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FUNCION ENADE VAGAS/

2) Gestão Acadêmica – A categoria aqui será entendida como a gestão das atividades que

3.5 POLÍTICA INSTITUCIONAL E GESTÃO ACADÊMICA NA PERCEPÇÃO DE PROFESSORES E GESTORES

3.5.2 Gestão Acadêmica da FAMA/KROTON

A FAMA hoje é o resultado das mudanças impostas pela Kroton. No que se refere a gestão acadêmica, estas foram diretamente impactadas pelas grandes transformações operacionais administrativas que abalou as estruturas das atividades pedagógicas de todos os cursos de graduação.

A política de ensino, segundo indica o PDI (2018) da FAMA/KROTON, tem como seu objetivo acadêmico um processo de aprendizagem baseado em competências que proporcione ao aluno o sucesso pessoal e profissional, ou seja, a empregabilidade. O modelo de ensino da FAMA/KROTON é baseado no conceito de competências, que segundo as concepções de Delors (1999) e Zabala (2010) o processo de ensino-aprendizagem proporciona o desenvolvimento de conhecimentos e valores, de forma integrada, para a resolução de situações reais. Sendo assim, a FAMA/KROTON entende que os profissionais formados nessas bases, que é o seu modelo de ensino em rede, estarão se reposicionando para os desafios da modernidade e indica que esse é o caminho para colocar o aluno na “posição de produtor, protagonista do processo de ensino-aprendizagem” e, os professores, nesse caso, “assumem a tarefa de mediação ao conduzir os alunos à observação da realidade e a apreensão dos conteúdos que se relacionam com ela”. (PDI FAMA/KROTON, 2018, p. 76) Segundo a instituição, esse modelo está amparado nos pilares do conhecimento: o SABER, o FAZER,

o SER e o CONVIVER. (ibid. p. 76)

Para a IES, a integração desses conhecimentos desenvolve o profissional para uma nova mentalidade para o exercício profissional, mas também para um conjunto de atitudes e procedimentos que contribuem para a formação cidadã, o pensamento crítico, o respeito a diversidade e autoconhecimento.

Por outro lado, os professores e gestores, questionam o modelo de ensino, bem como os resultados desse modelo. Pois, o novo modelo operacional da FAMA/KROTON tem revelado fortes impactos pedagógicos e alterado o dia-a-dia dos gestores e professores, bem como dos alunos. Essas mudanças têm ido além do limite da flexibilidade curricular e da segurança pedagógica que garantam a qualidade da formação profissional, entretanto, segundo os entrevistados, essas medidas são adotadas devido as regulamentações do MEC, que também flexibiliza muito as regras, mas não garante a fiscalização das atividades pedagógicas adequada nas instituições privadas-mercantis.

Como o seu próprio PDI indica, a organização da FAMA/KROTON visa atender ao mercado de trabalho. E isso vem se desenhando com a abertura de cursos de bacharelado voltados para esse fim, tendo como contrapartida o fechamento, por exemplo, de cursos de formação de professores (licenciaturas). Nesse movimento já se observa o alcance e a dimensão nacionais que a Kroton busca aplicar a sua política institucional. A formação humanística, democrática e cidadã não tem tido relevante atenção ou destaque na oferta de cursos, em especial os de bacharelado e tecnológico, que são em maior quantidade.

Uma preocupação perceptível dos gestores entrevistados tem sido a passagem de disciplinas da área da saúde que trabalham com a humanização do ser social e experimentos práticos para a modalidade EAD. Eles tendem a criticar a regulação do MEC que tem permitido a transferência de disciplinas importantes para a formação humana e cidadã dos futuros profissionais para a EAD. Consideram os gestores entrevistados que se trata de uma política imposta que debilita o modelo pedagógico teórico e prático do presencial com sua transferência para a modalidade EAD, impactando negativamente as dimensões humana e cidadã da formação, com afirmações fortes como as que seguem:

Não é cidadã. Ela não está se importando com formação cidadã .... na matriz tem... mas a maior parte dessas disciplinas estão em EAD. Então, a gente vai saber quando tiver a formação dessas turmas. Está aumentando o percentual de disciplinas humanas em EAD. Então muitas disciplinas que é de prática não tem prática. Tem disciplina que você não consegue dá a disciplina sem a prática, a teoria é uma coisa, com a prática você aprende a como fazer. E aí eles

colocam em EAD, eles conseguem botar em EAD. A gente briga e diz, mas não pode... cadê a prática? Eles respondem que o percentual tem que ter e é 40% e essa disciplina também tem que ir [pra EAD]. (G-2)

