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Para o aluno

No documento ANAIS – Mostra Científica 2016 (páginas 149-155)

Na era da informação das imagens, o aluno é condicionado a vários tipos de obras literárias e isso faz dele um ser interado com várias realidades do mundo infantil.

Só que o mesmo passam por preconceitos, pois muitos pais, professores, responsáveis e comunidade escolar acreditam que esses alunos possuem grande dificuldade em interpretar imagens subjetivas dos textos.

É uma postura que subestimar a capacidade de imaginação e do desenvolvimento do pensamento lógico, minimizando a capacidade lógica da criança. É certo que há uma especificidade nas crianças, como leitores, reconhecida pela a Medicina, pela a Pedagogia, pela a Psicologia; de serem

indivíduos em fase de formação, porém capazes de formular hipóteses e solucionar problemas. (PIETROFORTE, 2011,p. 67)

O discente não deve ser visto como incapaz e limitado, mas sim, indivíduos que podem participar de vários tipos de leitura, capazes de ler ilustrações de acordo com seu mundo e experiências. Pois, a criança possui um senso de imaginação bastante aguçado em sua memória de sentir as emoções de amor, raiva, tristeza; criar sensações gustativas e olfativas das imagens. Isto mostra que seu senso de observação é tão maior ou igual a do adulto.

O estímulo a imagens dos livros infantis deve ser feita, pois, o indivíduo quando vivencia o mundo “de faz de contas”, torna-se mais sonhador e encontra forças para lutar pela a sua realidade, de construir as suas experiências através de ações como indagar e criar respostas para a formação do seu “ser” que está inserido em contextos diversificados da formação para a cidadania.

A criança constrói a sua experiência ao longo do seu processo de desenvolvimento, em função da densidade de estímulos e sem essas incitações do seu meio sócio-cultural. Esses estímulos sem essas incitações, colocados nos picos de sua transição de desenvolvimento infantil, as novas capacidades ou funções, próprias de cada estágio evolutivo, permanecem latentes, ou seja não afloram e nem se consolidam, pois que não permitem a sua expressão nas ações, nos conhecimentos da experiência das crianças. (SILVA, 1989, p.48).

As etapas do desenvolvimento humano devem ser preservadas e alfabetização visual é um dos caminhos a se chegar à evolução do saber. Dessa forma, existe a necessidade da construção de alunos que saibam dominar todas as formas de conhecimento, pois com os novos tempos, o processo de comunicação humano precisa de indivíduos mais conscientes, capazes de ter a habilidade de observar o seu contexto que lhe rodeia e trazer soluções concretas para a sua práxis social.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

A partir das investigações de estudos aqui apresentadas, ficou notório que toda a comunidade científica, comunidade escolar, alunos, pais, responsáveis e sociedade devem dar mais atenção no quer diz respeito à alfabetização visual na sala de aula. Pois, a leitura visual das imagens no processo da construção do saber através da literatura infantil, proporciona maior interação do aluno com o conhecimento escrito e oral.

Os elementos didáticos da boa leitura devem estar sempre presentes na vida

sociedade, porque um indivíduo conhecedor de boa interpretação dos elementos visuais a sua volta, o tornará mais crítico em todas as modalidades intelectuais.

A percepção é uma aliada da sabedoria. É essencial que nossos alunos aprendam a enxergar mais profundamente e descubram a sabedoria crescendo com seu crescer; é essencial despertar-lhes a capacidade motora de enxergar, alfabetizá-los primeiro em olhar e depois em ver. (ANTUNES, 2000, p.53).

O saber de se enxergar a imagem deve ser considerado algo natural de um povo e a sua cultura visual precisa estar contida em ações singelas, como por exemplo, ao olhar para um texto, possibilitará o aluno ter uma melhor percepção sobre o seu povo, conscientização e valoração da dinâmica social que está sendo inserido. A ilustração dos livros infantil tem a função nos evidenciar e induzir ao levantamento hipó teses sobre o conjunto de símbolos imagéticos e que podem ocasionar nos seus alunos atos de descoberta, prazer e construção do conhecimento.

