• Nenhum resultado encontrado

Descrição dos Encontros de Educação Popular da Ordem no Cone Sul como

4. CONSTRUÇÃO DA EDUCAÇÃO SOCIAL NO CONE SUL DESENVOLVIDA PELA ORDEM

4.3 Descrição dos Encontros de Educação Popular da Ordem no Cone Sul como

Acolher o carisma de educação da Ordem é na realidade entender que o educador é aquele que se forma continuamente na relação com o outro e que, nessa interface, ele forma e é formado.

É que se os homens são estes seres da busca e se sua vocação ontológica é humanizar-se, podem cedo ou tarde, perceber a contradição em que a “educação bancária” pretende mantê-los e engajar-se na luta por sua libertação.

Um educador humanista, revolucionário, não há de esperar essa possibilidade. Sua ação, identificando-se, desde logo, com a dos educandos, deve orientar-se no sentido da humanização de ambos. Do pensar autentico e não no sentido da doação, da entrega do saber. Sua ação deve estar infundida da profunda crença nos homens, crença no seu poder criador. (FREIRE, 1970, p. 62)

É a partir da contemplação da realidade que o educador da Companhia de Maria se deixa afetar por ela e sente o compromisso diante das situações de miséria humana a que o povo é submetido, não lhe ficando indiferente. A formação continuada como uma das marcas do projeto educativo da Ordem pretende ser um suporte para a atuação

educativa na tarefa cotidiana dos educadores, e graças a esse cuidado na formação é que o Instituto segue desenvolvendo sua missão por quatro séculos.

La educadora animada por la espiritualidad de carácter mariano, ya demostrada, tiene muchas posibilidades de ejercer su tarea con autentico celo, aunque necesite también medios adaptados para educar [...] En este grado de experiencia de fe, se ve, fácilmente, cómo la acción está en armonía con la oración. Las Religiosas de la Compañía de María Nuestra Señora se esforzarán en seguir este camino, al hacer de su misión, expresión de lo que intentan vivir en profundidad. (SOURY-LAVERGNE, 1984, p. 172)

O processo de formação da Ordem vem de uma proposta educativa que concebe o educando como sujeito único, com limites e possibilidades, a quem o processo educativo deve possibilitar a sua humanização.

[...] somente na comunicação tem sentido a vida humana. Que o pensar do educador somente ganha autenticidade na autenticidade do pensar dos educandos, mediatizados ambos pela realidade, portanto, na intercomunicação. Por isto, o pensar daquele não pode ser um pensar para estes nem a estes imposto. Daí que não deva ser um pensar no isolamento, na torre de marfim, mas na e pela comunicação, em torno, repitamos, de uma realidade. (FREIRE, 1970, p. 64)

Nesse sentido, na formação das primeiras educadores a Ordem teve especial cuidado para que fossem exemplo edificante; que soubessem harmonizar, em diferentes lugares, a energia com a doçura; que inspirassem confiança, para que todas pudessem acorrer a elas em caso de necessidade; que seu governo nunca fosse despótico mas senhorial, isto é, que não fossem autoritárias, que pudessem ser um ponto de referência para as jovens; que pudessem educar mais pelos bons exemplos que pelas palavras; que fossem coerentes com a função, não se permitindo privilégios; que fossem acolhedoras, que estivessem abertas a acolher as opiniões, sendo necessário, até anotá-las, para depois analisar e acatá-las se fosse o caso; que se empenhassem por ter uma formação constante; que estivessem abertas ao diálogo e conversações; que soubessem corrigir com prudência, caridade e suavidade; que entendessem que “nem todos calçam o mesmo sapato”; atendessem a cada pessoa segundo sua necessidade, sabendo que cada pessoa é única.

