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ERROS ORTOGRÁFICOS DA LÍNGUA PORTUGUESA NA COMPOSIÇÃO DE ALUNOS DO 7º ANO, DO 3º CICLO, DO ENSINO BÁSICO EM TIMOR-LESTE

Manuel Belo de Carvalho Cesária Dias da Costa

O que é a ortografia?

A ortografia é a parte da gramática que trata do emprego correto das letras e dos sinais gráficos da língua escrita. De acordo com o regulamento da Academia Brasileira de Letras e Academia das Ciências de Lisboa, a ortografia da língua portuguesa é o sistema de escrita padrão, usado para representar a língua e contém 26 letras do alfabeto latino, além dos sinais gráficos.

A estabilização da ortografia do português durou 700 anos, quando surgiram os primeiros textos escritos em língua romanesca, falada na faixa ocidental da Península Ibérica e, em 1911, concluiu a fixação das bases do sistema ortográfico. Nesse mesmo ano, foi quando se fixou finalmente a ortografia do português, ―Bases da Ortografia Portuguesa‖ tendo como a referência da proposta dos filólogos Gonçalves Viana e Vasconcelos Abreu (FARACO, 2014).

Os 700 anos de laboriosa construção e estabilização da ortografia do português foi respeitado, quando adotou-se um sistema misto definido por uma conjunção de fatores fonológicos, etimológicos, morfológicos e de tradições culturais. Uma obra de séculos de exercício e experimentos sob esses diversos critérios, não foi assim possível tratar por um critério único (FARACO, 2014).

O sistema ortográfico do português é composto pelas relações com o sistema de sons da língua. As relações estabelecidas entre esse sistema e o sistema ortográfico são caracterizadas por dois tipos diferentes, as biunívocas e as múltiplas. A relação biunívoca é uma representação gráfica, que corresponde a apenas um fonema, ou um fonema tem apenas uma representação gráfica. A relação múltipla é observada quando um grafema pode representar vários fonemas, ou quando um fonema é representado por vários grafemas. A seguir podemos observar os casos em que tal relação se verifica, por Miranda (2008):

Quadro 1- Exemplo da relação biunívoca - extraído de Miranda (2008).

Fonema Grafema Exemplos

/p/ ‗p‘ ‗pena‘, ‗capa‘, ‗pluma‘

/b/ ‗b‘ ‗bota‘, ‗cabo‘, ‗bruma‘

/f/ ‗f‘ ‗fato‘, ‗café‘, ‗frevo‘

/v/ ‗v‘ ‗vaso‘, ‗nove‘, ‗livro‘

Quadro 2- Exemplo de relação múltipla; um grafema representando vários fonemas, de acordo com a posição - extraído de Miranda (2008).

Grafema Fonema Exemplo

‗r‘

/x/ /r/

‗rato‘, ‗enrolado‘ ‗era‘, ‗prato‘, ‗tambor‘ ‗c‘

/k/ /s/

‗casa‘,‗macaco‘,‗cravo‘ ‗cena‘, ‗macio‘

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Quadro 3- Exemplo de relação múltipla; um fonema representado por mais de um grafema – extraído de Miranda (2008).

Fonema Grafema Exemplos

/s/ ‗ss‘ ‗sc‘ ‗sç‘ ‗xc‘ ‗s‘ ‗c‘ ‗ç‘ ‗x‘ ‗passado‘ ‗nascer‘ ‗nasça‘ ‗exceção‘ ‗semente‘, ‗urso‘ ‗cinema‘, ‗ócio‘ ‗moço‘, ‗março‘ ‗experiência‘ ž ‗j‘ ‗g‘

‗jato‘, ‗caju‘, ‗jibóia‘ ‗geléia‘, ‗mágico‘

Em relação aos 3 quadros, que se estabelecem entre fonemas e grafemas, no sistema ortográfico da língua, revelam um pouco da dificuldade dos alunos em aprender a ortografia. Além disso, todos os sistemas ortográficos adotados no português, sempre oscilaram entre duas posturas: a grafia etimológica e a grafia fonológica. A grafia etimológica procura preservar o modo como as palavras se escreviam em grego e latim. E a grafia fonológica é o sistema ortográfico, que representa os fonemas da língua, dos sons da fala (BIZZOCCHI, 2013).

