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estágio de avaliação (argumentar, avaliar, contrastar, decidir, es-

No documento Pesquisa em Mídias na Educação (páginas 67-75)

Guia de Estudo: problema, pressupostos, limitações e conceitos

6. estágio de avaliação (argumentar, avaliar, contrastar, decidir, es-

colher, julgar, medir, selecionar).

Em complementaridade a essa reflexão, é interessante o aporte de Creswell (2010), que destaca o que chama de “questões da pesquisa” (que se sobrepõem ao que estamos descrevendo como “objetivos”), quanto ao seu diferencial nas abordagens de investigação qualitativas e quantitativas. Vale, aliás, para essa discussão, caracterizar breve- mente tais tipos de pesquisa. Embora se deva notar que elas não sejam dicotômicas – daí, a possibilidade das pesquisas chamadas de “inte- gradas”, de “multi-métodos” ou de “métodos mistos” –, representan- do antes pontos diferentes num contínuo, como nota Creswell (2010), um estudo tende a ser mais ancorado numa abordagem ou outra, como nota o mesmo autor. E a pesquisa qualitativa caracteriza-se pela tentativa do investigador de explorar e entender os significados que grupos ou indivíduos dão a um problema social ou humano; já a quantitativa intenta, fundamentalmente, testar teorias objetivas, exa- minando a relação entre variáveis previamente definidas (CRESWELL, 2010, 26) – isto é, atributos e características, que podem ser medidos,

de pessoas, grupos ou instituições.

Orozco (1997), enfatizando o elemento mais paradigmático da di- ferenciação entre essas abordagens, nota que uma está mais voltada aos eventos e processos, ao que existe de específico num contexto social e que se pode descrever/conhecer de maneira aprofundada (qualitati- va), e a outra aos objetos e resultados, do quais se obtêm conhecimento a partir da verificação e medição, identificando tendências e regulari- dades (quantitativa). Enquanto esta, do ponto de vista metodológico, é mais padronizada, existindo um conjunto de delineamentos , pro- tocolos e técnicas de pesquisa tradicionais (levantamentos amostrais, questionários estruturados, estatísticas, etc.), a pequisa qualitativa de- penderá mais da criatividade e habilidade do pesquisador que, embo- ra também use técnicas conhecidas (observação participante, etnografia, entre outros) tem um papel, de certo modo, mais ativo; cada estudo possui seus desafios específicos.

O que se retira de útil da discussão precedente, para lidar com a redação dos objetivos das pesquisas, é que a natureza mais aberta, emergente ou exploratória da abordagem qualitativa estará relacio- nada a verbos que manifestem essas características, como descobrir,

entender, explorar, descrever, relatar. Já as questão ou objetivos da pes-

quisa quantitativa, envolvendo avaliações, testes, mensurações – “mensurar” é o ato de atribuir um número a algum objeto ou acon- tecimento, a partir de determinado procedimento –, para perceber o efeito que há na relação entre variáveis, são melhor expressos por verbos como comparar, relacionar, descrever, testar hipóteses provindas da teoria. Nessa linha, Creswell (2010) nota que, muitas vezes, as questões de pesquisa e as hipóteses se sobrepõem, por isso o pesqui- sador pode optar por escrever somente um ou outro tipo de proposta para obter conhecimento.

O conhecimento do tipo de pesquisa que se faz, localizando-a em determinada tipologia, e adquirindo maior conhecimento metodoló- gico sobre a mesma, favorece a pesquisa de maneira geral, e a própria redação de objetivos. Ainda que as categorizações dos tipos de pesqui- sa não sejam totalmente consensuais na literatura – em verdade, os tipos propostos se sobrepõem com frequência –, a divisão triádica, a partir dos objetivos das investigações, entre pesquisas exploratórias, descritivas e explicativas (cf. GIL, 2010, MOREIRA e CALEFFE, 2008, TRIVIÑOS, 1987) evidencia possibilidades para a redação de objetivos de conhe-

Cf. o tópico 10. Os tópicos 17 e 18 discutem o tema.

cimento ligados a cada uma delas.

Com efeito, a pesquisa exploratória, que é aquela que têm como característica principal possuir uma abordagem mais flexível, tendo em vista esclarecer, fazer uma aproximação mais geral a ideias, con- ceitos, elementos de um dado contexto ou realidade (p.ex., levanta- mentos documentais/bibliográficos ou certas abordagens na pesqui- sa de campo de caráter qualitativo). Dessa forma, ainda que tenha seus próprios méritos – temáticas sobre as quais pouco se sabe, de- mandam investigações desse tipo –, esse tipo de pesquisa é, por vezes, uma fase de determinado estudo ou um meio para conseguir elabo- rar problemas mais precisos, que seriam investigados em trabalhos posteriores. Verbos que se relacionam a esse caráter exploratório, de sistematização inicial ou de compreensão geral devem ser privilegia- dos na redação dos objetivos de tais investigações (explorar, sistemati-

zar, documentar, perceber, compreender, etc.).

Já a pesquisa descritiva procura, por meio de técnicas de observação e coletas de dados padronizadas (levantamentos amostrais, entrevis- tas, entre outros), descrever as características fundamentais de deter- minada população ou fenômeno, podendo conseguir estabelecer re- lações entre determinados termos ou variáveis. É um tipo bastante comum de pesquisa social, sobretudo das que possuem preocupa- ções de intervenção na prática. Voltando ao exemplo sobre uma pes- quisa a propósito de práticas hostis na internet, realizadas por indiví- duos de uma escola, pode-se, fazendo-se descrição minuciosa do caso, descobrir que há relação entre a “agressividade digital” e o fato dos praticantes da mesma terem sofrido atos hostis no passado, por exem- plo, ou seja, percebe-se uma relação entre variáveis. Os objetivos des- se tipo de investigação estarão expressos em verbos como descrever,

relatar, classificar, reconhecer, examinar, avaliar, entre outros. Quando

a pesquisa descritiva, além de identificar variáveis ou fatores que têm relação de causalidade com a ocorrência de determinado fenômeno, estabelece características dessas relações, aproxima-se da pesquisa explicativa, sendo ainda, por vezes, uma etapa desta.

Em outras palavras, a pesquisa explicativa é aquela que tenta formu- lar interpretações mais fundadas sobre a razão dos fenômenos, en- tender por que eles ocorrem, a partir de quais elementos determinantes, e com que peso, estabelecendo, por vezes, relações de causalidade entre variáveis. Desse modo, esse tipo de pesquisa assume a forma do

8. Um exemplo dessa dificuldade em produzir explicações, interpretações conclusivas, em razão das múltiplas variáveis que afetam os fenômenos sociais, é dado pelo texto de Sorj e Lissovsky (2011), que relata uma investigação sobre o uso da internet em escolas públicas. Nele, os autores notam que os estudos sobre o impacto da introdução de computadores na educação comparam, na maior parte das vezes, grupos de estudantes que usam computadores com outros que não o utilizam. Essa estratégia de avaliação, embora necessária, é insuficiente, devido à “dificuldade de eliminar outras variáveis (por exemplo, professores que se dispõem a usar novas tecnologias geralmente apresentam uma motivação pessoal maior)” (SORJ e LISSOVSKY, 2011, 4). De qualquer modo, pesquisas exploratórias e descritivas podem colaborar produzindo um conhe- cimento que seja utilizado em elaborações teóricas, bem como desenvolvido e aprofundado por meio de pesquisas explicativas.

teste empírico, a partir de deduções das teorias (utilizando geralmen- te o modelo experimental, nas ciências naturais) ou observações, na pesquisa social. A complexidade dos contextos que envolvem os fe- nômenos sociais, entretanto, torna mais difícil esse tipo de investiga- ção nesse caso8. Pelo que se disse, alguns dos verbos relacionados com

objetivos de pesquisas explicativas são: explicar, testar, concluir, de-

monstrar, interpretar, avaliar, medir.