[…] y la instrucción, un proceso de transmisión de un saber, de un saber-hacer, un saber-ser no es en principio una profesión, es decir, un ganarse el pan sino un servicio gratuito asumido con todas sus consecuencias. Estas son: el trabajo exigente, la renuncia cotidiana, la autoformación permanente, el cansancio, el no ser tenido en cuenta, el trabajo en condiciones difíciles, la proximidad con los educandos, con sus padres o tutores para una coeducación, la escucha de la población para descubrir sus necesidades, el compartir experiencias… con el

objetivo de encontrar juntos, caminos y medios para dispensar una educación humanista en un mundo con múltiples facetas. (FORO MIGUEL DE MONTAIGNE, JUANA DE LESTONNAC, 2006, p. 85) Educar ali onde a vida é negada, onde aparentemente não há possibilidades. Esse é o papel do Educador da Companhia de Maria. Acreditamos que a força do Carisma de Santa Joana está presente em cada educadora, em cada educador que se dispõe a comprometer-se com a educação no intuito de “não deixar apagar a chama” e de promover a justiça e vida.

Dentro desse panorama, como já falamos anteriormente, acontece o encontro com a situação da América Latina, cuja história que tem uma matriz de libertação. Essas duas matrizes se encontram e acabam criando outra perspectiva, outro jeito de fazer educação: levando em conta a tradição da Ordem, a visão da Igreja na América Latina e a realidade latino-americana. Neste contexto descrevemos os objetivos e a perspectiva dos nove encontros de formação dos educadores da ODN no período que compreende de 1984 a 2013

4.3.1 A práxis e a formação do educador popular/social da Ordem extraída dos relatórios

Foram realizados nove encontros no Cone Sul, com a temática da inserção das religiosas da Ordem nos meios populares. Esta relação ocorre no encontro de múltiplos saberes: de um lado, o da Congregação; de outro, o da Igreja, e de outro, a dos diferentes rostos dos grupos latinos. Nesse jogo é que se tece uma visão de mundo e uma proposta pedagógica que oscila entre uma pedagogia mais tradicional, advinda da experiência da Companhia na Europa, com uma pedagogia popular. Nesse embate talvez pudesse se tornar claro aquilo que estamos denominando Educação Popular/Social. Cada encontro vai paulatinamente explicitando as concepções e a prática e é dela que podemos também observar a presença dos reptos de Santa Joana no jeito de fazer Educação Social na Ordem

Dos nove encontros, só não conseguimos resgatar material do primeiro (1984 – Partilhas de Práticas e Vivências de Comunidades de Inserção), mas pela sequência dos encontros e resgate histórico da época, podemos ter uma ideia do que se passou durante esse período. Esses encontros costumavam acontecer a cada três ou quatro anos, dependendo da programação geral da Ordem, como Capítulos e Assembleias Gerais.

Descrevemos agora pela ordem cada um deles, dos quais analisaremos três em profundidade.34

4.3.1.1 Fortalecendo as práticas no campo da Educação Popular

O I Encontro do Cone Sul, 1984, no Paraguai, teve como tema Partilha de Práticas e Vivencias de Comunidades de Inserção. Como dissemos, não conseguimos nenhum material deste período, o que sabemos é que nesta época havia 24 anos da abertura da primeira comunidade de inserção em meio popular da Companhia na América Latina. Que foi na Colômbia em 1960. A ele seguiram-se outros como, Peru 1965, Chile 1968, Argentina 1969, Brasil 1972, México 1973, Paraguai 1976.

4.3.1.2 A passagem da visão de inserção popular para a noção de Educação Popular

Este encontro com o tema, Metodologias de Educação Popular, denominado Encuentro Taller de Educación Popular, contou com a participação de religiosas da Ordem do Chile, Argentina, Colômbia, Paraguai, Peru e Brasil, com a participação de 137 pessoas entre religiosos e leigos, com a assessoria do CIDE (Centro de Incentivação e Desenvolvimento de Educação Popular).

No encontro a assessoria do sociólogo Francisco Lopes, ajudou na reflexão sobre a Educação Popular. No relato do encontro está a seguinte frase: “Nome certo: Educação Popular: Não impor ideias”. É interessante perceber que se vai saindo do conceito de comunidades de inserção, e se amplia para o conceito de Educação, então vai se construindo a ideia de que não são mais as Madres de colégios que vão aos meios populares com saber de mestras da educação formal para dar aula, mas este “Não impor ideais”, podemos supor que se inicia um entendimento da Educação Popular em que o saber é partilhado. No processo educador educando o saber vai se construindo.