Segundo Bizzocchi (2013), Duarte Nunes de Leão, em 1576, defendia a grafia etimológica na sua Orthographia da lingoa portuguesa. A ortografia etimológica é evidentemente mais conservadora e exige grande poder de memorização dos falantes, bem como, conhecimento de grego e latim. E a grafia fonológica foi defendida por aqueles que entendem a língua como instrumento prático de comunicação, cuja escrita deve ser mais racional e simples possível. Em uma língua ou idioma há a mistura dessas duas coisas diferentes, instrumento de comunicação e património histórico e cultural de um povo. Um termo entre as duas atitudes tem se procurado na maioria das línguas europeias. Por exemplo, substituiu-se ―ph‖ por ―f‖, mas mantém-se a distinção entre ―ss‖ e ―ç‖. Dessa questão, nada errado, no entanto, o problema sobre o que deve ser mantido como o ―x‖ de ―extensão‖, e o que deve ser simplificado, como o ―ph‖ de ―farmácia‖ por ―f‖, das opções feitas pelos elaboradores de reformas ortográficas anteriores (mudanças nas bases do sistema), normalizaram com base na etimologia de grafias oscilantes.

Em 1943, ―portuguez‖ e ―embriguez‖ se escreviam com ―z‖, convencionou-se que o ―português‖ deveria ser com ―s‖, já que, nosso sufixo ―-ês‖ provém do latim ―-ensis‖, enquanto o sufixo ―-ez‖, de ―embriguez‖, vem do latim ―-ites‖.

Baseado nos detalhes apresentados acima, os investigadores tem de fazer um levantamento sobre: 1) Quais são os erros ortográficos que acontece na composição dos alunos; 2) Quais os erros ortográficos que mais acontecem. É portanto, o objetivo geral desse estudo é analisar os erros ortográficos da língua portuguesa, em composições de alunos do sétimo ano, do Terceiro Ciclo, do Ensino Básico. Esse objetivo geral desenrola-se em três objetivos específicos: 1) identificar os erros que acontecem na composição dos alunos; 2) descrever e quantificar os erros ortográficos dos alunos; 3) refletir sobre as implicações didáticas dos erros encontrados nas composições.

Breve histórico do Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa

O acordo ortográfico (AO), documento oficial, pretende aproximar a ortografia de todos os países da língua portuguesa. A discussão apresenta está baseada em informações coletadas, em sua maioria, de pesquisas da internet, em virtude da dificuldade de encontrar material impresso sobre o novo Acordo Orográfico.

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No início do século XX, em 1911, a primeira grande reforma ortográfica da língua portuguesa surgiu em Portugal, que estabeleceu um modelo ortográfico de referências para as publicações oficiais e para o ensino. Entretanto, o Brasil não adotou esse primeiro formulário ortográfico. A partir desse momento, a ortografia da língua portuguesa passou por um longo processo de discussão e negociação, com objetivo de unificar a norma ortográfica nos países lusófonos.

Em 1915, houve a união da Academia Brasileira de Letras e a reforma de 1911. No entanto, depois de quatro anos (1919), houve a revogação desse acordo. Somente em 1931, o primeiro acordo ortográfico foi aprovado entre Portugal e Brasil, mas esse acordo só está no papel, nunca foi colocado em prática.

Durante 9 anos, Portugal e Brasil mantiveram sua posição. Em 1940, a Academia das Ciências de Lisboa publicou o Vocabulário Ortográfico da Língua Portuguesa. Em 1943, do existente acordo ortográfico entre Portugal e Brasil, foi publicado um Formulário Ortográfico. Apesar desse acordo, em 1945, entrou em vigor um novo acordo ortográfico. No entanto, esse novo acordo apenas foi aplicado em Portugal, o Brasil continuou a seguir o formulário ortográfico de 1943.

Em 1970, houve revisões que aproximaram as duas variedades escritas. Por causa das várias tentativas de chegar a um consenso, essas revisões não foram aprovadas oficialmente, nem uma reforma para um documento normativo comum.

Em 1971, no Brasil, houve alterações com objetivo de aproximar a ortografia brasileira a portuguesa e, em 1973, houve alterações com o acordo do português europeu para aproximar a ortografia brasileira. E em 1975, as duas Academias projetaram um novo acordo. Contudo, não foi transformado em lei ou aprovado oficialmente devido ao período de convulsão política que Portugal vivia. Depois de 11 anos (1986), ambos os países apresentaram memorando sobre o Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa. E, em 16 de dezembro de 1990, os países lusófonos assinaram o Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa. Em 17 de Julho de 1998, foi celebrado o primeiro protocolo modificativo, que elimina as datas para a elaboração do vocabulário comum da língua portuguesa e vigor do acordo ortográfico de 1990.

