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FUNCION ENADE VAGAS/

3.4 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS

Este trabalho se insere na linha de políticas educacionais e apresenta uma abordagem qualitativa, dado que não se vale de um processo analítico embasado em análises estatísticas nem se escora em uma análise da realidade empírica ancorada em valores expressos em números. Ao invés disso, os procedimentos metodológicos adotados nesta pesquisa partem da perspectiva teórica exposta por Minayo (2007, p. 15) que propõe um movimento das “concepções teóricas da abordagem, articulando-se com a teoria, com a realidade empírica e com os pensamentos sobre a realidade.”

Desse modo, os procedimentos exigem uma sequência lógica contínua para realizar a descrição, a análise, a interpretação e a explanação dos fenômenos que buscam explicar o movimento, que está em curso, de mudanças adaptativas das políticas nacionais de educação superior ao processo de regulação, de caráter transnacional, e sua consequente regulamentação jurídico-legal, que se viabiliza no processo de expansão da educação superior pautada na opção privado-mercantil do setor. As mudanças principais que buscamos analisar, no universo FAMA/Kroton pesquisado, a partir de documentos institucionais e legislativos, da bibliografia sobre políticas de educação superior no contemporâneo e das percepções de profissionais gestores e docentes da nova IES criada a partir da aquisição de mercado, são a política institucional, a gestão acadêmica e os fatores de influência, que consideramos

estarem relacionados, da regulação de dimensão transnacional e da privatização de natureza mercantil.

Apresentamos, a seguir, os procedimentos de levantamento e análise bibliográfica e documental, a metodologia da coleta de dados, a qualificação da amostra e a técnica de análise de dados.

A abordagem qualitativa da pesquisa se justifica pelo fato do objeto em análise serem os processos de mudança na gestão acadêmica de instituições de educação superior anteriormente privadas sem fins lucrativos e que, agora, sob nova estruturação jurídico-legal, se constituem como sociedades empresárias – privado-mercantis, como temos denominado, portanto, orientadas pelo objetivo primeiro alcançar lucros em suas ‘operações educativas’ – , condição que deriva de uma regulação de caráter transnacional que tem marcado o campo das políticas de educação superior brasileira, em especial nas últimas três décadas. Dessa forma, a pesquisa qualitativa, tem como foco compreender e interpretar dados buscando o diálogo com a área estudada e reduzindo “a distância entre a teoria e os dados, entre o contexto e ação, utilizando a compreensão dos fenômenos pela descrição e interpretação.” (TEIXEIRA, 2005, p. 137)

Nessa perspectiva, tanto as novas formas de gestão acadêmica em moldes empresariais quanto a regulação transnacional e a privatização mercantil, que envolvem, ambas, a presença e participação de Estados nacionais e organismos multilaterais, foram aqui investigadas em suas relações políticas a partir do instrumental teórico (e da literatura) da sociologia política da educação.

É assim que, na investigação, utilizamos recursos metodológicos de natureza bibliográfica, documental e empírica.

A dimensão bibliográfica consistiu da revisão da literatura realizada no Banco de Teses e Dissertações da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal do Ensino Superior (CAPES), no uso das seguintes palavras-chave: ‘Privatização do Ensino Superior’; ‘Privatização da Educação Superior’; ‘Expansão da Educação Superior’; ‘Expansão do Ensino Superior’, ‘Regulação Transnacional’ e ‘Privatização Mercantil do Ensino Superior’; como filtro temático, focamos a área de ciências humanas e como filtro temporal, o intervalo entre os anos de 1988 a 2017.

Gráfico 10: Produção Escrita na CAPES (Teses e Dissertações)

Fonte: BTD/CAPES. Elaborado pela autora

Entre o período de 1988 a 2017 não foram encontradas teses ou dissertações publicadas com as palavras-chave: “Regulação Transnacional” e “Privatização Mercantil do Ensino Superior”; por outro lado, foram encontradas publicações com as seguintes palavras- chave: “Privatização do Ensino Superior”, 12 trabalhos; “Privatização da Educação Superior”, 9; “Expansão do Ensino Superior”, 149, e “Expansão da Educação Superior”, 181 trabalhos.

