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DOIS PARÊNTESES: PALEOGRAFIA E CRÍTICA FILOLÓGICA

No documento Paleografia e suas interfaces (páginas 75-80)

Longe de querer elaborar definições que demarquem as fronteiras disciplinares, produzindo mais especulação em torno de uma razão única, precisamos dizer qual compreensão temos no que diz respeito à Paleografia e à Filologia. Em relação à segunda, ainda temos de pensar que efeito buscamos quando acreditamos numa vertente de “crítica filológica”. Observemos.

Os debates em torno do que vem a ser Paleografia encontram combustível em basicamente três direções, a saber: a perspectiva etimológica; a definição pelo tipo de suporte; e, por fim, a expansão da noção escrita como objeto da disciplina. Tal perspectiva é compartilhada por Marin Martínez e Ruiz Ascencio (1982) ou pela vertente de estudo da “História da Cultura Escrita”, como também afirma Armando Petrucci, para quem o cenário paleográfico pode ser narrado em dois momentos. Em sua famosa introdução a La ciencia de la escritura: primera lección de paleografía (2003, p. 7), lemos:

El ámbito de investigación (o, si se prefiere, el área disciplinaria) a la que este libro se refiere, es, según lo indica el título, la “paleografía”. ¿Pero cuál paleografía? ¿La de antigua tradición, es decir, la “ciencia de las antiguas escrituras, limitada, no obstante, a las de los documentos de carácter no monumental (Luigi Shciaparelli, en 1935), o bien la “global” reivindicada ya desde 1952 por el gran estudioso francés Jean Mallon, “que debe ocuparse de los monumentos gráficos de todo tipo y naturaleza y, en cada uno dos casos, de modo total”, en definitiva, de todos los testimonios escritos de una determinada tradición cultural y lingüística?18

O esforço que o teórico fará ao longo do texto é para responder, sem surpresa, que se trata da paleografia global. Afinal, tanto a restrição temporal a que o étimo faz menção através da acepção “antigo” (παλαιός); quanto a ideia de que é preciso que haja uma separação, por tipo de suporte (papel, papiro, pergaminho ou mármore...), já foram bastante criticadas no âmbito da historiografia e nos estudos da escrita. E o principal argumento é que, apesar de as diferenças de suporte, tecnologias ou dos

18 O âmbito de investigação (ou se se preferir, a área disciplinar) a que este livro se refere é, segundo indica o título, a “paleografia”. Mas qual paleografia? A de tradição antiga, ou seja, a “ciência das antigas escrituras, limitada, não obstante, às de documentos de caráter não monumental”. (Luigi Schiaparelli, em 1935); ou a “global”, reivindica, desde 1952, pelo grande estudioso francês Jean Mallon “que deve ocupar-se dos monumentos gráficos de todo tipo e natureza e, em cada um dos casos, de modo total”, em suma, de todos os testemunhos escritos de uma determinada tradição cultural e linguística?

diferentes períodos históricos, o que nos têm movido são as práticas de cultura escrita e os significados que são capazes de criar.

Além disso, outra forma de definir Paleografia é pela sua oposição à Diplomática. De forma geral, à primeira caberia o estudo dos aspectos extrínsecos; à segunda, os intrínsecos. Essa é a compreensão que se pode tirar da leitura de um dos manuais de maior circulação social no Brasil sobre o tema Paleografia e Diplomática, assinado por Franklin Leal e A. Berwanger, em sua terceira edição. No capítulo em que definem Paleografia, os autores inventariam diversos autores e concluem com uma citação de Leal: “É o estudo técnico de textos antigos, na sua forma exterior, que compreende o conhecimento dos materiais e instrumentos para escrever, a história da escrita e a evolução das letras, objetivando sua leitura e transcrição.”19 (BERWANGER; LEAL, 2008, p. 16).

Em seguida, reiteram, embora sem avançar tanto mais que a definição categórica acima feita por Leal: “Em resumo, a Paleografia abrange a história da escrita, a evolução das letras, bem como os instrumentos para escrever. Pode ser considerada arte ou ciência. É ciência na parte teórica. É arte na aplicação prática. Porém, acima de tudo, é uma técnica”. Estão, portanto, diante dos nossos olhos contemporâneos o pressuposto de que a tarefa de paleografia está, pois, reduzida a um procedimento técnico, isto é, a um conjunto de operações objetivas que decifram os sistemas escritos. Esse compromisso paleográfico de leitura está, de fato, alicerçado numa compreensão de que o texto pode ser recuperado em seus significados discretos sem os caracteres que o materializam. Mas, se é verdade isso, o que é deixado de fora dentro dessa proposta se comparada à de Jean Mallon e, por conseguinte, à de Armando Petrucci?

