 6 777 564 723 159 28,2

p.m. 6. Discrepância estatística -9 0,0 -47 -47

p.m. EMISSÕES DE DÍVIDA NO ANO CIVIL (dívida fundada) 48 886 49 148 44 865 -4 282 -8,7

Relativas ao orçamento do ano anterior (período complementar) 0 0 0 0

Relativas ao orçamento do ano 48 886 49 148 44 865 -4 282 -8,7

Execução orçamental Variação homóloga 2018 vs 2017

Emissão Amortização Líquido Emissão Amortização Líquido Emissão Amortização Líquido

(1) (2) (3) (4) (5) (6) (7) (8) (9)

DÍVIDA EURO 38 842 28 863 9 979 42 692 30 892 11 800 44 865 32 211 12 654

CA - Certificados de Aforro 650 400 250 600 771 -171 657 727 -69

CT - Certificados do Tesouro 1 386 636 750 2 127 956 1 171 2 354 970 1 384

FEEF - Facilidade Europeia de Estabilização Financeira 0 0 0 0 0 0 0 0 0

MEEF - Mecanismo Europeu de Estabilização Financeira 0 0 0 0 0 0 12 0 12

Outra dívida curto prazo em euros (1) 705 705 0 515 1 263 -748 442 1 263 -821

Situação Financeira das Administrações Públicas

Conta Geral do Estado de 2018

125

Acréscimo de endividamento

A Lei do Orçamento do Estado para 2018, no seu artigo 141º, concedeu ao Governo autorização para aumentar o endividamento líquido global direto até ao montante máximo de 10,2 mil milhões de euros, para fazer face às necessidades de financiamento decorrentes do OE.

No entanto, tendo em conta o disposto na Lei de Enquadramento Orçamental (Lei nº 151/2015, de 11 de setembro), «caso seja efetuado algum financiamento antecipado, o limite de endividamento do ano orçamental subsequente é reduzido no montante do financiamento, podendo este ser aumentado até 50% das amortizações previstas de dívida fundada a realizar no ano orçamental subsequente».

Assim, o limite máximo de endividamento incorporando estes dois fatores ascendia, de facto, a aproximadamente 14,7 mil milhões de euros. Excluindo o pré-financiamento para o ano seguinte, o limite seria de 1,4 mil milhões de euros.

Quadro 73 — Cálculo do limite máximo de acréscimo de endividamento líquido global direto (milhões de euros)

Fonte: Agência de Gestão da Tesouraria e da Dívida Pública — IGCP, E.P.E.

O quadro seguinte demonstra que ambos os limites foram respeitados.

Quadro 74 — Verificação do limite de acréscimo de endividamento líquido global direto (milhões de euros)

Fonte: Agência de Gestão da Tesouraria e da Dívida Pública — IGCP, E.P.E.

Em 2018, o endividamento líquido direto do Estado (excluindo dívida contraída junto de entidades da Administração Central) ascendeu a 9 mil milhões de euros. Por seu turno, o endividamento líquido dos SFA junto de entidades externas à Administração Central, fixou-se em cerca de -1,8 mil milhões de euros.

Assim, o acréscimo de endividamento líquido global direto, incluindo o pré-financiamento efetuado para o ano seguinte, fixou-se em 7,2 mil milhões de euros em 2018, um valor inferior ao limite máximo de 14,7 mil milhões de euros acima mencionado.

Tendo em consideração que o saldo de financiamento da Administração Central a transitar para 2019 ascendeu a 9,6 mil milhões de euros, o acréscimo de endividamento excluindo pré-financiamento

1. Limite inscrito na Lei nº 114-2017 do OE 2018 (artº 141º) 10 200

2. Saldo de financiamento do Estado que transitou de 2017 564

3. Saldo de financiamento dos SFA que transitou de 2017 8 217

4. Limite máximo de endividamento excluindo pré-financiamento do ano seguinte (1-2-3) 1 419 5. Amortizações fundadas da dívida direta do Estado a realizar em 2019 (excl dívida à Adm Central) 24 781 6. Amortizações fundadas da dívida dos SFA a realizar em 2019 (excl dívida à Adm Central) 1 845 7. Limite máximo de endividamento incluindo pré-financiamento do ano seguinte (4 + 50%*(5+6)) 14 732

1. Endividamento líquido direto do Estado em 2018 (ano civil, valor encaixe) 7 545

2. Endividamento líquido do Estado face a outras entidades da Administração Central (-) -1 409 3. Endividamento líquido do Estado (excluindo dívida à Administração Central) (1-2) 8 954 4. Endividamento líquido dos SFA (excluindo dívida à Administração Central) -1 775 5. Acréscimo de endividamento incluindo pré-financiamento do ano seguinte (artº 141º) (3+4) 7 179

6. Saldo de financiamento que transitou para 2019 (Estado) 723

7. Saldo de financiamento que transitou para 2019 (SFA) 8 827

8. Acréscimo de endividamento excluindo pré-financiamento do ano seguinte (5-6-7) -2 371

Situação Financeira das Administrações Públicas

126

Conta Geral do Estado de 2018

do ano seguinte foi de -2,4 mil milhões de euros, cumprindo-se assim o limite excluído desta componente, que, como atrás referido, ascendia a 1,4 mil milhões de euros.

Juros e outros encargos da dívida direta do Estado

Em 2018, a despesa incluída no Programa Orçamental 05 relacionada com juros e outros encargos da dívida pública ascendeu a 7,1 mil milhões de euros, o que compara com uma previsão inicial, inscrita no OE2018, de 7,3 mil milhões de euros.

Quadro 75 — Juros e outros encargos da dívida direta do Estado por instrumento (milhões de euros)

Fonte: Agência de Gestão da Tesouraria e da Dívida Pública — IGCP, E.P.E.

O desvio favorável face ao OE2018 é explicado maioritariamente pela rubrica referente aos empréstimos obtidos no âmbito do PAEF, em concreto pelas componentes com taxa de juro variável (FMI e FEEF [Fundo Europeu de Estabilização Financeira]).

Em sentido oposto, a rubrica «Outros Juros» registou um aumento, associado essencialmente aos fluxos de swaps de taxas de juro.

No documento Conta Geral do Estado 2018 (páginas 140-146)