Gráfico 11- Expansão do Ensino Superior Gráfico 12 – Expansão da Educação Superior

Fonte: BTD/CAPES. Elaborado pela autora Fonte: BTD/CAPES. Elaborado pela autora

Como se pode observar, os trabalhos sobre ‘expansão’, do ‘ensino’ e da ‘educação’ superior, apresentaram maior produção. A soma dos dois atinge 330 publicações em dissertações e teses na CAPES, especialmente a partir de 2007, quando o fenômeno da expansão passa a merecer maior atenção dos pesquisadores, atingindo o maior número de estudos realizados no ano de 2013, com 30 trabalhos. Esse fato pode se justificar a partir do crescimento do processo de fusões e aquisições entre empresas educacionais com objetivos

ousados de expansão privada de natureza mercantil no setor, já que a presença majoritária de IES privadas sem fins lucrativos há muito se tornara uma realidade. Assim, parece que perto do fim da primeira década do século XXI os pesquisadores passam a buscar explicações para o fenômeno da privatização mercantil na educação superior brasileira, mesmo período em que o fenômeno se torna mais forte em razão da regulamentação jurídico-legal que o favoreceu.

As temáticas citadas nas publicações que mais se destacaram e inquietou os estudiosos foram: intensificação do trabalho docente; precarização do trabalho docente; financeirização do capital; oligopólios do setor educacional superior; programas do governo federal para o setor privado, PROUNI e FIES, como importantes financiadores da expansão; expansão do ensino de graduação a distância; política de expansão pública e privada do ensino superior no Brasil; política de expansão dos cursos superiores de tecnologia; e avaliação da educação superior.

Entretanto, dentre as várias temáticas, universos e objetos de estudo tratados, foram os trabalhos a seguir que despertaram maior interesse para referenciar esta tese, especificamente por tratarem das mesmas instituições aqui analisadas, sendo o primeiro por tematizar a Faculdade de Macapá, e os outros dois, a Kroton, a saber:

 tese de doutorado de Oto João Petry, intitulada “Educação superior privada em Macapá/AP: gênese, expansão, dilemas e desafios em um contexto de mercado (de 1990 a 2005), defendida em 2007, na UFRGS, que faz um estudo das instituições privadas implantadas em Macapá descrevendo as formas e estratégias da chegada dessas faculdades no contexto mercadológico local.

 dissertação de mestrado de Rodrigo Medeiros da Silva, intitulada “O processo de mercantilização de novo tipo do ensino superior brasileiro: uma proposta de análise crítica sobre a expansão da Kroton educacional”, defendida em 2017, na UFRJ, tomando para análise o processo de consolidação da Kroton como a maior empresa educacional do país, em quantidade de alunos e valor de mercado; e

 tese intitulada “A intensificação do trabalho docente no processo de financeirização da educação superior: o caso da Kroton no estado do Espírito Santo”, de Charlini Contarato Sebim, defendida em 2014 na UFES, que investigou o impacto das mudanças trazidas para o trabalho docente decorrente do processo de inserção da educação superior na Bolsa de Valores, a partir de duas instituições de ensino superior pertencentes ao grupo Kroton. Ao final do estudo, constatou intensificação da exploração do trabalho docente, aumento da

quantidade de alunos por professor, diversidade de disciplinas que o docente se obriga a ministrar, aumento das demissões e exclusão da participação do professor na elaboração do material teórico-metodológico.