Em julho de 2004, os chefes de Estado da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa-CPLP, reunidos em São Tomé e Príncipe, aprovaram o Segundo Protocolo Modificativo ao Acordo Ortográfico, e definiram que ―o Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa entrará em vigor com o terceiro depósito de instrumento de ratificação, junto da República Portuguesa‖ e aprovaram a adesão de Timor Leste (CPLP, 2004). Assim, o acordo ortográfico foi ratificado por três países, Brasil, em outubro de 2004, Cabo Verde, em abril 2005, e São Tomé e Príncipe, em 17 de novembro de 2006, como um meio para validar o AO em todos os países da CPLP.

Em 16 de maio de 2008, a assembleia da república portuguesa terminou a ratificação do segundo protocolo modificativo (PORTUGAL, 2008). Em 3 de setembro de 2009, João Câncio Freitas, então Ministro da Educação timorense, informou que a ratificação de acordo ortográfico tinha sido efetuada, conforme resolução do Parlamento Nacional de Timor-Leste. No mesmo ano, em 24 de novembro, Guiné Bissau ratificou, por unanimidade, o acordo ortográfico e em 7 de junho de 2012, foi a vez do conselho de Ministros de Moçambique.

Aprendizagem da Língua Portuguesa: erros ortográficos

A aprendizagem da ortografia é um processo constante de aprendizagem da língua escrita. A fase inicial é a constituição da letra ou alfabeto. Na realidade, a maioria das crianças não conseguem aprender a ler e escrever porque desconhecem o alfabeto.

Na aprendizagem da ortografia, os sujeitos escrevem palavras ou frases da sua maneira ou da forma como eles conhecem os sons e o alfabeto. Apesar dessa escrita, algumas palavras são reproduzidas diferentes da língua padrão. Então, para facilitar os alunos na escrita correta das palavras, é necessária a aprendizagem ortográfica.

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Alguns problemas que afetam a escrita da língua portuguesa não podem ser considerados erros. Como em situações de ditado de palavras, em que as tentativas de escrita da palavra oralizada não estão relacionadas ao padrão da língua portuguesa. Tomamos por exemplo, ―não naun‖, ―casa kaja‖, ―chapeo sapeo‖, ―hotél otel‖, ―hospital ospital‖ e ―pão paun‖.

De acordo com Carraher (1985, apud MOTA et al., 2000) ―erros etimológicos são erros de letras ambíguas que podem ser revolvidos com base na origem das palavras (por exemplo, ―laranjeira‖ é escrita com ―j‖ porque é derivado de ―laranja‖).

Fonologia é o ramo da linguística que estuda os sistemas sonoros das línguas. Da variedade de sons que o aparelho vocal humano pode produzir, e que é estudado pela fonética, só um número relativamente pequeno é usado distintivamente em cada língua. (PINTO, 1997: 29)

O objetivo da análise de erros (AE) é prever áreas de dificuldade na aprendizagem de língua estrangeira (LE), através de um inventário quantitativo dos erros mais frequentes na produção dos aprendizes (Gargallo, 2004). Então, o primeiro passo para definição de AE é compreender melhor a própria concepção de erro como base desse modelo de investigação.

Erros são uma estratégia tanto de crianças que aprendem a sua LM, como de indivíduos que aprendem uma segunda língua, que difere daqueles erros que são produtos de desvios acidentais de produção linguística, pois se caracterizam por sua sistematicidade e revelam o conhecimento subjacente da língua-objeto em um determinado momento (Corder, 1967).

De acordo com Corder (1967:25), os erros provam a existência de um sistema de linguagem específico dos aprendizes, que não diz respeito nem a língua materna (LM) e nem a língua-alvo. Nesse sistema, a ―competência transitória‖ do aprendiz é caracterizada por apresentar ―erros sistemáticos‖. Corder (1971) denominou a linguagem, para esse contexto, como dialeto idiossincrático, dos que aprendem uma segunda língua. Além de evidenciarem o sistema de língua transitória, existem três níveis importantes dos erros; (i) para o professor, pois informa o quanto o aluno progrediu e, consequentemente, o que resta por aprender; (ii) para os pesquisadores, porque evidencia como o aluno adquire ou aprende uma língua ou quais estratégias ou procedimentos que emprega; (iii) para o próprio aluno, pois os erros são modos para testar hipóteses acerca da natureza da língua, que está aprendendo (CORDER, 1967).

