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O PNE na LDB de 1996

No documento ANAIS – Mostra Científica 2016 (páginas 183-188)

individuo para o mercado de trabalho e conviver na sociedade como um cidadão pensante.

A criação do Fundef foi um grande avanço para educação brasileira, os recursos destinados apara o avanço da mesma sugere um grande desenvolvimento para a educação, e foi notado essa melhora, apesar de não ser reconhecido pelos governos de Fernando Henrique Cardoso (FHC) e Luiz Inácio Lula da Silva (Lula) uma igualitária distribuição interestaduais e inter-regionais com a alegação de dificuldades orçamentárias.

onde a educação era centralizadora. Com a década da educação(1990), se fez necessário a devida aplicação desse Plano, com metas e objetivos claros, analisando os principais problemas para tentar solucionar da melhor forma, então, podemos falar que o PNE começa a ser executado para um real desenvolvimento, como já previsto na LDB nº 9394/96, um grande avanço no novo Plano Nacional de Educação foi ter sido criado a partir de um projeto de lei, sendo transformado na Lei nº 10.172/2001, ganhando assim mais força para serem cumpridas suas metas.

Os objetivos gerais propostos por esse PNE são:a elevação global do nível de escolaridade da população; a melhoria da qualidade do ensino em todos os níveis; a redução das desigualdades sociais e regionais no tocante ao acesso e permanência, com sucesso, na educação pública e a democratização da gestão do ensino público.(RODRIGUES,2012,p.6)

Apesar de todo um avanço a partir do PNE, algumas críticas precisam ser expostas, a começar que não foi uma lei que não se originou no parlamento federal, surgiu de uma pressão social, no “Fórum Nacional em Defesa da Escola Pública”, fazendo com que o governo desse entrada, na Câmara de Deputados em 10 de fevereiro de 1998, fazendo com que o governo FHC colocasse em prática inicialmente sob o nº 4.173/98, apesar do não interesse em nenhum PNE, lembrando que um plano com um poder do PNE deve ser assumido pelo Poder público, é uma tarefa do Estado.

Até a sua aprovação o PNE se configurou conflitante por suas duas propostas, a proposta dos especialistas educadores onde visava o fortalecimento das escolas públicas, mais voltado para a sociedade, de outro lado a proposta de um governo elitista, que favorecia as classes dominantes e a política do capital internacional, que eram claramente percebidas nas diretrizes e metas do governo.

Diante dos embates e na época o governo tendo a maioria a seu favor, o deputado Marchezan, subscreveu o relatório que levou seu nome, o PNE da sociedade sugeria um maior investimento nas escolas públicas( de 4 % para 10%) ao fim de dez anos e assim também organizar a gestão escolar, mas o que se pode perceber foi uma limitação da participação social e é adotado do governo FHC em metas e diretrizes.

Sem dúvida, muitos pontos do PNE são importantes, porém alguns pontos mais contundentes foram deixados de lado, como a erradicação do analfabetismo, uma dívida que o governo possuía com a sociedade a algum tempo, com o discurso que há uma falta de verba,

onde na verdade sabemos que essa não é a realidade, a proposta do plano é muito boa, porém a execução por parte dos governantes deixa a desejar, o governo federal diminuiu o custo dos aluno/ano e o repasse dos FUNDEFs, causando em 1997 a 2001 um prejuízo aos alunos de seis estados sem o complemento previsto na Emenda Constitucional nº 14 e pela Lei 9.424/96.

O que ressalta de todas essas comparações é que o substitutivo Marchezan, aprovado no Congresso, consagra como “plano” a política educacional já praticada pelo MEC. Esse PNE significa a recusa de um verdadeiro Sistema Nacional de Educação. Em troca do sistema educacional, reafirmou-se, conferindo-lhe o estatuto de lei, o Sistema Nacional de Avaliação-instrumento nuclear do excessivo centralismo na gestão da educação nacional. O PNE aprovado não viabiliza mecanismos de gestão democrática do ensino. Além de reduzir a democracia à “participação da comunidade escolar e da sociedade ”na implementação prática de deliberações definidas na cúpula do Estado, esta é entendida como algo de economia exclusiva do ensino público.(VALENTE, 202, p.9)

As verdadeiras metas do PNE, prevista pela sociedade é de suma importância, pois prevê maior investimento no ensino público, a erradicação do analfabetismo, universalizar a educação básica, ampliar e democratizar o ensino superior público, implementar um Sistema Nacional de Educação, gestão efetivamente democrática da educação, entre outros benefícios relevantes para o desenvolvimento da educação, porém, o que podemos notar é que ele se tornou uma carta de intenções governamentais, contudo, O PNE foi e é um aliado importante junto com a LDB nº 9394/96 para o desenvolvimento da educação brasileira.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Mesmo depois de todas as reformas na educação brasileira, ainda temos uma questão não resolvida, um embate entre os educadores, se existe um sistema educacional brasileiro, muito se questiona sobre esse assunto, pois reflete diretamente na formação dos professores e como a educação se estrutura em nosso país, havendo consequências por ser um sistema “importado”, pois o mesmo deve se adequar a realidade de cada sociedade.

Um outro ponto importante para ser estudado sempre pelos educadores é a aplicação das políticas públicas principalmente nas redes de ensino municipais e públicos, houve com as mudanças trazidos pela Constituição de 1988 e pela LDB

9394/96 um avanço na educação brasileira, mas muito tem que ser esclarecido. Os educadores e usuários da educação que sofrem influências dessas políticas públicas é que devem expor os problemas e os pontos que podem ser melhorados, pois geralmente quem as elabora não faz parte dessa realidade, fazendo com que haja falhas na sua aplicação.

Hoje podemos notar que o quantitativo escolar atende quase todo o número desejado pelo governo, o que ainda nos falta é a qualidade de ensino, e não é uma questão comparativa entre escolas particulares e públicas, é uma adequação histórico cultural, devemos combater a mistificação que a educação brasileira é voltada para a elite, pois o que a nova LDB 9394/96, nos traz é o direito ao acesso a educação e permanência na escola para todos, independente de classe social, levar a sério o que está na Constituição de 1988 e a atual LDB no tocante a educação, pelos governantes e principalmente os educadores, é de fundamental importância para uma mudança de verdade em nosso país.

REFERÊNCIAS

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A CRIANÇA COM PARALISIA CEREBRAL NA ESCOLA

No documento ANAIS – Mostra Científica 2016 (páginas 183-188)