Outros estudos relacionados à Kroton, a Anhanguera e outros oligopólios, no banco de teses e dissertações da CAPES, no período levantado, também despertaram interesse, por se tratar do movimento neoliberal de organização desses oligopólios, são eles:

 tese de doutorado de Claudia Mara Stapani Ruas, intitulada “Grandes oligopólios da educação superior e a gestão do grupo Anhanguera Educacional (2007 - 2012)”, cujo objetivo foi analisar o modelo de gestão do Grupo Anhanguera Educacional em decorrência de sua entrada na BM&FBovespa, em 2007.

 tese de doutorado de Fabio Luciano Oliveira Costa, denominada “Financeirização do capital no ensino superior privado com fins lucrativos no Brasil (2007-2012)”, que pesquisou o processo de financeirização do capital no ensino superior do setor privado com fins lucrativos no Brasil (2007-2012) por meio de estudos das sociedades anônimas Anhanguera, Estácio e Kroton.

 dissertação de mestrado de Antonio Carlos da Costa Nunes: “Na boca da mídia: o sujeito universitário nas instituições privadas de ensino superior”, defendida em 2016 na UFMG, que realiza um estudo da propaganda veiculada nas mídias pelas instituições pertencentes ao grupo Kroton – Anhanguera, Pitágoras e Unopar –, buscando entender os argumentos utilizados pelas IES nas páginas do facebook e do youtube como um dispositivo pedagógico que materializa o discurso da racionalidade neoliberal, constituindo um sujeito que deve prezar pela individualidade de cada ato, ser um empreendedor e travar consigo mesmo uma luta continuada objetivando o sucesso.

No que se refere à pesquisa documental, a entendemos, segundo os argumentos de Cellard (2008), como procedimento que se utiliza de métodos e técnicas para apreensão, compreensão e análise de documentos dos mais variados tipos na busca de se resolver problemas, pois possibilita ampliar o entendimento de objetos que precisam de uma análise a partir da contextualização histórica e social para se revelar. Outrossim, Godoy (1995) fortalece esse entendimento quando afirma que o uso da pesquisa documental busca o exame de materiais de natureza diversa e que ainda não receberam um tratamento analítico, ou que podem ser reexaminados por meio de interpretações complementares.

Nesse sentido, foi realizado um levantamento dos documentos produzidos e veiculados nas mídias digitais pelo Grupo Kroton Educacional, pela Faculdade de Macapá e nas atas da Comissão de Valores Mobiliários (CVM), nos registros de documentos na Junta

Comercial do Amapá (JUCAP) além de jornais de circulação nacional e sites de empresas de consultoria do setor educacional, seguida da pesquisa bibliográfica em livros, teses, dissertações, artigos científicos relacionados à temática. Seguimos com o levantamento e análise dos documentos dos órgãos oficiais brasileiros diversos que, em sua maioria, são propostas de legislação infraconstitucional e iniciativas de regulamentação governamental oriunda dos organismos federais que têm a responsabilidade de regular o setor, dos quais destacamos:

 Constituição da República Federativa do Brasil de 1988;

 Plano Diretor de Reforma do Aparelho Estado Brasileiro de 1995;

 Decreto n° 2.026, de 10 de outubro de 1996 - Estabelece procedimentos para o processo de avaliação dos cursos e instituições de ensino superior;

 A Lei 9.394 de 20 de dezembro de 1996 - Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional;

 Decreto nº 2.207, de 15 de abril de 1997 - Regulamenta, para o Sistema Federal de Ensino, as disposições contidas nos arts. 19, 20, 45, 46 e par. 1, 52, par. único, 54 e 88 da lei 9394, de 20/12/1996, e dá outras providências;

 Decreto nº 2.306, de 19 de agosto de 1997 - Regulamenta, para o Sistema Federal de Ensino, as disposições contidas no art. 10 da Medida Provisória no 1.477-39, de 8 de agosto de 1997, e nos arts. 16, 19, 20, 45, 46 e § 1o, 52, parágrafo único, 54 e 88 da Lei n° 9.394, de 20 de dezembro de 1996, e dá outras providencias.

 Decreto n° 3.860, de 9 de julho de 2001 - Dispõe sobre a organização do ensino superior, a avaliação de cursos e instituições, e dá outras providências.

