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– Eleição da Mesa – Critérios para Composição da Mesa (Parte II)da Mesa (Parte II)

No documento Cu rs o d e R eg im en to I nt (páginas 104-109)

Capítulo IV Disposições Disposições

AULA 15 – Eleição da Mesa – Critérios para Composição da Mesa (Parte II)da Mesa (Parte II)

Art. 8º Na composição da Mesa será assegurada, tanto quanto possível, a representação proporcional dos partidos ou blocos parlamentares que participem da Câmara, os quais escolherão os respectivos candidatos aos cargos que, de acordo com o mesmo princípio, lhes caiba prover, sem prejuízo de candidaturas avulsas oriundas das mesmas bancadas, observadas as seguintes regras: 

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§ 3º É assegurada a participação de um membro da Minoria, ainda que pela proporciona-lidade não lhe caiba lugar.

Capítulo IV – Disposições Preliminares do RICD ...

Art. 27. A representação numérica das bancadas em cada comissão será estabelecida com a divisão do número de membros do partido ou bloco parlamentar, aferido na forma do § 4º do art. 8º deste Regimento, pelo quociente resultante da divisão do número de membros da Câmara pelo número de membros da comissão; o inteiro do quociente assim obtido, denominado quociente partidário, representará o número de lugares a que o par-tido ou bloco parlamentar poderá concorrer na comissão. (Caput do artigo com redação dada pela Resolução nº 34 de 2005, em vigor desde 1/2/2007.)

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Comentários

Na aula anterior, informamos qual a base para definição do número de vagas a que cada partido ou bloco parlamentar terá direito na composição da Mesa. Com efeito, desde 1º de fevereiro de 2007, na aferição do tamanho da bancada, considera--se o número de candidatos eleitos pela agremiação, de acordo com o resultado oficial final das eleições gerais, ou, no caso específico da 55ª Legislatura, em con-formidade com o que dispõe a Resolução nº 14 de 2016. Para outras informações sobre as novas regras estabelecidas pela Resolução nº 14 de 2016, recomenda-se a leitura da aula 5 do capítulo VI.

Agora, explanaremos como se processa o cálculo. Em primeiro lugar, vale lem-brar que a Mesa atua na qualidade de Comissão Diretora na direção dos trabalhos legislativos e dos serviços administrativos da Câmara (art. 14). Tal fato legitima utili-zar a regra do caput do art. 27 para o cálculo das vagas partidárias na Mesa. Assim, divide-se o número de membros do partido ou bloco parlamentar (que era aferido conforme critérios definidos pela Mesa e, desde 1º de fevereiro de 2007, passou a ser na forma do § 4º do art. 8º do RICD) pelo quociente resultante da divisão do nú-mero de membros da Câmara pelo núnú-mero de membros da comissão. O inteiro do quociente assim obtido é denominado quociente partidário, o qual representa o nú-mero de lugares a que o partido ou bloco parlamentar poderá concorrer na Mesa – Comissão Diretora.

Na adaptação dessa regra de comissões no cálculo de vagas na Mesa, deve-se considerar que o ato único de eleição será para onze cargos, ou seja, os sete mem-bros da Mesa e os quatro suplentes de secretário. Nesse caso, deve-se dividir o nú-mero de membros da Câmara pelo núnú-mero de cargos a preencher – onze cargos –, e não apenas pelo número de membros da Mesa – sete.

Para mais esclarecimentos quanto ao que seja quociente partidário, consulte a aula 6 do capítulo VI.

Importante observar que, independentemente do cálculo da proporcionalidade partidária, a Minoria tem uma vaga garantida na Mesa da Câmara.

Cu rs o d e R eg im en to I nt er AULA 16 – Eleição da Mesa – Critérios para Composição da Mesa (Parte III)

Art. 8º Na composição da Mesa será assegurada, tanto quanto possível, a representação proporcional dos partidos ou blocos parlamentares que participem da Câmara, os quais escolherão os respectivos candidatos aos cargos que, de acordo com o mesmo princípio, lhes caiba prover, sem prejuízo de candidaturas avulsas oriundas das mesmas bancadas, observadas as seguintes regras: 

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§ 1º Salvo composição diversa resultante de acordo entre as bancadas, a distribuição dos cargos da Mesa far-se-á por escolha das lideranças, da maior para a de menor representa-ção, conforme o número de cargos que corresponda a cada uma delas.

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Comentários

Definido o número de vagas que caberá a cada agremiação, há duas alternativas para se conhecer qual representação ocupará cada cargo.