Ao educar o docente deve ter em mente a conscientização do mundo que está inserido o aluno, fazendo com que exista a percepção e sensibilização do mesmo em frente à imagem em conjunto com os outros elementos da linguagem. Então, é importante reconhecer que existem falhas nas etapas no processo educacional como pode ser mencionado:

Reconhece que a educação não está dando muita atenção para essa alfabetização visual, desconsiderando que as imagens trazem informações e conhecimento, sendo fundamentais para formar leitores proficientes. (COSTA, 2009, p.59)

Por isso, a escola se encontra em um grande desafio de proporcionar na sua comunidade diversas estratégias de ensino, que venham a direcionar e agregar nos seus integrantes melhores condições de ensino/aprendizado, no que se diz respeito à alfabetização visual. Pois, toda sociedade evolui e cabe aos educadores procurarem subsídios para ser para os seus alunos bons alfabetizadores de imagens com o propósito de atingir e formarem em seus discentes bons hábitos de leitura.

Transformações que apontam na nova sociedade que vivemos. Não é apenas a técnica de ensino que se modifica, ou o tema de enfoque priorizado, incorporando uma nova tecnologia nos saberes da escola. É a própria concepção do ensino, de informação, de conhecimento e de meios de informação e comunicação, implicados na construção da cidadania que a nova era exige. (DOLABELLA, 2008)

De acordo com os fatos supracitados, é fundamental concluir que o uso das imagens da literatura infantil, necessita destas novas ampliações de instrumentos pedagógicos como tecnologias, didáticas diferenciadas e estudos significantes dos

símbolos através das representações da linguagem. Assim, os que se dispõem através destes estudos, podem formar professores mais conscientes das suas funções e atribuições, proporcionando alunos capazes de ler uma obra da literatura infantil com toda a segurança e utilizando a melhor forma as noções da comunicação humana.

REFERÊNCIAS

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COSTA, Maria Cristina Castilho. A leitura das imagens. In: ZIBERMAN, Regina; RÖSING, Tania M. K. (Org.) Escola e leitura: velha crise, novas alternativas. São Paulo: Global, 2009. p. 81-98. (Coleção leitura e formação)

DOLABELLA, A. R. Vidigal at al. (2008). Estratégias para uma educação em mídia no Brasil.Disponível:<http://www.alb.com.br/anaisjornal/jornal4/comunicacoesPDF/65_

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HERNÁNDEZ, Fernando. Cultura visual, mudança educativa e projeto de trabalho.

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MAIA, Joseane. Literatura na formação de leitores e professores. São Paulo: Paulinas, 2007.

MICOTTI. M. C. O. Educação infantil e alfabetização. In: Alfabetização: aspectos teóricos e práticos. Rio Claro: Instituto de Biociências- Unesp, 1999, p. 11-28.

MOLINA, Ana H. Ensino de História e Imagens: Possibilidade de Pesquisa. Domínios da Imagem, Ano I, n.1, p. 15-19, novembro 2007.

PILLAR, Analice Dutra. (Org.). A educação do olhar no ensino das artes. 4a ed. Porto Alegre: Editora Mediação, 2006.

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PIETROFORTE, Antonio Vicente . “A Língua como objeto da Linguística”. In: FIORIN, José Luiz (org.). Introdução à linguística – I. Objetos teóricos. 6. ed. São Paulo: Editora Contexto,2011.

ROSSI, Maria. Helena. Wagner. Imagens que falam: leitura da arte na escola. Porto Alegre: Editora Mediação, 2003.

SANTAELLA, Lucia. O que é semiótica. São Paulo: Brasiliense, 1983 (Coleção primeiros passos,103)

SILVA, Theodoro Ezequiel. Partilha e conflito de interpretações: um cantinho para o desenvolvimento da linguagem do leitor infantil. In: SMOLKA, Ana Luisa B. et al. Leitura e desenvolvimento da linguagem. Porto Alegre: Mercado Aberto, 1989.

WALTY, I. L. C; FONSECA, M.N.S.; CURY; M.Z.F. Palavra e imagem: leituras cruzadas.

Belo Horizonte: Autêntica, 2000.