Como dinâmica do encontro, houve a partilha das experiências de cada país, trabalhos em grupos e jogos operativos. Foi sentida pelo grupo a ausência de algum

34 O Tercer Encuentro Latinoamericano de Educación Popular vai ser contado entre os

membro da Equipe Geral, mas a madre Geral Silvia Vallejo se fez presente através de uma carta muito significativa e lamenta a ausência por estar participando do Sínodo Mundial dos Bispos, que tinha como tema: “A vocação e a missão do leigo na igreja e no mundo a 20 anos do Concilio”. Na carta ela fala da presença significativa dos bispos da América Latina e da África

[...] que reconocen que sus iglesias no podrían ser lo que son, ni jugar el papel que juegan en la sociedad sin la contribución de los laicos y los religiosos en la tarea educativa y evangelizadora; al hablar así, resaltan sobre todo la labor de los maestros, catequistas, los animadores de grupos populares, los delegados de la Palabra, es decir, todos los que se interesan por lo crecimiento integral del hombre y de la mujer y se preocupan por construir una sociedad donde el amor y la solidaridad sean la ley que rigen todas las relaciones.

No puedo terminar sin encomendarle a María [...]. Que Ella, que ha sido la pedagoga del Evangelio en nuestra America Latina, siga acompañando nuestra tarea educativa al servicio de ese Pueblo que la ama y la invoca. (II Encuentro de Educación Popular do Cone Sul, 1987 – Carta da Superiora Geral da Ordem, Silvia Vallejo às participantes do encontro)

Podemos ainda perceber que este encontro conta também com a participação de irmãs da América Latina, de forma geral e não apenas do Cone Sul, pois ainda não havia sido construída na Ordem a ideia de encontros com esta nomenclatura que irá aparecer apenas no próximo encontro.

O primeiro passo era a inserção, as irmãs chegavam e se colocavam no meio dos pobres, mas com a concepção da congregação e à medida que elas foram interagindo com os pobres, foram descobrindo que era preciso ir além da inserção, era necessário ter uma visão de educação, de descobrir e descobrir o carisma que era de educação proposto por Santa Joana. Este movimento fez as irmãs redescobrirem sua própria identidade. Tanto Freire como Dussel, estabelecem que na relação com o outro modifica as duas partes. Ambos são afetados.

4.3.1.3 Uma releitura compartilhada das irmãs do Cone Sul sobre a passagem da inserção para a Educação Popular

Terceiro encontro Latino-americano de Educação Popular. Neste encontro já se pode perceber que desaparece o termo comunidades de inserção e aparece Educação Popular. O mesmo contou com a participação de 47 religiosas da Ordem do México, Cuba, Nicarágua, Peru, Brasil, Colômbia, Paraguai, Chile, Argentina e foram convidadas

religiosas dos Estados Unidos e Espanha. Estiveram presentes dois membros da Equipe Geral. O encontro contou com a assessoria do INCUPO (Instituto de Cultura Popular de Argentina), tendo sido apresentadas as experiências de Educação Popular de cada país.

Neste encontro as representantes dos países do Cone Sul, relataram as suas experiências a partir de temas que expressavam os compromissos da congregação e a prática das irmãs. Pela ordem do relatório do encontro, aparece primeiro a fala das irmãs do Chile. O eixo condutor da comunidade do Chile era explicitar como viver uma fé mais sólida e que atingisse as outras pessoas levando-as a um encontro com Jesus Cristo por meio do Evangelho e a valorizar as pessoas. Acreditavam que era um jeito de se colocar no mundo transformando as pessoas e o meio ambiente.

O relatório sintetiza a vivência das irmãs.

[...] La experiencia de nuestras comunidades de inserción por tocar distintas realidades ofrece una variada gama de instancias de educación popular con sujetos y en contextos diferentes. Para este encuentro hemos escogido una de ellas que reúne las siguientes características: - atraviesa la realidad del pueblo creyente de todo el país; es altamente significativa por cuanto va construyendo desde la base un nuevo modo de ser iglesia; es una instancia que ha dignificado y potenciado a los pobres, especialmente a las mujeres; como Compañía hemos acompañado educativamente su caminar en los distintos niveles (desde el pequeño grupo, hasta la coordinación diocesana) en todos los lugares en que nos encontramos.