(9) Objetivos possuem relevância e poderão ser alcançados

Assim como o problema, os objetivos precisam ser relevantes para a área que está sendo pesquisada. Seria perda de tempo propor uma investigação cujo escopo fosse desimportante e trouxesse pouca con- tribuição.

É preciso ainda que os objetivos sejam factíveis, ou seja, passíveis de serem alcançados. Os objetivos devem, desse modo, partir de metas que tenham respaldo na realidade, que possam ser cumpridas. Estas podem apresentar problemas com relação à falta de especificidade do objetivo, ao prazo disponível, à abrangência da amostra, a capacidade do pesquisador de avaliar os dados, etc. Para Lankshear e Knobel (2008), com frequência os pesquisadores têm um número excessivo de in- tenções (objetivos gerais), e assim dificilmente conseguem realizar plenamente a pesquisa. Neste sentido, os autores notam que, embora não seja desejável que o pesquisador pretenda pouco, é melhor equacionar as intenções para um nível maior, do que torná-las mais modestas quando elas foram fixadas em termos irrealistas, num nível muito alto, no início do estudo.

Larocca et al. (2005) criticam tanto os objetivos muito amplos, gene- ralistas, que dificultam compreender o que se pretende atingir, e não expressam claramente um vínculo com a temática ou problema- tização da qual parte a pesquisa (p.ex., “refletir sobre práticas viven- ciadas”), quanto aqueles que são simples meios para alcançar o foco do estudo (p.ex., “revisar a literatura”). De fato, no primeiro caso há um problema de adequação em termos da abrangência e formulação,

enquanto o segundo tipo, talvez aceitável numa proposta ou projeto de investigação em estágio mais inicial, teria num relatório final rele- vância insuficiente (exceto, com mais especificação, se a pesquisa fosse eminentemente bibliográfica ou com um, entre outros, objeti- vos específicos).

A prova prática da utilidade, coerência e factibilidade dos objetivos numa pesquisa é a observação do quanto os mesmos são abordados, retomados, nas partes finais do trabalho, contribuindo para o estudo do problema. Neste momento, face ao que foi investigado, o autor expressará quais objetivos foram alcançados e em que medida, bem como aqueles que a pesquisa, por motivo que se justifique e discuta, não puderam ser cumpridos parcial ou totalmente.

(10) Formulação de hipóteses (se houver) é coerente e estas colabo- ram com a investigação

Uma hipótese constitui uma resposta provisória a uma pergunta de investigação, sendo, assim, um desdobramento do problema, deri- vando, mas assumindo termos mais específicos, deste. A conjectura formulada estabelece uma diretriz para a pesquisa e permite articular o plano teórico ao trabalho empírico na mesma. Isso ocorre já que um sistema ou corpo de hipóteses é composto, fundamentalmente, a partir das teorias escolhidas pelo pesquisador para analisar um aspec- to do real em que tem interesse. A análise e a discussão das hipóteses terão, portanto, como meta trazer esclarecimentos sobre o problema. Esses aspectos são os critérios básicos para verificar a coerência e uti- lidade da elaboração de hipóteses para uma investigação.

Um sistema de hipóteses é composto, na maioria das vezes, por uma hipótese principal, de caráter mais geral e ligada ao problema, e hipó- teses secundárias, derivadas da primeira ou em complementaridade a ela. As hipóteses devem articular-se logicamente entre si e estabelecer o que procurar, investigar, no contexto estudado, para que as mesmas sejam verificadas, em sua validade ou não. Comumente a fase de confronto das hipóteses com os dados de observações – ou, em caso mais raro nas ciências sociais, de experimentações – é chamada de verificação empírica.