Tudo. O que, quando, onde, como, para que e por quê o texto foi produzido. Mas, sobretudo, há uma ausência da compreensão do papel que essas questões históricas, sociais e culturais possuem para produção de sentido dos textos, em especial, na sua dimensão material. Por isso, tanto a ausência das coordenadas materiais que nortearam a produção do livro (MARQUILHAS, 2010), quanto a não admissão das interferências subjetivas no processo de leitura paleográfica podem, invariavelmente, criar novos fatos de scripta, paradoxalmente, ampliando a dimensão imaginativa sob a qual o paleógrafo acreditaria estar isento.

Ainda vale a pena sublinharmos a passagem da definição do eminente paleógrafo brasileiro em que ele, acompanhando a vertente tradicional contra a qual nos falou Petrucci, diz que o objetivo da Paleografia seria o estudo do texto “em sua forma exterior”. Precisamos novamente nos perguntar o que vem a ser essa análise exterior do documento. À primeira vista, estamos diante da dimensão material do texto, a saber: suporte, instrumento de escrita, tinta, morfologia da escrita etc., aspectos que comporiam o texto, mas que estariam separados de seu interior, isto é, o conteúdo. Por essa razão, seriam justas as afirmações acerca de haver um caráter técnico e, portanto, auxiliar, uma vez que não há elementos de caráter mais substanciais.

Entretanto, essa oposição interior versus exterior talvez diga mais da abordagem metodológica assumida pelo sujeito pesquisador que necessariamente do objeto em si. Afinal, como já dissemos apoiados nos historiadores da leitura e da escrita, as formas materiais participam da rede de fatores a que leitores estão exposto para o processo de produção de sentido do texto. Mais que isso: a mise-en- page, os aspectos scriptográficos... possuem significados que podem ser usados, indiciariamente, para compreendermos aspectos de produção, circulação e recepção dos textos. Assim, por exemplo, o tipo caligráfico ou o suporte podem proporcionar o entendimento dos usos sociais de um texto, informações sem as quais procedimentos críticos de leitura poderiam falhar, miseravelmente, em suas conjecturas históricas.

Assim, compreender uma Paleografia que se distinga pelo fator extrínseco parece pouco produtivo, uma vez que há significados sociais da escrita em quaisquer que sejam os artefatos textuais pelos quais foram transmitidos os textos, além de ser totalmente complicado separar, no processo de leitura, aspectos paleográficos dos aspectos das espécies/tipos documental (concernentes aos estudos da Diplomática – contemporânea ou não). Imaginemos, rapidamente, a leitura de uma ata, de uma carta ou de um registro de batismo. Determinadas estruturas linguísticas de caráter formular, certamente, ao se repetirem na produção da verossimilhança da actio de que são produto, podem ser acionadas de modo a ajudar, estrategicamente, na leitura paleográfica de um texto, ainda que por inferência.

19 Não há referência da fonte de onde os autores retiraram a definição. Por isso, estamos citando a partir do texto base.

Um exemplo disso foi o caso do estudo realizado por Laís Reis (2017), acerca dos registros civis do Districto de Sant’Anna, no último ano do século XIX. Nessa pesquisa, ela observa que, apesar de haver uma estrutura formular comum em cada entrada do registro de nascimento, a depender da proveniência social da criança, da cor ou da configuração da família, o registo se amplia duas ou três vezes mais e vice-versa: em dados e informações genealógicas da família. Porém, a repetição presente no protocolo inicial do texto mantinha-se como elemento estruturante da validação do texto, mesmo quando, num caso ou noutro, havia corrosão do suporte especificamente nas linhas da parte inicial do texto ou esmaecimento da tinta por ausência de bons fixadores. Dessa forma, é pelo saber apropriado pela estrutura diplomática da documentação que pudemos ler os contextos comprometidos pelas ações de papirófagos os mais diversos.

