• Nenhum resultado encontrado

Estratégias de formação educacional e religiosa do clero maranhense: análise dos

No documento JOELMA SANTOS DA SILVA (páginas 156-196)

2 O IMPÉRIO E A IGREJA NO BRASIL: A ATUAÇÃO POLÍTICA DE DOM

3.3 O seminário de Santo Antônio e a formação do clero maranhense

3.3.3 Estratégias de formação educacional e religiosa do clero maranhense: análise dos

Além da fundação de um seminário era necessária a elaboração de um estatuto que garantisse a afirmação das novas regras institucionais de controle da seleção, educação e reprodução dos agentes do clero, com base nas diretrizes tridentinas.

A vida no seminário deveria garantir o afastamento do mundo, dos vícios do tempo, e favorecer uma vigilância assídua do celibato, característica que demarcaria a superioridade do estado sacerdotal (SOUZA, 2010). A elevação da educação geral dos padres era, para os bispos reformadores, a solução contra a imoralidade dominante e estaria aliada a um rígido treinamento para a disciplina eclesiástica.

No Maranhão, a organização dos estatutos do Seminário de Santo Antonio, no tocante às suas normas internas, definição do número de estudantes, economia, compêndios e horas de aula, salários de professores e demais empregados, ficou na responsabilidade do bispo diocesano, D. Marcos Antonio de Sousa (PACHECO, 1968). Por meio das regras estabelecidas nos estatutos é possível analisar de que forma e utilizando-se de que estratégias

o bispo pensava a reforma na formação educacional e religiosa do clero maranhense, bem como os limites de suas ações.

No preâmbulo dos estatutos, D. Marcos empreende um discurso de engrandecimento da obra pela importância que teria para a Igreja, a sociedade e o Império, que também podemos entender como de investimento em uma autoimagem de resignação e humildade. D. Marcos escreveu que a criação do seminário episcopal era uma obrigação das suas funções de bispo, decretada pelo Concílio Tridentino na Sessão 13, Capítulo 18 de

Reformatione, em todas as dioceses para a educação religiosa, moral e literária da mocidade

que aspirava ao estado sacerdotal, além de ser recomendação do papa Leão XII na Bulla de sua confirmação enquanto bispo.

Operando, em nível discursivo, uma série de associações entre a legitimidade das concepções morais da Igreja junto à sociedade, o bispo justificava a existência do seminário afirmando que a instituição era

[...] de summo proveito a muitas famílias cuidadosas da educação e felicidade de seos filhos, como de geral interesse aos Nossos Diocesanos, aos quaes muito importa, que os aspirantes ao Sacerdocio sejão auxiliados em sua vocação, sendo instruidos nos conhecimentos da Nossa Religião Santa, exercitados na pratica dos bons costumes, e versados no estudos das artes, e sciencias, que aperfeiçoaõ a razaõ humana, e regulaõ os sentimentos do coração, o que muito concorre para haverem ministros illustrados, dignos das sublimes funcçoens do Santuario, e cidadaons habilitados para administrar os negocios publicos, e promover a prosperidade do Imperio (SILVA, 1922, p. 211-212).

Os estatutos tiveram por base as instruções de São Carlos Borromeu para o regime do Seminário Arquiepiscopal de Milão, o orientado pelo Concílio de Trento, e as normas para as escolas de São Vicente de Paula, sendo feito em três capítulos. O primeiro se refere aos atos religiosos, o segundo traz informações sobre os estudos e o terceiro, a administração do regime interno e governo econômico do seminário.

O capítulo 1º, intitulado “Actos Religiosos”, tinha por objetivo enlevar todos os seminaristas em uma concepção espiritualizante da existência e aproximá-los, em suas ações e pensamentos, ao ideal de sacerdote definido institucionalmente, para isso pelo § 1º era necessário “Dirigir os primeiros sentimentos, e votos para o Creador, levantar maons supplicantes ao Ceo, este acto que deve praticar o Christão no amanhecer do dia, bem como o profeta Rei, que muito sedo velava para orar a Deos.” (SILVA, 1922, p. 213).

Com a finalidade de a religião presidir todo o plano da educação e se constituir enquanto fundamento da moral, buscou-se a uniformização de condutas para a supressão das dimensões da individualidade em favor do espírito de obediência e submissão aos superiores,

característicos do ideal de sacerdote tridentino. Para isso, foram estabelecidos horários fixos de orações, adorações e suplicações ao socorro divino, dos quais todos os seminaristas deveriam participar, e que ocupavam todos os dias da semana (§ 2º, 4º). Pois, de acordo com o § 2º, “Este quotidiano exercicio fara imprimir lentamente nas almas tenras, e flexiveis sentimentos puros de Religião e piedade.” (SILVA, 1922, p. 213).

