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Diretora de instalações – Laboratório de Biologia e Geologia

Parte IV – Cargos desempenhados

3.6 Diretora de instalações – Laboratório de Biologia e Geologia

O Dec. Lei n.º 769-A/76, de 23 de outubro, no seu art.º 29º, ponto 1, faz referência à direção de instalações, cuja coordenação seria da responsabilidade do professor

delegado de grupo, subgrupo, disciplina ou especialidade, devendo este responsabilizar- se, perante o conselho diretivo, pelo património a si confiado. Acresce ainda, no ponto 2 do mesmo artigo, a possibilidade da atribuição desta responsabilidade, caso se reconhecesse conveniente, a um outro professor, devendo, para o efeito, ser ouvida a comissão de docentes da disciplina ou disciplinas.

Em 1977, a Portaria n.º 679 de 8 de novembro, volta a fazer referência ao cargo, quando na alínea b do seu ponto 7.1.11, determina como função do representante de grupo, subgrupo, disciplina ou especialidade, a necessidade de estabelecer ligação com os diretores de instalações, caso os haja.

A Portaria n.º 970/80, de 12 de novembro, que aprova o regulamento de funcionamento dos conselhos pedagógicos e dos seus órgãos de apoio nas escolas de ensino preparatório e secundário, estabelece na secção II, ponto 24, os diretores de instalações como um dos órgãos de apoio ao conselho pedagógico. A mesma portaria especifica ainda, no seu ponto 92, as situações em que há lugar à existência do cargo, quem nomeia os professores para o mesmo, as suas habilitações, bem como o tipo de instalações que são passíveis de serem geridas por um diretor e as respetivas horas de redução.

No entanto, em 1986, com a publicação do Dec. Lei n.º 211-B, de 31 de julho, que revogou a portaria referida anteriormente, a direção de instalações retorna às funções do delegado de grupo, subgrupo, disciplina ou especialidade, sempre que se justificasse, devendo o respetivo conselho diretivo propor esta atribuição para homologação da direção-geral pedagógica competente, sob parecer da Direção-Geral dos Equipamentos Educativos. São ainda acrescentadas as funções específicas inerentes ao desenvolvimento desta atribuição, tais como, organização e atualização do inventário, conservação da instalação, planificação, em conjunto com o grupo, da forma de utilização das instalações e do material e, finalmente, propor, ouvidos os professores do grupo, a aquisição de novo material e equipamento.

Com a publicação do Dec. Lei n.º 43/89, de 3 de fevereiro, que estabelecia os princípios da autonomia das escolas, enquadrados nos planos cultural, pedagógico, administrativo e financeiro, é revogado o Dec. Lei n.º 211-B/86 criando-se um vazio legal enquanto os conselhos pedagógicos não procederam à elaboração dos respetivos regulamentos de funcionamento. No sentido de evitar esse vazio, foi publicado no mesmo dia, o Despacho 8/SERE/89, voltando-se a fazer alterações ao desempenho do cargo de diretor de instalações. Assim, o ponto 21.3 deste despacho estabelece que o

delegado de grupo, subgrupo, disciplina ou especialidade, deverá propor, ao conselho diretivo, um professor do respetivo grupo que deverá assumir o cargo de diretor de instalações. Ao professor diretor de instalações competiria a organização do inventário, a planificação do modo de utilização das instalações, a apresentação de propostas para aquisição de novo material e equipamento e a elaboração de um relatório, no final de cada ano letivo, a apresentar ao conselho pedagógico. É ainda feita referência, neste mesmo despacho, à redução da componente letiva afeta ao desenvolvimento do cargo. Em 10 de maio de 1991, é publicado o Dec. Lei n.º 172 que define o regime de direção, administração e gestão dos estabelecimentos de educação pré-escolar e dos ensinos básico e secundário. Este diploma estabelece no ponto 1 do art.º 36º da secção II do capítulo IV, a direção de instalações como uma estrutura de orientação educativa que colabora como o conselho pedagógico, especificando, depois, no art.º 42º que os diretores de instalações são escolhidos pelo diretor executivo.