 Decreto nº 4.914, de 11 de dezembro de 2003 - Dispõe sobre os centros universitários de que trata o art. 11 do Decreto nº 3.860, de 9 de julho de 2001, e dá outras providências.

 Decreto nº 5.622, de 19 de dezembro de 2005 - Regulamenta o art. 80 da Lei 9.394, de 20 de dezembro de 1996, que estabelece as diretrizes e bases da educação nacional. [Revogado e substituído pelo Decreto no 9.057, de 25 de maio de 2017].

 Decreto n° 5.773, de 9 de maio de 2006 - Dispõe sobre o exercício das funções de regulação, supervisão e avaliação de instituições de educação superior e cursos superiores de graduação e sequenciais no sistema federal de ensino. [Revogado pelo Decreto n° 9.235, de 15 de dezembro de 2017]

2010) e dá outras providências. Estabelece diretrizes, metas e estratégias a serem adotas de forma gradual ao logo dos seus 10 anos de vigência.

 Lei 13.005 de 25 de junho de 2014 - Plano Nacional de Educação (2014-2024) - Estabelece diretrizes, metas e estratégias a serem adotas de forma gradual ao logo dos seus 10 anos de vigência.

 Decreto n 9.057, de 25 de maio de 2017 - Regulamenta o art. 80 da Lei no 9.394, de 20 de dezembro de 1996, que estabelece as diretrizes e bases da educação nacional.

 Decreto n° 9.235, de 15 de dezembro de 2017 - Dispõe sobre o exercício das funções de regulação, supervisão e avaliação das instituições de educação superior e dos cursos superiores de graduação e de pós-graduação no Sistema Federal de Ensino.

Foi realizado, ainda, levantamento de documentos que balizam, orientam e norteiam a política nacional e transnacional para a educação superior, em especial:

 relatórios da Associação Brasileira de Mantenedoras de Ensino Superior (ABMES), que vem construindo e fortalecendo as bases simbólicas da política de representação dos mantenedores e de sua articulação a favor dos interesses privados e mercantis na educação superior particular brasileira;

 relatórios da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE).

No que concerne à pesquisa empírica, trata-se, nos termos de Demo (2000, p.21), da “face empírica e fatual da realidade; produz e analisa dados, procedendo sempre pela via do controle empírico e fatual.” (DEMO, 2000, p. 21) Assim, em um primeiro momento elaborou- se um roteiro semiestruturado de entrevista individual para aplicação aos sujeitos. A opção pela entrevista semiestruturada é porque ela permite ao entrevistado ter liberdade para dialogar com o entrevistador, descrevendo sua opinião ou experiência a respeito do assunto/tema investigado, e no curso da qual o entrevistador apresenta perguntas específicas, mas deixa o entrevistado livre para discorrer acerca do assunto na sua resposta (ALVES- MAZZOTI, 1988). Esse tipo de entrevista pressupõe uma estrutura de roteiro em tópicos para ser abordada, no entanto, não é inflexível, possibilitando uma dinâmica de conversa mais aberta entre o entrevistador e o entrevistado, podendo levar a insights não pensados pelo pesquisador. Dessa forma, a entrevista semiestruturada “não só favorece a descrição dos fenômenos sociais, mas também sua explicação e compreensão de sua totalidade [...] além de manter a presença consciente e atuante do pesquisador no processo de coleta de

informações.” (TRIVIÑOS, 1987, p. 152). As entrevistas seguiram os roteiros que se encontram no item 3.4. Foram feitas de forma voluntária, apresentando-se aos participantes as justificativas, os objetivos e os procedimentos utilizados na pesquisa, bem como solicitando a assinatura do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido após lido, garantindo anonimato, sigilo e uso exclusivamente acadêmico dos dados coletados.