A gente tem acompanhado isso, em ciências contábeis, administração, computação, nas engenharias. A gente tem uma pessoa com graduação que ela não sabe o que é aquela área que ela está atuando. Ela não entende os fundamentos da área que atua. Eu vou conhecer um contador formado pela FAMA que ele vai ser simplesmente um preenchedor de formulário, porque ele não tem os princípios, os fundamentos. E os conteúdos trabalhados na FAMA/KROTON são muito rasos, pois não aborda, os conteúdos da disciplina em um semestre todo. As disciplinas de formação humana têm, mas todas são online. Ele deixa de ser crítico, né? Porque depois ele vai preencher um questionário no final que ele vai passar. Porque na sala você tem aquela reflexão, interação com professor, com os colegas, você discorda. Ali não tem isso, porque está só ele e o computador, é ele e as ideias dele. (G-3)

Não. É assim no começo lá em 2010 tinha foco nisso. Questão humana e a questão de mercado. Hoje, a visão de mercado que eles têm é de absorção do aluno para compor mais turmas e gerar mais valor na bolsa valores. O foco humano não existe mais. Isso eu posso dizer... que se tem humano é das pessoas, mas formação humana, não tem. Porque 2 disciplinas que tinha na FAMA que era ‘Homem, Cultura e Sociedade’ e ‘Ética, Política e Sociedade’ que era para dar essa visão humanística para todos os alunos de todos os cursos. E quem dava isso, era quem tinha formação: era filosofia, sociologia, pedagogo, para dar essa visão para o aluno humanística, humana. Essas duas matérias foram as primeiras que passaram a ser online. (G-4)

Igualmente, os professores entrevistados indicaram que conhecem a política institucional de formação voltada para o mercado de trabalho e vêm negativamente a quantidade de disciplinas aplicadas no modelo blendt - que são disciplinas mescladas que têm mais horas virtuais do que práticas -, entendendo que isso tem prejudicado a qualidade da formação. Segundo os entrevistados, a formação humana fica a critério dos próprios professores. O sujeito P1 enfatiza:

Você há de convir que em 1 hora você não consegue fazer uma discussão consistente em uma sala de aula com 30 – 40 - 50 alunos. Uma outra questão que diz respeito a formação é o que eles chamam de ensalamento que é a junçã o de semestres distintos – 5o, 7o e 8o por exemplo, - em uma mesma disciplina e

obviamente você há de convir de que uma disciplina no âmbito profissional, conduzida para alunos com essa especificidade você vai ter graus diferentes de assimilação. Aluno do 5o, aluno do 8o. Então isso acaba comprometendo a

formação, que a tendência é que o professor tenha uma, uma forma unificada de ministrar um conteúdo com essa diversidade de níveis de aprendizagem, aluno no 5o, no 7o e 8o, isso termina comprometendo também.

criar uma enxurrada de profissionais” (P-4) sem pensar a realidade profissional em que estará o seu egresso nem como ele se inserirá no mercado de trabalho. Segundo ele, a FAMA/KROTON tem se preocupado não com a qualidade da formação do estudante, mas com a obtenção de alto lucro.

Por outro lado, (P-3) afirmou que a instituição oferece aos estudantes alguns Estudos Temáticos Dirigidos online, chamado EDE. Corresponde ao debate de um tema por semestre, e um cenário de atualidades, que pode ser voltado para a formação humana, como ‘violência doméstica’, um dos temas discutido, mas que na prática é voltado para o mercado de trabalho. Os sujeitos (P-4) e (P-5) indicam que na FAMA/KROTON os alunos não saem com boa formação profissional e humana consolidada, e, assim, entendem que a faculdade não está atendendo bem nem a formação humana nem o mercado de trabalho, pois os conteúdos necessários passaram a ser muito rasos e, para se tornar um bom profissional, tem que dominar conhecimentos técnicos e específicos do curso e muitas disciplinas básicas e humanísticas dos cursos foram passadas para online. E ficou mais difícil para o aluno estudar sozinho e ir para a sala de aula assistir disciplinas mais avançadas sem ter aprendido o básico. Nessa direção, aponta (P-4):