Em 23 de setembro de 1992, é publicado a Portaria n.º 921, que visava estabelecer as competências das estruturas de orientação educativa que constavam do artigo 36º do decreto-lei referido no parágrafo anterior, onde se incluía a direção de instalações. O art.º 13º deste diploma estabelece que a direção de instalações é assegurada pelos adjuntos do diretor executivo, chefes de departamento ou delegados de disciplina, devendo o regulamento interno da escola definir os termos em que a mesma é feita. Refere ainda a possibilidade, dada a dimensão e forma de utilização das instalações e equipamentos, a possibilidade de ser criado o cargo de diretor de instalações, que deveria ser exercido por um docente profissionalizado, designado pelo diretor executivo.

O Dec. Lei n.º 172/91 é revogado pelo Dec. Lei n.º 115-A/98, de 4 de maio, onde se aprova o regime de autonomia, administração e gestão dos estabelecimentos da educação pré-escolar e dos ensinos básico e secundário. Este decreto remete, no seu artigo 55º, para a publicação de um decreto regulamentar, que estabeleça o regime de exercício de funções dos órgãos e estruturas previstas no mesmo. Assim, em 21 de julho de 1999, é publicado o Dec. Regulamentar n.º 10, que no artigo 11º, nº 2, determina que a gestão de instalações específicas deve ser assegurada pela direção executiva, conforme definição no regulamento interno, podendo ser delegada em assessores ou serem designados professores para o desempenho desta gestão.

O Dec. Lei n.º 75/2008, de 22 de abril, vem revogar o Dec. Lei n.º 115-A/98 e o Dec. Regulamentar n.º 10/99, aprovando novo regime de autonomia, administração e gestão

dos estabelecimentos públicos da educação pré-escolar e dos ensinos básico e secundário. No capítulo IV, secção I, o artigo 45.º, estabelece no seu primeiro ponto, que os agrupamentos de escolas ou escolas não agrupadas têm autonomia para, nos termos dos seus regulamentos internos, estabelecerem as estruturas de coordenação, onde se pode incluir a direção de instalações, e supervisão pedagógica e respetivas formas de representação no conselho pedagógico. Apesar de este decreto ter sido alterado pelo Dec. Lei n.º 224/2009, de 11 de setembro e pelo Dec. Lei n.º 137/2012, de 2 de julho, o articulado referente ao cargo mantém basicamente o mesmo conteúdo, estando por isso, atualmente em vigor.

3.6.2 Atividades desenvolvidas enquanto diretora de instalações

O desempenho do cargo de diretora de instalações, apesar de ter sido assumido em anos distintos, subentendeu um conjunto de funções que resumimos de seguida:

- organização e gestão do espaço e do material e equipamento do laboratório;

- elaboração do regimento de utilização do laboratório para aprovação no conselho de grupo;

- elaboração de requisições de material de desgaste diverso e reagentes de uso comum em falta no laboratório;

- proposta de aquisição de material e equipamento diverso em falta;

- gestão do processo de manutenção de equipamentos diversos, por empresas da especialidade, em articulação com o delegado de disciplina e a direção da escola; - elaboração/atualização do inventário do material no final do ano letivo.

3.6.3 Reflexão crítica sobre o desempenho do cargo de diretora de instalações

De uma forma geral, ao longo dos quatro anos em que desempenhámos este cargo foram cumpridas todas as funções inerentes ao mesmo. Atendendo ao tipo de tarefas a desempenhar por um diretor de instalações, trata-se de um cargo em que se trabalha de forma solitária e rotineira com alguma frequência. O tipo de propostas a realizar ao grupo disciplinar não são passíveis de grande controvérsia e não havendo, por isso, necessidade de ter grandes habilidades na gestão de conflitos / interesses diferentes. Por outro lado, quando se trata da manutenção de equipamentos caros e facilmente danificáveis com o uso frequente por parte dos alunos, como por exemplo microscópios, há que justificar adequadamente junto dos órgãos diretivos, a necessidade de manutenções regulares dos mesmos.