Os sujeitos da pesquisa são professores, ex-professores, gestores e ex-gestores acadêmicos da Faculdade de Macapá. O critério para escolha dos sujeitos foram que tivesse vivenciado a transição de propriedade e de mudança de modelo de gestão acadêmica; que fossem localizados; que aceitassem voluntariamente participar; que tivessem disponibilidade para a entrevista. Foram pré-selecionados 15 sujeitos que atendiam os critérios; entretanto, destes, 3 não foram localizados e 2 se recusaram a participar da pesquisa por medo de serem identificados e receberem alguma punição, mesmo a pesquisadora informando e esclarecendo quanto ao sigilo da pesquisa.

Com relação à representatividade do universo, inicialmente a busca foi por identificar os cursos mais antigos da Faculdade de Macapá, pois ao nosso ver era lá que estariam os sujeitos, com mais tempo de vivência na instituição e ainda na ativa, que, provavelmente, teriam maior conhecimento sobre a FAMA antes e depois da aquisição pelo grupo Kroton. Esse levantamento começou a ser realizado no primeiro semestre de 2019. Após uma triagem temporal, identificamos que em 2019 restava um pequeno número de gestores e professores da época da FAMA trabalhando na ‘nova’ instituição. Assim, tivemos a necessidade de localizar também ex-professores e ex-gestores acadêmicos que tinham se desligado da instituição em, no máximo, um ano da data da entrevista, mas que também atendessem aos critérios da pesquisa. Feito isso, as entrevistas foram agendadas com antecedência, por telefone, com os sujeitos para o dia e hora em que eles tivessem disponibilidade.

Quadro 8: Perfil dos entrevistados

SUJEITOS FUNÇÃO

G1 Gestor (a) Acadêmico (a) G2 Gestor (a) Acadêmico (a) G3 Gestor (a) Acadêmico (a) G4 Gestor (a) Acadêmico (a) G5 Gestor (a) Acadêmico (a)

P1 Professor (a) P2 Professor (a) P3 Professor (a) P4 Professor (a) P5 Professor (a) Fonte: a autora

Essas entrevistas foram realizadas durante os meses de julho e agosto de 2019, com 10 sujeitos, sendo: 5 gestores ou ex-gestores acadêmicos e 5 professores ou ex-professores, todos selecionados conforme os critérios estabelecidos. Quanto à titulação, 50% dos sujeitos possuem doutorado e os outros 50%, mestrado. As entrevistas duraram, em média, 50 minutos. O tempo de trabalho dos sujeitos na Faculdade de Macapá eram: 10% com menos de 6 anos, 60% entre 6 e 10 anos e 30% com mais de 10 anos. O vínculo dos gestores era de acordo com a Consolidação das Leis do Trabalho - CLT em regime integral – 40 horas e dos professores também por CLT, porém, em hora-aula que, segundo os entrevistados variava de 8 a 40 horas, dependendo do semestre e do ano.

Os dados foram registrados com uso de gravador de voz, depois transcritas fidedignamente as falas, sendo observadas omissões e expressões coloquiais, para em seguida serem organizadas com base nas categorias a priori definidas: política institucional, gestão acadêmica, regulação transnacional/privatização mercantil. Para isso, utilizaram-se das letras “G” e “P” associados a números, para identificar um gestor (G) e um professor (P), e assim garantir o anonimato dos sujeitos entrevistados. A esse respeito, Szymanski (2008, p. 13) esclarece que: “O entrevistado, ao aceitar o convite para participar da pesquisa, está aceitando os interesses de quem está fazendo a entrevista, ao mesmo tempo em que descobre ser dono de um conhecimento para o outro.” Termo de Consentimento Livre e Esclarecido quanto aos objetivos da pesquisa e a não publicação de quaisquer dados pessoais foi assinado entre o entrevistado e o pesquisador.

Na análise dos dados coletados foi utilizada a técnica de Análise Categorial, pela qual uma categoria ou categorias definidas a priori sustentam o roteiro de entrevista e orientam a análise na busca de unidades discursivas que as represente nos discursos em análise. É assim que tanto roteiro de entrevistas quanto análise foram orientadas pelas seguintes categorias que permeiam toda esta pesquisa: