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Caracterização do contexto

I. Caracterização linguística e cultural da escola mediante inquérito e tratamento dos dados

II. Preparação da dinamização de sessões de línguas / implementação de actividades de publicitação dos clubes, colaboração, parcerias, reuniões, divulgação na imprensa e página web das escolas, Poster e folheto

III. Dinamização de actividades/sessões de SDLCnos clubes das escolas do projecto - Semana da leitura (leituras em várias línguas); Sessões de línguas (alemão, árabe, eslovaco, espanhol, grego, francês, inglês, italiano, mandarim, russo e turco); Jantar multicultural

IV. Avaliação das actividades e sondagem sobre o impacto da acção na escola Publicitação de actividades Sessões de Línguas Balanço

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Gráfico 4) torna-se evidente o seu carácter positivo, mas o nível da acção quedou-se pela SDLC, sem dúvida essencial, mas ainda muito distante de uma situação propi- ciadora à efectiva formação de indivíduos dotados de competências de comunicação intercultural, em consonância com uma verdadeira educação plurilingue.

Reflexões finais

Pretendia-se com o projecto Línguas – caminhos para o Outro deixar sementes para a SDLC e para o plurilinguismo e, da análise dos resultados, verificáveis não no imediato, para além das apreciações muito positivas, podemos ter esperança de que se tenha despertado o interesse e a curiosidade pela aprendizagem de outras línguas e o contacto com falantes de outras línguas. Embora a realização das actividades descritas não seja condição sine qua non para a promoção e a adesão a outras em torno das línguas que, com alguma frequência, vão tendo lugar nas escolas, talvez não tenha sido por acaso, e sobre isso se deva reflectir, que, aquando da comemoração do Dia Europeu das Línguas em 2009 na ESA, os alunos se tenham disposto a declamar, perante uma audiência de colegas e professores, poemas nas línguas de que esses mesmos alunos tinham tido sessões no ano anterior. Talvez a adesão significativa, no ano lectivo seguinte, a sessões de Checo a cargo da Assistente de Línguas de Francês, de nacionalidade checa, possa ser interpretada como uma vontade de repetir uma experiência gratificante. Talvez tenha algum significado a participação voluntária de vários alunos da mesma escola – também eles, na maioria, frequentadores das ditas sessões ou membros do clube europeu – num concurso promovido por uma escola da Roménia, em associação com entidades locais desse país, que valeu o terceiro lugar à ESA e que veio prolongar um trabalho de colaboração com aquele

estabelecimento de ensino encetado ao longo do ano transacto, no âmbito de algumas turmas de Francês, de onde saíram os restantes participantes, a pretexto do qual já se haviam estabelecido alguns contactos via e-mail entre alunos e professores e se tinha contactado com a língua romena. A um outro nível, a proposta de acolhimento na escola de um grupo de jovens estrangeiros, inseridos num projecto de voluntariado, «Juventude em Acção», um programa da União Europeia para jovens com o objectivo de estimular o sentido activo de cidadania europeia, a solidariedade e tolerância entre os jovens europeus e o seu envolvimento na construção do futuro da União Europeia, foi recebida com entusiasmo pelas estruturas da ESA que perspectivou possíveis colaborações, na continuidade da experiência de SDLC anterior. O programa promove a mobilidade dentro e fora das fronteiras europeias, a educação não formal, o diálogo intercultural e encoraja a inclusão de todos os jovens, independentemente da sua origem educacional, social ou cultural6.

Também na ESJE a par de actividades desenvolvidas com alunos estrangeiros, essencialmente no seio das suas ou de outras turmas, para divulgação dos seus países e culturas, a Sessão Abordagens Integradas das Línguas – Caminhos para o

Plurilinguismo, orientadas por três das formadoras da oficina de formação em que

nasceu este projecto teve como objectivo sensibilizar e informar os professores de línguas para as temáticas da SDLC e para uma didáctica do plurilinguismo.