Se trata de las comunidades Cristianas de Base y su formación. Lo presentaremos en tres etapas: 1 – acompañamiento e formación local; 2 acompañamiento y formación parroquial y decanal; 3 – acompañamiento a nivel diocesano.

De uma forma didática as irmãs relataram o que aconteceu em alguns períodos que motivavam as suas ações e testemunho.

1973: Golpe Militar, dictadura... opción por los perseguido, inserción y defensa de los derechos humanos, persecución por la justicia.

1987-8: opción por los pobres... inserción en al iglesia local: C.E.B, promoción humana

1992: 500 años... Nueva evangelización... Nuevas formas de presencia 1993: O diálogo das irmãs com a superiora geral da Ordem Marga y María Cecília, sobre a Inserción desde nuestra identidad educativa, más abiertas al mundo.

1994: inserción y nuevas búsquedas... mirar al pueblo desde su cultura y religiosidad popular, con nuevas búsquedas e interrogantes.

La experiencia a compartir es de la C.C.B. - Comunidad Cristiana de Base, en su organización de la base, parroquia, decanato y diocesana. La C.C.B. como grupo pequeño está presente en todos los lugares donde somos presencia de la Compañía.

Generalmente la modalidad que usamos para coordinar su reflexión, formación y crecimiento como persona es a través de los encuentros tanto de las animadoras de los pequeños grupos, como con las personas que forman esas pequeñas Comunidades Cristianas de Base, que en definitiva le han dado nuevo rostro a la Iglesia.

Hablando de mi experiencia en Vallenar, cada 15 días me encuentro con 30 animadoras de C.C.B. de 4 sectores, que son los que atendemos nosotras, ya que los otros 2 integran toda la parroquia lo atiende otra congregación. Empezamos compartiendo lo que hemos vivido a nivel personal, vecinal y religioso; también como nos fue al realizar el encuentro con las C.C.B. dificultades, testimonios, logros, etc.

Continuamos desarrollando el tema que vamos a tratar en la C.C.B. para ello usamos un material que sea más sencillo, creado por nosotras mismas, en base a juegos que es una de las formas de educación popular. Como parte de la formación y profundización en la oración hemos realizado retiros en dos niveles: - con las animadoras 3 veces al año y con todas las personas que integran alguna pequeña Comunidad o C.C.B. una vez al año.

O Chile mostra como que as irmãs resistiam ao processo de autoritarismo e ditadura do país por meio da Educação Popular, que era um jeito de dar um testemunho de sua fé e mostrar o seu compromisso com as pessoas.

A seguir, o relatório descreve como o Brasil realizou as suas práticas de Educação Popular e o testemunho do compromisso com a Palavra de Deus.

A prática de Educação Popular na província é vista da seguinte maneira: uma prática insuficiente na formação; necessidade de uma equipe que se reúna sistematicamente para refletir nossa prática. São práticas isoladas que surgem como chamadas pessoais e que depois são assumidas pela província como pode se observar o desenvolvimento das Pastorais;

Bautismo; confirmación; mujer marginada; pastoral de niños. Grupos: Mujeres de favelas; Círculos bíblicos; Club de madres; adolescentes. Actividades: visita a las familias; Escuelas bíblicas; apoyo escolar; alfabetización de adultos; Talleres de costura, flores, tejido. Articulaciones con: Movimientos de educación popular, Fe y alegría; CNBB sector social; pastoral de niños, GRIMPO, pastoral de la mujer marginal Actividades: Escuela Bíblica, club de madres, orientación a catequesis de jóvenes, cooperativa de pan.

É importante cuidar da formação dos educadores e dos agentes de pastoral que estão sob a responsabilidade da ordem.

São Paulo – 16 millones de habitantes: ciudad más rica de América del Sur, 4 millones viven en las calles o favelas. Ante la triste realidad de desigualdad y miseria, la CNBB traza un camino claro a los empobrecidos cabe destacar que un dos trabajos da Educação Popular do Brasil en São Paulo es la Casa da mujer marginalizada e resaltar que un dos trabajos desenvueltos Casa de Convivencia de la Mujer Organizada por el equipo de pastoral de la mujer marginal,

generalmente cerca de 150 mujeres y menores frecuentan la casa; 100% de ellos viven en estado de miseria, en la calle o en hoteles de baja categoría; 20% son menores de 10 a 18 años; 90% son analfabetas; 100% dependientes de la droga (muchos también trafican); 70% de etnia negra o mestiza.