A escolha dos cargos pode ser feita pelas lideranças, da maior para a de menor representação, conforme o número de cargos que corresponda a cada uma delas, bem como pode haver acordo entre as bancadas para a distribuição dos cargos por outros critérios.

Conclui-se então este assunto esclarecendo que a divisão do número de car-gos respeita o princípio da proporcionalidade partidária, por dever de obediência à norma inscrita no § 1º do art. 58 da Constituição Federal. Já a distribuição dos cargos, ou seja, que cargo pertence a qual representação (partido ou bloco parla-mentar), poderá será feita pelo critério proporcional ou por acordo de lideranças (RICD, art. 8º, § 1º).

AULA 17 – Eleição da Mesa – Candidatura Oficial X Candidatura Avulsa

Art. 8º Na composição da Mesa será assegurada, tanto quanto possível, a representação proporcional dos partidos ou blocos parlamentares que participem da Câmara, os quais escolherão os respectivos candidatos aos cargos que, de acordo com o mesmo princípio, lhes caiba prover, sem prejuízo de candidaturas avulsas oriundas das mesmas bancadas, observadas as seguintes regras: 

I – a escolha será feita na forma prevista no estatuto de cada partido, ou conforme o estabelecer a própria bancada e, ainda, segundo dispuser o ato de criação do bloco parlamentar;

II – em caso de omissão, ou se a representação não fizer a indicação, caberá ao respectivo líder fazê-la;

III – o resultado da eleição ou a escolha constará de ata ou documento hábil, a ser enviado de imediato ao presidente da Câmara, para publicação;

Capítulo IV – Disposições Preliminares do RICD IV – independentemente do disposto nos incisos anteriores, qualquer deputado poderá

concorrer aos cargos da Mesa que couberem à sua representação, mediante comunicação por escrito ao presidente da Câmara, sendo-lhe assegurado o tratamento conferido aos demais candidatos.

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Art. 10. O líder, além de outras atribuições regimentais, tem as seguintes prerrogativas:

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V – registrar os candidatos do partido ou bloco parlamentar para concorrer aos cargos da Mesa, e atender ao que dispõe o inciso III do art. 8º;

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Comentários

Cientes tanto do número de vagas que lhes couber na Mesa, em razão da aplica-ção do princípio da proporcionalidade partidária, como também quais cargos lhes foram reservados, cada partido ou bloco parlamentar escolhem o(s) candidato(s) ao(s) cargo(s) que lhes caiba prover, conforme regras específicas constantes do art. 8º. A escolha de um candidato pelo partido representa a “candidatura oficial do partido”, contudo não obsta as chamadas “candidaturas avulsas” originadas da mesma bancada.

Note-se que o líder tem a competência de registrar o(s) candidato(s) oficial(is) do partido ou bloco parlamentar, conforme o número de vagas de que dispõe a re-presentação. A escolha de quem será o candidato partidário, porém, dependerá de cada partido ou bloco parlamentar, nos termos do inciso I do art. 8º. Assim, o regis-tro do candidato compete ao líder, que fará, também, a indicação, se houver omissão ou, ainda, se a bancada não o fizer (art. 8º, II).

Candidatura avulsa é a candidatura de deputado registrada por conta própria do parlamentar. O RICD só admite candidatura avulsa de deputado que integre o par-tido ou bloco parlamentar a que pertencer a vaga. A tolerância da Mesa da Câmara em acolher, para o cargo de presidente, candidaturas avulsas oriundas de bancadas diferentes daquela que, pela proporcionalidade partidária (ou acordo), faz jus a esse cargo na Mesa não conta com amparo regimental. Tal prática tenta justificar-se por ocorrências históricas.

De fato, a história registrou, inclusive, a eleição de candidato avulso para presi-dente da Câmara na disputa a cargos da Mesa ocorrida em 2005. O maior partido na época, que tinha direito a duas vagas na Mesa Diretora, havia cedido uma de suas vagas a outro partido, confiante de que ganharia a eleição presidencial. A fatalida-de implicou a ausência fatalida-de representantes do partido da Maioria na composição da Mesa, fato inédito.

Por fim, saliente-se que a candidatura avulsa deve ser comunicada por escrito ao presidente da Câmara e garante a igualdade de tratamento conferido aos demais candidatos, inclusive ao colega de partido que concorrer como candidato oficial.

Saiba mais sobre registro de candidaturas na aula 19 deste capítulo.