APLICABILIDADE DA LEI 10639/03 NO COLÉGIO ESTADUAL ALENCAR CARDOSO DO MUNICÍPIO DE SALGADO- SE

Nayara Souza Santos (FSLF)

INTRODUÇÃO

A LDB, em seu artigo 22 determina que: “a educação básica tem por finalidade desenvolver o educando, assegura-lhe a formação comum indispensável para o exercício da cidadania e fornece-lhe meios para progredir no trabalho e em estudos posteriores”.

Trabalhar as relações éticos- raciais na educação é de fundamental importância, pois atribui aprendizagens entre brancos e negros valorando as raízes africanas e o reconhecimento da contribuição deles na história e na cultura do país.

O artigo tem por objetivo responder a seguinte pergunta: Como está acontecendo as ações pedagógicas nas escolas em relação as questões étnicos -raciais?

Por se tratar de uma pesquisa bibliográfica e documental o desenvolvimento deste estudo utilizou livros, legislação, Projeto Político Pedagógico, planejamentos anuais dos professores do ensino fundamental e projetos pedagógicos da escola pesquisada relacionados à lei.

Deste modo, o artigo está dividido em três tópicos, onde o primeiro relata a importância de desenvolver o ensino de História e Cultura Afro-Brasileira e Africana na educação básica; já o segundo apresenta algumas formas de como desenvolver o ensino de História e Cultura Afro-Brasileira e Africana na educação básica e por fim o terceiro tópico aborda as ações pedagógicas realizadas pelo Colégio Estadual “Alencar Cardoso”

referentes a Lei 10.639/03.

O interesse pelo assunto surgiu a partir das aulas de Antropologia da Educação e Sociologia da Educação ministradas pelo professor Marcos Vinícius Melo dos Anjos, e também através de encontros, simpósios relacionados com a temática orientados pelo mesmo. Com isso houve o interesse de pesquisar o envolvimento dos professores do Ensino Fundamental no Colégio Estadual Alencar Cardoso. Deste modo as pesquisas realizadas no colégio citado no parágrafo anterior, busca conhecer como está sendo aplicada a lei 10.639/03 nas ações pedagógicas do Ensino Fundamental.

Pode-se afirmar que a lei 10639/03 foi resultado das reivindicações dos

Movimentos Negros ao longo do século XX. Ela estabelece a obrigatoriedade do ensino de História e Cultura Afro-Brasileira e Africana na Educação Básica, ressaltando a importância da cultura negra na sociedade brasileira. A Lei faz alterações para que todas as disciplinas possam abordar temáticas referentes ao que está determinado na Lei nº.

9.394/96 de Diretrizes e Bases da Educação Básica, que na mesma está contido no artigo 26 § 4 onde diz que ensino da História do Brasil levará em conta as contribuições das diferentes culturas e etnias para a formação do povo brasileiro, especialmente das matrizes indígena, africana e europeia.

A Lei recomenda que seja inserido no calendário escolar o dia 20 de novembro, em homenagem ao dia da morte do líder quilombola negro Zumbi dos Palmares. O dia da consciência negra é marcado pela luta contra o preconceito racial no Brasil. Importante ressaltar que não é feita nenhuma alusão a transformar esse dia em feriado.

O objetivo da Lei é trabalhar conteúdos que possam gerar conhecimentos, como atitudes, posturas e valores que eduquem os cidadãos quanto à pluralidade étnico-racial, tornando-os capazes de interagir e de negociar objetivos comuns que garantam, a todos, a valorização de identidade, na busca da solidificação da democracia brasileira.

A sociedade brasileira não assume o preconceito que ainda permanece relacionado ao povo afro e a cultura africana, é a partir daí que acontece a discriminação muitas vezes de maneira camuflada, foi através desse preconceito, do racismo e da discriminação que foi pensada a lei 10639/03 para tentar reverter a imposição de uma cultura a qual os descendentes africanos não são pertencentes.

Trabalhar a educação das relações étnicos-raciais impõe aprendizagens entre brancos e negros, trocas de conhecimentos e quebra de desconfianças, para que aconteça uma mudança de cultura construindo assim uma sociedade justa e igualitária.

O ENSINO DE HISTÓRIA E CULTURA AFRO-BRASILEIRA E AFRICANA NA

No documento ANAIS – Mostra Científica 2016 (páginas 149-155)