A uniformização das condutas também abrangia a dimensão biológica do indivíduo, com a determinação dos horários de alimentação e descanso (§ 3º), e de comportamento, pela imitação do comportamento, da forma de falar, de se postar, dialogar e ministrar os ofícios religiosos que eram favorecidos pelas obrigações de assistirem às missas (§ 3º, 6º) ou auxiliarem nos seus serviços, agindo com “[...] toda circunspecção, e decencia, mostrando em seo comportamento exterior os sentimentos religiosos do seo coração, e justificando a boa educação, que recebem nesta casa de piedade.” (SILVA, 1922, p. 214), como determinava o § 6º do capítulo 1º.

A princípio, o Seminário de Santo Antonio também cumpriu as funções de um seminário menor27, motivo pelo qual possuía um quadro de disciplinas variadas, que não eram direcionadas apenas aos postulantes do sacerdócio (NERIS, 2009). Eram elas: Gramática e Língua latina, Retórica, Política e Geografia, Francês, Filosofia racional e moral, História sagrada e eclesiástica, Instruções canônicas, Teologia dogmática, Teologia Moral, Liturgia e Canto eclesiático (PACHECO, 1968; SILVA, 1922).

O capítulo 2º, sobre a instrução literária, além de definir quais disciplinas seriam ministradas, dava orientações sobre os assuntos e objetivos de cada uma, como e quando os exames deveriam ser aplicados, e que tipo de habilidade teriam de aferir. O bispo, D. Marcos, determinou que fosse ministrada também a disciplina de “Direito público eclesiástico e instituições canônicas”, assim que houvesse melhoramentos nas rendas do seminário.

De acordo com o § 10º, do capítulo 2º, o provimento das cadeiras do seminário eclesiástico seria feito por meio de concurso público, quando o poder Legislativo votasse um subsídio maior em favor do Seminário. Enquanto isso não ocorria, cabia ao bispo diocesano, na qualidade de diretor da instituição, a nomeação dos professores, cargo que coube inicialmente aos seus cônegos. Essa função era de extrema importância para a eficácia do

27 Segundo Azzi (1992) os seminários maiores e menores compunham um sistema. Para ingresso nos seminários menores o aluno deveria ter concluído o ensino primário, cursando o secundário durante a permanência no seminário, que era em regime de internato, com a entrada ocorrendo por volta dos 08 anos de idade. Os seminários maiores eram específicos para a preparação de sacerdotes. Neris (2009) destaca que “Após a conclusão dos estudos secundários de humanidades ou dos preparatórios nos seminários menores, onde permaneciam aproximadamente três ou quatro anos, aqueles que davam mostras de „perseverança‟, „benevolência‟, „obediência‟, „vocação‟ para a carreira eclesiástica, iniciavam três ou quatro anos de estudos superiores de filosofia e teologia nos seminários maiores (p. 45).

processo de socialização pelo qual os seminaristas passavam, pois lidando diretamente com estes, aos professores cabia vigiar e corrigir as condutas de acordo com o modelo estabelecido estatutariamente.

As ordens sacras eram conferidas aos seminaristas de acordo com as matérias estudadas e conforme o § 11º, onde era definido aos alunos que

[...] para ordem de subdiacono deverão ter sido approvados em Rhetorica, e para Diacono mostrarão approvação em Philosophia Racional, e Moral, e canto Ecclesiastico. Para o Presbiterado devem mostrar approvação em Teologia Dogmatica, Historia Sagrada e Ecclesiastica, Teologia pratica, juntando Attestaçoens dos respectivos professores sobre sua conduta moral nas aulas, assim como do Reitor sobre sua moralidade, durante sua residencia em o Seminario (SILVA, 1922, p. 218).

No capítulo 3º, sobre o “Governo do Seminário”, pode-se observar o controle, por parte da hierarquia, que deveria ser feito sobre os seminaristas. O cargo de diretos era anexo ao de bispo diocesano, o que demonstra a determinação de D. Marcos em tomar as principais decisões sobre a instituição que tanto buscou fundar na diocese do Maranhão. Havia também o cargo de reitor e vice-reitor, ambos nomeados pelo diretor. Conforme o § 1º, o reitor deveria ser

[...] Sacerdote intelligente, e dotado de prudencia. Ao mesmo pertence fazer observar os Estatutos tanto pelo que toca aos exercicios de Religião, como pratica dos bons costumes, e frequencia dos estudos. Será vigilante sobre todos os empregados do Collegio, para que cumprão suas obrigaçoens, e principalmente os Seminaristas (SILVA, 1922, p. 218).

Tentando estabelecer uma ruptura com o local de origem dos seminaristas e expô- los o maior tempo possível aos alinhamentos que se pretendiam imprimir neles, os § 4º, 5º e 7º do capítulo 3º, garantiam ao reitor do Seminário de Santo Antonio o controle sobre a liberdade física do seminarista. O contato com o mundo social fora do seminário era limitado o máximo possível, bem como os momentos de reencontro com as famílias e o período de férias.

Era necessário separar os seminaristas do mundo, extirpando suas outras possibilidades de carreira e de vivência com o mundo como garantia da preservação da sua vocação. Quando esse contato era inevitável, deveria ser mediado pelos elementos do universo religioso, o rito católico, a companhia do funcionário do seminário, ou o uso de uma vestimenta que o distinguia do restante do corpo social, “[...] huma tunica de côr escura, e quando sahirem à rua de uma batina preta com seo bârrete.” (PACHECO, 1968, p. 149).

O uso do hábito clerical foi uma das mais insistentes orientações dos bispos reformadores ao clero. Para eles, o uso do hábito era um sinal de distinção do clero no interior da sociedade, revestindo-o de uma aura de distância, santidade e autoridade (SOUZA, 2010). A medida também estava ligada a orientação tridentina de enaltecimento da figura do padre como ministro do culto católico, em oposição à influência leiga sobre a Igreja e as práticas religiosas populares.

Em oposição ao tradicional comportamento do clero brasileiro, que se vestia e se comportava como os seculares (SERBIN, 2008), a distinção simbólica por meio da vestimenta se configurava como a expressão de uma prática religiosa diferenciada daquela, expressando sua segregação do mundo, superioridade e dedicação exclusiva ao serviço de Deus e da Igreja. A admissão de alunos ao Seminário também deveria ser, segundo os estatutos, rigidamente controlada pelo bispo, sendo feita somente de candidatos comprovadamente batizados, mediante atestados do pároco do local de origem do candidato, do juiz de paz ou de outra autoridade que fosse julgada conveniente, abonando seu procedimento civil de jurídico. A admissão se dava somente por licença escrita do diretor.

O § 13º versava sobre a homogeneidade e coesão que deveria haver entre os membros do clero, desde a sua preparação nos seminários, proibindo diferenciações de tratamento ou ensino geradas por suas diferentes origens sociais, ou por serem numerários ou porcionistas.

As disposições dos objetos, nos vários espaços do seminário, deveriam se associar a um ambiente de espiritualidade, assim como a disposição arquitetônica deveria favorecer a segregação do mundo, a vigilância e a ordem (NERIS, 2009). A formação, nesses locais, também era estruturada por meio da utilização de técnicas disciplinares (FOUCAULT, 2007) de vigilância e punição, que visavam adestrar o corpo e a mente do indivíduo para o serviço da Igreja, de acordo com o novo padrão comportamental de clero que se queria estabelecer.

Assim, a leitura dos estatutos do Seminário de Santo Antonio demonstra a organização estratégica para a “[...] codificação institucional de práticas e inculcação pedagógica de regras.” (NERIS, 2009, p. 46), feita por parte dos membros da hierarquia da Igreja. Estes objetivavam moldar o comportamento dos futuros clérigos, adequando-os a um padrão de agentes e a um modelo de religiosidade baseados nas determinações do Concílio Tridentino, e que eram consideradas pelos bispos ultramontanos, dentre eles D. Marcos Antonio de Sousa, a maneira mais eficaz de reformar a religião e a Igreja Católica no Brasil, e contribuir para o fortalecimento do Estado.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

A atuação política dos padres no Oitocentos permanece sendo um tema pouco explorado pelas pesquisas acadêmicas, apesar de terem conformado a elite política imperial brasileira. Pois a conjuntura particular do momento de transição entre o fim da dominação colonial portuguesa sobre os territórios americanos e o início da estruturação de um Estado independente, resultou na relevante participação do clero na burocracia governamental em cargos eletivos e administrativos.

Optando pelo estudo da biografia e da trajetória política e religiosa de um padre político, Dom Marcos Antonio de Sousa, apresentamos uma experiência subjetiva e particular de um processo institucional mais amplo, no sentido de enriquecer as análises e diversificar as interpretações sobre a fase inicial de construção do Estado brasileiro e do papel da Igreja nesse processo. Também se destacou a variedade de relações estabelecidas entre o altar e o trono, o papel que a instituição católica teve na formação da nação e a importância da e participação do clero como agente político no período, formando um grupo heterogêneo e defendendo diferentes interesses ideológicos.

O primeiro capítulo apresentou os pressupostos históricos e particularidades da simbiose entre a Igreja Católica Apostólica Romana e o Estado Moderno, e como esse processo ocorreu no Brasil desde o período colonial, onde ser padre trazia implicações e assumia sentidos que extrapolavam a função espiritual. Nesse sentido, o Padroado foi um dos principais mecanismos pelos quais o Estado utilizou o aparato eclesiástico e o clero como seus agentes junto à população, transformando-os em “funcionários públicos” ao delegar-lhes funções civis e pagar-lhes côngruas.

Mesmo constituindo espaços diferenciados, a religião e a política no Brasil não eram autônomas, estavam ligadas histórica e culturalmente, bem como por determinações jurídicas, influenciando-se mutuamente e tornando possível a existência de trajetórias de padres políticos, como a de D. Marcos Antonio de Sousa. Por meio da análise da ampla participação eleitoral do clero demonstramos a inter-relação desses espaços no período em questão, e que as ações e tomadas de posição dos agentes eram influenciadas por esse duplo pertencimento.

A consolidação da independência do Brasil e constituição do Estado foram marcadas pelo início da sua vivência parlamentar, por isso analisamos no segundo capítulo os anais da Constituinte de 1823 e da Legislatura de 1826, constatando o conflito entre velhos e

novos modelos de relação política e econômica e a ambigüidade do pensamento político da época. A relação do novo Império com os outros Estados Nacionais e a Cúria Romana também passou a ser questionada, com questões ligadas a religião, subordinação, soberania e aos projetos de Igreja brasileira sendo amplamente debatidos entre os parlamentares. Os padres demonstraram por meio das suas opiniões que não conformavam um grupo coeso, pois seus diversos pertencimentos estavam totalmente ligados às concepções por ele defendidas ou rejeitadas.

Entre os padres deputados, D. Marcos Antonio de Sousa representou um grupo que no início do século XIX constituía uma minoria no posicionamento que tinham frente à Igreja, ao clero e ao Estado. Porém, ocuparam importantes cargos e tiveram visibilidade para divulgar suas ideias e implementar reformas importantes na Igreja do Brasil, conjugando lógicas do liberalismo dominante no cenário político da época com posturas conservadoras quanto à religião, o respeito à hierarquia e à ordem.

Analisando os discursos de D. Marcos Antonio de Sousa em aspectos pontuais do debate parlamentar que compreendiam os principais modelos de relação entre a política e a Igreja, percebemos as ambigüidades de seu pensamento e a difícil manutenção dos seus interesses e pertencimentos: ao trono, enquanto defensor do Império e de D. Pedro I, e ao altar, enquanto defensor das prerrogativas do papa em assuntos religiosos. Apesar de esse duplo pertencimento gerar tensões não era um paradoxo para o período em questão, nem para o personagem, pois não havia uma separação entre o padre e o político, o que foi possível perceber pelo fato da atuação política influenciar em sua ascensão na hierarquia eclesiástica.

O bispado de D. Marcos Antonio de Sousa na diocese do Maranhão, analisado no terceiro capítulo, transcorreu entre os anos de1827 e 1842, coincidindo com uma série de conflitos que agitaram a província, mas que estavam ligados ao contexto nacional. No Maranhão ele buscou implementar uma reforma da Igreja nos moldes tridentinos, defendendo a autonomia da instituição em questões religiosas frente ao Estado, entretanto algumas vezes em conflito com o governo, outras vezes se aliando ou buscando nele os meios de operacionalização dessa reforma.

Utilizando sua posição enquanto membro da alta burocracia e da elite política do Império como oportunidade de pensar e atuar sobre a Igreja, Dom Marcos Antonio de Sousa, com a defesa das ordens religiosas, as Visitas Pastorais e a fundação do Seminário de Santo Antonio contribuiu para o início de uma nova fase da prática clerical no Brasil. Bem como, das relações que o seriam estabelecidas a partir de então entre religião e política, Igreja e Estado.

REFERÊNCIAS

ALVES, Francisco José. Contribuição à arqueologia de Sergipe colonial. Revista do Instituto Histórico e Geográfico de Sergipe/ Instituto Histórico e Geográfico de Sergipe, n. 34, Sergipe, 2003-2005, p. 39-54.

AQUINO, Maurício de. Romanização, historiografia e tensões sociais: o catolicismo em Botucatu – SP (1909-1923). Fênix – Revista de História e estudos culturais, v. 8, n. 2, 2011, p. 01-15. Disponível em: <www.revistafenix.pro.br>.