eu penso que essa preocupação não é a preocupação da Kroton de qualificar ou instrumentalizar bem o aluno para se colocar no mercado e ter condições de concorrer, porque na verdade o que era que eu observava? Havia uma nítida necessidade de ganhar dinheiro com alunos, tanto é que as turmas eram lotadas. Eles tinham FIES... e a FAMA naquele momento [2016] tinha mais alunos que a UNIFAP. Só que a qualidade do ensino, não por conta dos professores, mas por conta da política institucional não qualificava os alunos para o mercado de trabalho, e muito menos para ter uma visão humanística das coisas. Eu acho que a preocupação não era essa... a preocupação era ter números. Toda s as reuniões que íamos os números eram sempre apresentados.

E corrobora P5:

A instituição apresenta um material, apresenta uma missão, ela lança os objetivos com esse sentido, mas não saem... não saem mesmo, depois tem que fazer cursinho pra passar na OAB... porque não saem... eles tem muito déficit de leitura, enfim...

Os sujeitos entrevistados afirmaram que as principais mudanças que ocorreram na FAMA após a aquisição pela Kroton foram:

pra mim foi a principal grande mudança, foi a entrada do comp onente EaD muito forte (...) umas disciplinas deixam de ter o professor presencial, elas acontecem pelo sistema da Kroton que antes era o ILANG e depois migrou para o AVA e o aluno só faz uma prova presencial. A prova é lá mesmo. Então quando começou em 2012 as provas eram pelo sistema, você tinha um monitor pra ficar no laboratório de informática, (...) as vezes era um stress muito grande, porque as vezes os alunos não gostavam da orientação (...) Então 2012 pra mim é o Marco porque começa as avaliações interativas. Só os cursos com avaliações positivas do MEC, com nota de 3 a 5 podiam ter as disciplinas interativas. Se um curso não tivesse boa nota, tinha que ser todos os cursos presenciais(...) É... de 2011 para 2012 também acontece um negócio que é muito interessante que é o FIES e isso aqui é o ponto principal para a Kroton explodir. Porque existem dados e você pode pegar esses dados e pesquisar que a Kroton foi a principal beneficiada com o FIES, né? Então, você tem vestibular para 4-5 mil pessoas. (...). Acho que foi 2016 ou 2017 em que as disciplinas interativas começam a ter outra postura e entram as disciplinas blendeps [a

blendeps você sabe, né? Se você forbuscar o significado você vai vê que é uma mistura] semipresencial. Então uma blendeps de 80 horas, então era chegou a ficar dividida em teórica e prática, sendo 40h teórica em EaD e a parte prática 40h era presencial. (...) E 2016, 2017 pós período do FIES - vamos colocar pós- 2014 - começou uma coisa muito comum na faculdade que era a junção de turmas (...). Na junção das turmas, vamos pensar o seguinte: Tinha as turmas A e B e começou a juntar: ficou só uma A. Até então aí mesmo semestre! Começaram a fazer várias reformas na faculdade, aumentar as salas, o bloco G que eles criaram, “as soluções que eles criavam”, uma sala enorme em que eles compraram carteiras duplas, são nas salas 117, 116 salas perto do auditório. Eram salas grandes!! Aí eles nos obrigavam a fazer um curso na... eles têm uma plataforma interna para servidor que é a Universidade Kroton, a UK aí tem um curso lá na UK que é ‘salas grandes’ e como você trabalhar em salas grandes. E eles nos obrigavam a fazer esses cursos ( )Nas nossas reuniões acadêmicas estratégicas eles nos exigiam para criar práticas pra trabalhar nessas situações... enfim, foi um momento bem complicado essas junções de turmas. E aí começou a juntar turmas de mesmos semestres mas, de cursos diferentes. E... a partir de 2016 para 2017 começou um negócio chamado “serealização” nem existe essa palavra no dicionário. Foi um termo que eles criaram. Isso aqui de 2016 ou até antes disso, virava semestre e eles mudavam as matrizes curriculares. Isso é algo que eu sempre comentava com os colegas, o MEC ele é completamente conivente com essas práticas da Kroton, não é possível!! Se você é avaliadora da MEC vai avaliar um curso X, eu vou preparar tudo o PPC, toda a documentação e vou lhe entregar, junto com a documentação eu também coloco junto ao meu PPC a matriz curricular. Geralmente, eles nos orientavam a colocar a matriz do semestre “menos adiantada”, a dos calouros. O que eu te entreguei já estava tudo detalhado, do primeiro semestre até o último, está tudo detalhado. Era só seguir isso para todos os anos. Mas, não! Na virada de cada semestre eles mudavam, justamente para conseguir unir mais turmas, não considerava pré-requisito, disciplina de final de curso que era pra ver no final ele via no início, virou uma farra! (G-1)

Quando começou a passar o modelo Kroton, veio primeiro o modelo KLS I, era um modelo que trabalhava com evidências, em vez de, antes eu dar pro aluno o conteúdo e depois mostrar o problema, a gente fazia o inverso. Primeiro o problema e a partir do problema tu tiravas o conteúdo que era da tua matéria. A princípio isso foi muito impactante pros nossos alunos e professores(...) Quando foi e 2012, surgiu o que a gente tem até hoje o KLS II que aí surge a “sala invertida”. (...) Aí a Kroton também percebeu, que não foi só aqui, nas demais unidades também o modelo teve uma caída. Ela criou o que a gente

chama de “UK” a Universidade Kroton que é pra você fazer cursos que participam não só o docente, o coordenador de curso, setor acadêmico.... todo mundo (...) Então, em 2015, 2016 foi assim o ano que mais abriu curso na FAMA, foi aquele grande bum da Kroton aqui. E veio também o FIES, com uma grande demanda de alunos para os cursos de graduação. (...) tinha 12.000 alunos. De 2012 a 2014 foi aquele BUMM com 80 alunos, 90 alunos com turmas bem grandes. (G-4)

Eu acho que esse impacto maior foi essa mudança... tínhamos um modelo acadêmico mais presencial para um modelo mais agressivo da Kroton, que era mesmo dentro de processo de sala de aula invertida, onde o protagonista maior é o aluno. Se trabalhava com situações problemas, e aí o aluno teria que desenvolver todo o processo de conhecimento a partir de uma situação problema. Isso foi ao meu ver um ponto bem diferenciado dentro do processo dessa mudança, do que se tinha do modelo tradicional para o modelo Kroton. (G-5)

O que eu vi foi basicamente a forma de trabalho de desvalorização do docente, além deles implantarem um modelo de sala de aula invertida. A gente sabe que lidava com alunos que trabalhavam o dia todo, então eles chegavam lá pra ter um CH de aula presencial. Outra coisa que também foi muito impactante dentro da politica institucional é que o MEC autoriza que parte das aulas, uma CH de um curso presencial seja feita online e isso estava já... pra mim.. não era só aquela CH que eles falavam, era muito mais! (...)E outra coisa que também mudou muito depois, foi o fato deles juntarem turmas, né? Ahh... eles pegavam uma turma que está no 4o semestre, aí uma disciplina que é dada no 5o, o pessoal

do 4o vai juntar com o 5o pra fechar a turma – não estou dizendo que é errado

– mas, é que eu (ele) estou em um outro nível por exemplo, não seguiam a grade curricular. Outra coisa também, todo ano muda a grade. (P-3)

Além disso, o incentivo financeiro via transferência de recursos públicos, por meio de programas do governo federal (PROUNI e FIES) fez com que houvesse uma expansão agressiva, fazendo da educação uma mercadoria lucrativa.

Os reflexos mais visíveis da aquisição da Faculdade de Macapá pela Kroton começaram a aparecer, nos procedimentos internos, no ano de 2013, e aos olhos da população externa somente no final de 2017, com a efetiva transferência de mantença.

A relação entre os docentes e a nova gestão da FAMA/KROTON é baseada na comunicação pelo sistema da Kroton, tanto no que se refere a gestão das disciplinas – preenchimento de diários, planos de ensino, cronograma de aulas -, quanto na formação dos colaboradores para atuar nas unidades do Grupo.

O MEC não tem feito o dever de casa a contento para impedir o monopólio dos grandes grupos educacionais, pois ao emitir Portaria cedendo às pressões dos grupos transnacionais que há anos já vinham costurando e articulando posições de dirigentes e

conselheiros para garantir a flexibilização do ensino presencial para o semipresencial e consequentemente, o ensino a distância. O que chega a está em jogo não é mais a condição de até 20% do ensino presencial em EAD, até porque novas medidas continuam avançando e o MEC que não faz nada para impedir tal avanço, pelo contrário, ampliou para até 40% a oferta em EAD nos cursos presenciais.

Mas, em quais garantias educacionais reais o MEC tem permitido um avanço tão agressivo nos cursos de formação superior, por meio da educação à distância? Pois bem, esses tem sido uma das maiores inquietações dos gestores e professores pesquisados na FAMA/KROTON. Um dos entrevistados (G-1) chamou a atenção para o fato de que se a FAMA não tiver pelo menos o conceito 3 ENADE naquele curso, ela não consegue autorização para abrir esse mesmo curso na modalidade a distância, além de serem imputadas restrições à abertura/ampliação de vagas.

Nesse contexto, a FAMA/KROTON tem estado atenta e em constante cobrança para que as suas mantidas obtenham o conceito mínimo no processo avaliativo. O Conceito Enade (CE) é o que avalia os cursos de graduação a partir dos resultados obtidos pelos estudantes em relação aos conteúdos curriculares programáticos dos cursos de graduação, o desenvolvimento de competências e habilidades necessárias ao aprofundamento da formação geral e profissional, e o nível de atualização dos estudantes com relação à realidade brasileira e mundial.

O ENADE tem sido uma das grandes preocupações da FAMA/KROTON, visto o resultado das avaliações dos cursos não terem sido satisfatórios, vários cursos estão com Conceito 2, no ítem 3.3, o que é considerada abaixo da média, na visão do MEC. Essa preocupação foi identificada por todos os gestores entrevistados. G-1 afirmou que se “preocupava muito com o ENADE e se eu não tirasse uma nota boa aqui, o MEC não autoriza vestibular. Então eu tinha que ter, mesmo com tudo isso acontecendo eu ainda tinha que ter uma nota boa no ENADE. Por 2 vezes foi mais por milagre do que por competência minha, mas por 2x eu consegui essa nota”. Quando os sujeitos foram questionados se existia alguma ação institucional para preparar os alunos para o ENADE, responderam:

Tem treinamentos específicos para o Enade. Existe uma preparação dentro da instituição para o Enade é chamado ‘desafio nota máxima’ (DNM). Elege-se um coordenador da instituição para o “Desafio Nota Máxima” que é um professor que vai ali receber algumas horas a mais pra ele coordenar todo o Enade do seu colegiado. Aí eu tenho que cobrar do meu aluno, os sorteados pelo sistema, que a gente vai ter aula nesse final de semana para tratar esses temas da prova do Enade. Aí, o coordenador DNM chega para o professor e diz

assim: fulano, eu estou com alunos com dificuldade nisso aí, tu podes dá essa disciplina? Ahhh... não é dá disciplina, é treinar questões! E é uma exigência que já vem há algum tempo dentro da FAMA/KROTON que essas provas que tem quesitos, tem que ser modelo Enade, há mais de 4 anos, já. (G-3)

Existe, mas ela não é muito eficaz. A gente chama de DNM – Desafio Nota Máxima – quem faz isso são os 2 últimos semestres dos cursos, pra cada semestre do 9o e o 10o tu escolhes 2 disciplinas pra fazer parte do nota máxima. E assim,

pensando nisso na qualidade foi criado os “Tópicos Especiais”, vamos supor que você escolha a disciplina X, o aluno vai ter aula da disciplina pra fazer o ENADE e faz no portal umas atividades. A primeira atividade é diagnóstica. Tu faz uma prova no portal de teoria do geral pro específico. (G-4)

Sim, (...) há uma verba específica, onde de fato é montada uma comissão e dependendo do curso que vai fazer o ENADE no ano... é feito todo um trabalho de base desde o inicio do semestre para que de fato os alunos que vão fazer o ENADE possam se sair bem dentro do processo. São aulas específicas, cursos específicos que funcionam aos sábados na própria sala de aula mesmo, alguns professores são recrutados para estarem trabalhando aquelas questões mais