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A EDUCAÇÃO A PARTIR DE LDB Nº 9394/96

No documento ANAIS – Mostra Científica 2016 (páginas 180-183)

As transformações da educação a partir da LDB nº 9394/96 começam pela educação infantil, onde a criança era vista como um “depósito”, agora ela é criativa e já pensante dentro de suas limitações de idade. Já no ensino fundamental, uma das mudanças foi não ter a faixa etária definida para quem quiser ingressar, antes sendo obrigatório entre ter entre 7 a 14 anos, agora se estende para todos que não tiverem o direito ao acesso ou foram excluídos precocemente. Mais uma vez a mudança na lei beneficiando a sociedade.

Com tal modificação os trabalhadores têm o direito de se qualificarem para o mercado de trabalho, graças a alteração da lei onde o FNDEB destina fundos financeiros específicos para a formação de jovens e adultos. Nos dados a seguir podemos notar os

resultados positivos dessa modificação, onde aponta que em 2005 a taxa de matriculados no ensino fundamental obrigatório era de 97,3%, sendo 90% nas escolas públicas e 10% nas escolas privadas, havia uma grande taxa de matrícula, porém, a taxa de evasão era de 6,9%, repetência 21,1%, o que significa um grande problema, já que a taxa de reprovação mundial é de 3%, alguns problemas que podemos notar para esse índice é a falta de motivação para continuar na escola, a necessidade de trabalhar para o próprio sustento, a falta de alimentação adequada, o que ajuda no desenvolvimento do raciocínio.

Sem dúvidas um avanço para nossa educação foi o Plano Nacional da Educação, estabelecendo metas e atendendo ao interesse de todos diante de um país capitalista onde muitas políticas públicas estavam se caracterizando como um favorecimento nos interesses somente de alguns grupos isoladamente.

No ensino fundamental podemos perceber a atuação do governo federal, principalmente no que diz respeito ao financiamento, pela modificação de alguns artigos da Constituição Federal, o que deu origem à Emenda nº 14 de 1996, que tratou de prioritariamente na distribuição de recursos para este ensino e colocando o MEC como principal organizador de políticas para esse tipo de ensino, então podemos citar que esse tipo de organização modifica o cenário do país, o modo como os governantes investem na educação, é a forma como um país vai se desenvolver, para tanto esta redefinição fez com que se alterasse o corpo da Constituição, já que a mesma era descentralizadora e no artigo 60 traz no “Ato das Disposições Constitucionais Transitórias”, que tem um período de duração limitada de dez anos, mas com as modificações das leis pode permanecer essa política, sendo a educação beneficiada, como podemos ver a seguir.

Por outro lado, com base na estratégia adotada na modificação do artigo 60, o MEC conseguiu a proeza de assumir o controle da política nacional do ensino obrigatório, sem arcar com a primazia de sua manutenção. Ao contrário;

ampliou a cota dos Estados, Distrito Federal e Municípios(de 50 para 60%) e reduziu sua parcela (de 50 para 30%) no financiamento do ensino fundamental.

E isto em caráter compulsório porque a forma de constituição do Fundo foi arquitetada de modo tal que os Estados e Municípios , caso não operem de acordo com o mecanismo ali previsto, perderão aqueles 60%, isto é, 15% dos recursos das respectivas arrecadações que, constitucionalmente devem destinar à manutenção e ao desenvolvimento do ensino (SAVIANI,2004,p. 36).

Mais um ganho com a nova LDB 9394/96, foi uma estruturação dos deveres dos poderes, já previsto pela Constituição Federal nos artigos 205 a 214 e ressaltada pela LDB 9394/96, com uma nova organização, houve melhorias não só no ensino como também na distribuição de rendas, pois como podemos perceber, um sistema bem organizado e estruturado tende a funcionar de uma maneira muito mais próspera, com essa sensibilidade a educação passou a ser levada mais a sério e os poderes começaram a ter uma cobrança maior na tocante a cumprir com suas obrigações, o que antes não era exercida de forma muito clara e meio “solta”, agora começa a vigorar de forma mais séria e rígida.

Entre as inúmeras inovações trazidas pela Lei Federal nº 9.394/96LDB)¹, está o estabelecimento, de forma clara e precisa, dos limites e atribuições das várias esferas do Poder Público(União, Estados, Municípios), em matéria de educação.A própria Constituição Federal² já estabelecera , no artigo 211, que a

“União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios organizarão em regime de colaboração seus sistemas de ensino”.Uma novidade introduzida pela Constituição e reforçada pela LDB foi a idéia de organização dos sistemas municipais de ensino (DIAS,2004, p. 89)

Os estudos apontam os benefícios e avanços que ocorreram desde a aprovação da LDB nº 9394/96, o papel do educador tomou um novo sentido, com a gratuidade no ensino básico pudemos ter muitos ganhos, não só por ser gratuito, como de qualidade, podemos apontar ganhos também para as redes privadas, pelas motivações da Lei que se adequa a um estado democrático, atendendo ao interesse da maioria da população. A nossa educação básica é conhecida pelos revolucionários franceses, que tem a visão de uma educação com sistemas do ensino público, laico, universal, único, gratuito e obrigatório, é notório que esse sistema alavanca o quadro positivo da educação.

No artigo 3, inciso I da LDB, trata do direito ao acesso e permanência na escola, o que já é um avanço para a educação, para tal é necessário mais escolas públicas e mais importante que o acesso é a permanência na escola, pois como vemos no artigo 3, inciso I é garantido tal direito, mas partindo para prática, podemos ver o grande número de evasão escolar, portanto algumas medidas no ensino e na própria estrutura das escolas, já que o artigo 3, inciso IX fala do padrão de qualidade, para melhorar o ensino é necessário que estejamos atentos para as mudanças na sociedade, o que ela está necessitando, pois ao longo do tempo a mesma sofre modificações.

Uma das modificações que a sociedade sofreu, tendo como motivadora a LDB nº 9394/96 foi uma nova visão crítica do mundo, o que visa a nova educação é preparar o

individuo para o mercado de trabalho e conviver na sociedade como um cidadão pensante.

A criação do Fundef foi um grande avanço para educação brasileira, os recursos destinados apara o avanço da mesma sugere um grande desenvolvimento para a educação, e foi notado essa melhora, apesar de não ser reconhecido pelos governos de Fernando Henrique Cardoso (FHC) e Luiz Inácio Lula da Silva (Lula) uma igualitária distribuição interestaduais e inter-regionais com a alegação de dificuldades orçamentárias.

No documento ANAIS – Mostra Científica 2016 (páginas 180-183)