Embora as fontes de hipóteses possam ser diversas, como descreve Gil (2010) – a experiência ou observações dos fatos, o conhecimento de outras pesquisas e do que estas sugerem, por exemplo –, a teoria deve ser privilegiada. Em particular, pelo fato de que um sistema de

Vide nota 7.

hipóteses teoricamente informado irá, como nota Lopes (2005, 140),

fornecer a conexão necessária entre teoria e investigação, teoria e fato. Ao sugerirem relações entre conceitos e variáveis, as hipóteses se definem como meios pelos quais a teoria intervém na investigação e nos fatos.

Quivy e Campenhoudt (1992) chamam a atenção para o risco de que hipóteses elaboradas a partir de prenoções ou preconceitos con- duzam a análises medíocres e deturpadas da realidade social, poden- do, por vezes, dar aparência científica a supostas conclusões que não trazem elementos compreensivos nem colaboram com a construção de conhecimentos. Por exemplo: “a criminalidade está relacionada com o número de imigrantes em determinada cidade”.

Embora semanticamente equivocada, a hipótese acima apresenta uma formulação típica de hipótese: como relação entre dois termos, que podem ser, dependendo da hipótese, variáveis, conceitos ou fenô- menos. No caso, há a associação entre os termos “criminalidade” e “imigração”.

Nas hipóteses elaboradas para pesquisas quantitativas, a forma co- mum é a de uma previsão que infere determinada relação. De manei- ra geral, a teoria provê esse tipo de inferência, que será verificada em certa população, através de teste estatístico em amostra da mesma, para verificar a validade da hipótese. Na elaboração deste tipo de hipó- tese explicita-se uma variável independente (ou de tratamento, mani- pulação) que se acredita afetar, influenciar, uma variável dependente (também chamada de variável de resultado ou efeito). Existem ainda variáveis mediadoras – situadas entre as duas primeiras, e influenci- ando o resultado de uma sobre outra –, moderadoras, também afetan- do a dependente, mas com menos peso que a variável independente, e outras menos significativas na pesquisa social, que podem ser leva- das em conta na formulação de hipóteses. Um aprofundamento sobre o tema das variáveis na pesquisa quantitativa pode ser visto em traba- lhos como os de Creswell (2010) e Köche (1997). Nas ciências sociais a existência de múltiplas variáveis que podem afetar um resultado não impede o uso de hipóteses baseadas em dados quantitativos, mas dificulta o delineamento de pesquisa experimental – frequente no teste desse tipo de hipótese, nas ciências naturais –, que é feito fora do ambiente natural dos fenômenos. De qualquer modo, é útil dar um exemplo da construção de uma hipótese com o uso de variáveis:

• Os alunos que utilizam o computador (variável independente) para estudar têm melhor desempenho em testes de língua portu- guesa (variável dependente) dos que os que não o usam.

A qualidade de “fio condutor” de uma investigação que a hipótese pode assumir é vista como uma de suas principais virtudes, ao traba- lho de pesquisa. Em outras palavras, as hipóteses dão maior clareza ao pesquisador, delimitam o foco da investigação ao fornecerem o crité- rio para selecionar, dentre a ampla variedade de dados que ele pode recolher sobre determinado assunto, aqueles que sejam efetivamente pertinentes, e que serão, por isso, utilizados para verificar, testar, a hipótese. Por extensão, a análise das hipóteses irá produzir respostas para a pergunta que o problema postula.

Para que uma hipótese seja testada é necessário que seja possível, a partir da análise dos dados, verificar o quanto ela é verdadeira ou não. Desse modo, assim como a pergunta do próprio problema, é impres- cindível que a hipótese seja expressa numa forma observável empiricamente.