No processo de aprendizagem, os aprendizes compreendem a LE através da observação da sua própria produção linguística. Então, podemos afirmar que a definição de Análise de Erros é um modelo de estudo que busca, através da observação da produção linguística do aprendiz de LE, compreender o processo de aquisição de línguas estrangeiras.

Para melhorar os métodos e procedimentos de ensino sobre AE, Santos Gargallo (2004) propõe o propósito pedagógico da AE como identificação e descrição, numa atuação linguística, em uma determinada situação de comunicação intercultural.

Em relação a definição do conceito de erros, Santos Gargallo (2004) considera outros fatores que caracterizam as etapas metodológicas da AE, do paradigma qualitativo e quantitativo, a saber: (a) compilação de corpus de dados; (b) identificação, descrição e classificação de acordo com um conjunto de categorias; (c) explicação das causas dos erros; (d) avaliação dos erros; (e) discussão dos resultados; (f) implicação didáticas para o processo de ensino e aprendizagem.

Diante disso, houve critérios e definições que estabeleceram a definição da compilação de corpus de dados, determinada por diversos aspectos; o tamanho da amostra, a eleição da amostra, o perfil do informante, o perfil do interlocutor, o cenário de interação e a tarefa comunicativa.

Para a identificação, descrição e classificação dos erros, devem ser usados os critérios que estão relacionados aos objetivos da pesquisa; critérios descritivo/linguístico, etimológico, comunicativo, pedagógico, pragmático e critério cultural.

A melhor didática do processo de ensino-aprendizagem é o propósito da AE. Então, os resultados da adaptação das estratégias e procedimentos de ensino-aprendizagem facilitam a aprendizagem dos estudantes.

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Então, podemos afirmar que a definição de Análise de Erros é um modelo de estudo que busca, através da observação da produção linguística de aprendiz de LE, compreender o processo de aquisição de línguas estrangeiras, e suas conclusões podem propor procedimentos didáticos que permitam reduzir a presença de formas não desejadas (SANTOS GARGALLO, 2004).

Para melhorar os métodos e procedimentos de ensino sobre AE, Santos Gargallo (2004) propõe o propósito pedagógico e afirma que o objetivo de AE é a identificação, descrição das formas que afastam da norma standarte e que poderão prejudicar uma atuação linguística adequada em uma determinada situações de comunicação interculturais.

A análise possibilitou verificar uma grande quantidade de erros relacionados a ausência do acento agudo. Foram encontradas 250 ocorrências nessa categoria. Notificamos também a ausência do acento circunflexo, em 44 casos; a troca da letra ―c‖ pela ―s‖, em 42 situações; uso do acento circunflexo indevido, em 22 casos; acréscimo da letra ―n‖, com 21 erros; acréscimo da letra ―i‖, com 15 erros; troca da letra ―s‖ pela ―z‖, com 14 erros e troca da letra ―o‖ pelo ―u‖, no final da palavra, em 11ocorrências. Para saber melhor os erros encontrados na produção escrita dos alunos, vamos observar a quantidade erros, em cada categoria, nas tabelas a seguir:

Quadro 4- Quadro geral com maior e menor quantidade de erros

Categoria de Erros Quantidade Exemplo Formas corretas Ausência do acento agudo 250 ―lingua‖, ―setimo‖, ―pais‖ língua, sétimo, país Ausência do acento circunflexo 44 ―portugues‖,

―independencia‖ independência português, Troca a letra ―c‖ por ―s‖ 42 ―ofisial‖, ―presisa‖ oficial, precisa Uso inadequado do acento circunflexo 22 ―portuguêsa‖, ―porquê‖ portuguesa, porque