Outras linhas de reflexão prendem-se com as dificuldades de corresponder à tão aclamada colaboração que não se compraz com o ritmo e a exigência que avassalam a vida profissional e pessoal dos profissionais de educação para quem os espaços extracurriculares deixam invariavelmente o gosto amargo do trabalho pouco criativo e mais rotineiro pela limitação de espaços e materiais e pela escassez de tempo, que não raramente surge desfasado nos horários dos vários professores que supostamente deveriam trabalhar em equipa. Talvez por se reclamar uma maior dignificação dos espaços extracurriculares é que estejam a ser criadas duas salas/oficinas de línguas na ESJE (com abertura a outras línguas que não as tradicionalmente inscritas no currículo) e contempladas nas futuras obras da ESA salas para clubes, onde projectos de SDLC terão decerto o seu lugar, numa vertente interdisciplinar e/ou transdisciplinar, uma vez que se crê que este tipo de actividades não se deve confinar à sala de aula de línguas.

Apesar dos constrangimentos atrás enunciados, reconhecidamente impeditivos do desenvolvimento de um trabalho de maior amplitude, os resultados obtidos no âmbito do projecto Línguas – Caminhos para o Outro parecem tornar evidente que sensibilizar para a diversidade linguística e cultural é uma possibilidade que, a avaliar por algumas das iniciativas posteriores acima enunciadas, produz algumas sementes

6 Para alunos que com eles contactaram, a experiência foi muito interessante e já não se tratava de uma primeira

experiência, uma vez que a escola já se envolve há alguns anos em programas de mobilidade ao abrigo de programas

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de mudança. Neste terreno, em que se joga a tensão entre uma didáctica específica e uma didáctica do plurilinguismo, em que as hesitações e os questionamentos são recorrentes, o projecto descrito é, antes de mais, testemunho de uma didáctica das línguas em construção que reclama espaços de discussão colaborativa e aspira a ser encarado como exemplo de uma boa prática. Sendo este o caminho, para que se possam explorar e pôr no terreno tantas das possibilidades que estas novas abordagens oferecem, urge criar condições para que elas possam ser calmamente e conscientemente implementadas e daí resultem frutos.

Convenção Cultural Europeia (importante instrumento de promoção cultural e da aprendizagem das línguas na Europa).

http://www.conventions.coe.int/Treaty/en/Treaties/Html/018.htm Programa LINGUA (recursos para a aprendizagem de línguas)

Euro Languages Net - http://www.euro-languages.net/portugal/ GALANET-http://www.galanet.be

Galatea-http://www.generation5.fr/catalog/galatea_portugais.asp LINC-http://webhost.ua.ac.be/linc/

ONENESS - http://www.oneness.vu.lt/

Português (inter)Acção - http://www.univ-ab.pt/PINTAC/

The White Book on Education and Training: Teaching and Learning Towards the Learning Society (COM(95) 590).

Declaração Universal dos Direitos Linguísticos (Conferência Mundial dos Direitos

Linguísticos).

http://www.dhnet.org.br/direitos/deconu/a_pdf/dec_universal_direitos_linguisticos.pdf Lingu@net Europa (Centro multilingue para a aprendizagem de línguas – recursos on-line). http://www.linguanet-europa.org/plus/en/home.jsp

L’ instruzione interculturale nell’Unione Europea. Attività locali, regionali e interrregionali. Esempi di buona pratica da Unione Europea, Comitato delle Regioni.

Criação do Selo Europeu das Línguas da UE (prémio para iniciativas inovadoras no ensino e aprendizagem de línguas estrangeiras na UE).

Portefólio Europeu de Línguas.

http://www.dgidc.min-edu.pt/linguas_estrangeiras/Paginas/PELinguas.aspx

Quadro Europeu Comum de Referência para as Línguas – Aprendizagem, Ensino, Avaliação (QECR) do Conselho da Europa, no âmbito do Projeto “Políticas Linguísticas para uma

Europa Multilingue e Multicultural” (1998). (Trata-se de um instrumento de harmonização do ensino e da aprendizagem das línguas vivas na Europa e que encara o plurilinguismo como resposta à diversidade linguística e cultural da Europa).

Ano Europeu das Línguas, declarado pela Comissão Europeia e pelo Conselho da Europa,

data a partir da qual se celebra anualmente, no dia 26 de Setembro, o Dia Europeu das

Línguas.

