• Nenhum resultado encontrado

FORMAÇÃO DE PROFESSORES DA LÍNGUA PORTUGUESA NO POSTO ADMINISTRATIVO DE METINARO

Januário da Costa Manuel Belo de Carvalho Raquel Antunes Scartezini

Introdução

Distintos pesquisadores investigaram sobre o tema da formação de professores em Timor-Leste (ARAÚJO, 2010; BRAS, 2010; CARVALHO, 2007; MARTINS, 2014; SOARES, 2014). Carvalho (2007) realizou uma grande pesquisa sobre a formação de professores do ensino pré-secundário e secundário em Timor-Leste, contribuindo para a construção de um modelo de formação inicial e contínua. Soares (2014), por sua vez, teve como foco a formação de professores do jardim de infância. Outros autores investigaram o processo de formação de professores em distritos específicos. Martins (2014) investigou a formação de professores de Língua Portuguesa do Ensino Básico no distrito Bobonaro. Bras (2010) abordou a formação de professores do Ensino Básico em exercício no distrito de Aileu. Araújo (2010) também teve como foco o distrito de Aileu, investigando a evolução do sistema de formação de professores nesse distrito.

Acompanhando a tendência e a necessidade de melhor conhecer como se estabelecem o processo educativo e as práticas de formação docente nos distintos postos administrativos de Timor-Leste, essa pesquisa busca responder a duas questões centrais: Como acontecem as práticas de formação contínua dos professores de Língua Portuguesa do 2o ciclo no posto administrativo de Metinaro? Como a formação contínua de professores de Língua Portuguesa (2o ciclo do Ensino Básico de Metinaro) pode promover a qualidade do processo de ensino e aprendizagem?

A partir do contexto e da realidade da formação dos professores do 2º ciclo do Ensino Básico no posto administrativo Metinaro foi identificado o problema dessa investigação. Os professores de Língua Portuguesa nesse ciclo e segmento de ensino não possuem formação específica nessa disciplina. Normalmente eles têm apenas formação de nível secundário, por isso, as atividades de formação contínua são muito importantes para capacitar os professores em exercício. Porém, é preciso investigar como essas práticas de formação contínua acontecem e como os cursos oferecidos podem promover a qualidade de ensino e aprendizagem. Assim, o objetivo geral desse estudo é caracterizar as práticas de formação dos professores de Língua Portuguesa em exercício no 2º ciclo do Ensino Básico no posto administrativo Metinaro e analisar ações de formação potenciais para o desenvolvimento das competências docentes no ensino dessa língua.

Descrição geral da investigação

Em Metinaro existem cinco escolas de 1o e 2o ciclos do Ensino Básico, as quais serviram de campo para essa investigação. Este estudo analisa as concepções de um conjunto alargado de sujeitos que participam de duas dessas escolas, incluindo os professores de Língua Portuguesa do 2o ciclo do Ensino Básico, coordenadores de ambas escolas e o Inspetor Geral de Metinaro e Hera.

112 População e amostra

No caso dessa investigação, a população são os profissionais das cinco escolas de Ensino Básico, contando com um coordenador cada, e trinta e sete professores ao todo.

Tabela 1: População do Estudo (Fonte: Original elaborado pelos autores.)

Escolas Coordenador Professores de Língua

Portuguesa (2o ciclo)

Ensino Básico Filial no 1 Sabuli 1 04

Ensino Básico Filial nº2 Manuleu 1 10

Ensino Básico Filial no3 Benunuc 1 04

Ensino Básico Filial no4 Besahe 1 12

Ensino Básico Filial no5 Lebutun 1 07

Total 5 37

Foi selecionada uma amostra por conveniência da população de estudo. Adotou-se como critério a disponibilidade da equipe de cada escola em participar da investigação. Foi destacada uma amostra de onze sujeitos de duas das cinco escolas existentes no posto administrativo de Metinaro. Fazem parte dessa amostra, além dos professores e coordenadores das duas escolas, o Inspetor Geral de Metinaro e Hera.

Tabela 2:Amostra de Investigação (Fonte: Original elaborado pelos autores.

Sujeitos Escola A Escola B Total

Professores de LP (2º ciclo EB) 04 04 08

Coordenador 01 01 02

Inspetor 01

Total 11

Instrumentos

A presente investigação foi orientada pela abordagem metodológica qualitativa. A partir da aplicação de questionários e entrevistas buscou-se conhecer as opiniões e representações dos professores de Língua Portuguesa do 2º ciclo do Ensino Básico das escolas A e B, dos coordenadores de ambas escolas e do Inspetor Geral de Metinaro e Hera.

Entrevistas e questionário

A entrevista dirigida os coordenadores buscava conhecer suas opiniões sobre (a) como os professores de Língua Portuguesa do 2º ciclo do Ensino Básico podem melhorar suas competências profissionais; (b) as dificuldades enfrentadas por esses professores no ensino dessa língua; (c) os fatores que influenciam as dificuldades dos professores no ensino aprendizagem da Língua Portuguesa; (d) as mudanças que devem ser introduzidas na formação de professores; (e) qual é a língua utilizada pelos professores para esclarecer as dúvidas dos alunos durante o processo de ensino e aprendizagem; (f) o impacto das teorias pedagógicas e metodológicas que os professores utilizam no processo de ensino e aprendizagem; (g) os materiais que os professores utilizam para facilitar a aprendizagem dos alunos; (h) como os professores utilizam os documentos oficiais (materiais escolares e guia do professor); bem como (i) o método que os dirigentes utilizam para avaliar o trabalho dos professores.

113

A entrevista dirigida ao Inspetor Geral de Metinaro e Hera buscava conhecer sua opinião sobre (a) as mudanças que devem ser introduzidas na formação de professores de Língua Portuguesa do 2o ciclo do Ensino Básico; (b) como o Ministério da Educação deve avaliar os trabalhos dos professores em exercício; (c) as necessidades para a formação contínua de professores de Língua Portuguesa do Ensino Básico; (d) as intervenções que o Ministério da Educação pode fazer para melhorar o nível de qualificação dos professores em exercício; (e) os aspectos mais e menos positivos da atividade de formação dos professores em exercício para o ensino da Língua Portuguesa; (f) as vantagens e desvantagens das formações de professores a curto e longo prazo; (g) como os inspetores e diretores municipais avaliam os trabalhos dos professores em exercício; (h) aspectos e critérios possíveis que podem ser utilizados na avaliação do trabalho dos professores.

O questionário aplicado aos professores foi composto por três partes:

(1) a primeira delas composta por 17 itens que buscam esclarecimentos sobre a formação geral dos professores de Língua Portuguesa do 2º ciclo do Ensino Básico;

(2) a segunda parte composta por 8 itens busca informações sobre a formação prática dos professores de Língua Portuguesa do 2º ciclo do Ensino Básico;

(3) a terceira e última parte, com 9 itens, visa conhecer as atividades que os professores desenvolvem em sala de aula com os alunos.

Apresentação e discussão dos resultados

Os resultados apresentados nesta seção procedem dos dados coletados pelos questionários aplicados aos professores de Língua Portuguesa do 2o ciclo do Ensino Básico das Escolas A e B, assim como das entrevistas realizadas com os coordenadores de ambas escolas e com o Inspetor Geral de Metinaro e Hera. As informações obtidas a partir de cada instrumento de investigação utilizado são apresentadas a seguir.

Análise dos resultados obtidos pelos questionários

Os questionários aplicados aos professores foram constituídos por trinta e quatro (34) perguntas divididas em três partes. Esse instrumento buscava conhecer aspectos: (a) da formação geral e (b) formação pedagógica dos professores de Língua Portuguesa do 2o ciclo do Ensino Básico, bem como (c) a didática utilizada durante o processo do ensino de aprendizagem da Língua Portuguesa em sala de aula.

Análise do resultado da formação geral dos professores de Língua Portuguesa do 2o Ciclo do

Ensino Básico

Na opinião de todos os professores (100%), a formação inicial buscou capacitá-los de maneira a conhecer e aprofundar os conhecimentos das várias áreas disciplinares. No entanto, eles relatam que, durante a formação, enfrentaram dificuldades no que diz respeito à formação na área didática e metodológica. Esses docentes acreditam que têm conhecimentos suficientes para trabalhar com grupos e consideram não ter dificuldades para planejar suas aulas.

A maioria desses professores (75%) admite que ainda precisa adquirir conhecimentos específicos de cada disciplina, porém 25% acredita que já possui conhecimentos disciplinares suficientes para ensinar. Enquanto 87,5% dos professores concorda com a afirmação de que ainda necessitam do saber-pedagógico e didático para o processo ensino aprendizagem na sala de aula, 12,5% dos professores discordam

114

totalmente dessa afirmação. Por outro lado, todos os professores (100%) concordam que ainda necessitam aprender a utilizar materiais didáticos na sala de aula. Os professores também concordam que o processo ensino-aprendizagem em sala de aula exige uma habilidade profissional de saber-ensinar. A totalidade dos professores afirma que durante suas formações aprenderam a utilizar vários métodos de ensino e a cumprir o papel de motivador, facilitador, implementador e inovador na sala de aula.

Os docentes também são unânimes ao afirmar que, durantes suas formações, aprenderam um sistema de avaliação em continuidade. Além disso, todos eles assinalaram que concordam totalmente com a afirmação de que na escola os trabalhos devem ser avaliados a partir de critérios estabelecidos, considerando que o processo avaliativo deve partir de objetivos estabelecidos previamente pelo professor. Também são unânimes ao concordar que há necessidade de se trabalhar em parceria e colaboração com os colegas e entendem que as atividades de ensino serão supervisionadas pelo coordenador da escola.

A partir desses dados, compreendemos que a formação inicial buscou capacitar os professores de maneira a conhecer e aprofundar os conhecimentos das várias áreas disciplinares. No entanto, a maioria dos professores acredita que ainda precisa aprender mais sobre os conteúdos de cada disciplina.

Todos os professores sabem que para promover o processo ensino-aprendizagem em sala de aula é preciso, além do saber disciplinar, conhecimentos específicos didático metodológicos. Porém, os professores relatam que durante suas formações enfrentaram dificuldades na aprendizagem de didática e metodologias.

Os professores afirmam conhecer vários métodos de ensino. Consideram que sabem planejar suas aulas; trabalhar com grupos; aplicar a avaliação contínua e que o processo avaliativo deve partir de objetivos estabelecidos previamente pelo professor. No entanto, acham necessário alargar os seus conhecimentos sobre a prática pedagógica e ter oportunidade para aprender a utilizar os diferentes materiais didáticos em sala de aula. Provavelmente, eles sentem essa necessidade porque não passaram pelo ensino superior na área especialidade da educação. Os professores estão conscientes de que devem atuar como facilitadores e motivadores das aprendizagens dos alunos sempre buscando implementar atividades inovadoras em suas aulas.

Análise do resultado da formação prática profissional dos professores de Língua Portuguesa do 2o

ciclo do ensino básico

Os professores consideram que a formação prática pedagógica dos professores de Língua Portuguesa sempre desenvolve bons profissionais, enquanto 12,5% considera que quase sempre. Eles consideram que a formação prático-pedagógica dos professores dessa disciplina sempre procura transmitir os documentos normativos (currículo, programa, guia do professor e manuais escolares) para desenvolver as competências dos professores.

De acordo com os professores a formação prático-pedagógica de professores de Língua Portuguesa sempre procura transmitir teorias e práticas aos professores de uma forma adequada. Segundo eles, a formação prático-pedagógica de professores de Língua Portuguesa desenvolve as capacidades dos formandos em teoria e prática, assim como ensina aos docentes a resolver as dificuldades dos alunos em sala de aula e ainda ensina avaliar os trabalhos dos alunos de maneira individual e em grupos.

Os professores investigados consideram que os cursos de formação de professores são eficazes na formação de aspectos práticos e metodológicos e que esses cursos ensinam tanto a teoria quanto a prática do ensino de língua portuguesa, e também valorizam a participação ativa dos professores em formação.

Os docentes consideram ter conhecimento profundo sobre os documentos normativos do ensino da Língua Portuguesa (currículo, programa, guia do professor e manuais escolares). Os professores avaliam que conhecem a pedagogia do ensino da Língua Portuguesa de maneira a facilitar a aprendizagem dos alunos, assim como dominam diferentes formas de avaliação dos seus conteúdos.

115

Resultado do questionário sobre as atividades de Língua Portuguesa desenvolvidas em sala de aula pelos professores

Todos os professores afirmam que nas atividades de ensino e aprendizagem em sala de aula eles utilizam os manuais e materiais didáticos em Língua Portuguesa; comunicam-se com os alunos nessa língua; utilizam a metodologia ativa e comunicativa buscando vários métodos de forma a motivar e encorajar os alunos a aprender melhor.

Quanto ao uso de materiais didáticos para facilitar a compreensão dos alunos em sala de aula, os professores apresentam diferenças em suas práticas. Enquanto 50% afirma que não utiliza materiais didáticos para facilitar a compreensão dos alunos, outros 50% afirmam que usam. Considera-se que nesse item possa ter acontecido uma falha na compreensão dos professores que, talvez, não tenha observado a palavra ―não‖ na afirmativa: ―Na minha atividade de ensinar não costumo utilizar materiais didáticos para facilitar a compreensão dos alunos em sala de aula.‖

Os docentes ainda concordaram que em suas práticas precisam dominar a gestão da turma em sala de aula. Também afirmam que realizam a avaliação a partir de critérios rigorosos sobre as competências dos alunos oral e escrita.

Entrevista com coordenadores do Ensino Básico Filial em Metinaro

Os coordenadores das escolas A e B foram convidados a participar de uma entrevista estruturada pelo investigador. Essas entrevistas buscavam saber a respeito de como os coordenadores observam o trabalho dos professores de Língua Portuguesa do 2o ciclo do Ensino Básico de suas escolas; aspectos relacionados coma formação continuada desses docentes; e sobre uso da Língua Portuguesa em sala de aula pelos mesmos.

O coordenador da Escola A participou da entrevista em horário e data agendados de maneira ativa. O coordenador da Escola B informou que não teria tempo para participar da entrevista e que poderia somente indicar os professores para preencher os questionários. Dessa forma, não foi realizada entrevista com o coordenador da Escola B. O relatório da entrevista com o coordenador da Escola A é apresentado a seguir.

O coordenador da Escola A acha que os professores de Língua Portuguesa de sua escola precisam se esforçar muito para melhorar diariamente as suas competências profissionais no ensino dessa língua. Para ele, as dificuldades enfrentadas por esses professores estão relacionadas às áreas de funcionamento da língua, seus aspectos gramaticais e, principalmente, o uso dos verbos.

Na opinião do coordenador, para superar as dificuldades dos professores na escola durante o processo de ensino e aprendizagem da Língua Portuguesa é preciso que todos os professores, obrigatoriamente, orientem os alunos em sala de aula nessa língua e motivem os estudantes para falarem também em português. Porém, o coordenador afirma que os professores utilizam a Língua Portuguesa como a língua de ensino, mas, para clarificar a compreensão dos alunos recorrem sempre a língua tétum. Os professores têm o plano de aula para ensinar aos alunos em Língua Portuguesa. No entanto, considera como uma desvantagem o ambiente da escola onde os alunos não falam Língua Portuguesa, apenas o Tétum.

Sobre a formação de professores, o coordenador acha que, para os alunos compreenderem e aprenderem bem na aula, os professores precisam de tempo para capacitarem-se. Ainda de acordo com o coordenador, para facilitar a aprendizagem dos alunos em sala de aula, os professores utilizam manuais escolares, guia do professor e materiais didáticos, baseando-se nas leis de currículo do Ministério da Educação de Timor-Leste.

116 Entrevista com Inspetor Geral de Metinaro e Hera

O Inspetor Geral de Metinaro e Hera também foi convidado a participar de uma entrevista estruturada pelo investigador. Essa entrevista buscava saber a respeito de suas considerações sobre a formação de professores de Língua Portuguesa do 2o ciclo do Ensino Básico, assim como sobre as ações do Ministério da Educação nesse campo.

O inspetor considera que os professores necessitam de formação contínua em distintas áreas de desenvolvimento: linguístico, científico, social e pessoal. Na sua opinião, um dos desafios iniciais das atividades de formação contínua de professores dessa área é os professores entenderem as explicações orais dadas pelo formador em português, bem como compreenderem os textos escritos. Porém, em sua opinião os docentes não têm tempo, facilidade e oportunidade para participar das atividades de formação de professores.