Esse exemplo e a discussão até agora tecida fazem-nos acreditar que não é produtiva a distinção entre intrínseco e extrínseco. Assim, ao pensarmos em Paleografia e em Diplomática estamos pensando em uma relação de complementaridade. Logo, é a nossa atenção de pesquisador que se localiza num viés mais material ou mais tipológico-documental, não se trata de o documento ter um aspecto de dentro e outro de fora. Então, de onde viria a ideia de que o significado do texto reside dentro do aspecto intrínseco do documento? Acreditamos que do modelo hermenêutico tradicional, para quem a tarefa do pesquisador é explicar o texto a partir de sua profundidade, enquanto os aspectos materiais seriam a superfície, um véu que precisa ser descortinado.

Contudo, não estou certo de que estão tão separadas a tarefa da chamada leitura paleográfica dos procedimentos de interpretação ou, se se quiser, de crítica. O iudicium, ou numa paráfrase mais acelerada, o domínio subjetivo de que qualquer sujeito histórico está imbuído incide sobre a construção do texto. Daí, talvez não escapemos da formulação de Michel Foucault, em seu Nietzsche, Freud e Marx, conforme a qual

[...] a interpretação se confronta com a obrigação de interpretar a si mesma infinitamente e de sempre se retomar. Donde duas conseqüências importantes. A primeira é que a interpretação sempre será interpretação através de “quem?”; não se interpreta o que está no significado, mas, no fundo, quem colocou a interpretação. (FOUCAULT, 1997, p. 24)

Desse modo, dificilmente poderíamos pensar num processo de leitura que não esteja atravessado por este “quem” forjou a leitura na materialidade, quem a mobilizou para construir uma unidade de sentido que seja, na distância temporal que se nos interpõe, coerente na contemporaneidade. Contudo, isso não nos levaria a um relativismo absoluto, mas à consciência de que nossa atividade laboral está atravessa por interesses os mais diversos, mas talvez seja também importante pensar no produto editorial que produzimos a partir desse trabalho filológico. Esse novo texto transcrito vai ser lido dentro de outra comunidade de interpretação distante da qual ele foi produzido. Essa transformação de contornos irreparavelmente “anacrônicos” põe o texto em novas chaves de leitura. Assim, não é possível pensar apenas no rigor, a metáfora plena do positivismo científico, como mecanismo de forjar o resgate de um texto do passado, mas talvez seja imprescindível falarmos de uma ética filológica, ou melhor, a filologia e as áreas/campos que com ela compartilham dimensões epistemológicas semelhantes precisem compreender-se como uma ética de leitura, como afirma Lucas Santos em sua leitura crítica sobre o retorno dos estudos literários à Filologia.

Por outras palavras, essa postura diz respeito aos compromissos assumidos pelo pesquisador (filólogo, paleógrafo etc.) em relação ao que toma por objeto de suas reflexões, ao manusear textos, o pesquisador produz inseminações e disseminações textuais que revelam o papel ativo, muito embora nem sempre assumido, da gestão textual. Assim, se não é possível nos eximirmos dos “lugares de fala” nos processos de leitura chamados “técnicos” pela tradição crítica, propomos que seja assumido, em lugar do verossímil cientificista “rigor”, uma “ética de leitura”, ou seja, implicar, revelar sob quais termos, compromissos e objetivos cada proposta de leitura possui. Isso também significa encerrar o debate em torno dos modelos editoriais como formas ideais.

Em outra direção, Célia M. Telles, em estudo do manuscrito I-E-33, de origem farnesiana, faz um estudo da quantidade de scriptores dentro desse conhecido Livro de cozinha da Infanta D. Maria e observa, a partir disso, o caráter inacabado de sua produção, desde a arrumação dos cadernos à entrada de outras mãos. A filóloga afirma:

O manuscrito I-E-33 é um códice cartáceo, de origem farnesiana, in 8o, escrito em uma só coluna, com 73 fólios numerados, com 16 a 29 linhas escritas por fólio. É um manuscrito em letra gótica cursiva (MILLARES CARLO, 1932, p. 345; BATELLI, 1949, p. 320; PROU, 1924, p. 252-3), com exceção da scripta da terceira receita. O códice é trabalho de, pelo menos, sete mãos diferentes (GAMA; TELLES, 1973). A descrição paleográfica do códice I-E-33 da Biblioteca Nacional de Nápoles confirma, a partir da descrição da scripta, a contribuição de sete copistas diferentes no manuscrito, assinalando-se as mais importantes características paleográficas de cada um deles, enfatizando-se a escrita dos copistas 1, 2 e 3. (TELLES, 2016, p. 114). Diante dessa diversidade de mãos, as receitas, ao passo que obedecem ao estatuto discursivo referente ao gênero receita (MOREIRA, 2011), transformam-se paradigma e sintagmaticamente, obedecendo a hábitos mais regulares e menos idiossincráticos a depender do nível de análise a que nos propomos a observar. Entretanto, as edições diplomáticas ou semidiplomáticas que têm posto em circulação esse texto, ao produzir uma transcrição conservadora, podem apagar essas diferenças scriptográficas que poderiam ser capitais para um estudo sociolinguístico histórico pois apontaria para uma diversidade de sujeitos que tomam a pena e materializam a língua na escrita. Por isso, a crença de que a transcrição dispensa a leitura do suporte pode ser um problema capital para interpretação das realidades linguísticas em perspectiva histórica.

Além disso, as nossas “familiaridades de pensamento” facilmente nos encaminham a achar, à primeira observação, que o livro de receita, de propriedade da Infanta Dona Maria também teria sido escrito por ela. Se consultássemos somente a transcrição paleográfica, a depender do critério adotado, também poderíamos ser vitimados pela mesma inferência. Não poderíamos, portanto, pensar numa análise de gênero, já que se sabe que o texto foi composto por mais de um(a) scriptor em diferentes momentos que, infelizmente, não podemos imediatamente precisar.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Assim, de toda discussão apresentada – a impossibilidade de haver análise intrínseca ou extrínseca; uma leitura objetiva de textos que não estejam marcados pela subjetividade, ou que observem as diferenças entre os scriptores –, podemos inferir que o principal aspecto que temos de observar para os estudos paleográficos na contemporaneidade estão plenamente informados por questões teóricas que estão sendo debatidas na contemporaneidade. Não conseguimos mais produzir no âmbito da história da leitura e da escrita, das transmissões textuais sem considerar a dimensão subjetiva, histórica, cultural, material dos sujeitos que elaboraram textos e os legaram para a contemporaneidade. Mais que decifração dos sistemas de escrita, a Paleografia hoje é leitura de mundo.

REFERÊNCIAS

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PALEOGRAFIA & HISTÓRIA: AS EXPERIÊNCIAS DA OFICINA DE PALEOGRAFIA – UFMG, ENTRE ENSINO, PESQUISA E EXTENSÃO

Cassio Bruno Historiador Oficina de Paleografia Universidade Federal de Minas Gerais INTRODUÇÃO

A Oficina de Paleografia – UFMG é uma iniciativa discente que reúne estudantes da graduação e da pós-graduação em História desta universidade. A Oficina nasceu com o objetivo de construir um espaço colaborativo em que os alunos poderiam aprender conjuntamente o saber e as técnicas paleográficas necessárias à condução de suas respectivas pesquisas históricas. Esse objetivo geral inicial se mantém ainda hoje, ainda que as estratégias utilizadas pelos coordenadores da Oficina para contemplá-lo tenham mudado ao longo do tempo.

O objetivo deste texto é não só apresentar a trajetória da Oficina de Paleografia – UFMG, como, por meio deste exercício, refletir sobre as relações profundas existentes entre a História, o uso de fontes manuscritas e a Paleografia. É no espaço desse entrelaçamento, que a Oficina tem buscado construir seu lugar, com todas as dificuldades inerentes a ser uma iniciativa discente no âmbito universitário. Tal é o desafio enfrentado pela Oficina, abordar conteúdos apenas raramente trabalhados de modo sistemático nos cursos de História, não obstante a importância que a Paleografia tem para a efetivação de pesquisas originais e críticas no âmbito da historiografia. Nesse desafio, nós, os coordenadores da Oficina, precisamos lidar com nossa própria formação precária neste saber e tentar criar maneiras criativas de aprimorá- lo e compartilhá-lo. De modo que o trabalho da Oficina tem exigido reflexão e autocrítica constantes, o que nos tem aberto sempre o caminho para novas atividades e empreitadas paleográficas.

No documento Paleografia e suas interfaces (páginas 75-80)

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