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Relatório Anual 2003

• Colaborar no processo interno de avaliação do capital e no es- tabelecimento de objetivos de capital que guardem relação com o perfil de risco e o meio de controle do Grupo, através das metodologias necessárias.

• Facilitar os sistemas necessários para o seguimento a nível global da composição e qualidade das diferentes carteiras de riscos.

• Avaliação integral incluindo no processo de estimação do ca- pital todos os riscos enfrentados pelo Grupo.

• Participar ativamente, e de forma independente, no desen- volvimento, seleção, aplicação e validação dos modelos de avaliação. Assim mesmo, é responsável de examinar os crité- rios de avaliação, analisará e documentará as mudanças, e ve- rificará que as definições das avaliações sejam aplicadas de forma coerente nas diferentes unidades e nas diversas áreas geográficas. Também será responsável da elaboração, análise de relatórios sobre os sistemas, dados históricos, migração e tendências.

• Através da estrutura de controle interno, essencial para o pro- cesso de avaliação do capital, se assegurará a existência de um processo de medição dos diversos riscos, o sistema para rela- cionar o risco com o nível de capital e a observação de políti- cas internas.

• Em matéria de metodologias, estará a disposição do Supervi- sor para demonstrar que são cumpridos tanto os requisitos ini- ciais, como os sucessivos, de forma tal que os sistemas e pro- cessos de estimação de riscos proporcionem uma avaliação sig- nificativa, com diferenciação indicadora do risco e uns resulta- dos quantitativos razoavelmente precisos e coerentes.

Sistemas de controle e seguimento

A função de controle é fundamental para garantir uma adequa- da gestão do risco creditício e manter o perfil de risco da Insti- tuição nos parâmetros definidos pelo Conselho de Administra- ção e a Alta Direção.

Esta função é desempenhada através de diversos mecanismos dentro e fora da Divisão de Riscos.

Dentro da própria Divisão de Riscos, e com a independência com relação às áreas de negócio que caracteriza à Divisão, a to- mada de decisões na fase de admissão está sujeita a um siste- ma de faculdades delegadas para a autorização e gestão de ris- cos que parte da Comissão Delegada de Riscos do Conselho. As decisões na fase de admissão têm um caráter predominante- mente colegiado. Assim mesmo, na organização da Divisão se distingue uma função específica de seguimento dos riscos as- sumidos, como fase diferenciada do ciclo creditício, para a qual estão identificados recursos e responsáveis concretos. Durante a fase de seguimento se revisam em particular:

– Cumprimento de limites e detecção de eventuais excessos. – Ratings atribuídos. A periodicidade de sua revisão é no mínimo

anual, mas a freqüência pode ser maior em função do próprio ra- ting ou quando detectados signos de vulnerabilidade.

– Sistema de Seguimento Especial. O Grupo conserva um siste- ma de seguimento especial (Assinaturas em Vigilância Espe- cial ou FEVE) nos quais estão os riscos com empresas nos que se apreciou signos reais ou potenciais de deterioração. O sis- tema contempla vários níveis (seguir; reduzir; afiançar; extin- guir) que condicionam a gestão futura do risco ao implicar ações concretas (redução da exposição, novas garantias, etc) e reduzem as faculdades delegadas nos graus de maior gravi- dade. A inclusão de uma assinatura ou grupo no FEVE pode ser o resultado do próprio trabalho de seguimento, da mu- dança de rating operacional, da revisão realizada pela audito- ria interna ou de alarmes automáticos.

Banco Santander Central Hispano. Negócio na Espanha. Avaliação sistema vigilância FEVE

Milhões de euros saldos % Não qualificadas 44.715 87.0 Seguir 4.954 9,6 Reduzir 1.297 2,5 Afiançar 63 0,1 Extinguir 380 0,7 Total 51.409 100,0

Por sua parte, a Área de Gestão Integral do Risco, desempenha funções específicas de controle e seguimento dos modelos in- ternos de risco creditício tais como:

– Controle de metodologias e procedimentos

– Controle regular da eficácia e poder de previsão de ferramen- tas de rating e scoring (“backtesting”).

– Controle de risco operativo, considerando a interrelação entre este e a gestão do risco de crédito.