Considera como um dos aspectos mais positivos no ensino da Língua Portuguesa nas escolas o uso de manuais e materiais didáticos que facilitam aos alunos a aprendem a fazer perguntas em português nas aulas. Como aspecto menos favorável considera que não há facilidade para ajudar no ensino de aprendizagem na sala de aula. Em sua opinião, o Ministério da Educação pode melhorar o nível da qualificação dos professores em exercício através de Habilitação Literária de nível inicial secundário, diploma I, diploma II, licenciatura.

Conclusões

Através da pesquisa de campo, buscou-se conhecer como acontecem as práticas de formação contínua dos professores de Língua Portuguesa do 2º ciclo no posto administrativo Metinaro. A partir dos resultados dos questionários aplicados aos professores e das entrevistas aplicadas ao coordenador da Escola A e ao Inspetor Geral de Metinaro e Hera, chegamos a algumas conclusões que apresentamos a seguir.

De acordo com os professores, a formação inicial busca capacitar os professores de maneira a conhecer e aprofundar os conhecimentos das várias áreas disciplinares. No entanto, a maioria dos professores acredita que ainda precisa aprender mais sobre os conteúdos de cada disciplina. Os docentes também relatam que, durante suas formações, enfrentaram dificuldades na aprendizagem da área de didática e metodologias e, portanto, acham necessário alargar os seus conhecimentos sobre a prática pedagógica.

O coordenador da Escola A acha que para superar as dificuldades dos professores durante o processo de ensino e aprendizagem da Língua Portuguesa é preciso que todos os professores, obrigatoriamente, orientem os alunos em sala de aula nessa língua e motivem os estudantes para falar também em português. Porém, considera que os professores precisam de tempo para capacitarem-se.

Na opinião do Inspetor Geral de Metinaro e Hera, um dos desafios iniciais das atividades de formação contínua de professores de Língua Portuguesa é fazer com que os professores entendam as explicações orais dadas em português pelos formadores, bem como compreenderem os textos escritos nessa língua. Porém, em sua opinião os docentes não têm tempo, facilidade e oportunidade para participar das atividades de formação de professores.

Para melhorar as competências profissionais dos professores, os entrevistados consideram que é preciso ter conhecimento consolidados nas áreas do saber disciplinar, do saber pedagógico-didático e do saber linguístico. A formação inicial de professores deve conferir um papel importante do conhecimento da área da Língua Portuguesa e no seu desenvolvimento através da articulação da teorias e práticas.

A formação contínua constitui um meio fundamental para se ultrapassar os problemas acadêmicos e profissionais dos professores em exercício. Baseando no resultado de análise no capítulo anteriores,

117

concluímos que as dificuldades enfrentadas pelos professores na formação demonstram o pouco conhecimento da Língua Portuguesa pelos professores que deveriam utilizar essa língua para ensinar e intervir diariamente na sala de aula, bem como a falta de metodologias adequadas para facilitar a aprendizagem dessa língua pelos alunos.

Portanto, a formação contínua de professores de Língua Portuguesa do 2º ciclo do Ensino Básico de Metinaro precisa incentivar o uso do português pelos professores para que eles possam ensinar aos alunos na sala de aula com boa qualidade e criar alguns pensamentos novos sobre a maneira do ensinar. Para isso, os professores ainda precisam aprender novas metodologias do ensino de Língua Portuguesa para melhorar a qualidade do ensino dessa língua.

É necessário que as escolas promovam ações de formação contínua para elevar a qualidade de cada professor na área do saber disciplinar e do saber pedagógico-didático da Língua Portuguesa. É necessário estruturar atividades de formação contínua de forma que os professores sejam mais implicados e sobretudo, passem a ser mais envolvidos em trabalho conjunto dos seus pares. O INFORDEPE (Instituto Nacional de Formação de Docentes e Profissionais de Educação), por sua vez, deveria criar condições favoráveis para os professores trabalharem com recursos didáticas adequados para garantir o ensino com qualidades nos níveis da escolaridade de ensino básico.

Referências Bibliográficas

Araújo, H. P. S. da C. (2010). A evolução do sistema de formação de professores em Aileu.

Bras, M. F. A. (2010). Formação de Professores do Ensino Básico em distrito Aileu abordou acerca da formação contínua dos professores que contribua para o desenvolvimento da formação de professores em exercício.

Carvalho, B. M. (2007). Formação de professores em Timor-Leste (dissertação de mestrado). Braga: Universidade do Minho.

Outline

Documentos relacionados