Acréscimo da letra ―n‖ 21 ―muinto‖ Muito

Acréscimo da letra ―i‖ 15 ―trabailho‖ trabalho

Troca da letra ―s‖ por ―z‖ 14 ―caza‖ Casa

Troca da letra ―o‖ por ―u‖ no final da palavra

11 ―futuru‖ Future

Ausência da letra ―e‖ 10 ―volibol‖ voleibol

Troca da letra ―s‖ por ―c‖ 10 ―presisa‖ precisa

Troca da letra ―u‖ por ―o‖ 9 ―portoguesa‖ portuguesa

Troca da letra ―c‖ por ―k‖ 8 ―eskola‖ Escola

Troca da letra ―g‖ por ―c‖ 8 ―costa‖ Gosta

Troca da letra ―s‖ por ―ç‖ 6 ―preciça‖ precisa

Acréscimo da letra ―h‖ 5 ―inglêsh‖ Inglês

Troca a letra ―c‖ por ―ç‖ 5 ―voçê‖ Você

Ausência da letra ―s‖ no final da palavra

5 ―portuguê‖ português

Ausência da letra ―o‖ no final da palavra

4 ―frut‖ Fruto

Ausência da letra ―i‖ 4 ―cemtério‖ cemitério

Troca da letra ―x‖ por ―s‖ 4 ―esplicar‖ explicar

Troca da letra ―q‖ por ―g‖ 4 ―guando‖ quando

Troca da letra ―m‖ por ―n‖ 4 ―jardin‖ Jardim

Troca da letra ―e‖ por ―i‖ 4 ―profissor profissora‖ professora/professor Ausência da letra ―a‖ no final da

palavra

4 ―língu‖ Língua

Acréscimo do acento til ( ᷈ ) 3 ―ãrvores‖ árvores

Troca da letra ―b‖ por ―p‖ 3 ―ampiente‖ ambiente

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Troca da letra ―c‖ por ―g‖ 3 ―gampo‖ Campo

Acréscimo da letra ―e‖ 3 ―apreender‖ aprender

Troca da letra ―f‖ por ―v‖ 2 ―provessor‖ professor

Ausência do acento til ( ᷈ ) 2 ―nao‖ Não

Troca da letra ―g‖ por ―j‖ 2 ―lonje‖ Longe

Acréscimo das letras ―ee‖ 2 ―leer‖ Ler

Troca da letra ―n‖ por ―m‖ 2 ―importamte‖ importante

Troca da letra ―j‖ por ―z‖ 2 ―zardim‖ Jardim

Acréscimo do acento agudo 2 ―léste‖ Leste

Troca do ―ç‖ pelo ―c‖ 2 ―nacões‖ nações

Ausência da letra ―m‖ no final da palavra

2 ―mi‖ Mim

Troca da letra ―o‖ por ―a‖ 1 ―nas‖ nós

Acréscimo da letra ―s‖ no final da palavra

1 ―obrigados‖ obrigado

Troca da letra ―n‖ por ―l‖ 1 ―lilgua‖ língua

Troca da letra ―c‖ por ―z‖ 1 ―voze‖ você

Ausência da letra ―u‖ 1 ―portgues‖ português

Ausência da letra ―r‖ 1 ―cadeia‖ cadeira

Troca da letra ―v‖ por ―b‖ 1 ―bolta‖ Volta

Troca da letra ―c‖ por ―ss‖ 1 ―ofissial‖ oficial

Troca da letra ―i‖ por ―e‖ 1 ―cemeterio‖ cemitério

Troca da letra ―c‖ por ―x‖ 1 ―prexisa‖ precisa

Acréscimo da letra ―ss‖ 1 ―messas‖ mesas

Troca da letra ―r‖ por ‖o‖ 1 ―proque‖ porque

Troca da letra ―z‖ por ―s‖ 1 ―cosinha‖ cozinha

Troca da letra ―x‖ por ―ç‖ 1 ―eçplicar‖ Explica

Troca da letra ―a‖ por ―e‖ 1 ―importanta‖ importante

Troca das letras ―ss‖ por ―ç‖ 1 ―noça‖ nossa

Acréscimo da letra ―l‖ 1 ―crecidlas‖ crescidas

Troca da letra ―h‖ por ―l‖ 1 ―trabahlo‖ trabalho

Troca da letra ―l‖ por ―r‖ 1 ―frores‖ flores

Troca da letra ―u‖ por ―r‖ 1 ―gurpo‖ grupo

Troca da letra ―s‖ por ―j‖ 1 ―meja‖ mesa

Troca da letra ―e‖ por ―a‖ 1 ―secratario‖ secretário

Troca do ―ç‖ por ―s‖ 1 ―nasao‖ nação

Troca da letra ―s‖ por ―g‖ 1 ―megas‖ mesas

I Categoria: Acentuação

O quadro 4 mostra a quantidade de erros, na ausência e acréscimo, do acento agudo, com 250 ocorrências de ausência e apenas 2 casos de acréscimos. Isso indica que muitos alunos não sabem utilizar o acento agudo ou não se sentem seguros para aplicá-lo.