Cu rs o d e R eg im en to I nt er AULA 18 – Mesa – Perda de Lugar e Vaga

Art. 8º Na composição da Mesa será assegurada, tanto quanto possível, a representação proporcional dos partidos ou blocos parlamentares que participem da Câmara, os quais escolherão os respectivos candidatos aos cargos que, de acordo com o mesmo princípio, lhes caiba prover, sem prejuízo de candidaturas avulsas oriundas das mesmas bancadas, observadas as seguintes regras: 

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§ 2º Se até 30 de novembro do segundo ano de mandato verificar-se qualquer vaga na Mesa, será ela preenchida mediante eleição, dentro de cinco sessões, observadas as dis-posições do artigo precedente. Ocorrida a vacância depois dessa data, a Mesa designará um dos membros titulares para responder pelo cargo.

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§ 5º Em caso de mudança de legenda partidária, o membro da Mesa perderá automatica-mente o cargo que ocupa, aplicando-se para o preenchimento da vaga o disposto no § 2º deste artigo. (Parágrafo acrescido pela Resolução nº 34 de 2005, em vigor desde 1/2/2007.) ...

Art. 14. ...

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§ 3º A Mesa reunir-se-á, ordinariamente, uma vez por quinzena, em dia e hora prefixa-dos, e, extraordinariamente, sempre que convocada pelo presidente ou por quatro de seus membros efetivos.

§ 4º Perderá o lugar o membro da Mesa que deixar de comparecer a cinco reuniões ordi-nárias consecutivas, sem causa justificada.

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Art. 232. O deputado que se desvincular de sua bancada perde, para efeitos regimentais, o direito a cargos ou funções que ocupar em razão dela. (Artigo com redação dada pela Resolução nº 34 de 2005, em vigor desde 1/2/2007.)

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Art. 238. As vagas, na Câmara, verificar-se-ão em virtude de:

I – falecimento;

II – renúncia;

III – perda de mandato. 

Comentários

O Regimento Interno da Câmara dos Deputados prevê duas regras aplicáveis em caso de vaga na Mesa: 1) realizar nova eleição dentro de cinco sessões, se a vaga ocorrer até 30 de novembro do segundo ano de mandato; 2) designar um dos mem-bros titulares para responder pelo cargo, sempre que a vaga ocorrer a partir de 1º de dezembro do último ano do mandato bienal.

São as seguintes hipóteses de ocorrência de vaga na Mesa:

Capítulo IV – Disposições Preliminares do RICD a) no caso de ausência a cinco reuniões ordinárias consecutivas, sem causa

justificada;

b) em caso de mudança de legenda partidária;

c) renúncia ao cargo de membro da Mesa;

d) nos casos que ensejam vaga na Câmara, desde que ocorridos com membro da Mesa.

Importante registrar que, em decisão sobre a Questão de Ordem nº 168, de 2016, a Presidência da Casa firmou o entendimento de que a expressão “legenda partidária”, contida no § 5º do art. 8º do RICD, deve ser interpretada extensivamente, de modo a abranger o termo “partido” e a expressão “bloco parlamentar”. E, de acordo, com essa interpretação extensiva, a mudança entre partidos dentro de bloco parlamentar não alteraria a representação proporcional de que trata os artigos 8º, caput e §§ 4º e 5º; 12, caput e §§ 1º e 10, todos do RICD, e no art. 58, § 1º da Constituição Federal.

Dessa forma, o deputado que se desfiliar de partido que não era integrante de blo-co parlamentar ou mudar para partido fora do bloblo-co parlamentar em que se enblo-con- encon-trava alteraria a representação proporcional e, por conseguinte, perderia o cargo que ocupava em razão da bancada a que pertencia. Esse entendimento aplica-se, tam-bém, às migrações de legenda partidária ocorridas durante a janela partidária aberta pela EC nº 91, de 2016, que franqueou aos deputados a mudança de filiação partidária no período de 19 de fevereiro a 19 de março desse ano sem prejuízo do mandato.

Em consonância com esse entendimento e, em conformidade com a decisão so-bre a Questão de Ordem nº 162, de 2016, a troca de partido, exceto a que se realizar dentro do bloco parlamentar, implica a perda da vaga também em comissão, ainda que o deputado que tenha mudado de partido ou de bloco parlamentar exerça cargo de natureza eletiva.

Nos termos do art. 238, a vaga na Câmara verificar-se-á em virtude de falecimen-to, renúncia ou perda do mandato.

No documento Cu rs o d e R eg im en to I nt (páginas 104-109)