ARAÚJO, Raimundo Inácio de Souza. Discurso, disciplina e resistências: as visitas pastorais no Maranhão setecentista. São Luís: EDUFMA, 2008.

AZZI, Riolando. O altar unido ao trono: um projeto conservador. São Paulo: Edições Paulinas, 1992.

______. O Episcopado do Brasil frente ao catolicismo popular. Petrópolis: Vozes, 1977.

BEOZZO, José O. (Coord.). História da igreja no Brasil: Segunda Época – século XIX. Rio de Janeiro: Vozes, 1992.

BLAKE, Augusto Vitorino Alves Sacramento. Dicionário bibliográfico brasileiro. Rio de Janeiro: Imprensa Nacional, 1883- 1902.

BOBBIO, Norberto. Dicionário de política. Brasília: Editora Universidade de Brasília, 1998.

BOEHRER, George C. A. A Igreja no Segundo Reinado: 1840 – 1889. In: H. H. Keith; S. F. Edwards (Orgs.). Conflito e continuidade no Brasil. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1970.

BOTELHO, Joan. Conhecendo e debatendo a história do Maranhão. São Luís: Fort Gráfica, 2007.

BOURDIEU, Pierre. As regras da arte: gênese e estrutura do campo literário. São Paulo: Companhia das Letras, 1996.

CABRAL, Maria do Socorro Coelho. Política e educação no Maranhão (1834 – 1889). São Luís: SIOGE, 1984.

CALAINHO, Daniela B. Agentes da fé: familiares da inquisição portuguesa no Brasil colonial. São Paulo: EDUSC, 2006.

CAMPANTE, Rubens Goyatá. O Patrimonialismo em Faoro e Weber e a Sociologia

brasileira. DADOS – Revista de Ciências Sociais, Rio de Janeiro, vol. 46, n. 1, p. 153-193, 2003.

CARVALHO, José Murilo de. A Construção da Ordem: a elite política imperial. Teatro de Sombras: a política imperial. Rio de Janeiro: Civilização brasileira, 2011.

______. Pontos e bordados: escritos de história e política. Belo Horizonte: Editora UFMG, 1999.

CARVALHO, M. E. Gomes de. Os deputados brasileiros nas Cortes Geraes de 1821. Porto: Livraria Chardron, 1912.

CASAMARRO, Marco Aurélio Lagreca. Estado, Igreja e liberdade religiosa na

“Constituição do Império do Brazil” de 1824. In: Anais do XIX Encontro Nacional do

CONPEDI. Fortaleza, junho de 2010.

CORADINI, Odaci Luiz (Org.). Estudos de grupos dirigentes no Rio Grande do Sul: algumas contribuições recentes. Porto Alegre: Editora da UFRSGS, 2008.

COSTA, Emília Viotti. Da monarquia à república: momentos decisivos. São Paulo: Fundação Editora da UNESP, 1999.

COUTINHO, Milson. O poder Legislativo do Maranhão (1830-1930). São Luís: Assessoria de comunicação social da Assembléia Legislativa do Maranhão, 1981.

CUNHA, Pedro Octávio Carneiro da. A fundação de um império liberal. In: HOLANDA, Sérgio Buarque de (Org.). História Geral da Civilização brasileira. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2003.

DUTRA, Luciano. Das terras baixas da Holanda às montanhas de Minas: uma contribuição à história e as missões redentoristas, durante os primeiros trinta anos de trabalho em Minas Gerais. Rio de Janeiro: Edições Galo Branco, 2007.

FAORO, Raymundo. Os donos do poder: formação do patronato político brasileiro. São Paulo: Globo, 2008.

FERRAROTTI, Franco. Sobre a autonomia do método biográfico. Sociologia – problemas e práticas, n. 9, p. 171-177, 1991.

FOUCAULT, Michel. Vigiar e punir: nascimento da prisão. Petrópolis: Editora Vozes, 2007.

GAUCHET, Marcel. Le désenchantement du monde: une histoire politique de la religión. Paris: Gallimard, 1985.

GOLDENBERG, Mirian. A arte de pesquisar: como fazer pesquisa qualitativa em Ciências Sociais. Rio de Janeiro: Editora Record, 2004.

GRAHAM, Richard. Clientelismo e política no Brasil do século XIX. Rio de Janeiro: Editora UFRJ, 1997.

GUIMARÃES, Lucia Maria Paschoal (Org.). O liberalismo no Brasil imperial: origens, conceitos e práticas. Rio de Janeiro: Revan, UERJ, 2001.

HAUPT, Heinz - Gerhard. Religião e nação na Europa no século XIX: algumas notas

No documento JOELMA SANTOS DA SILVA (páginas 156-196)