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Expetativas iniciais relativas ao Estágio Profissional

2. ENQUADRAMENTO BIOGRÁFICO

2.2 Expetativas iniciais relativas ao Estágio Profissional

No texto que se segue relatarei as minhas expectativas inicias acerca do ano letivo 2013/2014, assim como os sentimentos e os desejos de uma nova fase da minha vida.

Quando o estágio começou, o meu sentimento era sobretudo o seguinte:

finalmente conseguia chegar onde mais desejava – ao estágio. Chegava o

momento mais esperado do curso! Aquele em que todas as incertezas estavam presentes, mas com a hipótese de entender e alcançar as respostas.

Ao longo da vida de estudante, fui construindo os alicerces que marcaram e foram dando corpo ao meu perfil profissional – ser professor de EF. O ano de estágio foi um ano de mudança, isto é, de transição de aluno para docente. Seria um espaço e tempo para crescer como pessoa e como profissional, sendo fundamental, para isso, o debate e a troca de ideias constante entre todos os elementos do NE

A Escola EB 2/3 RT-AVERT foi o local do estágio. Ouvira comentários sobre o funcionamento da Escola e, apesar de esta ter sido a minha quinta opção, estava motivado para ano que se avizinhava. Naturalmente que um pouco preocupado com a forma como seria recebido por todo o pessoal docente e não docente. Ainda assim, sentia-me confiante, pois sentia que me adaptaria facilmente, se atento e com atitude para compreender este novo meio. Um “novo meio”, uma nova vida: um espaço, no qual também pretendia criar desde cedo um bom relacionamento com todos os membros da escola. Estava convicto que esta vivência me facultaria uma integração progressiva e plena na área da docência, nomeadamente através do desenvolvimento de atitudes e responsabilidades profissionais, isto é, desenvolvendo uma ação educativa na própria escola – a comunidade educativa.

“Ao educador consiste encorajar o pluralismo, improvisar, levar os educandos a beneficiar das diferenças e não a afastá-los delas.”

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Quanto aos educandos, esperava ser capaz de os mobilizar no sentido da cooperação, coesão e respeito na realização das aulas.

Ao longo dos dois anos de mestrado, fui adquirindo conhecimentos vários e desenvolvendo competências que creio essenciais para o exercício da profissão que tanto ambicionava. Na verdade, tinha chegado o momento de ser capaz de convocar todas estas aprendizagens para enfrentar os reais desafios e problemas da vida real do professor. Este processo foi-me facilitado pela orientação de pessoas com ampla experiência e com conhecimentos de excelência (Batista, Queirós, e Rolim, 2013), nomeadamente a OE e a PC.

Queria ser o melhor profissional possível no final do EP. Os ensinamentos das OE e PC aumentavam as minhas expetativas, no anseio de conseguir ser um docente ainda mais companheiro, colaborador e justo. Na realidade, qualquer estudante-estagiário (EE) entende que o/a seu/sua PC terá um perfil profissional multifacetado, conhecedor profundo da sua profissão, com capacidade de distinguir o que é o essencial e de intervir em situações adversas (Albuquerque, Graça, Januário, 2005). De fato, não tenho dúvidas que a PC foi um elemento basilar na minha formação.

Em relação ao NE que iria integrar, aguardava com entusiasmo alcançar uma relação sólida. Fora alertado para a necessidade de ter um bom grupo de trabalho. Sendo assim, foi fundamental desenvolver um espírito de amizade e colaboração entre todos, promovendo o respeito mútuo pelas diferenças individuais. Sabia que nos daríamos todos bem e que juntos conseguiríamos alcançar os objetivos pretendidos.

As minhas expetativas eram então chegar ao final do estágio e sentir-me autónomo e confiante na avaliação e no planeamento dos exercícios numa sala de aula, bem como ser capaz de adequar as minhas ações de acordo com as necessidades de cada aluno, face às exigências colocadas ao professor no desempenho das suas funções. Adicionalmente, face às diversas vertentes que um professor de EF deve integrar, desejava fortalecer as minhas capacidades sociais, profissionais e reflexivas (Cunha, 2008). Acresce a necessidade de, como todos os professores, ser capaz de não me limitar ao conjunto de conhecimentos específicos de uma determinada área do saber e de um conjunto

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de estratégias pedagógicas adequadas, no que se refere à transmissão destes mesmos conhecimentos (Cunha, 2008).

Naturalmente, esperava ser capaz de corresponder de forma positiva aos projetos que me fossem dirigidos. Relativamente às aulas e às restantes atividades que constituíam o plano anual (elaborado pelo conselho de disciplina de EF), ansiava por novas experiências. Concretizando, a estruturação e a realização de ações de formação, do Corta-mato Escolar, dos torneios interturmas, a formação e o acompanhamento de clubes desportivos (nomeadamente através do Desporto Escolar) fizeram parte deste tema.

Considero que o estágio é deveras importante, pois é aí que se conjugam diversos fatores a ter em conta na nossa formação e no nosso desenvolvimento, dado que é primeira vez que nos confrontamos com a realidade do mundo do trabalho, e onde podemos descobrir e ultrapassar as nossas dificuldades e as nossas fragilidades.

Nos dias de hoje, com a crescente consciencialização pela prática da atividade física e pela procura de uma melhoria na área da educação, as escolas tornaram-se uma “indústria” de grande relevância para a melhoria da qualidade de vida do cidadão. Deste modo, o EP era uma escolha óbvia, na medida em que me permitiria adquirir e desenvolver formas e ferramentas de trabalho, que me dariam competências para intervir não apenas na escola, mas igualmente noutras áreas.

Para isso, a FADEUP seria um alicerce muito robusto, na qual teria oportunidade de viver o estágio de forma comprometida e sempre com uma forte atitude de aprendizagem e empenhamento.

Queria concluir este ano de estágio com a sensação de que fiz tudo ao meu alcance, colocando “em prática” todos os ensinamentos adquiridos ao longo da minha longa formação e tornar-me, assim, num bom professor de EF.

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