– Revisão global periódica das carteiras creditícias, das perdas re- gistradas por risco de crédito e do posicionamento de risco do Grupo mediante a realização de análises periódicas de cartei- ra e perfis de risco.

– Relação com a auditoria interna, auditoria externa e serviços de inspeção do Banco de Espanha ou outros órgãos super- visores.

Cabe destacar, que o reconhecimento desde o campo regulató- rio dos modelos internos de gestão do risco de crédito (Circular 9/99 ou o futuro Novo Acordo de Capital de Basiléia, represen- ta uma garantia adicional sobre o grau de controle interno na medida em que este é exigido como parte imprescindível para a validação de tais modelos.

Gestão do Risco

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Grupo SantanderRelatório Anual 2003

Evolução Principais Magnitudes em 2003

Em 2003 a taxa de inadimplência do Grupo Santander diminuiu de 1,89% a 1,55%, enquanto a cobertura com provisões cres- ceu de 139,9% até 165,2%.

O fortalecimento do nível de coberturas foi compatível com uma diminuição das dotações a não solvências do Grupo 17% e 45% ao consideram apenas as de caráter específico. O custo credití- cio do Grupo (dotações específicas líquidas de frustrados recu- perados) foi reduzida de 54% até 781 milhões, que equivale a 0,39% do risco creditício médio do período.

Esta evolução favorável de cobertura e morosidade em 2003, foi comum às principais áreas de atividade do Grupo: Espanha, Res- to de Europa e América Latina, conforme apreciado no seguin- te gráfico.

A morosidade do Grupo na Espanha segue em níveis reduzidos si- tuados em 0,87% em comparação com 0,92% de dezembro 2002. A banca varejista registrou um comportamento muito fa- vorável, ao situar-se as entradas líquidas em morosidade, espe- cialmente nos segmentos de empresas, consideravelmente abai- xo dos níveis orçamentados para o ano. A cobertura com provi- sões é elevada a 223,8%, 33 pontos percentuais superior à regis- trada há um ano. A carteira hipotecária de particulares, cuja qua- lidade é objeto de seguimento permanente, registra uma taxa de morosidade de 0,54%, dez pontos básicos abaixo da de 2002.

Em Portugal, a taxa de morosidade do Grupo foi em dezembro de 2,30%, muito similar à taxa de dezembro de 2002, apesar de um contexto econômico local pouco favorável. A cobertura dos saldos duvidosos atinge em dezembro 125,4%, 15 pontos per- centuais superior à do ano anterior.

Financiamento Consumo na Europa, incluindo o grupo CC Bank na Alemanha grupo Hispamer na Espanha e Finconsumo na Itá- lia, registrou uma taxa de morosidade de 2,08%, com clara mel- hora em relação ao 2,84% de dezembro 2002. A taxa de co- bertura atinge um 150,5%, 6,8 pontos percentuais acima do ano anterior.

A gestão do Risco de Crédito na América Latina

Durante 2003, o risco creditício na região reduziu seu peso espe- cífico no balanço do Grupo consolidado até 15,9%.

O risco creditício disposto com clientes (investimento creditício e risco de assinatura) do Grupo na área, no fechamento de de- zembro, em 32.604 milhões de euros. Esta cifra supõe uma di- minuição de 11,1% com relação a dezembro de 2002, devido em grande parte, à depreciação das moedas da área, com exce- ção do real brasileiro e do peso chileno, frente ao dólar e ao eu- ro, bem como à manutenção de uma política de admissão de ris- cos muito seletiva.

72,4% da exposição com clientes está no México, Chile e Porto Rico, países qualificados como de baixo risco (“investment grade”) por parte das agências internacionais de rating.

A evolução do risco do Grupo na área em termos de morosidade, coberturas e custo de insolvências foi favorável apesar de uma conjuntura econômica ainda adversa.

Os saldos morosos diminuíram 15% e representam em dezembro 3,89% do risco creditício, com redução com relação ao fecha- mento de 2002 (4,07%). A taxa de cobertura dos saldos duvido- sos da região foi fortalecida em 2003, em mais de 11 pontos per- centuais, até atingir 125,2%.

Gestão do Risco

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