Laville e Dionne (1999) que fazem uma discussão reflexiva sobre o papel das hipóteses na pesquisas – bem como os modos de tentar sua verificação –, notam também que elas têm um papel que marca um trânsito entre o raciocínio indutivo e o dedutivo na investigação:

Inicialmente explicação plausível, apesar de provisória, que marca principalmente o termo de um procedimento indutivo, originado do problema; torna-se em seguida o ponto de partida de um novo proce- dimento, preferentemente dedutivo, em que se efetua um retorno a realidade para submeter essa explicação à prova dos fatos. Nesse sen- tido, ela desempenha bem esse papel de pivô em torno do qual se articulam as duas vertentes da pesquisa, cujo caráter hipotético-de- dutivo se sobressai nitidamente aqui. Não seria demais, portanto, insistir sobre a importância de uma hipótese cuidadosamente construída, coração e motor de um procedimento metódico de cons-

trução do saber. (LAVILLE e DIONNE,1999, 130)

Um ponto controverso na literatura metodológica, entretanto, é se a pesquisa qualitativa deve ter hipóteses. Para Creswell (2010), há contradição entre a natureza emergente, em contínua reformulação e indutiva do processo de análise qualitativa e o teor prescritivo e condicionante da formulação de hipóteses. Assim, avalia que estudos desse tipo devem ter “questões de pesquisa”, mas não hipóteses estri- tas. A posição de Orozco (1997) é um tanto similar, porém recomen-

da que o investigador elabore premissas que orientem o processo de investigação, ao invés de hipóteses. Este autor nota que enquanto as hipóteses na investigação quantitativa devem ser comprovadas ou tes- tadas, tendo formulação bastante precisa, as premissas servem sobre- tudo como princípios ordenadores do que irá se observar. Nessa pers- pectiva, nota que os pesquisadores qualitativos, ao invés de manipu- larem variáveis – como na investigação quantitativa –, tendem a tra- balharem com categorias analíticas estabelecidas antes do início efeti- vo pesquisa, podendo estas serem também alteradas ou criadas du- rante a feitura da mesma. Isso, evidentemente, relaciona-se ao pro- cesso mais aberto e flexível da investigação qualitativa, como observa Orozco (1997). Outros termos também são utilizados com sentido similar ao de “premissas”, como “asserções” (BORTONI-RICARDO, 2008) ou “protocolos” (DESLAURIERS e KÉRISIT, 2008).

Outro autor que manifesta reservas quanto às hipóteses na pesquisa qualitativa, em particular, é Braga, que observa o risco do pesquisador tomar certo insight – uma perspectiva sobre o problema aparente- mente não percebida por outros – que tenha e acabe trabalhando “tendencialmente para provar essa ideia – gerando uma cegueira involuntária para todos os dados que a contrariem” (2005, 298). Esse ponto toca num fator psicológico conexo, que é o chamado “viés de confirmação”, isto é, uma tendência inconsciente que um indivíduo pode manifestar de prestar atenção apenas em fatos e argumentos que reforcem suas crenças ou hipóteses. No campo da pesquisa, no pro- cesso de investigação, na coleta ou análise dos dados, isso representa sério prejuízo. Porém, outros autores que discutem metodologia ar- gumentam que a não explicitação de prenoções e hipóteses pode ser um meio para que estas não sejam controladas pelo pesquisador e tenham papel negativo e inconsciente numa investigação.

Uma alternativa que também é proposta com respeito à questão das hipóteses na pesquisa qualitativa é que o pesquisador tente, durante a

análise de dados, induzir e testar hipóteses (cf. Silverman, 2009).

De qualquer modo, é possível que pesquisas de caráter francamen- te exploratório não formulem esses guias de investigação que são as hipóteses. Isso pode ocorrer, tanto em casos em que sobre o assunto que se pretende pesquisar se sabe muito pouco, não havendo sistema- tizações teóricas sobre o mesmo, quanto por terem preocupações de conhecimento de caráter mais aplicado ou prático que não envolvam

No documento Pesquisa em Mídias na Educação (páginas 67-75)