Que hacen allí? Reciben orientación sobre la salud: Prevención HIV (sida) y DSTs, higiene y cuidados personales; riegos de aborto; prevención de droga y alcoholismo. Acompañamiento: Los enfermos de Sida; las adolescentes embarazadas. Orientación jurídica, alfabetización, capacitación en trabajos manuales (tejidos, costuras, bordados), formación sobre tema “ciudadanía” acompañamiento en trámites de documentación, en búsqueda de albergues públicos o alojamientos social de amparo a gente pobre. Dinámicas grupales para facilitar la producción y relación grupal. Orientación sobres aspectos de la religiosidad popular y supersticiones. Objetivo principal: rescate de la dignidad de la mujer y sobre todo de la adolescente prostituida. En vista: formación de grupos cooperativos para la comercialización de artesanías producida por ellas.

Outra experiência de Educação Popular é o CEJOLE – (Centro de Educ. Popular Santa Juana de Lestonnac) – surge ante la realidad de analfabetismo y fracaso escolar de los niños; realidad de hambre: las mujeres de las favelas, comienzan a luchar por el alimento de sus hijos. Se organiza una cocina comunitaria.

Hoy: hay tres centros con un total de 170 niños. A nivel financiero recibe el apoyo del FIS, de donaciones y de un pequeño monto de lo que recoge de la venta de ropas, bazares, fiestas...

Colaboración en el proceso educativo profesionales que ayudan en la integración psicológica y el acompañamiento de los niños. Las mujeres enseñan a leer y escribir apoyadas por CEPAF (Centro de Educación Popular Paulo Freire. Este sostenido ese proceso por las formadas y formadoras. Em são Paulo podemos observar que as práticas das irmãs de Educação Popular se realizam basicamente com mulheres e crianças.

ARGENTINA

Vemos compartir el proceso de educación popular vivido en Argentina que está muy amasado con el caminar hacia una vida Religiosa inserta entre los pobres.

Esta memoria que hacemos no es meramente “recordar”, es revivir el paso de Dios por nuestro pueblo y por nuestras vidas, como Compañía de María.

Nuestras primeras experiencias de cercanía a los pobres, fueron un ir y volver... de nuestros colegios a los barrios marginados: a ayudar, a hacer misiones...

En 1969 la provincia Argentina respondiendo al llamado del Concilio de Medellín y de la realidad, abre sus puertas y busca una nueva forma de vida comunitaria y de misión inserta entre los pobres más pobres; en Pozo del Tigre, en la provincia de Formosa. Estar como comunidad entre los pobres comienza también a cambiar nuestra mirada: como vemos la vida y como la compartimos? Esa experiencia va gestando un nuevo estilo de Vida religiosa, sencilla, abierta, participativa,

contemplativa, solidaria en el que cada hermana y cada comunidad va siendo sujeto del mismo proceso.

Nos vamos animando y se realizan otras fundaciones:

En 1973 – Villa Nocito en los suburbios de Bahía Blanca. Esta comunidad sufrió el quiebre de raíz del Proceso de dictadura militar en Argentina. Fueron momentos duros de persecución, pero ese germen de inserción continuó en otras comunidades.

En 1977, se inicia la comunidad de Barrio Mitre, en los suburbios de la Capital Federal; se hace posible así la integración de formadas en ese núcleo comunitario entre los pobres, con un nuevo estilo de vida religiosa.

En ese mismo año se funda otra comunidad en la provincia de Formosa: San Martin II, esto enriquece la reflexión y el analice de la realidad posibilita el intercambio de hermanas, de experiencias, de criterios... Se hace también una opción por el mundo aborigen: la comunidad de Pozo del Tigre, después de un discernimiento, asume el que dos hermanas vivan con el grupo de la etnia Pilagá. En 1981, otras hermanas van a vivir con la etnia Wichi. Esto exige una nueva estructuración como