A quantidade de erros de ausência do acento circunflexo, com 44 ocorrências, e a quantidade de erros relacionados ao acréscimo do acento circunflexo, com 22 casos, indicam que os alunos, nesses casos, também desconhecem o uso do acento. Porém, a diferença entre os erros de ausência e de acréscimo é muito menor. Isso indica que os alunos conhecem mais o acento circunflexo e que se sentem mais seguros para sua utilização.

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Não houve ocorrências de palavras com dupla grafia relacionadas aos acentos, tais como: acadêmico/acadêmico, fenômeno/fenômeno, oxigênio/oxigênio.

A quantidade da ausência do acento til ( ᷈ ), com 2 ocorrências, e a quantidade do acréscimo desse acento, com 3 ocorrências, podem estar relacionadas a menor quantidade de palavras que possuem esse acento na língua portuguesa. É interessante perceber que a ausência dos acentos é maior do que os acréscimos, nos casos de erros dos acentos agudo e circunflexo. No entanto, nos equívocos do uso do til, o acréscimo desse acento está em maior quantidade do que a ausência dele, como é possível observar no quadro abaixo:

Quadro 5- Erros de acentuação

II Categoria: Acréscimos de letras

O quadro 6 mostra que a maior quantidade de erros foi no acréscimo da letra ―n‖, com 21 casos, e a seguida, a quantidade de acréscimos da letra ―i‖, em 15 situações. Essas duas questões indicam que ortograficamente os alunos têm dificuldades de escrever as palavras da língua portuguesa, em que a pronúncia acrescenta um fonema e acabam acrescentando uma letra. Por exemplo, a palavra ―muito‖ com ―muinto‖, ―trabalho‖ com ―trabailho‖, isso por causa da pronúncia da palavra. A quantidade de acréscimos da letra ―h‖, com 5 ocorrências, indica que os alunos tem dificuldade na escrita. A quantidade do acréscimos da letra ―e‖, em 3 situações e a quantidade de acréscimos da forma ―ee‖, em 2 casos, significa que os alunos têm dificuldade na escrita, por causa da adaptação na pronúncia e interferência na língua escrita. A quantidade de acréscimo da forma ―ss‖, com 1 caso, e as outras categorias com esse mesmo número de ocorrência, pode significar que os alunos compreenderam as regras de ortográficas, no entanto, faltou concentração no momento da escrita da palavra.

Quadro 6- Erros do acréscimo de letras.

Categorias Quantidades Exemplo Formas corretas

Ausência do acento agudo 250 ―lingua‖, ―setimo‖, ―pais‖ língua, sétimo, país Ausência do acento circunflexo 44 ―portugues‖,

―independencia‖

português, independência Acréscimo do acento circunflexo 22 ―portuguêsa‖, ―porquê‖ portuguesa, porque

Acréscimo do acento til ( ᷈ ) 3 ―ãrvores‖ árvores

Ausência do acento til ( ᷈ ) 2 ―nao‖ não

Acréscimo do acento agudo ( ʹ ) 2 ―léste‖ leste

Categorias Quantidades Exemplos Formas corretas

Acrescentou a letra ―n‖ 21 ―muinto‖ muito

Acrescentou a letra ―i‖ 15 ―trabailho‖ trabalho

Acrescentou a letra ―h‖ 5 ―inglesh‖ inglês

Acrescentou a letra ―e‖ 3 ―apreender‖ aprender

Acrescentou a letra ―ee‖ 2 ―leer‖ ler

Acrescentou a letra ―ss‖ 1 ―messas‖ mesas

Acrescentou a letra ―l‖ 1 ―crecidlas‖ crescidas

88 III Categoria: Ausência de letras

O quadro 7 mostra que a maior ocorrência na ausência de letras foi a letra ―e‖, com 10 registros, a ausência da letra ―s‖, em 5 casos, as letras ―o‖, ―i‖ e ―a‖, em 4 situações, cada uma, e a ausência da letra ―m‖, em 2 casos. Isso indica que os alunos têm mais dificuldades na escrita, por causa da pronúncia e

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