Conclusões da Presidência do Conselho Europeu de Barcelona. (Nelas se defende o

ensino de pelo menos duas línguas estrangeiras desde a mais tenra idade e a adopção de um indicador de conhecimentos linguísticos pelos Chefes de Estado e de Governo para a melhoria da aprendizagem das habilitações básicas (parte I, §44, p. 19).

http://www.fd.uc.pt/CI/CEE/pm/LegCE/Conselho%20Europeu%20Barcelona%2015_16-03- 2002.pdf

Declaração Universal sobre a Diversidade Cultural (31.ª Conferência da Unesco). Berlin Communiqué - Communiqué of the Conference of Ministers responsible for Higher Education, no âmbito do Processo de Bolonha (a propósito dos estudos no estrangeiro e da

oferta de programas de língua).

Comunicação da Comissão - Promover a Aprendizagem das Línguas e a Diversidade

Linguística: um Plano de Ação 2004 – 2006

COM(2003)449 final

http://eur-lex.europa.eu/LexUriServ/LexUriServ.do?uri=COM:2003:0449:FIN:PT:PDF

Perfil Europeu para a Formação de Professores de Línguas - um Quadro de Referência. http://ec.europa.eu/education/languages/language-teaching/doc56_pt.htm 1954 1990 1995 1996 1998 1999 1991 2000 2001 2001 2002 2002 2003 2003 2004

42 Anexo – Quadro 1 – Iniciativas de política linguística europeia 2004 2005 2005 2005 2006 2007 2008 2008 2008 2009

ENLU - European Network for the Promotion of Language Learning Among All Undergraduates (Nancy Declaration: Multilingual Universities for a multilingual Europe open to the world) (Cria a agenda de “línguas para todos”, apontando como instrumentos

políticas e planos linguísticos institucionais, a utilização do ensino à distância e do

e-learning, a utilização de línguas estrangeiras).

http://web.fu-berlin.de/enlu/

Comunicação da Comissão ao Conselho, ao Parlamento Europeu, ao Conselho Económico e Social Europeu e ao Comité das Regiões - Um Novo Quadro Estratégico para o

Multilinguismo (Apresenta uma política orientada para encorajar a aprendizagem de línguas,

para promover uma economia multilingue e garantir a todos os cidadãos o acesso à legislação e informação sobre a UE nas suas próprias línguas).

http://eur-lex.europa.eu/pt/dossier/dossier_11.htm Criação do Observatório Europeu para o Plurilinguismo http://www.observatoireplurilinguisme.eu/

Carta Europeia para o Plurilinguismo – Conselho da Europa.

http://europe-avenir.com/CharteplurilinguismefrV2.12.pdf

Declaração de Glasgow - European University Association (EUA) (Reforça a dimensão europeia do ensino superior europeu através do «desenvolvimento de competências multilingues e interculturais»).

http://www.eua.be/eua/jsp/en/upload/Glasgow_Declaration.1114612714258.pdf

Nomeação de um alto responsável na UE para a pasta do multilinguismo: Leonard Orban. Ano Europeu do Diálogo Intercultural.

Livro Branco sobre o Diálogo Intercultural – “Viver juntos em Igual Dignidade” (Conjunto de recomendações sobre políticas e boas práticas no sentido de garantir a valorização da diversidade cultural).

http://www.coe.int/t/dg4/intercultural/Source/Pub_White_Paper/WhitePaper_ID_ PortugueseVersion2.pdf

Comunicação da Comissão ao Conselho, ao Parlamento Europeu, ao Conselho Económico e Social Europeu e ao Comité das Regiões - Multilinguismo: uma Mais-Valia para a Europa e

um Compromisso Comum.

http://eur-lex.europa.eu/LexUriServ/LexUriServ.do?uri=OJ:C:2010:117E:0059:0064:PT:PDF

Um Desafio Salutar: como a Multiplicidade de Línguas Poderia Consolidar a Europa –

Propostas do Grupo de Intelectuais para o Diálogo Intercultural - Proposta de lançamento

pela EU de uma “língua pessoal adoptiva” a ser entendida pelos europeus como “uma

língua distintiva, diferente da sua língua identitária, e diferente também da sua língua de comunicação internacional”. http://ec.europa.eu/education/languages/archive/doc/maalouf/ report_pt.pdf

Resolução do Parlamento Europeu, de 24 de Março de 2009, sobre o multilinguismo: uma mais-valia para a Europa e um compromisso comum (2008/2225(INI))

de alunos face à língua materna e ao inglês língua estrangeira